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DIREITO CONSTITUCIONAL II- MATERIA

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DIREITO CONSTITUCIONAL II
PROF. MARCELO GARCIA SANTANA
(21)9219-6387/21-7729-9045.
marcelogarciasantana@edu.estacio.br
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional.ed.São Paulo: Atlas;
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado.ed.São Paulo: Saraiva; 
MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de direito constitucional.São Paulo: Saraiva. 
PLANO DE ENSINO.
Semana 1: Poder Legislativo - estrutura e funções
Semana 2: Poder Legislativo – estatuto dos congressistas
Semana 3: Poder Executivo – exercício do poder
Semana 4: Poder Executivo – eleição do chefe
Semana 5: Poder Executivo – atribuições do Presidente
Semana 6: Poder Executivo – responsabilidade do Presidente
Semana 7: Poder Executivo – Vice-Presidente, Ministros e Conselhos da República e de Defesa Nacional
Semana 8: Poder Judiciário – estrutura e funções
Semana 9: Poder Judiciário – Estatuto da Magistratura e garantias
Semana 10: Poder Judiciário – CNJ e composição dos Tribunais
Semana 11: Poder Judiciário – competência jurisdicional do STF
Semana 12: Poder Judiciário - competência jurisdicional dos Tribunais Superiores e Tribunais de Justiça
Semana 13: Processo Legislativo – espécies legislativas e fases
Semana 14: Funções essenciais à justiça: Ministério Público, Advocacia e Defensoria Pública
PODER LEGISLATIVO FEDERAL 
(arts. 44 a 58, CF)
1. BICAMERALISMO DO PODER LEGISLATIVO DA UNIÃO
CONGRESSO NACIONAL (art. 44, CF)
a) CÂMARA DOS DEPUTADOS (art. 45, CF)
Sistema proporcional em cada Estado e no DF
Proporção entre o número de habitantes e o número de Deputados, não se aplicando aos Territórios Federais (que têm natureza jurídica de Autarquias Federais), que só podem possuir 4 Deputados, na forma do art. 45, § 2º.
O art. 45 da Constituição Federal determina que o número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, deve ser estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma das unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. 
A Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993, estabelece que o número de Deputados não pode ultrapassar quinhentos e treze. A Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística fornece os dados estatísticos para a efetivação do cálculo. 
Feitos os cálculos, o Tribunal Superior Eleitoral encaminha aos Tribunais Regionais Eleitorais e aos partidos políticos o número de vagas a serem disputadas. 
Além do número mínimo de representantes, a lei determina que cada Território Federal será representado por quatro Deputados Federais.
Os arts. 106 e seguintes do Código Eleitoral (Lei n.º 4.737/65) determinam as regras acerca das vagas a serem distribuídas a cada partido, aplicando-se os quocientes eleitoral e partidário.
QUOCIENTE ELEITORAL
Neste exemplo temos 9 vagas para serem preenchidas e 6.050 votos válidos (excluídos votos brancos e nulos) (vide art. 106 C. Eleitoral) – arredonda para cima ou para baixo (0,5):
	Partido ou coligação
	Votos obtidos
	Partido/Coligação A
	1.900
	Partido/Coligação B
	1.350
	Partido/Coligação C
	550
	Partido/Coligação D
	2.250
	Total de votos válidos
	6.050
Qe = votos / vagas = 6.050 / 9 = 672,22 – ou seja, 672 (arredondamos para baixo)
QUOCIENTE PARTIDÁRIO
Para cada partido temos então (Vide art. 107 C. Eleitoral) – desprezando a fração:
	Partido ou coligação
	Quociente partidário
	Vagas obtidas
	Partido/Coligação A
	1900/672 ≈ 2,8273
	2
	Partido/Coligação B
	1350/672 ≈ 2,0089
	2
	Partido/Coligação C
	550/672 ≈ 0,8184
	Nenhuma
	Partido/Coligação D
	2.250/672 ≈ 3,3482
	3
	Total
	
	7
	Sobras
	
	2
SOBRAS
Dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada partido pelo número de lugares por ele obtido, mais um, cabendo ao partido que apresentar a maior média um dos lugares a preencher (art. 109 C. Eleitoral)
	Partido
	Quociente partidário
	cadeiras
	Média
	
	Partido/Coligação A
	2,8273
	2
	2,8273/(2+1) = 0,9424
	Sim
	Partido/Coligação B
	2,0089
	2
	2,0089/(2+1) = 0,6696
	
