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Ergonomia em Odontologia

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ERGONOMIA EM ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O CONSULTÓRIO: 
 
 
 
SUA INSTALAÇÃO, 
O AMBIENTE FÍSICO 
DE TRABALHO, 
 O EQUIPAMENTO 
E A DISTRIBUIÇÃO 
NA SALA CLÍNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WILSON GALVÃO NARESSI 
 
 
 
 
 
 
 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À Suely, 
Esposa e companheira, incentivadora de um trabalho profícuo; 
 
 
 
 
Aos nossos filhos, 
Paulo Eduardo, Fernando Augusto e Ana Luísa, razão de tudo. 
Que possamos servir-lhes de exemplo; 
 
 
 
A todos que, ao se preocuparem com a educação continuada, possam realizar a prática 
odontológica da maneira a mais racional e produtiva, pois 
 
 
“O objetivo da educação é despertar no indivíduo toda a perfeição de que ele seja capaz.” 
(Kant) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
GNATUS 
 
“A ERGONOMIA NA SUA PLENITUDE” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO 04 
A ERGONOMIA APLICADA À ODONTOLOGIA 05 
A LOCALIZAÇÃO PROFISSIONAL 06 
A INSTALAÇÃO DO CONSULTÓRIO 07 
O AMBIENTE FÍSICO DE TRABALHO 13 
A SIMPLICAÇÃO DO TRABALHO 16 
O EQUIPAMENTO DE CONCEPÇÃO ERGONÔMICA 18 
DISTRIBUIÇÃO RACIONAL DO EQUIPAMENTO E INSTRUMENTAL 25 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Os recentes acontecimentos econômicos abalaram praticamente todos os tipos de 
atividades profissionais. 
 A Odontologia, inclusive, ressentiu-se grandemente desse quadro. No entanto, em 
época de incertezas, há que se driblar a crise. 
 Algumas propostas serão apresentadas no sentido de que, adaptadas às 
realidades individuais, possam contribuir como diretriz para uma tomada de posição. 
 Sem dúvidas, o grande objetivo é o êxito profissional. 
 Este compõe-se, em essência, de dois expressivos fatores: o êxito tecno-científico-
cultural, aliado à satisfação financeira decorrente. 
 Você, recém-formado ou mesmo já militando há mais tempo na Odontologia, saiba 
que a educação continuada do que aprendeu na Faculdade é fundamental para 
consolidar seu conhecimento. Esta profissão, entre todas as demais, talvez seja a que foi 
contemplada com o maior avanço tecno-científico. Não se esqueça de que há cerca de 
mil resultados de pesquisa publicados mensalmente nas revistas especializadas. Só 
depende de você querer saber mais e mais. 
 Jamais se deva descuidar da cultura. Ela é a base de todo o conhecimento, ao 
qual o da Odontologia vem complementar. Não seja apenas um técnico Cirurgião- 
Dentista. 
 O êxito financeiro decorre da preparação que você tenha em termos 
administrativos. A globalização, mola mestra das últimas décadas, obriga o indivíduo a 
mostrar toda a sua criatividade. Atualmente, para ser um Cirurgião-Dentista, o indivíduo 
deve ter conhecimento de Ergonomia, Administração, Economia, Direito, Sociologia, 
Psicologia e Biossegurança. Não se esqueça também de que o marketing, palavra de 
ordem na atualidade, aplica-se integralmente à Odontologia. Saiba ser bom profissional e 
bom administrador. O sucesso estará garantido! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
A ERGONOMIA APLICADA À ODONTOLOGIA 
 
Generalidades 
 
 Desde o despontar da História, o homem vem lutando para avaliar o fardo de seus 
esforços diários; considerada a longa extensão do percurso feito, seu progresso tem sido 
constante e seguro. 
 Muito desse progresso se deve à aplicação de certos princípios aos projetos de 
máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança, 
saúde, conforto e eficiência do trabalho. 
 Esses princípios estão regidos por um conjunto de regras que recebe o nome 
genérico de Ergonomia. 
 
O que é Ergonomia? 
 
 A Ergonomia (ergon – trabalho; nomos – regras) é a “ciência que estuda as leis 
naturais do trabalho humano”, isto é, a interação do homem ao ambiente de trabalho e 
deste ao homem. 
 Permite estudar o trabalho em termos do “sistema homem-máquina-ambiente”. 
Assim, configura-se a vastidão poliprofissional que compõe a Ergonomia: o homem, 
mediante a aplicação de conhecimentos de psicologia, anatomia, fisiologia, antropometria, 
toxicologia, biomecânica; a máquina, com conhecimentos de desenho industrial 
engenharia mecânica, eletrônica, informática e gerência industrial; e o ambiente, através 
da adequação de fatores como iluminação, temperatura, ruídos e cores. 
 Quando todo esse conjunto atua harmonicamente tem-se o trabalho sendo 
produzido da maneira mais natural possível, com qualidade de vida da equipe 
profissional. 
 Na maioria das vezes, nota-se que o profissional CD está muito mais preocupado 
com o que está fazendo do que como está fazendo. 
 Assim, doenças do sistema ósteo-muscular (dores nas costas, bursite, 
tenossinovites) e as psicológicas (estresse, p. ex.) podem ser atribuídas ao mau projeto e 
ao uso inadequado de equipamentos, sistemas e tarefas. 
 A Ergonomia contribui decisivamente para reduzir esses problemas. Na 
atualidade, os equipamentos odontológicos são muito bem projetados. Resta, portanto, 
fazer com que sejam adequadamente utilizados, para que os sistemas se tornem eficazes 
e as tarefas ou ações sejam produtivas. 
 Em Odontologia, a Ergonomia tem como objetivos racionalizar o trabalho, eliminar 
manobras não produtivas, produzir mais e melhor na unidade de tempo, proporcionar 
maior conforto e segurança ao paciente. 
 Órgãos internacionais como IEA (International Ergonomics Association), ISO 
(Internacional Standardization Organization) e FDI (Federation Dentaire International) 
homologaram as normas e diretrizes oficiais extraídas das conclusões de estudos, bem 
como catalogaram os conceitos ergonômicos aplicados à Odontologia. 
 Embora fundamentais à boa prática odontológica, notam-se serem escassos os 
cursos de Odontologia que oferecem uma Disciplina ou mesmo um conteúdo 
programático que contemple esses conhecimentos. 
 6 
 Assim, este manual destina-se a orientar o futuro profissional, bem como o recém-
formado ou mesmo o profissional com mais tempo de graduação, na prática de uma 
Odontologia mais produtiva, visto que racionalizada. 
 
