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Prova objetiva de Fundamentos Filosóficos da Educação

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Prova objetiva de Fundamentos Filosóficos da Educação 
Questão 1/10
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
[...] O objetivo do processo educacional, dizia ele, "é capacitar os indivíduos a dar continuidade a sua própria educação e a finalidade e recompensa do aprendizado é proporcionar-lhes os meios para um constate desenvolvimento". Vida e educação são inseparáveis e todo programa educacional tem de necessariamente conduzir o cidadão a uma melhoria de vida.
 
OLIVEIRA, Admardo Serafim de; et. al. Introdução ao pensamento filosófico. 8 ed. São Paulo, Loyola, 2005. (p. 109)
 
O texto acima refere-se aos propósitos de John Dewey para a educação. De acordo com o texto, e com os conteúdos e livro da disciplina, por qual a razão Dewey influenciou o pensamento de educadores brasileiros na década de 1930?
	
	A
	O pragmatismo, após a abertura política do país, serviria para resgatar as contribuições do humanismo como base da educação nacional.
	
	B
	Após o regime militar, os fundamentos do pragmatismo pareciam preparar para a superação das dificuldades bem como para a luta de classes.
	
	C
	Em consonância com a situação política da época, o pragmatismo poderia ser utilizado como bandeira de movimentos de esquerda.
	
	D
	Em fase de superação de um regime político oligárquico, o pragmatismo parecia apontar para uma possibilidade de educar para uma sociedade democrática.
“[...] Talvez o aspecto mais importante da filosofia desse autor para os intelectuais brasileiros tenha sido sua insistência na formação dos educandos para uma sociedade democrática. Depois de décadas de regime oligárquico, os educadores da década de 1930 viam no pragmatismo de Dewey um sólido fundamento teórico para suas aspirações políticas.” (p 150-151).
	
	E
	Objetivando uma educação de qualidade para a formação de intelectuais o pragmatismo parecia dar base para a proliferação das escolas privadas no país.
Questão 2/10
Leia o fragmento de texto a seguir: 
 [...] Ora, o período no qual Comte viveu corresponde ao auge da industrialização e do aumento substancial da liberdade humana. Antes desse período as pessoas tinham como referência ontológica as instituições tradicionais, tais como a Igreja, o Estado, a Escola, a Família. Isso ocorria, principalmente, porque a liberdade era restrita, o que, por sua vez, impedia o desenvolvimento de questionamentos em massa acerca de organização social e das normas que estruturavam a vida em sociedade. Com a chegada da modernidade essa referência se perde. [...]É função desse contexto que surge a Sociedade e Comte foi o artífice dessa construção. Foi ele também que primeiro ressaltou a necessidade de uma ciência capaz de dar conta da especificidade das questões sociais. [...] 
ALCÂNTARA, Fernanda Henrique Cupertino. Os clássicos no cotidiano: 
Auguste Comte, Karl Marx, Aléxis de Tocqueville, Émile Durkheim, Max Weber. 
São Paulo: Arte & Ciência, 2007. (p. 24)
 Com base no texto e nos conteúdos e livros da disciplina é possível afirma que Comte criou uma ciência para investigar a sociedade. Qual o nome dado a esta ciência?
	
	A
	Filosofia.
	
	B
	Sociologia.
“Comte acreditava que, assim como existem leis que regem os fenômenos da física e da biologia, existem leis que regem o comportamento do ser humano em sociedade. Por isso ele dizia que a tarefa mais importante de seu tempo era a criação da ciência da sociedade, a sociologia. [...]” (p. 72)
	
	C
	Antropologia.
	
	D
	Psicologia.
	
	E
	Demografia.
Questão 3/10
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
Marx considera que, no decorrer da formação da classe burguesa, criaram-se as condições para a diferenciação entre indivíduo pessoal e membro de classe. As contingências das relações socioeconômicas impuseram-lhe uma ação e modelaram uma personalidade e uma funcionalidade econômica. A burguesia, ao desenvolver a economia orientada para as trocas, estimulada pelas relações monetárias, criou as condições para o estabelecimento de uma nova relação social, através da qual pôde assenhorar-se das condições sociais e técnicas do processo de trabalho. [...]
 
