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Visão Central Anna Caroline, Jefferson Medeiros, Maria Zilda 1 Caminho da visão Núcleo geniculado dorsolateral do tálamo Retransmissão de informações Controle das informações Fonte: Guyton & Hall Caminho da visão As fibras visuais podem ainda se projetar para várias áreas antigas do cérebro, numa transmissão periférica: Núcleos supraquiasmáticos do hipotálamo; Núcleos pré-tectais no mesencéfalo; Colículo superior; Núcleo geniculado ventrolateral do tálamo e regiões adjacentes. O córtex visual O córtex visual localiza-se no aspecto medial dos lobos occipitais; O córtex visual primário ou área visual I situa-se na área da fissura calcarina: recebe os sinais visuais diretos, terminando o processo de visão central. O córtex visual secundário ou áreas de associação situam-se no entorno do córtex visual primário: recebem sinais visuais retransmitidos pelo córtex primário para análise da imagem virtual. Estrutura do córtex visual primário Apresenta seis camadas diferentes, cada uma representando uma unidade funcional; Os sinais visuais dos dois olhos seguem separados em cada trato óptico, só se encontrando na camada IV do córtex visual primário, onde os pontos correspondentes das duas retinas se sobrepõem e ajustam-se entre si para formação da imagem; Entremeadas entre as colunas visuais primárias estão os “blobs” de cores com a relação de decifrar as cores. Cegueira: um tipo Efeito da remoção do córtex visual primário → perda da visão consciente; Persistência de reações subconscientemente a aspectos grosseiros da visão: visão mediada por vias neuronais que passam dos tratos ópticos principalmente para os colículos superiores e outras partes do sistema visual mais antigo. Controle na movimentação dos olhos Os movimentos oculares são controlados : músculos retos medial e lateral movimento de um lado para o outro; músculos retos superior e inferior de cima para baixo; músculos oblíquos superior e inferior; rodar os globos oculares; campo visual na posição vertical. Fonte: terapiasensorial.com.br Fixação dos olhos Mecanismos neuronais: Fixação voluntária – controlado por um campo cortical; Movimentação voluntária dos olhos até fixar o olhar no objeto desejado; Fixação involuntária – controlado por áreas visuais secundárias no córtex occipital; Manter o olhar fixo no objeto desejado; Feedback negativo – impedir a saída do objeto da parte fóvea da retina. Movimentos contínuos do olho Três movimentos contínuos do olho: Tremor contínuo – contrações sucessivas; Deslocamento lento dos globos oculares em uma direção; Movimentos rápidos súbitos – mecanismo de fixação voluntária. Importantes para manter a imagem no ponto central da visão. Fonte: Guyton Colículos superiores e fusão das imagens visuais Colículos superiores; Os colículos superiores são principalmente responsáveis pelos movimentos oculares e da cabeça em direção a um estímulo visual perturbador; Mesmo após a destruição do córtex visual, uma perturbação visual costuma causar giro imediato dos olhos se os colículos superiores não estiverem destruídos; Fusão das imagens; As imagens visuais nos dois olhos se fundem nos pontos correspondentes das duas retinas para tornar as percepções visuais mais significativas; Importante papel do córtex visual. Mecanismo de acomodação Focaliza o sistema do cristalino do olho – grau de acuidade; Resultante da contração ou relaxamento do olho; Feedback negativo; Mecanismos da focalização: mudança no poder de convergência; aberração cromática; mecanismos neurais para convergência causam sinal simultâneo; diferença de nitidez na fóvea e nas margens; acomodação do cristalino. Controle do diâmetro pupilar Estimulação dos nervos parassimpáticos excita o músculo esfíncter da pupila, diminuindo a abertura da pupila MIOSE; Estimulação de nervos simpáticos excita as fibras radiais da íris, causando dilatação da pupila MIDRÍASE; Reflexo Fotomotor – iluminação causando contração da pupila. Fonte: Guyton Caso clínico Síndrome de Horner Síndrome de Horner Interrupção dos nervos simpáticos do olho; Ocorre na cadeia simpática cervical; Origem: congênita ou adquirida; Tétrade de sinais: Ptose; Miose; Enoftalmo*; Anidrose facial. Diagnóstico: história e exame clínico. Fonte: ptose.com.br Fonte: medifoco.com.br Fonte: dspace.bc.uepb.edu.br Síndrome de Horner Diagnóstico: Instilação ocular de simpatomiméticos: Fenilefrina (1,0% ou 2,5%); Hidroxianfetamina (1,0%). Liberação da noradrenalina estocada nos terminais pós-ganglionares; Integridade funcional do terceiro neurônio (tálamo). Síndrome de Horner Etiologia: Trauma de parto; Varicela congênita; Tumores do pescoço e mediastino Lesões vasculares da carótida interna e artéria subclávia. Obs.: Exames de imagem da cabeça, tórax e coluna cervical. Síndrome de Horner Tratamento: Depende da causa; Muitas vezes não há tratamento que melhore ou reverta esta condição; Dirigido à erradicação da doença que está produzindo a síndrome. SH e a inervação simpática da pupila Origem das fibras pré-ganglionares para a inervação da pupila: T1 e T2; Gânglio cervical superior; Nervo e plexo carotídeo; Forame carotídeo → seio cavernoso; Plexo no músculo dilatador da pupila. Fonte: researchgate.net Relato de caso JFZ, 2 anos e 1 mês, sexo masculino; “Pálpebra caída” à esquerda desde o nascimento; Miose pupilar do mesmo lado; Diferença de coloração da íris; Antecedentes pessoais: Criança saudável, com bom desenvolvimento neuro-psicomotor; Criança nascida de parto normal, com fórceps, a termo. Relato de caso Discreto enoftalmo à esquerda; Anisocoria, com miose à esquerda, com reflexos pupilares direto e consensual preservados; Diferença de coloração da íris; Ruborização da face, de forma mais marcada à direita (após atividade física); A sudorese foi evidente à direita, com anidrose à esquerda; Exame neurológico normal; A instilação de fenilefrina 2,5 evidenciou midríase equiparada de ambas as pupilas; Diagnóstico: Síndrome de Horner, considerada congênita pela época da manifestação. Comentários Diferenciar a síndrome de Horner congênita, dos casos adquiridos na infância; Presença de heterocromia de íris, que ocorre pela desnervação do órgão alvo, em conseqüência do fato dos melanócitos serem estimulados pela via simpática; Diagnóstico: predominantemente, clínico; Testes farmacológicos: auxiliar na comprovação diagnóstica e localizar o local da lesão; Lesão pré-ganglionar. Comentários Causas para a SH: Lesão é pós-ganglionar: Fratura da base do crânio; Tração do plexo carotídeo no trabalho de parto laboroso; Lesão do gânglio cervical superior; Origem congênita em 42% das crianças; 53% desses casos: história de parto-fórceps, extração a vácuo, distócia do ombro, rotação fetal ou parto pós-termo; Neuroblastoma é a segunda maior causa. Fonte: gmch.gov.in Conclusão Conclui-se assim, que a criança relatada é portadora de síndrome de Horner congênita, que pode ter sido adquirida, secundária a toco-traumatismo. Apesar do trauma ao nascimento ser a causa mais comum desta afecção, existe a possibilidade de ocorrer secundariamente a tumores, o que impõem necessidade de acompanhamento.
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