	Partido/Coligação C
	0,8184
	0
	--
	
	Partido/Coligação D
	3,3482
	3
	3,3482/(3+1) = 0,83705
	Sim
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Limites: mínimo 8 e máximo 70 em cada estado;
Suplente = os mais votados no mesmo partido que não tenham sido eleitos para as vagas identificadas no quociente partidário.
b) SENADO FEDERAL (art. 46, CF)
 Sistema majoritário puro;
 Mandato de 8 anos;
Já é eleito com 2 suplentes.
AULA 2:
FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR (arts. 57 a 59, CF)
LEGISLATURA (art. 44, parágrafo único, CF)
SESSÃO LEGISLATIVA (art. 57, CF):
Sessão legislativa ordinária = reunião parlamentar (extraordinária – recesso) – outro sentido da expressão “sessão legislativa”.
Sessão preparatória (art. 57, §4º, CF) = 1º. FEV.
Sessão legislativa extraordinária (art. 57, §6º, CF)
Sessão unicameral (art. 3º, ADCT)= CD+SF contagem de votos junta e votam juntos
Sessão bicameral = CD+SF contagem votos separada e votam separados
Sessão conjunta (art. 57, §3º, CF) = CD+SF contagem de votos separada e votam juntos
3. COMPOSIÇÃO DAS MESAS (art. 57, §4º, CF) – órgão executivo que dirige os trabalhos da casa.
A Mesa da Câmara dos Deputados
7 membros – Presidente, 1º. e 2º. Vices, 1º, 2º, 3º, e 4º Secretários – eleitos com mandato de 2 anos vedada recondução p/ mesmo cargo na eleição seguinte.
A Mesa do Senado Federal
7 membros – Presidente, 1º. e 2º. Vices, 1º, 2º, 3º e 4º. Secretários – eleitos com mandato de 2 anos vedada recondução p/ mesmo cargo na eleição seguinte.
A Mesa do Congresso Nacional (art. 57, §5º, CF)
Composição mista e alternada das duas mesas
PODER LEGISLATIVO (continuação) – Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária.
Controle típico exercido com auxílio dos Tribunais de Contas – órgãos do Poder Legislativo.
Tribunal de Contas – arts. 70 a 75 da CF 88
Congresso Nacional – auxiliado pelo TCU
(contas do Presidente da República)
Assembléias Legislativas – auxiliadas pelo TCE
(contas dos Governadores)
Câmaras Municipais – aux. pelos TCE (exceto RJ e SP)
(contas dos Prefeitos)
OBS. Art. 31, § 4º. CF 88 – Vedação de criação de novos Tribunais ou Conselhos Municipais de Contas, permanecendo os criados antes da CF 88.
TCU
(contas dos demais ordenadores de despesas no âmbito Federal)
TCE
(contas dos demais ordenadores de despesas no âmbito Estadual)
TCE (exceto RJ e SP)
(contas dos demais ordenadores de despesas no âmbito Municipal)
OBS. Decisão válida somente no âmbito administrativo/político.
4. AS COMISSÕES PARLAMENTARES (art. 58, CF)
Comissões temáticas (art. 58, §2º, CF)
Comissão especial ou temporária (art. 58, §3º, CF) = CPI
Comissão mista (art. 166, §1º, CF) = Planej. Orçamentário
Comissão representativa (art. 58, §4º, CF) = comissão mista em período de recesso.
Fiscalização político-administrativa. A COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (art. 58, §3º, CF) 
Requisitos formais das CPI´s
Requerimento de, pelos menos, 1/3 dos membros da casa legislativa;
Prazo certo, pois é uma comissão temporária ;
Investigação de fatos determinados (determinação objetiva de quais fatos envolveram a prática investigada) e pessoas envolvidas (determinação subjetiva) e somente fatos relacionados com a gestão do patrimônio público;
2. Limites dos seus poderes “de investigação” próprios das autoridades judiciais.
3. PODERES DAS CPIs:
Quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico
Intimação de autoridades, testemunhas e indiciados para prestar depoimento e possibilidade de condução coercitiva
Produção de provas lícitas (art. 5º, inc. LVI e LVIII, CF)
Prisão em flagrante (art. 5º, inc. LXI, CF)
Medidascautelares: busca e apreensão (não domiciliar) e busca pessoal (revista de pessoas e seus pertences)
4. LIMITES DAS CPIs ou o que não podem fazer:
Poder Geral de Cautela – arresto, seqüestro, prisão preventiva...
Proibição ou restrição da assistência jurídica das testemunhas e investigados
Invasão domiciliar (art. 5º, inc. XI, CF)
Quebra do sigilo da comunicação telefônica (art. 5º, inc. XII, CF) – interceptação telefônica - escuta
Proibição de investigação de atos jurisdicionais
Intimação de indígena para prestar depoimento fora da reserva (art. 231, §5º, CF)
Proibição de ajuizamento de ação penal e de julgamento – remessa ao Ministério Público
ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS (arts. 53 a 56, CF)
IMUNIDADES PARLAMENTARES:
a) IMUNIDADE MATERIAL ou INVIOLABILIDADE (art. 53, caput)
b) IMUNIDADES FORMAIS:
b.1) IMUNIDADE em relação à prisão (art. 53, §2º, CF)
b.2) IMUNIDADE em relação ao processo penal (art. 53, §3º a §5º, CF)
b.3) PRERROGATIVA DE FORO (art. 53, §1º, CF) 
IMUNIDADE MATERIAL ou INVIOLABILIDADE (art. 53, caput, CF)
1. Causa excludente da ilicitude CIVIL e PENAL
a. Opiniões, palavras e votos
b. Proferidas in officio ou propter officium 
c. Dentro ou fora do recinto parlamentar
d. Posse até o término do mandato
IMUNIDADE FORMAL em relação à PRISÃO (art. 53, §2º, CF)
1. Exceção: possibilidade da prisão
a. Flagrante de crime inafiançável ou
b. Cumprir pena transitada em julgado
c. Casa delibera por maioria absoluta
d. Diplomação até o término do mandato
IMUNIDADE FORMAL em relação ao PROCESSO PENAL (art. 53, §3º a 5º, CF)
1. Casa pode SUSTAR a AÇÃO PENAL
a. Crime cometido DEPOIS da diplomação
b. Recebimento da denúncia pelo STF
c. Casa delibera por maioria absoluta
d. Diplomação até o término do mandato
PRERROGATIVA DE FORO (art. 53, §1º, da CF)
1. Foro privilegiado no STF:
a. Prática de INFRAÇÕES PENAIS COMUNS
b. Regra da atualidade do mandato
c. Cancelamento da Súmula 394, STF
