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Processo Penal NP2

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PROCESSO PENAL – Profº Ayrton 
Informante: Pessoa que está descompromissada de dizer a verdade no processo.
Conforme Julio Fabbrini Mirabete, “a Polícia é uma instituição de direito público destinada a manter a paz pública e a segurança individual”.
 
A Policia Judiciária é dividida em:
Policia Civil: principal função inquérito Policial, natureza administrativa, investigação.
Policia Federal: função exercer segurança publica no âmbito federal, visando interesse da União.
Policia Militar: e função a preventiva/ostensiva – manter a ordem na sociedade.
“A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apração das infrações penais e da sua autoria”.
Delegado de Policial	Estadual
				Federal
INQUÉRITO POLICIAL
Conceito:
Segundo Tourinho Filho: "O inquérito policial consiste em todas as diligências realizadas pela Policia judiciária, necessárias para o descobrimento dos fatos criminosos, de suas circunstâncias e de seus autores e cúmplices, devendo ser reduzido a instrumento escrito".
Outra definição: é um procedimento administrativo, realizado por autoridade judicial, através de um conjunto de diligências, no sentido de apuração da infração penal. 
A apuração das infrações penais, isto é, a investigação policial, é realizada no curso do Inquérito Policial notadamente, previsto no Código de Processo Penal. O Inquérito Policial é conduzido de forma independente por cada Polícia Civil ou Polícia Federal, que o remetem ao juízo criminal competente após a sua conclusão. O Ministério Público poderá requisitar diligências complementares destinadas a melhor instruí-lo para o oferecimento da ação penal.
As Polícias Civis e a Polícia Federal denominam-se "judiciárias" porque, em sede de procedimento preparatório ao processo penal (inquérito policial), auxiliam o poder judiciário, através da coleta de provas e do esclarecimento da autoria e da materialidade do crime. Embora alguns doutrinadores definam o inquérito policial como "mera peça informativa", é certo que as provas ali coletadas, mormente as provas técnicas (perícias), são aproveitadas no processo judicial; aliás, a imensa maioria das ações penais são baseadas, quase em sua totalidade, no respectivo Inquérito Policial.
A Polícia Judiciária (Polícia Civil) não tem qualquer relação de subordinação com nenhum órgão ou instituição do poder, nem mesmo com o Ministério Público, a quem incumbe apenas o controle externo da atividade policial. É que tal controle faculta ao Ministério Público a supervisão do andamento do inquérito, sem poderes, porém, para ingerir na presidência do inquérito policial, que cabe somente ao Delegado de Polícia.
Mesmo as requisições do Ministério Público, se entendidas impertinentes, inadequadas ou prejudiciais ao andamento do inquérito policial, podem ser rejeitadas pelo Delegado, por despacho fundamentado, sem que haja o risco de constituir crime de desobediência, uma vez que, segundo Rogério Greco, não há relação hierárquica entre Delegado e Promotor de Justiça.
	
Finalidade: é a apuração de fato que se configure infração penal e a respectiva autoria para servir de base à ação penal ou as providencias cautelares.
* Inquérito NÃO é processo.
Dentre as características principais do inquérito policial temos:
Procedimento escrito: O inquérito policial é escrito com fulcro no art 9º do CPP: “Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.”
Inquisitivo: o IP é um procedimento inquisitivo, haja vista que o contraditório é totalmente dispensável durante o procedimento investigatório. De acordo com o entendimento de Fernando Capez, ao afirmar que a natureza inquisitiva do inquérito permanece e pode ser evidenciada pelo artigo 107 do CPP, que proíbe a argüição de suspeição das autoridades policiais, e pelo artigo 14, que permite à autoridade policial indeferir qualquer diligência requerida pelo ofendido ou indiciada, com exceção do exame de corpo de delito, de acordo com o previsto no artigo 184 do CPP. Logo, concluímos que não tem contraditório, tão pouco ampla defesa.
Sigiloso: Garantir sucesso das investigações. A divulgação precipitada de fatos ainda sendo investigados poderá ser prejudicial à sua completa elucidação. Durante o transcorrer do inquérito policial, não há efetivamente nenhuma acusação por parte do Estado. Busca-se a colheita de provas que levem à comprovação do ilícito e de seu possível autor. Outro motivo ao qual se caracteriza o inquérito policial pelo sigilo é que, por não se ter certeza da autoria e do fato ilícito, a divulgação de fatos acusatórios poderá atingir pessoas que, posteriormente, não sejam autores ou partícipes dos ilícitos penais em apuração, causando-lhe danos às vezes de difícil reparação. Conforme dispõe o próprio art 20 do CPP: “A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.”
Exceção: O sigilo não se estende ao representante do MP, ao advogado do réu e nem a autoridade judiciária evidentemente.