 
A LOCALIZAÇÃO PROFISSIONAL 
 
 Sem dúvida, a pesquisa de mercado para instalar-se profissionalmente é 
fundamental. 
 Objetivos que devam nortear aquele que busca onde iniciar sua vida profissional: 
para onde vou? Como proceder? Quando chegarei lá? Que tipo de clínica pretendo? 
Quais os meios? Quais as etapas? 
 A pesquisa de mercado visa coletar informações de natureza profissional, social e 
cultural. 
 Entidades como IBGE, CFO, APCD, ABO, Prefeituras, entre outras, podem 
contemplar dados a respeito da relação habitantes/ profissionais CD, especialidades nas 
cidades-alvo da pesquisa, existência de serviços públicos (Divisão Odontológica do 
Estado e das Prefeituras) e assistenciais (SESC, Sindicatos e outros) que podem acenar 
com a possibilidade de um emprego inicial, como base para firmar-se profissionalmente 
no local. Há que verificar-se o número e tipo e laboratórios e casas de artigos 
odontológicos; tipo e diversificação de comércio, número de agências bancárias (indicam 
a potencialidade econômica da região). Atente-se para os serviços de saúde local, bem 
como a qualidade dos serviços públicos. Importante a presença de lazer: clube sociais 
e/ou desportivos. Muito importante o nível e a qualidade dos recursos educacionais. Não 
se esqueça de que você poderá constituir sua família nesse local e esses recursos serão 
fundamentais na educação dos filhos. 
 Culminandoessa pesquisa, atente para o detalhamento cultural presente na 
cidade. Isto é importante na complementação de sua formação intelectual. 
 Definida a cidade, há que se eleger o ponto de instalação profissional. Centro ou 
bairro? Isto depende de seus objetivos e subjetivos. Edifício ou casa térrea? Ambos 
oferecem vantagens e desvantagens. Há que se pensar no fator segurança, nos custos 
de manutenção (condomínio e outras despesas), bem como na possibilidade de futura 
ampliação de suas instalações. Há que se pensar na facilidade de acesso e 
estacionamento de seus pacientes. Analisar-se o que é mais expressivo: fluxo de pessoas 
ou de veículos. Via do tipo bulevar (“calçadão”) ou rua/ avenida? Isto tudo irá influenciar 
integralmente a sua indicação profissional: onde e como colocar a sua placa indicativa? 
Em edifício, o saguão de entrada contém o painel indicativo. E se for em casa térrea? Não 
se esqueça de que sua indicação na fachada dos muros limitantes do imóvel, bem como a 
colocação de sua placa no jardim ou mesmo do tipo “totem” na calçada são muito 
estratégicos para a visualização de seus pretensos pacientes. 
 Saiba que a Portaria do CFO publicada em 01/08/98 liberou todas as formas de 
propaganda, inclusive outdoors. Apenas é vedado anunciar preços e forma de pagamento 
dos tratamentos. 
 Comunique-se! Saiba tornar-se conhecido! 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
 
 
 
A INSTALAÇÃO DO CONSULTÓRIO 
 
 Para obter a melhor distribuição de espaços no consultório, deverá ser escolhido 
um local que permita a instalação ergonômica dos equipamentos, propiciando condições 
ideais de ambientação e de integração ao trabalho, melhorando sua qualidade e 
produtividade. Por isto, a instalação do consultório demanda dois importantes fatores: a 
adequação do imóvel e a infra-estrutura (representada por água, ar comprimido e 
eletricidade). 
 A adequação do imóvel representa o primeiro passo. 
 Dependendo da cidade, existem edifícios onde se encontram salas previamente 
concebidas para consultórios odontológicos, com áreas que variam desde as 
necessidades mínimas para um CD (sala de recepção de 6 a 8m², sala de clínica com 
9m² e um sanitário com 2m², portanto, área total de 17 a 19m²: um pequeno grande 
mundo!), até à instalação ideal ou sofisticada: sala de recepção: 8m², sanitário de 
paciente: 2m², escritório: 6m², 2 salas de clínica: 9m² cada, sanitário da equipe: 4m², 
laboratório ou similar: 6m², copa: 4m². Portanto, serão 48m² totalmente aproveitáveis. 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
 
 
 
 
 
Em qualquer destas alternativas, há que se atentar para o fluxo interno: a 
disposição das salas deve ser bem elaborada, de modo a evitarem-se pontos de atrito 
entre os ocupantes. Muito importante a admissão do paciente: seu trajeto entre a entrada 
e seu atendimento deve ser mais curto, evitando-se sua circulação em diagonal pela sala 
de recepção. 
 9 
SALA DE RECEPÇÃO - esta é o primeiro ponto de contatarão entre o pretenso 
paciente e o consultório. Quanto mais adequado estiver o ambiente físico, mais agradável 
será a permanência de pessoas. 
Assim, a primeira preocupação é quanto à área a ser destinada à sala de 
recepção, em torno de 6 a 8m², de acordo com o fluxo de pacientes. O piso e paredes 
deverão ser revestidos em material refratário e de fácil limpeza. A escolha, por exemplo, 
de piso frio deverá ser muito criteriosa, pois este deve ser absolutamente não 
escorregadio. Da mesmo maneira, não se recomenda o uso de carpete ou forração 
similar, por razões óbvias: a probabilidade de retenção de poeiras e/ou manchamentos 
decorrentes do uso contínuo. Pisos tipo emborrachados tendem a sofrer desgaste nos 
locais de uso mais constante. 
A escolha poderá recair sobre materiais do tipo sintético simulando madeira, com 
muita variedade de padrões que certamente irão compor agradavelmente o ambiente. 
As paredes poderão ser simplesmente revestidas de massa corrida, pintadas com 
tinta acrílica, que permite fácil higienização. Também o revestimento de madeira sintética 
ou ampliações fotográficas devidamente impermeabilizadas compõem muito bem, aliados 
à facilidade de limpeza. 
Comodidades – sempre que possível, utilize apenas poltronas para individualizar 
cada usuário. Outra solução é utilizar-se banco de alvenaria contínuo, alternando-se um 
assento/ encosto com um revisteiro. Também muito importantes as variações necessárias 
para odontopediatria no caso de você atender adultos e crianças: estas necessitam 
identificar-se com o seu mundo, ou este local não oferecerá o menor atrativo para o 
pequeno paciente. 
Os detalhes de iluminação, temperatura, ruídos e cores serão detidamente 
analisados no capítulo “Ambiente físico e produtividade”. 
 