SAEZ, Adelaide Maria. O conceito de classes sociais em Marx. In.: TESKE, Ottmar (coord.) Sociologia: textos e contextos. 2 ed. Canoas: Editora ULBRA, 2005. (p. 152)
 
De acordo com o texto e com base nos conteúdos e livro da disciplina, nesse processo, segundo Marx e Engels, os burgueses tornaram-se os detentores do capital, seja esse capital convertido em dinheiro, propriedades ou equipamentos. E os trabalhadores, desprovidos do capital passaram a ser chamados de ...
	
	A
	empreiteiros.
	
	B
	funcionários.
	
	C
	proletários.
“[...] De acordo com os filósofos alemães, os capitalistas são os detentores de capital, isto é, possuem capital e itens que podem ser convertidos em dinheiro, como equipamentos e títulos de propriedade. Também chamados de proletários, os trabalhadores, desprovidos de capital, viam-se na condição de vender sua força de trabalho em troca de salários para poder garantir sua sobrevivência. (pag: 96).
	
	D
	escravos.
	
	E
	obreiros.
Questão 4/10
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
Rousseau foi contemporâneo de grandes pensadores como Kant e Hume, mas, ainda assim, sua obra teve um alcance popular bem maior que a de ambos. Kant e Hume podem ter sido filósofos superiores em um sentido acadêmico, mas, o mero poder das idéias de Rousseau foi inigualável em sua época. [...]
 
STRATHERN, Paul. Rousseau em 90 minutos. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
 
Baseado no conteúdo e no livro da disciplina, é possível dizer que existe dificuldade em sintetizar o pensamento de Rousseau pois ...
	
	A
	seus escritos auxiliaram na definição dos currículos escolares de países como Estados Unidos.
	
	B
	com o passar do tempo esse autor mudou algumas de suas concepções fundamentais.
“O pensamento de Rousseau é difícil de sintetizar, pois, ele escreveu ao longo de toda a sua vida, mudando algumas de suas concepções fundamentais com a passagem do tempo. [...]” (p. 52).
	
	C
	sua obra retrata aspectos do cotidiano da indústria, o que engloba muitos fatores sociais, políticos e culturais.
	
	D
	mais de mil livros foram escritos por ele, traçando um paralelo entre a valorização da razão e do ideal burguês.
	
	E
	seus tratados sobre os princípios da evolução social assumem um caráter pouco conservador para a sua época.
Questão 5/10
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
[...] A fenomenologia não aspira à objetivação. "Não se trata de assegurar a objetividade, mas de compreendê-la. Por isso, a fenomenologia não é jamais autoritária, não possui uma mentalidade colonizadora e, mais ainda, não deseja compreender os outros, isto é, incluí-los no domínio do próprio. [...], a fenomenologia nada impõe (mentalidade colonizadora), nem se preocupa em ilustrar (atitude presente na "filosofia das luzes" ), mas apenas sugere e expõe. [...]
 
FABRI, Marcelo. Fenomenologia e cultura: Husserl, Levinas e a motivação ética do pensar. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007.(p. 56)
 
A partir do texto e dos conteúdos e livro-base da disciplina, afirma-se que a Fenomenologia, enquanto perspectiva filosófica surgiu em fins do século XIX, início do século XX com a intenção de superar alguns dos impasses de qual ciência?
 
	
	A
	Psicologia.
“Das três correntes que estudaremos nesse capítulo, duas são estreitamente relacionadas: a fenomenologia e o existencialismo. A fenomenologia surgiu na virada so século XIX para o XX como uma tentativa de superar os impasses trazidos pela psicologia, que na época ameaçava desacreditar as pretensões da filosofia de buscar um conhecimento verdadeiro e objetivo [...]” (p. 118)
	
	B
	Sociologia.
	
	C
	Pedagogia.
	
	D
	Antropologia.
	
	E
	Biologia.
Questão 6/10
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
A filosofia vai encontrar-se, pois, ao nascer, numa posição ambígua: em seus métodos, em sua inspiração, aparentar-se-á ao mesmo
tempo às iniciações dos mistérios e às controvérsias da agora; flutuará entre o espírito de segredo próprio das seitas e a publicidade do debate contraditório que caracteriza a atividade política. Segundo os meios, os momentos, as tendências, ver-se-á que, como a seita pitagórica na Grande Grécia, no século VI, ela organiza-se em confraria fechada [...]. Poderá também, como o fará o movimento dos Sofistas, integrar-se inteiramente na vida pública, apresentar-se como uma preparação ao exercício de poder na cidade e oferecer-se livremente a cada cidadão, mediante lições pagas a dinheiro. [...]
 