Juiz , MP e Adv do preso; ( art 7º da OAB – garante ao advogado acesso aos autos do inquérito e ao réu, se for negado irá o advogado impetrar um mandado de segurança)
Também na CF art 5º Inciso V (quanto aos autos – Sumula Vinculante 14 – assegura o advogado acesso a todo auto do Inquérito e toda investigação, se for desrespeitada o mesmo devera fazer reclamação ao STF)
Indisponível: Após a instauração, não pode o inquérito policial ser arquivado pela autoridade policial. A ordem para o arquivamento do inquérito policia é feita pelo juiz, quando faltar base para a denúncia, no entanto, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia, se essas diligências complementares trouxerem provas novas, o inquérito policial poderá ser reaberto.
** Não poderá o inquérito ser arquivado por policiais -> Art. 17 CPP: “A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito”.
Exceção: Art. 28 CPP: “Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.”
Oficialidade: O inquérito policial é uma atividade investigatória feita por órgãos oficiais, não podendo ficar a cargo de particulares. E é presidida pela autoridade pública, no caso a autoridade policial.
Obs: quem foi condenado com base no inquérito é NULA a condenação, pois tem características de um sistema acusatório, sem ampla defesa. 
Oficiosidade: o inquérito policial não precisa provocação para ser iniciado, e sua instauração e obrigatória . Até o advento da Lei n. 8.862/94 cabia à autoridade policial julgando discricionariamente a possibilidade e a conveniência, iniciar ou não o inquérito policial.
Notitia criminis (notícia crime), quer dizer comunicação feita à autoridade policial da existência de um crime. É a noticia do crime. 
Conceito: Notitia criminis é o conhecimento, espontâneo ou provocado, pela autoridade policial de um fato aparentemente criminoso.
a) Notitia criminis de cognição imediata: ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento de fato infringente da norma por meio das suas atividades rotineiras - por intermédio de jornais, da vítima, de comparsas do agente, de delação anônima (notitia criminisinqualificada) ou por meio da delatio criminis, que é a comunicação verbal ou por escrito, feita por qualquer do povo, à autoridade policial, a respeito de alguma infração penal.
Ex: quando uma viatura esta passando e vê um roubo.
b) Notitia criminis de cogniçãomediata (ou indireta): ocorre quando a autoridade policial sabe do fato por meio de requerimento da vitima ou de quem possa representá-la, requisição da autoridade judiciária ou do órgão do MP, ou ainda mediante representação.
c) Notitia criminis de cognição coercitiva: ocorre no caso de prisão em flagrante, em que a notícia do crime dá-se com a apresentação do autor do fato. Art 301 e 310 CPP.
Os tipos de PRISÃO EM FLAGRANTE tratados pela lei e pela doutrina brasileiras são:
a) Flagrante próprio (real): ocorre nas hipóteses do artigo 302, I e II, isto é, quando o infrator estiver cometendo o crime ou tiver acabado de cometê-lo.
b) Flagrante Impróprio (inicial ou quase-flagrante): ocorre quando o sujeito é perseguido logo após a prática da infração penal, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o autor do fato. A perseguição deve ser ininterrupta, independente do lapso temporal. (Artigo 302, III,CP)
c) Flagrante Presumido ou ficto: previsto no artigo 302, IV, CPP, ocorre quando o agente é encontrado, LOGO DEPOIS de praticar o crime, com instrumentos, papéis, armas e outros elementos que façam presumir ser ele o autor da infração.
d) Flagrante Obrigatório: é aquele no qual a autoridade policial e seus agentes, em virtude de seu poder/dever de proteger a sociedade, são obrigados a efetuar a prisão do sujeito que se encontra em situação de flagrante, sob pena de incursão nas penas do crime de prevaricação. (artigo 301, 2ª parte, CPP).
e) Flagrante Facultativo: consiste na faculdade que qualquer pessoa do povo possui, diante de uma situação de flagrante, em efetivar ou não a prisão daquele que se encontra numa das situações de flagrância. (Artigo 301, 1ª parte, CPP).
Os tipos NÃO permitidos (não aceitos no ordenamento jurídico brasileiro) de flagrantes são: 
f) Flagrante Preparado ou Provocado: ocorre quando alguém induz outrem à prática de um crime e este, concomitantemente, toma providências para que aquele seja surpreendido e preso em flagrante. Trata-se de modalidade de CRIME IMPOSSÍVEL (Tentativa Inidônea) que torna NULO o ato. (Súmula 145, STF: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação”). É chamada também de Delito Putativo por Obra do Agente Provocador, ou de Delito de Ensaio, e ainda de Delito de Experiência.
i) Flagrante Forjado: ocorre quando o agente policial ou um terceiro criam provas de um crime que na realidade não foi praticado, como esfregar a arma do crime na mão de um inocente para culpá-lo por homicídio. É ato ilegal, não aceita no ordenamento jurídico brasileiro.