ESCRITÓRIO – Outra consideração igualmente importante é que o paciente não 
deva ter acesso direto da sala de recepção à sala de clínica, mas sim pelo escritório. 
Explica-se: quando este acesso se faz diretamente da recepção à sala clínica, corre-se o 
risco de a) constrangimento do paciente que está sendo atendido, no caso de um terceiro 
bater à porta por alguma razão e b) se este terceiro tomar conhecimento, visualmente, da 
intervenção que está sendo realizada no paciente, isto poderá caracterizar quebra de 
sigilo profissional (Art. 154 do Código Penal Brasileiro) com seriais implicações ao 
profissional. 
Assim, a presença do escritório contribui sobremaneira para: a) ser uma área 
neutra entre o ambiente social – sala de recepção – e o ambiente profissional – sala de 
clínica; b) primeiros contatos entre o profissional e um pretenso paciente; c) fazer-se o 
inquérito de saúde, inclusive obtendo-se o perfil psicológico deste que nos procura; d) 
local para fazer-se diagnóstico, prognóstico, planos de tratamento e recebimento de 
honorários; e) recepção de terceiros, respeitando-se a individualidade do paciente que 
está sendo atendido na sala clínica; f) utilização de recursos instrucionais áudio-visuais; 
g) uso particular de telefone; h) arquivos de documentos e fichas. 
Dependendo da disponibilidade da área, o escritório pode ter dimensões que 
variam de 4 a 8m², para conter adequadamente a mesa e cadeira do profissional, cadeira 
para terceiros, armário para arquivo e diversos, negatoscópio e telefone. 
Importante salientar que as características de piso e paredes devam ser similares 
às da sala de recepção. 
Se houver um único sanitário, que este fique adstrito ao escritório e não à sala de 
recepção. Explica-se: dada a individualidade do escritório, se alguém da equipe ou 
aguardando na sala de recepção necessitar usar o toalete, pode fazê-lo sem 
constrangimento. 
 10 
Outra recomendação útil: se possível, que tenha admissão e saída independentes, 
para que o paciente atendido não retorne pela recepção. 
 
SALA CLÍNICA – sua concepção deve conter todo o detalhamento da infra-
estrutura (água, energia, ar comprimido e esgoto) e do ambiente físico, para ser 
adequadamente funcional. 
- água: há que atentar-se para o local de emergência da tubulação na sala clínica, 
bem como o reservatório específico para motores de alta rotação. É necessário haver 
registro específico para a sala clínica. 
- eletricidade: é necessário haver um quadro de disjuntores para tomadas, 
motores, iluminação e ar condicionado; com isto, evita-se a descontinuidade do fluxo de 
trabalho, se houver problema em algum circuito específico. 
- ar comprimido: absolutamente necessário ao trabalho. Pode ser fornecido 
mediante compressor modelo odontológico ou convencional, ou mediante cilindros de ar 
estéril. Se for modelo odontológico, há que ser aquele que tenha ótimo desempenho e 
baixo nível de ruídos. 
 
Compressores Air Zap 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Modelo 25V100 Modelo 25V50Deve-se atentar para o local de emergência da tubulação na sala clínica, bem 
como os cuidados na manutenção; há os tipos que são lubrificados a óleo e outros que 
apresentam lubrificação mediante pó de grafite. 
O revestimento acústico colabora ainda mais para que possa ser instalado na 
própria sala de clínica. 
Maiores detalhes dos tipos de compressores serão expostos no capítulo “O 
equipamento de concepção ergonômica”. 
- esgoto – em princípio, este deve ter pelo menos o dobro do diâmetro da 
tubulação de água, sendo dotado de filtro que impeça qualquer probabilidade de 
entupimento. Seu acesso, bem como o local de saída, devem ser bastante facilitados, 
para permitir inspeção eventual. 
 11 
Convém ressaltar que o ponto de emergência da tubulação de água, ar 
comprimido, energia elétrica, esgoto e o comando dos sugadores deva estar contido no 
Módulo de Comando, situado a 30 cm do eixo longitudinal na lateral esquerda da base da 
cadeira, próximo aos pés, considerando o CD destro; atualmente, há equipamentos cujo 
módulo de comando encontra-se embutido na base da cadeira clínica. 
 
 
 
 
 
 - aspectos de praticidade – sua dimensão ideal é em torno de 9m², para permitir 
abrigar todo o equipamento, o CD, o ACD e o paciente, evidenciando a funcionalidade. O 
esquema de circulação do paciente deve ser estratégico: sua admissão e saída devem 
ser mediante porta à direita ou à frente da cadeira clínica, para que não interfira na área 
de ação de CD e ACD. A distribuição do equipamento estará de acordo com a posição da 
cadeira clínica: esta deverá estar em diagonal ao longo eixo da sala, o que permitirá a 
distribuição dos armários de estoque, em forma de L ou U, de acordo com a necessidade 
ou preferência do CD. 
 
