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Discursiva de fundamentos filosoficos

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Questão 1/3
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
No século XVIII, surge a figura de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Embora vários teóricos já tivessem se ocupado da questão pedagógica, foi Rousseau quem deu expressão viva e concreta ao “naturalismo” pedagógico e marcou o fim da “ilustração” na França, pois percebeu que a educação calcada na razão nada contribuía para melhorar a humanidade. Ao materialismo sensualista prevalecente, Rousseau valorizou outros aspectos, por ele considerados “mais humanos”: a natureza do afeto, da personalidade, do culto à vida interior, de caráter individual. Em seu livro Émile (1762), defende a idéia de que a educação se constitua a partir da natureza da criança e que, portanto, a vida moral deve ser um prolongamento da vida biológica. [...]
 
FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora UNESP, 2005. (p. 50)
 
A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro-base da disciplina, descreva a concepção de educação apresentada por Rousseau no livro Emílio:
Emílio ou Da educação (2004) é uma obra de ficção na qual o próprio autor se apresenta como um personagem, o de preceptor, cuja função é educar um aluno, chamado Emílio, desde o nascimento até a idade adulta. Para Rousseau, o ideal é que a criança cresça e se desenvolva em um alto grau de isolamento, tendo contato praticamente só com o preceptor, que deve ser uma pessoa especial, alguém dotado de um caráter moral irrepreensível. Mesmo a presença dos pais é dispensada, pois eles se preocupam em demasia com o bem-estar de seus filhos, privando-os muitas vezes de experiências desagradáveis, mas necessárias a seu desenvolvimento.
Segundo Rousseau, é importante que as crianças recebam leite materno nos primeiros anos de vida e que se evite o costume de enrolar os bebês em faixas. Na época, acreditava-se que esse procedimento contribuía para melhorar postura da criança; para o filósofo francês, no entanto, essa prática representa o primeiro momento de cerceamento da liberdade na vida do indivíduo. Para o autor, até os 12 anos de idade, a criança deve receber o máximo possível de estímulos dos sentidos, pois, sob o ponto de vista de Rousseau, um dos grandes problemas da civilização é que as crianças aprendem a ler muito cedo e, com isso, fecham-se para o rico universo da experiência sensória. Ver, ouvir, degustar, cheirar e tatear são atividades naturais que podem ser aprimoradas com a educação, mas, na maioria das vezes, a educação livresca das escolas colabora para o enfraquecimento dessas possibilidades. (p. 55-56)
Questão 2/3
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
Para Walter Pater, a Renascença foi um “movimento em que o amor pelas coisas do intelecto e da imaginação por elas mesmas” inspirou a busca dos “meios de fruição intelectual ou imaginativa” e, com isso, “dirigiu [as pessoas] não apenas para a descoberta das fontes antigas e esquecidas dessa fruição, como, a partir delas, à intuição de novas fontes”. Entre essas “fontes antigas e esquecidas” estavam os textos clássicos inacessíveis aos medievais. No sentido original, “humanismo” refere-se ao “interesse pelo estudo e pela imitação da Antiguidade clássica”, expresso pela preocupação com as “humanidades” ou studia humanitatis – que incluíam poética, retórica e história- em contraste com a curiosidade medieval por geometria, lógica e teologia. O termo passou a indicar, em um sentido mais vago, um interesse genérico pela condição humana e pelo aumento da “fruição do intelecto e da imaginação” a que Pater alude, que excluía as esferas mais áridas da investigação científica e filosófica que Petrarca denunciou como “curiosidade fútil”.
 
COOPER, David E. As filosofias do mundo: uma introdução histórica. São Paulo: Loyola, 2002. (p. 247)
 
A partir do texto e em relação ao conteúdo das aulas e livro da disciplina, é possível dizer que durante o período conhecido como Renascimento, valorizou-se, intensamente, o ser humano. Alguns aspectos da sociedade medieval, porém, ainda permaneceram. Quais foram esses aspectos? Descreva:
Nota: 33.3
Renascimento (séculos XIV a XVII), houve uma intensa valorização do ser humano, mas muitos aspectos da sociedade medieval ainda se mantinham, como a estrutura aristocrática da sociedade e o apego ao latim. Mesmo a Reforma Protestante, que abalou o domínio da Igreja Católica no mundo europeu do século XVI, não alterou o fato de que a fé cristã continuava exercendo um grande fascínio na mentalidade das pessoas da época. (p. 49)
Questão 3/3
Leia o fragmento de texto a seguir:
           
A crise contemporânea do humanismo é um tema que determinou, em grande medida, a orientação e a evolução dos pensamentos de Edmund Husserl e de Emmanuel Levinas. A experiência dolorosa das guerras mundiais, a dissolução dos valores fundamentais do Ocidente e, sobretudo, a experiência cultural e existencial de uma dissolução do sentido do mundo, são fenômenos que permitem uma aproximação entre dois pensadores que, apesar da enorme diferença que possuem entre si, viveram, cada qual a seu modo, uma parte considerável do rico e trágico século XX. Husserl morreu em 1938, Levinas em 1995. Apesar desse espaço de tempo que os coloca em momentos específicos da cultura europeia do século passado, pode-se dizer que, do ponto de vista filosófico, é comum a ambos a preocupação com as relações entre ética e subjetividade, entre cultura e humanismo, e, sobretudo, entre filosofia e responsabilidade, num contexto histórico caracterizado pelo fim da metafísica e pelo predomínio  de estruturas impessoais, que põem em jogo toda uma tentativa de afirmar a liberdade humana no curso da história.
 
FABRI, Marcelo. Fenomenologia e cultura: Husserl, Levinas e a motivação ética do pensar. Porto alegre: EDIPUCRS, 2007. (p. 27)
 
                 A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro base da disciplina, responda: No que consiste a o método fenomenológico, para Husserl? E qual a sua crítica ao psicologismo?
O método fenomenológico consiste, então, em uma descrição minuciosa dos atos psíquicos correspondentes às vivências intencionais. Husserl critica o psicolologismo, afirmando que ele confunde o ato mental (noésis) com o objeto de conhecimento (nóema): o primeiro é individual e subjetivo, mas o segundo pode ser universal e objetivo, isto é, pode ser o mesmo para diversos sujeitos. Com essa distinção, Husserl não só recupera a possibilidade da objetividade do conhecimento, que o psicologismo quevia tentado desacreditar, mas também garante a autonomia e a primazia da especulação filosófica. (p. 122)

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