d. Lei 10628/02 e ADI 2797
Outras GARANTIAS:
a) Sigilo de fonte (art. 53, §6º, CF)
b) Incorporação às Forças Armadas (art. 53, §7º, CF)
c) Suspensão das imunidades durante a vigência de estado de sítio (art. 53, §8º, CF)
Cabe renúncia das imunidades?
As imunidades estendem-se aos suplentes?
Hipóteses que não caracterizam perda do mandato (art. 56, CF):
a) Convocação do suplente (art. 56, §1º, CF)
b) Inexistência de suplente e nova eleição (art. 56, §2º, CF)
PERDA DO MANDATO (art. 55, CF)
CASSAÇÃO 
Art. 55, I (infringir as proibições do art. 54), II (quebra de decoro parlamentar) e VI (condenação criminal transitada em julgado)
EXTINÇÃO 
Art. 55, III (deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa salvo licença ou missão autorizada), IV (perda ou suspensão de direitos políticos) e V (quando decretar a justiça eleitoral)
O PODER LEGISLATIVO ESTADUAL (art. 27, CF)
1. Unicameralismo
2. Número de deputados estaduais (27, caput)
3. Estatuto dos parlamentares (27, §1º, CF)
O PODER LEGISLATIVO DISTRITAL (art. 32, §3º,CF)
1. Unicameralismo
2. Número de deputados distritais = 8 X 3 = 24
3. Estatuto dos parlamentares (27, §1º, CF)
O PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL (art. 29, incisos IV, VI, VII, VIII e IX, CF)
1. Unicameralismo
2. Número de vereadores (art. 29)
3. Estatuto dos parlamentares (29, VIII, IX, CF)
AULA 3:
ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS (arts. 53 a 56, CF)
IMUNIDADES PARLAMENTARES:
a) IMUNIDADE MATERIAL ou INVIOLABILIDADE (art. 53, caput)
b) IMUNIDADES FORMAIS:
b.1) IMUNIDADE em relação à prisão (art. 53, §2º, CF)
b.2) IMUNIDADE em relação ao processo penal (art. 53, §3º a §5º, CF)
b.3) PRERROGATIVA DE FORO (art. 53, §1º, CF) 
IMUNIDADE MATERIAL ou INVIOLABILIDADE (art. 53, caput, CF)
1. Causa excludente da ilicitude CIVIL e PENAL
a. Opiniões, palavras e votos
b. Proferidas in officio ou propter officium 
c. Dentro ou fora do recinto parlamentar
d. Posse até o término do mandato
IMUNIDADE FORMAL em relação à PRISÃO (art. 53, §2º, CF)
1. Exceção: possibilidade da prisão
a. Flagrante de crime inafiançável ou
b. Cumprir pena transitada em julgado
c. Casa delibera por maioria absoluta
d. Diplomação até o término do mandato
IMUNIDADE FORMAL em relação ao PROCESSO PENAL (art. 53, §3º a 5º, CF)
1. Casa pode SUSTAR a AÇÃO PENAL
a. Crime cometido DEPOIS da diplomação
b. Recebimento da denúncia pelo STF
c. Casa delibera por maioria absoluta
d. Diplomação até o término do mandato
PRERROGATIVA DE FORO (art. 53, §1º, da CF)
1. Foro privilegiado no STF:
a. Regra da atualidade do mandato
b. Cancelamento da Súmula 394, STF
c. Lei 10628/02 e ADI 2797
Outras GARANTIAS:
a) Sigilo de fonte (art. 53, §6º, CF)
b) Suspensão das imunidades durante a vigência de estado de sítio (art. 53, §8º, CF)
Cabe renúncia das imunidades?
As imunidades estendem-se aos suplentes?
Hipóteses que não caracterizam perda do mandato (art. 56, CF):
a) Convocação do suplente (art. 56, §1º, CF)
b) Inexistência de suplente e nova eleição (art. 56, §2º, CF)
PERDA DO MANDATO (art. 55, CF)
CASSAÇÃO 
Art. 55, I (infringir as proibições do art. 54), II (quebra de decoro parlamentar) e VI (condenação criminal transitada em julgado)
EXTINÇÃO 
Art. 55, III (deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa salvo licença ou missão autorizada), IV (perda ou suspensão de direitos políticos) e V (quando decretar a justiça eleitoral)
O PODER LEGISLATIVO ESTADUAL (art. 27, CF)
1. Unicameralismo
2. Número de deputados estaduais (27, caput)
3. Estatuto dos parlamentares (27, §1º, CF)
O PODER LEGISLATIVO DISTRITAL (art. 32, §3º,CF)
1. Unicameralismo
2. Número de deputados distritais = 8 X 3 = 24
3. Estatuto dos parlamentares (27, §1º, CF)
O PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL (art. 29, incisos IV, VI, VII, VIII e IX, CF)
1. Unicameralismo
2. Número de vereadores (art. 29)
3. Estatuto dos parlamentares (29, VIII, IX, CF)
PODER EXECUTIVO
- Presidencialismo e Parlamentarismo
- Origem e evolução histórica
- Principais Caracterı́sticas e diferenças
- Teoria da separação dos Poderes
Parlamentarismo:
O sistema parlamentarista ou parlamentarismo, desenvolvido na Inglaterra paulatinamente, é um sistema de governo no qual o poder Executivo depende do apoio direto ou indireto do parlamento para ser constituído e para governar. Não há, neste sistema de governo, uma separação nítida entre os poderes Executivo e Legislativo, ao contrário do que ocorre no presidencialismo. Em geral, os membros do parlamento são eleitos pelo voto popular. Após as eleições legislativas, escolhe-se o chefe de governo – o primeiro-ministro - geralmente por convite formulado pelo chefe de Estado ao representante da maioria no parlamento, com aprovação daquela câmara.
O parlamentarismo pode se apresentar de duas formas. Na República Parlamentarista, o chefe de Estado, com poder de governar, é um presidente nomeado pelo parlamento, por tempo determinado. Nas monarquias parlamentaristas, o chefe de Estado é o monarca, que assume de forma hereditária. Neste último caso, o chefe de governo, que governa de fato, é um primeiro-ministro, também chamado de chanceler. Não obstante haver nascido na Inglaterra, onde coexistem a monarquia e o sistema bipartidário, o parlamentarismo foi implantado também em Estados que têm governo republicano e sistema pluripartidário, o que obrigou a certas adaptações, indispensáveis para possibilitar o funcionamento do sistema. 
Em linhas gerais, são as seguintes características do parlamentarismo:
1 – Distinção entre Chefe de Estado e Chefe de Governo: 
	