 12 
 
 Importante enfatizar que, de acordo com o CVS (Centro de Vigilância Sanitária), é 
absolutamente imperiosa a presença de dois lavatórios mesmo que o CD trabalhe só: um 
destina-se à higienização de suas mãos e outro à lavagem do instrumental a ser 
esterilizado, ambos com liberação automatizada de água. 
 Ressalta-se que o piso e as paredes devam ser de material o mais refratário 
possível. 
 Os detalhes sobre iluminação, temperatura, ruídos e cores serão expostos no 
capítulo “Ambiente físico de trabalho”, a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
O AMBIENTE FÍSICO DE TRABALHO 
 
 O desempenho de uma tarefa profissional é condicionado, entre outras, por 
condições gerais do ambiente físico, tais como iluminação, temperatura, ruídos e cores. 
 Os estudos sistemáticos sobre os aspectos ergonômicos, visando a melhoria de 
produtividade, demonstram a necessidade de adequar-se convenientemente o ambiente 
físico de trabalho. 
 
SALA DE RECEPÇÃO E ESCRITÓRIO 
 
 Iluminação – deve proporcionar atmosfera agradável, de efeito repousante. Se 
possível, que haja a presença de iluminação natural. Na impossibilidade, procure 
promover iluminação artificial adequada, mediante lâmpadas comuns (filamento aquecido) 
ou “lâmpadas econômicas” com 2.700°K (luz amarela),com nível adequado (cerca de 500 
lux), para permitir correta visibilidade na leitura ou lazer na recepção. 
 Temperatura – o ar-condicionado é um substituto da ventilação natural renovando 
o ar ambiental, resfriando ou aquecendo o ambiente, procurando-se manter a umidade 
relativa desejada. 
 Ruídos – devem apresentar um nível sonoro agradável, produzido, por exemplo, 
por música instrumental. Impõe-se o isolamento acústico em relação à sala de clínica. 
 Cores – respeitadas as preferências individuais, estes ambientes devem ter 
predomínio de tons quentes nas superfícies mais amplas, pois isto confere uma sensação 
aconchegante e agradável ao ocupante. 
 
SALA DE CLÍNICA 
 
 Iluminação – as condições de visibilidade dos objetos devem ser tais que 
permitam ao observador a realização da tarefa visual com segurança, precisão, rapidez e 
eficiência. 
 Preferencialmente, a sala de clínica deve apresentar dois tipos de iluminação: 
natural e artificial. 
 A iluminação natural ideal é aquela obtida quando a janela situa-se numa posição 
em que oferece a iluminação proveniente da direção Norte: isto permitirá excelente 
qualidade de iluminação, bem como evitará a incidência de raios solares diretos dentro da 
sala de clínica. É também importante para a seleção de cores de dentes artificiais, desde 
que em horário compatível. 
 Além disso, a iluminação natural tem seu efeito psicológico sobre os indivíduos: 
sua ausência torna-se opressiva tanto para o paciente quanto à equipe profissional. 
 A iluminação artificial permite complementar a iluminação natural. A sala de clínica 
deve apresentar, basicamente, três diferentes intensidades de iluminação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
 
 
 
 - área periférica: é aquela situada nos limites da sala, com aproximadamente 500 
lux de iluminação; 
 - área de ação: compreende o espaço onde se situam os elementos de trabalho 
do CD e ACD (0,5 m em torno do apoio de cabeça do paciente), com intensidade 
luminosa entre 800 e 1000 lux; 
 - área de intervenção: compreende a boca do paciente, com um nível mínimo de 
15.000 lux. 
 As áreas periféricas e de ação devem receber iluminação por lâmpadas tubulares 
fluorescentes. Algumas condições, em conjunto, definem a qualidade da iluminação, entre 
as quais, não deve modificar as cores com que os objetos se mostram, em comparação à 
luz natural. 
 Um tipo de lâmpada tubular fluorescente adequado à prática odontológica é a G.E 
Duramax super luz do dia 40 W 5.500º K (6 lâmpadas para uma sala clínica com até 
10m²); outro tipo bastante satisfatório é a G.E. High Output (HO) super luz do dia 85 W 
5.500 Kº (3 lâmpadas para uma sala clínica com até 10m²); ambas provêem intensa 
iluminação de excelente qualidade e reproduzem adequada discriminação de cores 
devido à temperatura de cor: 5.500 ºK. 
 A área de intervenção (cavidade bucal) deve receber iluminação com nível mínimo 
de 8.000 lux. Essa intensidade é conseguida com refletores de luminosidade fria: 
apresentam lâmpadas de tungstênio-halogêneo ou LEDs (semicondutores que geram luz 
fria com grande vida útil a partir de uma baixíssima quantidade de energia, irradiando 
grande intensidade de luz). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Persus L LED Plus - 3 Leds LED Plus - 5 Leds 
(8.000 a 25.000 Lux) (25.000 Lux) (35.000 Lux) 
 15 
 