Fonte: VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. 11 ed. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2000. p. 48.
 
De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro da disciplina, em seu início, as principais especulações filosóficas que surgiram em substituição aos mitos diziam respeito à ...
 
	
	A
	cosmologia e fenômenos biológicos.
	
	B
	pólis e fenômenos políticos
	
	C
	natureza e fenômenos físicos.
[...] Por isso, podemos dizer que a filosofia, como pensamento que busca pensar a experiência humana de modo distinto do pensamento mítico, surgiu primeiramente entre os gregos. No começo, as principais especulações filosóficas dos gregos diziam respeito à natureza e aos fenômenos físicos. (p. 23).
	
	D
	ágora e fenômenos intelectuais.
	
	E
	democracia e fenômenos sociais.
Questão 7/10
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
Considerando as diferentes modalidades de Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE) (religioso, escolar, familiar, jurídico, político, sindical, da informação, cultural), Althusser conclui que o aparelho ideológico de Estado escolar se converteu, no capitalismo, em aparelho ideológico dominante. Nessa condição, a escola tornou-se o instrumento mais acabado de reprodução das relações de produção capitalistas.
 
SAVIANI, Dermeval. História das idéias pedagógicas no Brasil. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2008. (p. 394-395)
 
De acordo com o texto e com os conteúdos e livro-base da disciplina, a escola é um dos meios de transmissão da ideologia burguesa capitalista, contribuindo para a manutenção do controle social. Numa critica à educação da classe dominante, a filosofia de Althusser serviu como base e inspiração para qual corrente pedagógica?
	
	A
	Liberal-renovadora.
	
	B
	Crítico-reprodutivista.
“Em uma perspectiva althusseriana, a educação em geral, e a escola em particular, são veículos de transmissão da ideologia dominante [...]. Em função disso, a filosofia de Althusser (1985) serve de inspiração a uma corrente pedagógica chamada crítico-reprodutivista, designação motivada pela característica dessa linha pedagógica de denunciar o caráter ideológico da educação escolar [...]” (p. 104)
	
	C
	Materialista-histórica.
	
	D
	Progressista-libertária.
	
	E
	Histórico-crítica.
Questão 8/10
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
A fenomenologia provê uma maior restauração cultural por reconhecer a validade das artes e das ciências na atitude natural, e também a validade do senso comum, da prudência na ordem prática. Há uma tendência racionalista no pensamento moderno que quer fazer da filosofia a substituto perfeito para todas as formas pré-filosóficas da razão, e a fenomenologia contraria essa tendência. [...]
 
SOCOLOWSKI, Robert. Introdução à fenomenologia. São Paulo, Loyola: 2004. (p. 72)
 
Conforme o texto e os conteúdo das aulas e livro da disciplina, a psicologia, aos poucos, como parte da filosofia, foi assumindo um papel mais importante, tendo se firmado, no século XX como uma ciência. A filosofia entrou, então, em crise e a fenomenologia surge como possibilidade de superar esse impasse. Sobre a fenomenologia, analise as sentenças a seguir:
 
I – Um dos objetivos de Husserl, ao elaborar suas proposições teóricas, era o de elevar efetivamente a filosofia ao patamar de ciência.
II – Uma das primeiras tentativas de atualizar a filosofia ficou conhecida como neokantismo, sendo a fenomenologia a segunda dessas propostas.
III – Ao se fazer ciência, a fenomenologia acabou por desprezar, em algumas instâncias, as contribuições da área das humanidades.
 
Agora assinale a resposta correta:
 
	
	A
	Está correta a sentença I apenas.
	