Chefe de Estado – monarca ou Presidente da República, não participa das decisões políticas, exercendo preponderantemente uma função de representação do Estado. Assim, sendo secundária sua posição, em termos políticos, é normal nas repúblicas parlamentares que sua escolha sejafeita por eleição no Parlamento e que seu mandato seja relativamente longo. Outrossim, o Chefe de Estado (monarca ou Presidente) é uma figura importante pois, alheio às disputas políticas e, além de representar o Estado no campo internacional, cabe a ele indicar o Primeiro Ministro à aprovação do Parlamento.
Chefe de Governo – Primeiro Ministro – é a figura central do parlamentarismo, pois é ele que exerce o Poder Executivo. Como já dito, ele é indicado pelo Chefe de Estado para compor o Parlamento e só pode assumir a chefia do governo e permanecer nela com a aprovação da maioria parlamentar. Uma vez aprovado pelo Parlamento, o Primeiro Ministro não tem mandato com prazo determinado, podendo permanecer no cargo por alguns dias ou por muitos anos.
2 – Manutenção ou demissão do Primeiro Ministro:
3 – Possibilidade de dissolução do parlamento:
4 – Parlamentarismo monista ou dualista:
5 – O Parlamentarismo no Brasil
A experiência parlamentarista no Brasil  tem início  com D. Pedro I, sendo aperfeiçoada por seu filho D. Pedro II.  Alguns historiadores sustentam que o parlamentarismo surgiu somente com D. Pedro II. Não resta duvida que o período da monarquia constitucional, ou período regencial, o sistema parlamentarista dominou o cenário político brasileiro, mais propriamente no “segundo Império”. A nossa Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, atendeu o modelo de outras constituições monárquicas europeias do século XIX, consagrando no seu texto uma monarquia constitucional, tendo como legítimos detentores da soberania nacional o imperador e o parlamento, denominado de Assembleia Geral.  A Assembleia Geral ou parlamento possuía uma estrutura bicameral, ou seja, “a câmara dos deputados, eletiva e temporária e o senado, composto por membros vitalícios, designados pelo imperador. Com a República, sucumbe o parlamentarismo no Brasil. Porém, o sistema parlamentarista, volta no período de 1961 e vai até 1963.
SEPARAÇÃO DE PODERES
Origem histórica e fundamento constitucional
AULA 4: PODER EXECUTIVO (CONTINUAÇÃO).
PODER EXECUTIVO FEDERAL
O Poder Executivo no âmbito Federal, conforme estabelece o art. 76, CRFB/88, é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
Processo eleitoral.
Inicialmente, vejamos as condições de elegibilidade e candidatura do Presidente e do Vice-Presidente:
ser brasileiro nato (art. 12, § 3º, I);
Estar em pleno exercício dos direitos políticos (art. 14 § 3º , II);
Alistamento eleitoral (art. 14 § 3º , III);
Domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14 § 3º , IV);
Filiação partidária (art. 14 § 3º , V, e 77, § 2º);
Idade mínima de 35 anos (art. 14 § 3º , VI, a);
Não ser inalistável nem analfabeto (art. 14 § 4º);
Não ser inelegível nos termos do art. 14 § 7º;
Não estar incurso nas hipóteses da Lei Complementar n.º 135/10 (hipóteses que impedem a candidatura).
As regras para eleição do Presidente e Vice-Presidente da República estão previstas no art. 77 da CRFB/88:
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
§ 1º - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.
§ 2º - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
§ 3º - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
§ 4º - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 5º - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
OBS: O art. 77, caput, com a redação atribuída pela EC 16/97, determinou que a eleição presidencial se faça no primeiro e último domingos de outubro, em primeiro e segundo turnos (quando houver), do ano anterior ao término do mandato presidencial vigente. Acontece que os parlamentares se esqueceram de alterar, também, o § 3º do mesmo dispositivo, que determina que a eleição em segundo turno seja feita vinte dias após a proclamação do resultado do primeiro tuno. O que deve prevalecer?
Posse e mandato.
	