 Temperatura – é imprescindível a utilização de aparelho de ar condicionado para 
manter-se o conforto térmico (21/22 º C) e a estabilidade dos materiais odontológicos em 
uso. Além disto, renova o ar saturado com substâncias químicas volatilizadas e 
microorganismos em suspensão, presentes na sala de clínica. 
 Ruídos – os níveis ideais de ruídos situam-se entre 60 e 70 dB (decibéis); entre 70 
e 90 dB aumenta a sensação de desconforto (atenção! Os motores de alta rotação 
convencionais situam-se na faixa de 82 a 86 dB); entre 90 e 140 dB, alto risco da 
acuidade auditiva; aos 140 dB situa-se o limite da dor, com sério risco de dano irreversível 
da membrana timpânica 
Na sala de clínica temos os ruídos ambientais (motores: compressor de ar, 
dependendo do tipo; aparelho de baixa rotação, condicionador de ar), turbinas de alta 
rotação, sucção de alta potência e outros; recomenda-se a substituição de aparelhos 
ruidosos, do local da sua instalação, etc. Os ruídos externos compreendem todas as 
formas de poluição sonora: ruas de trânsito intenso e outras, sendo de mais difícil 
controle. 
Cores – estudos realizados pelo Canadian Color Studio (Toronto, Canadá), 
indicam que o profissional trabalhando em ambiente cromaticamente concebido pode 
render cerca de 10% a mais; as cores inadequadas podem influir negativamentedo 
rendimento do trabalho. 
Ao contrário do que ocorre na sala de recepção, a sala de clínica deve apresentar, 
sempre que possível, cores frias (verde, azul); os tons pastéis em verde são 
especialmente recomendados para obter-se uma atmosfera repousante, complementada 
pela harmonia cromática dos demais componentes (piso, equipamento e ornamentos). 
Um detalhe importante: a cor branca ou gelo deve ser evitada, pois devido ao fato 
de ser extremamente reflexiva, leva à fadiga visual, globo ocular injetado, tendência a 
esfregar os olhos. Mesmo o guardanapo colocado no paciente deve apresentar cor fria. A 
cor branca é aceita, no máximo, para o teto da sala de clínica. 
Uma sugestão para a sala de clínica: 
- paredes: bege claro (é a cor que mais adequadamente reflete a iluminação); 
- equipamento: bege mais claro, com pintura semi-brilho e estofamento verde 
água; 
- armários (estoque e clínico) na mesma cor do equipamento, em fórmica fosca, 
com tampo também verde água; 
- piso: verde mate 
É importante notar, especialmente na sala de clínica, onde a equipe permanece 
em média oito horas ao dia, que as cores devam obedecer a critério científico, para criar 
uma atmosfera aconchegante, acolhedora, de forma a permitir uma produtividade 
satisfatória. 
Muito bem! Seu consultório está adequadamente pronto. 
Vamos trabalhar? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
A SIMPLIFICAÇÃO DO TRABALHO 
 
Em princípio, todo trabalho pode ser simplificado, racionalizado. 
Na Odontologia acontece a mesma coisa. 
Se cada ato profissional for decomposto, veremos que ele abrange tempos, ações 
e movimentos. Quanto mais o tempo for melhor aproveitado e quanto mais consistentes e 
racionalizados forem os movimentos, mais produtivo será o trabalho. 
 
ESTUDOS DOS TEMPOS 
 Em Odontologia, temos: 
• Tempo (ou turno) profissional: é aquele dedicado ao exercício da 
profissão, com atendimento aos pacientes ou dedicando-se ao 
aperfeiçoamento (cursos, congressos, jornadas e similares); 
• tempo despendido produtivo: compreende as ações prévias, simultâneas 
e complementares à realização do trabalho; 
• tempo despendido improdutivo: também conhecido como tempo de 
espera. É aquele que interrompe o fluxo de trabalho, tal como aguardar a 
chegada do paciente, a indução anestésica, a substituição de brocas, o 
tempo de presa do material, etc. Nem sempre este tempo pode ser 
eliminado, mas sim minimizado. 
 
ESTUDOS DE AÇÕES 
 
 O conjunto de atos destinados à produção de um trabalho compreende dois tipos 
de ação: as diretas (ou irreversíveis) e as indiretas (ou reversíveis). 
 As ações diretas são as realizadas na boca do paciente, exclusivamente pelo CD. 
Exigem conhecimento tecno-científico universitário, sendo fundamentais na geração do 
produto final. 
As ações indiretas são realizadas fora ou dentro da boca, porém não requerem formação 
universitária por quem realiza. São as ações que, preferentemente, devem ser delegáveis 
a outra pessoa adequadamente preparada para essas tarefas, ou seja, a ACD (auxiliar de 
consultório dentário). Estas ações indiretas são três tipos: as prévias, as simultâneas e as 
complementares a qualquer intervenção, e podem ser sintetizados no seguinte 
fluxograma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
 Quando ambos os tipo de ações, as diretas e as indiretas são realizadas 
simultaneamente, tem-se o aumento de produtividade, bem como a situação de conforto 
e a melhoria de qualidade de trabalho, com manifesta diminuição do processo de fadiga. 
 
ESTUDOS DOS MOVIMENTOS 
 
 A classificação geral da movimentação (cinética) da mão compreende os 
movimentos de: 
 
1 – dedos 
2 – dedos e punho 
3 – dedos, punho e antebraço 
4 – dedos, punhos, antebraço e braço 
5 - dedos, punhos, antebraço, braço e ombro, movimento este implicando mudança de 
postura do profissional. 
 Em odontologia, é clássico afirmar-se que o movimento ideal é aquele contido até 
ao nº 3 ou seja, aquele em que o CD realiza suas tarefas (alcança, move, gira, posiciona, 
aplica pressão, apreende e descarta instrumentos) mantendo os cotovelos o mais próximo 
possível do tronco, isto é, que o instrumental, o material e as pontas ativas estejam dentro 
do chamado espaço ideal de apreensão (aproximadamente a 0,5 m da boca do paciente). 
 O movimento nº 4 é realizado dentro do chamado espaço máximo de apreensão 
(todo o conjunto de trabalho está além de 0,5 m da boca do paciente), o que exige a 
extensão de todo o braço: isto envolve um número adicional de músculos, o que propicia 
o desencadeamento precoce do processo de fadiga; a repetir-se com freqüência passa a 
ser francamente agressivo, promovendo episódios inflamatórios que podem culminar nas 
lesões por esforço repetitivo (LER). 
 Especial atenção deve ser dispensada à coluna vertebral durante a realização do 
procedimento: os movimentos de lateralidade devem ser reduzidos e os de torção, 
abolidos. 
 A utilização adequada de pessoal auxiliar e a racionalização de técnicas, bem 
como o ajuste às limitações fisiológicas do corpo relativamente aos movimentos dele 
requeridos, devem estar presentes no planejamento do procedimento a ser realizado. 
 Para que isto ocorra, algumas condições precisam estar presentes: 
• equipamento adequado, onde os princípios ergonômicos tenham sido 
observados na concepção da cadeira, do mocho, das pontas ativas, da 
unidade auxiliar, do refletor e do armário clínico; 
• distribuição racional do equipamento e do instrumento nas áreas de ação 
do CD e de ACD; 
• posturas ergonômicas de trabalho; 
• utilização eficiente de pessoal auxiliar, inclusive na função 
instrumentadora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
O EQUIPAMENTO DE CONCEPÇAO ERGONÔMICA 
 
