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AMEBÍASE: Entamoeba histolytica/ Entamoeba dispar Maria Zilda e Jefferson Medeiros INTRODUÇÃO Causada pelo protozoário Entamoeba histolystica: Família Entamoebida; Filo Sarcomastigophora; Classe Lobozia. Transmissão: Ingestão de alimentos ou água contaminada pelos cistos do parasito; Tem como foco primário o intestino causando desinteria, colite e enterocolite amebiana. Formas ativas da E. histolytica INTRODUÇÃO Histórico: Hipócrates chegou a relacionar a incidência das epidemias disentéricas no verão, em cidades quentes e úmidas; A doença foi descoberta e descrita por Lösch em 1875. Em 1925, causou-se uma grande polemica na comunidade cientista com a hipótese da existência de outra espécie de ameba, devido ao elevado número de pacientes assintomáticos; Na década de 80 descobriu-se uma nova espécie chamada de Entamoeba dispar (infecção assintomática). INTRODUÇÃO Espécies de ameba que podem ser encontradas no homem: E. histolytica E. hartmanni E. dispar E. coli E. gengivalis Endolimax nana Iodomoeba butschlii Diantamoeba fragilis MORFOLOGIA E. histolytica (trofozoíto): 20-40µm Pleomorfico, ativo e alongado, com pseudópodes Em trofozoíto invasivo encontram-se eritrócitos no citoplasma Núcleo bem visível e destacado (esférico) Cromatina justaposta a membrana nuclear Cariossoma na parte central do núcleo Trofozoíto de E. histolytica MORFOLOGIA Pré-cisto: Fase intermediária entre o cisto e o trofozoíto Oval ou ligeiramente arredondado Metacisto: Forma multinucleada Emerge do cisto Cistos: Esféricos ou ovais Vacúolos de glicogênio Cistos de E. histolytica 6 BIOLOGIA Vivem na luz do intestino grosso Podem atingir: fígado, pulmão, rim e cérebro Anaeróbios Locomoção através de pseudópodes Ingestão de alimentos por fagocitose e pinocitose Multiplicação por divisão binária CICLO BIOLÓGICO Cisto de E. histolytica Trofozoíto de E. histolytica MECANISMOS FISIOPATOGÊNICOS E VIRULÊNCIA O processo de invasão tecidual tem localização preferencial no ceco e no retossigmóide sendo iniciado pelo reconhecimento de uma molécula do epitélio intestinal pelo parasito: Penetra inicialmente nas regiões intraglandulares Formação do foco de adesão Secreção de enzimas proteolíticas: hialuridases, proteases e mucopolissacarideases Agressão à submucosa intestinal Forma intestinal invasiva MECANISMOS FISIOPATOGÊNICOS E VIRULÊNCIA A superfície da mucosa é privada de fluxo sanguíneo, o que determina a necrose Perfuração da parede intestinal, levando a infecção sistêmica através da circulação sanguínea atingindo principalmente o fígado, formando abscessos, necrose coliquativa Podendo atingir também o pulmão e raramente o cérebro, atingindo ainda a pele e a região anal ou vaginal MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E SINTOMATOLOGIA Período de incubação de 7 dias a 4 meses; Forma assintomática: 90% dos casos (Entamoeba díspar); Forma Sintomática: 10% dos casos (Entamoeba histolytica); Amebíase intestinal: quando o protozoário permanece infectando apenas o intestino; Amebíase extra intestinal: quando o protozoário consegue atingir a circulação sanguínea e ir para outros órgãos do corpo humano. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E SINTOMATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E SINTOMATOLOGIA DIAGNÓSTICO Anamnese: Sinais de desidratação; Dor abdominal difusa; Aumento de ruídos intestinais. Dúvidas quanto a outras doenças, como a disenteria bacilar, salmonelose e esquistossomose. Testes laboratoriais: Parasitológico de fezes; Testes sorológicos; Imunodiagnóstico (ELISA, imunofluorescencia indireta e o radioimunoensaio). EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA No Brasil: Na região sul e sudeste varia entre 2,5 a 11%; Na região amazônica pode chegar a 19% Restante do país fica em torno de 10% TRANSMISSÃO Ingestão de cistos maduros por meio de água sem tratamento e alimentos contaminados; É, também, sexualmente transmissível através do sexo anal-oral; Com maior frequência em homossexuais, pessoas desnutridas, mulheres grávidas e imunodeprimidos. TRATAMENTO Paramomicina; Eritromicina; Teclozan; Cloridrato de emitina; Cloriquina; Tetraciclinas; Metronidazol. PROFILAXIA Construir condições adequadas de moradia, com saneamento básico e abastecimento de água tratada; Adotar uma alimentação com a adequada higienização dos mesmos; Utilizar dos princípios básicos da higiene pessoal, como lavar bem as mãos; Uso de preservativos em qualquer tipo de relação sexual. Agradecemos!
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