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional (sessão extraordinária – art. 57, § 6º, inciso I, CRFB/88 – posse – 1º de janeiro – art. 82 CRFB/88), prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
O mandato do Presidente da República é de 4 anos, tendo início em 1º de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição (art. 82), sendo permitida uma reeleição para um único período subsequente, em decorrência da EC 16/97, nos termos do art. 14, §5º, da CRFB/88.
Impedimento e vacância dos cargos.
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no caso de vaga, o Vice-Presidente.
VAGA					IMPEDIMENTO
 Definitivo				 Temporário
 - Cassação				 - Doença
 - Renúncia				 - Férias
 - Morte
O Presidente da República será sucedido pelo Vice-Presidente no caso de vaga, ou substituído, no caso de impedimento. A vacância nos dá uma ideia de impossibilidade definitiva para assunção do cargo (cassação, renúncia ou morte), enquanto a substituição tem caráter temporário (por exemplo: doença, férias, etc.). Assim, tanto na vacância como no impedimento, o Vice-Presidente assumirá o cargo, na primeira hipótese até o final do mandato e, no caso de impedimento, enquanto este durar.
O cargo também será declarado vago, tanto do Presidente como do Vice-Presidente, se deixarem de assumi-lo no prazo de 10 dias contados da data fixada para a posse, salvo motivo de força maior (art. 78, parágrafo único, c/c art. 79, caput), lembrando que será declarada a perda do cargo se o Presidente ou o Vice-Presidente da República ausentarem-se do País por prazo superior a quinze dias, sem licença do Congresso Nacional – art. 83, CRFB/88.
Em caso de impedimento ou vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente, utilizaremos os comandos dos arts. 80 e 81.
Impedimento de ambos – art. 80 – sucessivamente e temporariamente;
Vacância de ambos – arts. 80 (sucessivamente e temporariamente) e art. 81:
	dois primeiros anos – eleição direta 90 dias após aberta a última vaga.
	dois últimos anos – eleição indireta (exceção ao art. 14, caput) 30 dias após aberta a última vaga.
Atribuições conferidas ao Presidente.
O art. 84 da CRFB/88 atribui ao Presidente da República competências privativas, tanto de natureza de Chefe de Estado (representando a República nas relações internacionais e, internamente, sua unidade) como de Chefe de Governo (praticando atos de gestão e de natureza política).
Nos termos do inciso XXVII do mesmo dispositivo, a competência do Presidente não se limita ao rol ali posto, tratando-se, no caso, de rol exemplificativo.
Outrossim, nos termos do parágrafo único, poderá o Presidente delegar algumas atribuições de sua competência.
Ministros de Estado.
Os Ministros de Estado são auxiliares do Presidenteno exercício do Poder Executivo (art. 76), e na direção superior da administração federal (art. 84, II). São escolhidos pelo Presidente da República, que os nomeia, podendo ser exonerados a qualquer tempo, ad nutum, não tendo qualquer estabilidade (art. 84, I).
Requisitos para o cargo de Ministros de Estado.
Nos termos do art. 87 da CRFB/88, os requisitos para assumir o cargo de provimento em comissão são:
1 – ser brasileiro (nato o naturalizado, exceto para o cargo de Ministro de Estado da Defesa – art. 12, §3º, inciso VII);
2 – ter mais de 21 anos de idade;
3 – estar no exercício dos direitos políticos.
Atribuições dos Ministros de Estado.
Compete aos Ministros de Estado, além de outras atribuições estabelecidas na Constituição e na lei, as elencadas no parágrafo único do art. 87:
1 – exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;
OBS: Michel Temer entende pela nulidade dos atos do Presidente no caso de não serem referendados, devido à expressa previsão em norma constitucional originária. José Afonso da Silva entende que a ausência de referendo não gera nulidade, opinando pela validade e eficácia do ato.
2 – expedir instruções para a execução de leis, decretos e regulamentos;
OBS: no caso de instrução à lei, esta somente terá lugar se não houver decreto executivo do art. 84, inciso IV.
3 – apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
4 – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.
Ministros de Estado – responsabilidade e juízo competente.
Os Ministros de Estado cometem crime de responsabilidade nas seguintes situações:
a) quando convocados pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal ou qualquer de suas Comissões, para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado e inerentes às suas atribuições e deixarem de comparecer, salvo justificação adequada (arts. 50, caput e 58, III).
b) Quando as Mesas da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal encaminharem pedidos escritos de informações aos Ministros de Estado e estes se recusarem a fornecê-las, não atenderem ao pedido no prazo de 30 dias, ou prestarem informações falsas (art. 50, §2º)
c) Quando praticarem crimes de responsabilidade conexos e da mesma natureza com os crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da República (art. 52, I, c/c art. 85).
No caso de crime de responsabilidade praticado sem qualquer conexão com o Presidente da República e nos crimes comuns, os Ministros de Estado serão processados e julgados perante o STF, nos termos do art. 102, I, “c”.
Na hipótese de crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente da República o órgão julgador será o Senado Federal , nos termos do art. 52, I, e parágrafo único.
Conselho da República.
O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República (art. 89, caput), sendo que suas manifestações não terão, em nenhuma hipótese, caráter vinculatório aos atos a serem tomados pelo Presidente da República.
Será convocado e presidido pelo Presidente da República (art. 84, XVIII) e somente nesta oportunidade desempenhará suas funções.
Composição do Conselho da República.
Nos termos do art. 89, participam do Conselho:
I – o Vice-Presidente da República;
II – o Presidente da Câmara dos Deputados;
III – o Presidente do Senado Federal;
IV – os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V – os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI – o Ministro da Justiça;
VII – 6 cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de idade, sendo 2 nomeados pelo Presidente da República, 2 eleitos pelo Senado Federal e 2 eleitos pela Câmara dos Deputados, com mandado de 3 anos, vedada a recondução.
A Lei n.º 8.041/90 regulamenta a organização e funcionamento do Conselho da República. Vejamos os dispositivos:
Conselho da República – Lei n.º 8.041/90.
Art. 1º O Conselho da República, órgão superior de consulta do Presidente da República, tem sua organização e funcionamento estabelecidos nesta lei.
Art. 2º Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
	I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
	II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
Art. 3º O Conselho da República é presidido pelo Presidente da República e dele participam:
	... Repete dispositivo constitucional..
§ 1º Nos impedimentos, por motivo de doença ou ausência do País, dos membros referidos nos incisos II a VI deste artigo, serão convocados os que estiverem no exercício dos respectivos cargos ou funções.
§ 2º Os membros referidos no inciso VII deste artigo, terão suplentes, com eles juntamente nomeados ou eleitos, os quais serão convocados nas situações previstas no parágrafo anterior.
§ 3º O tempo de mandato referido no inciso VII deste artigo será contado a partir da data da posse dos Conselheiro.
§ 4º A participação no Conselho da República é considerada atividade relevante e não remunerada.
§ 5º A primeira nomeação dos membros do Conselho a que se refere o inciso VII deste artigo deverá ser realizada até 30 (trinta) dias após a entrada em vigor desta lei.
§ 6º Até 15 (quinze) dias antes do término do mandato dos Conselheiros a que se refere o inciso VII deste artigo, a Presidência da República e cada uma das Casas do Congresso Nacional farão publicar, respectivamente, o nome dos cidadãos a serem nomeados e os eleitos para o Conselho da República.
Art. 4º Incumbe à Secretaria-Geral da Presidência da República prestar apoio administrativo ao Conselho da República, cabendo ao Secretário-Geral da Presidência da República secretariar-lhe as atividades.
Art. 5º O Conselho da República reunir-se-á por convocação do Presidente da República.
Parágrafo único. O Ministro de Estado convocado na forma do § 1º do art. 90 da Constituição Federal não terá direito a voto (não é o caso do Ministro da Justiça).
Art. 6º As reuniões do Conselho da República serão realizadas com o comparecimento da maioria dos Conselheiros.
Art. 7º O Conselho da República poderá requisitar de órgãos e entidades públicas as informações e estudos que se fizerem necessários ao exercício de suas atribuições.
Art. 8º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 9º Revogam-se as disposições em contrário.
Conselho de Defesa Nacional.
Também convocado e presidido pelo Presidente da República (art. 84, XVIII), é órgão de consulta deste último nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático e deles participam (art. 91):
I – o Vice-Presidente da República;
II – o Presidente da Câmara dos Deputados;
III – o Presidente do Senado Federal;
IV – o Ministro da Justiça;
V – o Ministro de Estado da Defesa;
VI – o Ministro das Relações Exteriores;
VII – o Ministro do Planejamento;
VIII – os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
A Lei n.º 8.183/91 regula a organização e funcionamento desse Conselho. Vejamos os dispositivos que interessam:
Art. 2º, §3º - O Conselho de Defesa Nacional terá uma Secretaria-Executiva para execução das atividades permanentes necessárias ao exercício de sua competência constitucional.
Parágrafo único do art. 3º - O Presidente da República poderá ouvir o Conselho de Defesa Nacional mediante consulta feita separadamente a cada um dos seus membros, quando a matéria não justificar a sua convocação. 
Art. 5° O exercício da competência do Conselho de Defesa Nacional pautar-se-á no conhecimento das situações nacional e internacional, com vistas ao planejamento e à condução política e da estratégia para a defesa nacional.
Parágrafo único. As manifestações do Conselho deDefesa Nacional serão fundamentadas no estudo e no acompanhamento dos assuntos de interesse da independência nacional e da defesa do estado democrático, em especial os que se refere:
I - à segurança da fronteira terrestre, do mar territorial, do espaço aéreo e de outras áreas indispensáveis à defesa do território nacional;
II - quanto à ocupação e à integração das áreas de faixa de fronteira;
III - quanto à exploração dos recursos naturais de qualquer tipo e ao controle dos materiais de atividades consideradas do interesse da defesa nacional.	
Art. 6o Os órgãos e as entidades de Administração Federal realizarão estudos, emitirão pareceres e prestarão toda a colaboração de que o Conselho de Defesa Nacional necessitar, mediante solicitação de sua Secretaria-Executiva. 
Art. 7° A participação, efetiva ou eventual, no Conselho de Defesa Nacional, constitui serviço público relevante e seus membros não poderão receber remuneração sob qualquer título ou pretexto.
Art. 8° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 9° Revogam-se as disposições em contrário.
Crimes de Responsabilidade do Presidente.
Infrações político-administrativas, portanto, crimes de natureza política, que desaguam em processo de impeachment.
O art. 85 prescreve que os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição serão considerados crimes de responsabilidade. Exemplifica como hipóteses de crime de responsabilidade os atos que atentarem contra:	
a) a existência da União; 
b) o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
c) o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
d) a segurança interna do País;
e) a probidade na administração;
f) a lei orçamentária;
g) o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Recepcionada em grande parte pela CR/88 (art. 85, caput), a Lei n.º 1.079/50, estabelecendo normas de processo e julgamento, foi alterada pela Lei n.º 10.028/2000, que ampliou o rol de infrações político-administrativas, em relação aos crimes contra lei orçamentária.
Nos termos do art. 52, incisos I e II, outros, como o Vice-Presidente da República, podem ser responsabilizados politicamente e destituídos de seus respectivos cargos através do processo de impeachment.
Procedimento de impeachment – Lei n.º 1.079/50.
	