 
CADEIRA CLÍNICA 
 Este importante componente do equipamento deve preencher determinados 
requisitos, quais sejam: 
• sua forma deve ser reta e simples, permitindo que o paciente seja 
confortavelmente instalado. Deve permitir posicionamento horizontal do 
usuário (a chamada posição supina). Isto mantém seu corpo totalmente 
apoiado, facilitando o acesso do profissional ao campo de trabalho; o apoio 
de cabeça deve ser ajustável, propiciando a visão direta a todos os 
segmentos da cavidade bucal, seja na mandíbula ou na maxila, na 
distância correta de visibilidade. 
 
 
 
 
• o comando deve ser elétrico, tanto para sua elevação e descenso quanto 
para o reajustes horizontais. Este comando, se possível, deve ser um 
dispositivo tipo pedal localizado na parte posterior da base da cadeira, para 
ser acionado tanto por CD quanto por ACD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
• o apoio de braços da cadeira deve ter design moderno, com movimentação 
ou não, permitindo fácil acesso do paciente. 
 
 
 
MOCHO 
 Este componente deve preencher os seguintes requisitos: 
• sua base deve ter preferentemente 5 rodízios, para permitir deslocamento 
sem risco de queda. A altura do assento deverá permitir que o profissional 
com variação de estatura de 1,50 m a 1,80 m possa sentar-se 
corretamente, isto é, com o fêmur paralelo ao solo, o que permitirá que a 
circulação de retorno (hemodinâmica) se processe naturalmente, sem risco 
de compressão das safenas, situadas na porção póstero-interna da coxa. O 
diâmetro do assento poderá ser em torno de 30 cm, de consistência semi-
rígida. Sua elevação pode ser à gás ou mecânica. O encosto deve 
proporcionar correto apoio à coluna vertebral lombar, apresentando 
regulagens em altura e profundidade de acordo com o biótipo do usuário. 
Os mochos de CD e de ACD devem ter as mesmas características. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
 
 
 Mocho Syncrus TOP Mocho Syncrus GLX Mocho Syncrus GL Mocho Syncrus 
 
 
 
PONTAS ATIVAS 
 Nome genérico das canetas de alta e baixa rotação, bemcomo da seringa tríplice. 
 As características ideais de uma caneta de alta rotação compreendem: extra-
torque, nível de ruído até 75 dB, de 3 a 4 orifícios de resfriamento, sistema friction grip 
com saca brocas ou push-button de liberação de broca, acoplamento de mangueira tipo 
Borden para facilitar a maneabilidade do instrumento. Muito importante é que, se possível, 
a mangueira não seja espiralada ou curta, para evitar contra-pressão ao usar o aparelho. 
A pressão de ar de trabalho deve ser em torno de 32 e 35 Ibs, com RPM acima de 400 
mil. 
 A caneta de baixa rotação, seja a peça reta ou o contra-ângulo, também deva ser 
impulsionada a ar, pois, psicologicamente é mais bem aceita pelo paciente. Presença ou 
não de sistema de resfriamento. 
 O esquema de lubrificação deva ser rigorosamente obedecido, a critério do 
fabricante. Muito importante o sistema de esterilização: estas pontas ativas devem ser 
passíveis de autoclavagem. 
 A seringa tríplice sempre impõe o recobrimento de sua ponta, para evitar contágio 
entre pacientes. 
 
 
 
 21 
UNIDADE AUXILIAR 
 É composta pela unidade suctora (suctor e salivador) e a cuspideira. 
 
 Unidade de Água Syncrus Alcance 4T BV UE 
 
 
 
 
 
O suctor é o dispositivo para a sucção de alta potência, destinado ao trabalho com campo 
seco. Esta potência deve ser propiciada por bomba à vácuo, que pode suprir 4 
consultórios simultaneamente (BIO VAC IV) ou 2 consultórios simultaneamente (BIO VAC 
II). 
 
 
Em qualquer tipo de atendimento, observe-se que o paciente não deve levantar-se para 
cuspir: a sucção deverá ocorrer o tempo todo. O kit Suctor deve apresentar alternativas 
de acoplamento em coluna ou em laterais de armários. 
 Kit suctor BIO VAC IV Kit suctor BIO VAC II 
 
 
BIO VAC IV BIO VAC II 
 22 
 O salivador, dispositivo de sucção de baixa potência, destina-se a intervenções 
onde o isolamento absoluto seja necessário, ficando sob o lençol de borracha, para 
conforto do paciente. 
 A cuspideira, confeccionada em porcelana esmaltada, destina-se ao conforto do 
paciente, apenas quando encerrado o atendimento. 
Um recurso muito valioso é o suporte de pontas ativas com extensor, dotado de 
um aparelho fotopolimerizador Optlight LD Max. Este dispositivo extensor permite 
posicionar os terminais próximos ao C.D., quando este trabalha só, isto é, não trabalha 
auxiliado a 4 mãos. 
 
 
 
 
REFLETOR 
 Durante a intervenção sempre impõe-se a presença de iluminação fria, mediante o 
conjunto de lâmpadas de tungstênio-halogêno ou LEDs (semicondutores que geram luz 
fria com grande vida útil a partir de uma baixíssima quantidade de energia, irradiando 
grande intensidade de luz). 
A intensidade luminosa deve variar de um mínimo de 8 mil até 35 mil lux, níveis 
que permitem a adequada iluminação de todos os quadrantes da cavidade bucal. 
Seu acionamento pode ser: 
a) mediante interruptor com haste longa, impondo seu recobrimento como medida 
de biossegurança; 
b) mediante acionamento através do pedal de comando da cadeira. 
 O braço do refletor deve ter extensão suficiente para que o foco luminoso recaia 
verticalmente na boca do paciente, quando na posição supina. 
 