	B
	Estão corretas as sentenças I e II apenas.
As sentenças I e II são corretas, visto que: “Crítico do naturalismo e do historicismo, Edmundo Husserl(1859-1938) tinha o desejo de alçar a filosofia a um efetivo patamar científico. [...]” (p. 121); “[...] Nesse contexto, surgiram basicamente duas grandes propostas de superação "dos impasses ocasionados pela interpretação do psicologismo do conhecimento. A primeira delas foi o neokantismo. [...]” (p. 120-121) e “A segunda proposta vem de Edmund Husserl [...].” (p. 121). Já a sentença III é incorreta, visto que a fenomenologia está pautada na área das humanidades enquanto “[...] os positivistas, muitas vezes, foram longe demais, desprezando a contribuição das humanidades [...]” (p. 83)
	
	C
	Está correta a sentença II apenas.
	
	D
	Estão corretas as sentenças II e III apenas.
	
	E
	Está correta a sentença III apenas.
Questão 9/10
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
Em Emílio, tratado de Rousseau sobre a educação, o filósofo considera o desenvolvimento da criança quando seu crescimento ocorre no campo, tentando analisar os princípios subjacentes ao processo natural de maturação, partindo da infância até a fase adulta. [...]
 
COLLINSON, Diané. 50 grandes filósofos. 3 ed. São Paulo: Contexto, 2009. (p. 152)
 
A partir do texto e fundamentado no conteúdo e no livro-base da disciplina, qual era o objetivo de Rousseau ao escrever “Emílio, ou Da educação”?
 
	
	A
	Divulgar uma inovadora proposta pedagógica a respeito da educação e formação humana.
	
	B
	Elaborar um guia prático para educadores, a respeito da educação e formação humana.
	
	C
	Pensar o currículo escolar a partir da discussão a respeito da educação e formação humana.
	
	D
	Estimular o pensamento e a imaginação das pessoas a respeito da educação e formação humana.
“Apesar dessa crítica absolutamente pertinente, não podemos perder de vista o propósito de Rousseau ao escrever Emilio ou Da educação. A obra, segundo seu autor, não pretendia apresentar um roteiro prático para pais e professores, mas sim estimular a imaginação, fazer com que as pessoas pensassem. [...]” (p. 59)
	
	E
	Difundir o maior número de ideias filosóficas a respeito da educação e formação humana.
Questão 10/10
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
As grandes navegações, iniciadas no final do século XV, mostraram os limites presentes na Geografia de Cláudio Ptolomeu [...]. As dificuldades enfrentadas pelos navegadores não podiam ser resolvidas sem a observação direta dos fenômenos. O problema da observação se tornou, por causa dessa circunstância, importante como método de conhecimento. A filosofia moderna teve que estudar o problema da experiência natural. Os conceitos da ciência moderna não eram mais produto dialético da razão, como haviam sido na escolástica. [...] O problema que garante a certeza, ou valida a experiência, foi respondido de modo diverso por Francis Bacon (1561-1626) e René Descartes (1596-1640). [...]
 
Fonte: CARVALHO, José Maurício de. História da filosofia e tradições culturais: um diálogo com Joaquim de Carvalho. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2001. p.36-37
 
De acordo com o texto e com os conteúdos abordados no livro-base da disciplina, é possível dizer que as especulações filosóficas da Idade Moderna se fundaram tanto na cultura quanto na ciência, sendo que esta última buscava estabelecer leis gerais a partir de experiências particulares. Nesse contexto, eram duas as perspectivas metodológicas da ciência moderna em seus primórdios:
 
	
	A
	cartesianismo e fenomenologia.
	
	B
	positivismo e marxismo.
	
	C
	fenomenologia e materialismo.
	
	D
	existencialismo e neopositivismo.
	
	E
racionalismo e empirismo.
Para Bacon (1979), os preceitos, embora dificultem o conhecimento da verdade, não representam um obstáculo intransponível. Averiguando com cuidado as informações que receberemos, seremos perfeitamente capazes de alcança um conhecimento seguro da realidade. O empirismo se coloca assim como um posicionamento crítico em relação ao racionalismo. (p. 36)
As especulações filosóficas da Idade Moderna foram, em parte, reflexo das mudanças que ocorriam na época tanto no campo da cultura quanto no da ciência. A ciência moderna buscava estabelecer leis gerais a partir de experiências particulares. Mas o empirismo e o racionalismo explicam, cada um à sua maneira, apenas parte da realidade. [...] (p. 36-37).

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