O procedimento é chamado de bifásico, composto de uma fase preambular, denominada juízo de admissibilidade do processo, na Câmara dos Deputados e por uma fase final, em que ocorrerá o processo propriamente dito e o julgamento, no Senado Federal.
Procedimento de impeachment – Lei n.º 1.079/50 – procedimento na Câmara dos Deputados.
	
Nessa fase inicial, a Câmara dos Deputados declarará procedente o não a acusação, admitindo o processo e julgamento pelo Senado Federal.
A acusação poderá ser formalizada por qualquer cidadão no pleno gozo de seus direitos políticos. A partir desse momento, o Presidente da República já passará a figurar na condição de acusado, sendo-lhe, portanto, asseguradas as garantias constitucionais.
A Câmara poderá, pela maioria qualificada de 2/3, autorizar a instauração do processo, admitindo a acusação que está sendo imputada, para que seja processado e julgado pelo Senado (art. 86, caput).
Procedimento de impeachment – Lei n.º 1.079/50 – procedimento no Senado Federal.
	
Autorizado ao julgamento pela Câmara, o Senado deverá instaurar o processo sob a presidência do Presidente do STF (art. 52, parágrafo único, CRFB/88). Segundo José Afonso da Silva, não há liberalidade do Senado em decidir pela instauração ou não do processo.
Lembrando que, instaurado o processo, o Presidente ficará suspenso de suas funções pelo prazo de 180 dias. Se o julgamento não estiver concluído no aludido prazo, cessará o afastamento, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo, nos termos do art. 86, §1º, II e §2º.
A sentença condenatória materializar-se-á mediante resolução do Senado Federal, que somente será proferida por 2/3 dos votos, limitando-se a condenação à perda do cargo e inabilitação para o exercício de qualquer função pública (sejam decorrentes de concurso público, de confiança ou de mandato eletivo) por 8 anos, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis, nos termos do parágrafo único do art. 52 da CRFB/88.
Conforme dispõe o art. 15 da Lei n.º 1.079/50, “a denúncia só poderá ser recebido enquanto o denunciado não tiver, por qualquer motivo, deixado definitivamente o cargo”. Nesse sentido, o STF decidiu no MS 21.689-1, impetrado pelo então Presidente Fernando Collor de Mello, que a renúncia ao cargo não extingue o processo quando já iniciado.
Cumpre lembrar que as decisões das Casas têm natureza política e não podem ser revistas, no que toca seu mérito, pelo Poder Judiciário.
Responsabilização do Presidente por Crimes comuns, competência e julgamento. - art. 102, I, “b”.
	
As regras procedimentais para o processamento dos crimes comuns estão previstas na Lei n.º 8.038/90 e nos arts. 230 a 246 do RISTF.
Também aplicamos aqui o art. 86, caput, da CRFB/88, uma vez que o recebimento da denúncia ou queixa-crime pelo STF depende de aprovação da Câmara dos Deputados, pelo quórum qualificado de 2/3 de seus membros.
A denúncia, nos casos de ação penal pública, será ofertada pelo Procurador-Geral da República, claro, uma vez formada a opinio delicti. 
De acordo com José Afonso da Silva, analisando a jurisprudência do STF, a expressão “crime comum” abrange todas as modalidades de infrações penais, estendendo-se aos delitos eleitorais, crimes dolosos contra a vida e contravenções.
Igualmente, nos termos do §2º do art. 86, e inciso I, o Presidente ficará suspenso de suas funções e, decorridos 180 dias, no caso, a partir do recebimento da denúncia ou queixa-crime, cessará seu afastamento, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
Por fim, cumpre observar que o Presidente somente poderá ser preso com o trânsito em julgado da sentença penal condenatória – art. 86, §3º.
PODER EXECUTIVO ESTADUAL
O Poder Executivo no âmbito estadual é exercido pelo Governador de Estado, auxiliado pelos Secretários de estado, sendo substituído (no caso de impedimento) ou sucedido (no caso de vaga), pelo Vice-Governador, com ele eleito.
Processo eleitoral.
Inicialmente, vejamos as condições de elegibilidade e candidatura do Governador e Vice-Governador:
ser brasileiro (art. 14, § 3º, I);
Estar em pleno exercício dos direitos políticos (art. 14 § 3º , II);
Alistamento eleitoral (art. 14 § 3º , III);
Domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14 § 3º , IV);
Filiação partidária (art. 14 § 3º , V, e 77, § 2º);
Idade mínima de 30 anos (art. 14 § 3º , VI, b);
Não ser inalistável nem analfabeto (art. 14 § 4º);
Não ser inelegível nos termos do art. 14 §§5º e 7º;
Não estar incurso nas hipóteses da Lei Complementar n.º 135/10 (hipóteses que impedem a candidatura).
	
As regras para eleição do Governador e Vice-Governador estão previstas no art. 28 da CRFB/88:
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.
Observando o art. 77, vemos o que também se aplica:
1- A eleição do Governador importará a do Vice-Governador com ele registrado.
2- Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
	