 
MESA CLÍNICA E ARMÁRIO CLÍNICO 
 São elementos do equipamento que permitem complementar o trabalho 
racionalizado. Contêm a bandeja de instrumentos e materiais, que devem ser dispostos 
de acordo com a seqüência de uso na intervenção a ser realizada. Assim, por exemplo, 
um procedimento de dentística restauradora abrange cinco fases: anestesia, preparo, 
isolamento, forramento e restauração. Cada uma destas fases demanda o instrumental e 
o material necessários, o que permite organizar a bandeja adequadamente num trabalho 
a quatro mãos. Se levarmos esse raciocínio para todos os tipos de intervenção clínica, 
teremos a aplicação dos princípios de produtividade na sua plenitude. 
 
 
PERIFÉRICOS 
 É óbvio que a excelência de serviços oferecidos e realizados conta ainda com 
outros recursos valiosos, como os 
periféricos de alta qualidade. 
 
 
Jet Sonic 
30.000 Hz 
Ultra-som e jato de bicarbonato. 
Sistema piezoelétrico. 
Aparelho que reúne características 
de ultra-som convencional com 
 23 
multifunções, proporcionando máxima eficiência clínica em diversas especialidades. 
 
Funções: 
• Remoção de Tártaro 
• Endodontia 
• Periodontia 
• Condensação de Guta-Percha 
• Condensação de Amálgama 
• Condensação de Inlays/ Onlays 
• Remoção de Pinos e Coroas 
• Jato de Bicarbonato 
 
 
 
 
 
 
 
Jet Sonic US 
30.000 Hz 
Ultra-som piezoelétrico. 
 
Funções: 
• Remoção de Tártaro 
• Endodontia 
• Periodontia 
• Condensação de Guta-Percha 
• Condensação de Amálgama 
• Condensação de Inlays/ Onlays 
• Remoção de Pinos e Coroas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
 
 
 
 
Atenção especial deve ser dada a um importante elemento do equipamento: o 
compressor de ar. Como na maioria das vezes este componente está na sala de clínica 
ou próximo a ela, impõe-se que, além de alta eficiência, tenha um nível de ruído muito 
compatível, satisfatório (entre 50 e 60 dB) a ponto de sequer ser percebido pela equipe e 
o paciente. 
 
 Compressor Air Zap - Modelo 25V100 
Raios-X Timex 70 
Parede 
Optilight LD Max 
Fotopolimerizador/ 
Clareador 
Amalgamix 
Amalgamador digital 
 25 
 
 
 Finalmente, como recomendação de biossegurança extremamente necessária, há 
que se atentar para a esterilização. Esta é um processo capaz de destruir todas as formas 
de vida microbiana como bactérias, fungos e vírus, inclusive na sua forma vegetativa e 
esporulada. 
 Os métodos de esterilização mais comuns em Odontologia são o uso de calor 
seco (estufa) e o calor úmido (autoclave), sendo este último o meio mais eficaz e prático. 
A eficiência de cada método estará na dependência das recomendações do fabricante do 
produto, bem como na seqüência rotineira do protocolo de esterilização (GUANDALINI, S. 
L. et al. “Como controlar a infecção na Odontologia”. Gnatus Divulgação, Londrina, 1997, 
88p.) 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO RACIONAL DO EQUIPAMENTO E INSTRUMENTAL 
 
 Para a análise da distribuição do equipamento na sala clínica, as entidades ISO/ 
FDI convencionaram dividir a sala idealizando um mostrador de relógio: o centro 
corresponde ao eixo dos ponteiros e à boca do paciente, quando em posição supina, e 
círculos concêntricos (A), (B) e (C) de raios 0.5, 1.0 e 1.5 metros respectivamente, que se 
destinam à localização dos elementos do equipamento. 
 
BIOCLAVE 12L Inox 
Autoclave 
 26 
 
 
DIVISÕES DAS ÁREAS DA SALA 
 - Eixo 6-12 horas: divide a sala em duas áreas, à direita e à esquerda da cadeira. 
Estas áreas são destinadas ao CD e à ACD, respectivamente. 
 - Área limitada pelo círculo (A): os instrumentos e as pontas ativas do equipo 
devem estar situados nela, compreendendo a área de transferência (espaço ideal de 
apreensão). Aí também devem estar os mochos. 
 - Área limitada entre círculos (A) e (B): é a área útil de trabalho, alcançada nos 
movimentos com o braço estendido (espaço máximo de apreensão). 
 - Área limitada entre os círculos (B) e (C): indica a área da sala clínica, não 
devendo exceder os 3 m de diâmetro para não se tornar anti-ergonômica. Aí se localizam 
os lavatórios e armários fixos, sendo que suas gavetas, quando abertas, devem alcançar 
o círculo (B). 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPOS QUANTO À SUA MOBILIDADE 
 Um equipo de concepção ergonômica pode ser classificado em semi-móvel e 
totalmente móvel. 
 O equipo semi-móvel é conectado à estrutura da cadeira mediante uma haste/ 
coluna, permitindo assim ascensão/descenso. A partir da coluna, uma haste com ajuste 
para movimento horizontal e vertical contém o equipocom as pontas ativas, tantas 
quantas forem necessárias. Apresenta uma ou mais alças para permitir sua aproximação 
à posição adequada ao trabalho do CD, seja destro ou sinistro (canhoto). 
Equipo Syncrus GLX F 
 27 
 
 
 Equipo Syncrus HLX 
 
 
 
 O modelo totalmente móvel compõe-se de uma plataforma sobre rodízios. A partir 
dessa base, uma coluna sustenta o equipo, a uma altura padrão. Mediante alças, o 
conjunto pode ser movimentado à vontade, também seja o CD destro ou canhoto. 
 