3 - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendoos dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
4 - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
5 - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
Posse e mandato.
Nos termos do art. 28, caput:
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 (reeleição – art. 14, §5º).
Perda do mandato.
Nos termos do art. 28, §1º:
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
Subsídios.
Nos termos do art. 28, §2º:
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
AULA 5:
PODER EXECUTIVO (CONTINUAÇÃO)
PODER EXECUTIVO FEDERAL (continuação)
Atribuições conferidas ao Presidente.
O art. 84 da CRFB/88 atribui ao Presidente da República competências privativas, tanto de natureza de Chefe de Estado (representando a República nas relações internacionais e, internamente, sua unidade) como de Chefe de Governo (praticando atos de gestão e de natureza política).
Nos termos do inciso XXVII do mesmo dispositivo, a competência do Presidente não se limita ao rol ali posto, tratando-se, no caso, de rol exemplificativo.
Outrossim, nos termos do parágrafo único, poderá o Presidente delegar algumas atribuições de sua competência.
Ministros de Estado.
Os Ministros de Estado são auxiliares do Presidente no exercício do Poder Executivo (art. 76), e na direção superior da administração federal (art. 84, II). São escolhidos pelo Presidente da República, que os nomeia, podendo ser exonerados a qualquer tempo, ad nutum, não tendo qualquer estabilidade (art. 84, I).
Requisitos para o cargo de Ministros de Estado.
Nos termos do art. 87 da CRFB/88, os requisitos para assumir o cargo de provimento em comissão são:
1 – ser brasileiro (nato o naturalizado, exceto para o cargo de Ministro de Estado da Defesa – art. 12, §3º, inciso VII);
2 – ter mais de 21 anos de idade;
3 – estar no exercício dos direitos políticos.
Atribuições dos Ministros de Estado.
Compete aos Ministros de Estado, além de outras atribuições estabelecidas na Constituição e na lei, as elencadas no parágrafo único do art. 87:
1 – exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;
OBS: Michel Temer entende pela nulidade dos atos do Presidente no caso de não serem referendados, devido à expressa previsão em norma constitucional originária. José Afonso da Silva entende que a ausência de referendo não gera nulidade, opinando pela validade e eficácia do ato.
2 – expedir instruções para a execução de leis, decretos e regulamentos;
OBS: no caso de instrução à lei, esta somente terá lugar se não houver decreto executivo do art. 84, inciso IV.
3 – apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
4 – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.
Ministros de Estado – responsabilidade e juízo competente.
Os Ministros de Estado cometem crime de responsabilidade nas seguintes situações:
a) quando convocados pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal ou qualquer de suas Comissões, para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado e inerentes às suas atribuições e deixarem de comparecer, salvo justificação adequada (arts. 50, caput e 58, III).
b) Quando as Mesas da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal encaminharem pedidos escritos de informações aos Ministros de Estado e estes se recusarem a fornecê-las, não atenderem ao pedido no prazo de 30 dias, ou prestarem informações falsas (art. 50, §2º)
c) Quando praticarem crimes de responsabilidade conexos e da mesma natureza com os crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da República (art. 52, I, c/c art. 85).
No caso de crime de responsabilidade praticado sem qualquer conexão com o Presidente da República e nos crimes comuns, os Ministros de Estado serão processados e julgados perante o STF, nos termos do art. 102, I, “c”.
Na hipótese de crimes de responsabilidade conexos com os do Presidente da República o órgão julgador será o Senado Federal , nos termos do art. 52, I, e parágrafo único.
Conselho da República.
O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República (art. 89, caput), sendo que suas manifestações não terão, em nenhuma hipótese, caráter vinculatório aos atos a serem tomados pelo Presidente da República.
Será convocado e presidido pelo Presidente da República (art. 84, XVIII) e somente nesta oportunidade desempenhará suas funções.
Composição do Conselho da República.
Nos termos do art. 89, participam do Conselho:
I – o Vice-Presidente da República;
II – o Presidente da Câmara dos Deputados;
III – o Presidente do Senado Federal;
IV – os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V – os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI – o Ministro da Justiça;
VII – 6 cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de idade, sendo 2 nomeados pelo Presidente da República, 2 eleitos pelo Senado Federal e 2 eleitos pela Câmara dos Deputados, com mandado de 3 anos, vedada a recondução.
A Lei n.º 8.041/90 regulamenta a organização e funcionamento do Conselho da República. Vejamos os dispositivos:
Conselho da República – Lei n.º 8.041/90.
Art. 1º O Conselho da República, órgão superior de consulta do Presidente da República, tem sua organização e funcionamento estabelecidos nesta lei.
Art. 2º Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
	I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
	II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
Art. 3º O Conselho da República é presidido pelo Presidente da República e dele participam:
	... Repete dispositivo constitucional..
§ 1º Nos impedimentos, por motivo de doença ou ausência do País, dos membros referidos nos incisos II a VI deste artigo, serão convocados os que estiverem no exercício dos respectivos cargos ou funções.
§ 2º Os membros referidos no inciso VII deste artigo, terão suplentes, com eles juntamente nomeados ou eleitos, os quais serão convocados nas situações previstas no parágrafo anterior.
§ 3º O tempo de mandato referido no inciso VII deste artigo será contado a partir da data da posse dos Conselheiro.
§ 4º A participação no Conselho da República é considerada atividade relevante e não remunerada.
§ 5º A primeira nomeação dos membros do Conselho a que se refere o inciso VII deste artigo deverá ser realizada até 30 (trinta) dias após a entrada em vigor desta lei.
§ 6º Até 15 (quinze) dias antes do término do mandato dos Conselheiros a que se refere o inciso VII deste artigo, a Presidência da República e cada uma das Casas do Congresso Nacional farão publicar, respectivamente, o nome dos cidadãos a serem nomeados e os eleitos para o Conselho da República.
Art. 4º Incumbe à Secretaria-Geral da Presidênciada República prestar apoio administrativo ao Conselho da República, cabendo ao Secretário-Geral da Presidência da República secretariar-lhe as atividades.
Art. 5º O Conselho da República reunir-se-á por convocação do Presidente da República.
Parágrafo único. O Ministro de Estado convocado na forma do § 1º do art. 90 da Constituição Federal não terá direito a voto (não é o caso do Ministro da Justiça).
Art. 6º As reuniões do Conselho da República serão realizadas com o comparecimento da maioria dos Conselheiros.
Art. 7º O Conselho da República poderá requisitar de órgãos e entidades públicas as informações e estudos que se fizerem necessários ao exercício de suas atribuições.
Art. 8º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 9º Revogam-se as disposições em contrário.
Conselho de Defesa Nacional.
Também convocado e presidido pelo Presidente da República (art. 84, XVIII), é órgão de consulta deste último nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático e deles participam (art. 91):
I – o Vice-Presidente da República;
II – o Presidente da Câmara dos Deputados;
III – o Presidente do Senado Federal;
IV – o Ministro da Justiça;
V – o Ministro de Estado da Defesa;
VI – o Ministro das Relações Exteriores;
VII – o Ministro do Planejamento;
VIII – os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
A Lei n.º 8.183/91 regula a organização e funcionamento desse Conselho. Vejamos os dispositivos que interessam:
Art. 2º, §3º - O Conselho de Defesa Nacional terá uma Secretaria-Executiva para execução das atividades permanentes necessárias ao exercício de sua competência constitucional.
Parágrafo único do art. 3º - O Presidente da República poderá ouvir o Conselho de Defesa Nacional mediante consulta feita separadamente a cada um dos seus membros, quando a matéria não justificar a sua convocação. 
Art. 5° O exercício da competência do Conselho de Defesa Nacional pautar-se-á no conhecimento das situações nacional e internacional, com vistas ao planejamento e à condução política e da estratégia para a defesa nacional.
Parágrafo único. As manifestações do Conselho de Defesa Nacional serão fundamentadas no estudo e no acompanhamento dos assuntos de interesse da independência nacional e da defesa do estado democrático, em especial os que se refere:
I - à segurança da fronteira terrestre, do mar territorial, do espaço aéreo e de outras áreas indispensáveis à defesa do território nacional;
II - quanto à ocupação e à integração das áreas de faixa de fronteira;
III - quanto à exploração dos recursos naturais de qualquer tipo e ao controle dos materiais de atividades consideradas do interesse da defesa nacional.	
Art. 6o Os órgãos e as entidades de Administração Federal realizarão estudos, emitirão pareceres e prestarão toda a colaboração de que o Conselho de Defesa Nacional necessitar, mediante solicitação de sua Secretaria-Executiva. 
Art. 7° A participação, efetiva ou eventual, no Conselho de Defesa Nacional, constitui serviço público relevante e seus membros não poderão receber remuneração sob qualquer título ou pretexto.
Art. 8° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 9° Revogam-se as disposições em contrário.
Crimes de Responsabilidade do Presidente.
Infrações político-administrativas, portanto, crimes de natureza política, que desaguam em processo de impeachment.
O art. 85 prescreve que os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição serão considerados crimes de responsabilidade. Exemplifica como hipóteses de crime de responsabilidade os atos que atentarem contra:	
a) a existência da União; 
b) o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
c) o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
d) a segurança interna do País;
e) a probidade na administração;
f) a lei orçamentária;
g) o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Recepcionada em grande parte pela CR/88 (art. 85, caput), a Lei n.º 1.079/50, estabelecendo normas de processo e julgamento, foi alterada pela Lei n.º 10.028/2000, que ampliou o rol de infrações político-administrativas, em relação aos crimes contra lei orçamentária.
Nos termos do art. 52, incisos I e II, outros, como o Vice-Presidente da República, podem ser responsabilizados politicamente e destituídos de seus respectivos cargos através do processo de impeachment.
Procedimento de impeachment – Lei n.º 1.079/50.
	