 
Equipo Syncrus GLX C 
OS CONCEITOS BÁSICOS ISO/ FDI PARA POSICIONAMENTO DE EQUIPO EM 
RELAÇÃO À CADEIRA CLÍNICA E AO CD 
 
 28 
 Estes conceitos compreendem um sistema de classificar o equipamento de 
intervenção do CD e a unidade auxiliar em tipos 1, 2, e 3 (modelos nacionais), conforme 
sua localização. A inscrição gráfica de diferenciação do elemento do CD e o da ACD se 
faz mediante uma barra: o que estiver à esquerda significa o equipo e à direita representa 
a unidade auxiliar. Exemplo: 1/1, 1/2, 2/1, etc. 
 
Equipo: Conceito básico 1/ 
 É posicionado à direita da cadeira odontológica e à direita do CD. 
Equipo: Conceito básico 2/ 
 É localizado à esquerda do CD e atrás da cadeira, sendo somente do tipo 
totalmente móvel. 
 
Equipo: Conceito básico 3/ 
 Localiza-se por sobre a cadeira, mais à direita ou à esquerda, conforme o CD seja 
destro ou canhoto. Será sempre do tipo semi-móvel. 
 
Unidade Auxiliar: Conceito básico /1 
 Localiza-se à esquerda da ACD e da cadeira clínica, estando conectada a esta. 
 
Unidade Auxiliar: Conceito básico /2 
 A seringa tríplice e o Kit Suctor/ Salivador situam-se à direita da ACD e atrás da 
cadeira, compondo o equipo do tipo móvel do CD. A cuspideira permanece conectada à 
cadeira. 
 
Unidade Auxiliar: Conceito básico /3 
 A seringa tríplice e o Kit Suctor/ Salivador situam-se por sobre a cadeira, 
compondo o equipo do tipo semi-móvel do CD. A cuspideira permanece conectada à 
cadeira clínica. 
 
 Observação: Estes elementos combinados formam várias concepções de 
equipamentos, de acordo com CD destro ou canhoto. Seqüência de diagramas: 1/1, 1/2, 
2/1, 2/2, 3/1, 3/2, 3/3. Embora o diagrama traga o conceito 4/4, a indústria nacional não 
oferece esta opção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cirurgião-dentista destro 
 29 
 
 
 
 
Cirurgião-dentista canhoto 
 30 
 
 
 
 
 31 
 Finalmente, para que o trabalho seja realizado com a maior produtividade, impõe-
se a ação de ACD. Quanto mais bem treinada for esta pessoa, mais ampla será a 
delegação de funções, com a conseqüente melhora na qualidade do trabalho. Obras que 
oferecem todo o subsídio nesse sentido são: PORTO, F.A. “O consultório odontológico” 
(referência nº 16), e FIGLIOLI, M.D. “Treinamento do pessoal auxiliar em odontologia” 
(referência nº 6). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
 
 
1. BARREIRA, T.A.C. Introdução à Ergonomia. São Paulo: Faculdade de Ciências 
Médicas da Santa Casa de São Paulo. Departamento de Medicina Social, 1994 
(Apostila). 
2. BARROS, O.B. Ergonomia e Organização- Condutas e Procedimentos. Lins-
SP:J.Garozi- Gráfica e Editora Ltda-ME.1ªEd. 2008. 
3. BARROS,O.B. PTO: Posto de Trabalho Odontológico. Maringá:Dental Press, 2006 
4. BWEHRENBERG, S. Ergonomics. Pers. J. p. 95 – 102, jun 1986. 
5. CASTRO, M.A.S. Manual Prático de Marketing para Cirurgião-Dentista. 1997. 
6. CORLETT, E.N. The investigation and evaluation of work and workplaces. 
Ergonomics, v. 31, n. 5, p. 727-34, 1998. 
7. FARAH, E.E., PAES Jr., U. Como obter indicação de pacientes. São Paulo: Quest, 
1997. 
8. FIGLIOLI, M.D. Treinamento do pessoal auxiliar em odontologia. Porto Alegre: Ed. 
R.G.O., 1996. 
9. GRANDJEAN, E. Ergonomia: ajustando a tarefa ao homem. Saúde Trab., v. 1, p. 
141 – 3, 1997. 
10. GUANDALINI, S. L. et al. Como controlar a infecção na Odontologia. Londrina: 
Gnatus divulgação, 1987. 
11. KIMMEL, K. Ciência ocupacional e administração de clínica odontológica. Rio de 
Janeiro: Ed. Quintessência do Brasil, 1985. 
12. KNOPLICH, J. Ergonomia e coluna vertebral. Ars Cvrandi, v. 14, n. 6, p. 67 – 81, 
1981. 
13. MANUAL DE PRÉ-INSTALAÇÃO GNATUS. Dez. 1988. 
14. MARQUART, E. Odontologia ergonômica a 4 mãos. Rio de Janeiro: Ed. 
Quintessência do Brasil, 1980. 
15. MEDEIROS, E.P.G., BERVIQUE, J.A. Ganhar e não perder clientes. Bauru, Autor, 
1979. 
16. MORAIS, C.R.C. Marketing interpessoal; o contato direto com o cliente. Belo 
Horizonte: s. ed., 1997. 2ª ed. 
17. NARESSI, W.G. O ambiente físico de trabalho e a produtividade. Ars Cvrandi, v. 
9, n. 1, Jan/ Fev/ Mar, 1983. 
18. PORTO, F.A. O consultório odontológico. São Carlos: Scritti, 1994. 
19. RIBEIRO, A.I. Marketing odontológico. Curitiba; Odontex, 1999. 
20. SAQUY, P.C., PÉCORA, J.D. Orientação profissional em odontologia. São Paulo: 
Livraria Santos Editora Ltda. 1986. 
21. THOMPSON, H., WAGNER, B. Ergonomia: a saúde do Cirurgião-Dentista. 
Quintessência do Brasil, v. 9, n. 1, p. 73-5, 1982. 
22. VERDUSSEN, R. A Ergonomia: a racionalização humanizada do trabalho. Rio de 
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978.

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