O procedimento é chamado de bifásico, composto de uma fase preambular, denominada juízo de admissibilidade do processo, na Câmara dos Deputados e por uma fase final, em que ocorrerá o processo propriamente dito e o julgamento, no Senado Federal.
Procedimento de impeachment – Lei n.º 1.079/50 – procedimento na Câmara dos Deputados.
	
Nessa fase inicial, a Câmara dos Deputados declarará procedente o não a acusação, admitindo o processo e julgamento pelo Senado Federal.
A acusação poderá ser formalizada por qualquer cidadão no pleno gozo de seus direitos políticos. A partir desse momento, o Presidente da República já passará a figurar na condição de acusado, sendo-lhe, portanto, asseguradas as garantias constitucionais.
A Câmara poderá, pela maioria qualificada de 2/3, autorizar a instauração do processo, admitindo a acusação que está sendo imputada, para que seja processado e julgado pelo Senado (art. 86, caput).
Procedimento de impeachment – Lei n.º 1.079/50 – procedimento no Senado Federal.
	
Autorizado ao julgamento pela Câmara, o Senado deverá instaurar o processo sob a presidência do Presidente do STF (art. 52, parágrafo único, CRFB/88). Segundo José Afonso da Silva, não há liberalidade do Senado em decidir pela instauração ou não do processo.
Lembrando que, instaurado o processo, o Presidente ficará suspenso de suas funções pelo prazo de 180 dias. Se o julgamento não estiver concluído no aludido prazo, cessará o afastamento, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo, nos termos do art. 86, §1º, II e §2º.
A sentença condenatória materializar-se-á mediante resolução do Senado Federal, que somente será proferida por 2/3 dos votos, limitando-se a condenação à perda do cargo e inabilitação para o exercício de qualquer função pública (sejam decorrentes de concurso público, de confiança ou de mandato eletivo) por 8 anos, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis, nos termos do parágrafo único do art. 52 da CRFB/88.
Conforme dispõe o art. 15 da Lei n.º 1.079/50, “a denúncia só poderá ser recebido enquanto o denunciado não tiver, por qualquer motivo, deixado definitivamente o cargo”. Nesse sentido, o STF decidiu no MS 21.689-1, impetrado pelo então Presidente Fernando Collor de Mello, que a renúncia ao cargo não extingue o processo quando já iniciado.
Cumpre lembrar que as decisões das Casas têm natureza política e não podem ser revistas, no que toca seu mérito, pelo Poder Judiciário.
Responsabilização do Presidente por Crimes comuns, competência e julgamento. - art. 102, I, “b”.
	
As regras procedimentais para o processamento dos crimes comuns estão previstas na Lei n.º 8.038/90 e nos arts. 230 a 246 do RISTF.
Também aplicamos aqui o art. 86, caput, da CRFB/88, uma vez que o recebimento da denúncia ou queixa-crime pelo STF depende de aprovação da Câmara dos Deputados, pelo quórum qualificado de 2/3 de seus membros.
A denúncia, nos casos de ação penal pública, será ofertada pelo Procurador-Geral da República, claro, uma vez formada a opinio delicti. 
De acordo com José Afonso da Silva, analisando a jurisprudência do STF, a expressão “crime comum” abrange todas as modalidades de infrações penais, estendendo-se aos delitos eleitorais, crimes dolosos contra a vida e contravenções.
Igualmente, nos termos do §2º do art. 86, e inciso I, o Presidente ficarásuspenso de suas funções e, decorridos 180 dias, no caso, a partir do recebimento da denúncia ou queixa-crime, cessará seu afastamento, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
Por fim, cumpre observar que o Presidente somente poderá ser preso com o trânsito em julgado da sentença penal condenatória – art. 86, §3º.
PODER EXECUTIVO ESTADUAL
O Poder Executivo no âmbito estadual é exercido pelo Governador de Estado, auxiliado pelos Secretários de estado, sendo substituído (no caso de impedimento) ou sucedido (no caso de vaga), pelo Vice-Governador, com ele eleito.
Processo eleitoral.
Inicialmente, vejamos as condições de elegibilidade e candidatura do Governador e Vice-Governador:
ser brasileiro (art. 14, § 3º, I);
Estar em pleno exercício dos direitos políticos (art. 14 § 3º , II);
Alistamento eleitoral (art. 14 § 3º , III);
Domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14 § 3º , IV);
Filiação partidária (art. 14 § 3º , V, e 77, § 2º);
Idade mínima de 30 anos (art. 14 § 3º , VI, b);
Não ser inalistável nem analfabeto (art. 14 § 4º);
Não ser inelegível nos termos do art. 14 §§5º e 7º;
Não estar incurso nas hipóteses da Lei Complementar n.º 135/10 (hipóteses que impedem a candidatura).
	
As regras para eleição do Governador e Vice-Governador estão previstas no art. 28 da CRFB/88:
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77.
Observando o art. 77, vemos o que também se aplica:
1- A eleição do Governador importará a do Vice-Governador com ele registrado.
2- Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.
	
3 - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
4 - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
5 - Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
Posse e mandato.
Nos termos do art. 28, caput:
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 (reeleição – art. 14, §5º).
Perda do mandato.
Nos termos do art. 28, §1º:
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
Subsídios.
Nos termos do art. 28, §2º:
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
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