Valor probatório do IP: O IP tem conteúdo meramente informativo, haja vista que os elementos constitutivos de informação não são colhidos sob a égide do contraditório e da ampla defesa, tão pouco na presença do juiz. Nesse sentido, não poderá o juiz formar sua convicção, tão pouco fundamentar sua decisão somente pela apreciação das provas produzidas em investigação policia, pois se viola o principio do contraditório. 
Vícios: o vício eventualmente existente nessa fase JAMAIS acarretará nulidades processuais, pois o IP é um procedimento INFORMATIVO destinado à formação do titular da ação penal. Todavia, poderá gerar nulidades no que tange ao auto de prisão em flagrante, reconhecimento pessoal, busca e apreensão, entre outros. 
Dispensabilidade: O IP não é fase obrigatória da persecução penal, podendo ser dispensado caso o MP ou o ofendido já disponha de elementos suficientes para a propositura da ação. Contudo, deverá demonstrar a justa causa da imputação, sob pena de ser rejeitada a peça inicial. 
Incomunicabilidade: Destina-se a impedir a comunicação do preso com terceiros que venha a prejudicar a apuração dos fatos. Não excederá de três dias e será decretada por despacho fundamentado do juiz, a requerimento da autoridade policial ou MP, respeitada as prerrogativas do advogado. Ou seja, a incomunicabilidade, de qualquer forma não se estende ao advogado. 
Art. 21 do CPP: “A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, as prerrogativas do adv. 
Obs. O art. 21 não foi concebido pela CF, logo, é considerada uma lei morta. 
Prazo do Inquérito
Quando o indiciado estiver PRESO:10 dias contados a partir do dia seguinte da data de sua efetivação da prisão. 
Quando o indiciado estiver em liberdade: 30 dias, contados a partir do recebimento da noticia crime (Art. 10, CPP);
Diferenças:
Preso não poderá ser prorrogado prazo de inquérito, se for terá direito a relaxamento da prisão;
Solto poderá ser prorrogado, infinitamente para produção de mais provas se for necessário
Prazos Especiais:
Lei de Drogas 
Preso 30 dias 
Solto 90 dias 
Juiz poderá duplicar prazos para conclusão do inquérito com requerimento do delegado de policia.
INÍCIO DO INQUÉRITO POLICIAL
Crimes de Ação penal pública incondicionada: 
De oficio: a autoridade tem obrigação de instaurar IP, independente de provocação. 
Por requisição da autoridade judiciária ou do MP
Crimes de Ação penal pública condicionada:
Mediante representação do ofendido ou de seu representante legal;
Mediante requisição do ministro da justiça;
Crimes de Ação penal privada:
Neste caso, a ação penal dependerá de requerimento escrito do ofendido ou de seu representante legal, isto é, da pessoa que detenha a titularidade da respectiva ação penal.
TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL
Peça: é o relatório da autoridade policial que dá fim ao inquérito. 
INDICIAMENTO: são conjuntos de fatos que leva a constatação que a pessoa realmente cometeu o crime, então ela é indiciada.
Recebido o Inquérito Policial, o Promotor (MP) terá três opções:
poderá realizar ou requisitar novas diligências, indispensáveis, a seu juízo, ao ajuizamento da ação penal;
solicitar o arquivamento do inquérito: neste caso o promotor conclui pela inexistência de elementos mínimos que possam lastrear o processo;
oferecer a denúncia, quando o promotor concluir como presentes os elementos quanto à autoria e materialidade delitiva. (art. 46 CPP).
No caso do promotor optar pelo arquivamento do inquérito, deverá solicitá-lo ao juiz correspondente, que, diante de tal requerimento terá duas opções:
concordar com o pedido do Ministério Público e determinar, mediante despacho, o arquivamento direto dos autos, neste caso, segundo Eugênio Pacelli de Oliveira (2010, p.68) só pode o mesmo ser reaberto a partir do surgimento de novas provas; (súmula 542 STF)
Não concordando o juiz com o arquivamento, caberá a ele aplicar o disposto no art. 28 do Código de Processo Penal, encaminhando os autos ao Procurador Geral, para que este ofereça a denúncia, designando outro órgão do Ministério Público para apresentá-la, ou insistir no pedido de arquivamento, ao qual o juiz estará vinculado a atender.
SUJEITOS PROCESSUAIS
Sendo o processo o instrumento de realização do direito material atraves da atividade jurisdicional quando as partes não querem ou encontram-se impedidas de fazê-lo de modo espontâneo, o processo pressupõe a existencia de três sujeitos, a saber: autor (que pode ser o MP ou o ofendido), o juiz (que aplica o direito substancial) e o réu (acusado).
 
JUIZ PENAL
GARANTIAS DA MAGISTRATURA
1 – Institucionais
Possuem autonomia:
- financeira: capacidade de organizar proposta orçamentária.
- administrativa
- funcional: autonomia funcional; capacidade de tomar decisões sem subordinação a outro orgão.
São garantias da instituição
- auto governo
- capacidade normativa
2 – Funcionais – Proprias do juiz, CARGO. (não possui carater absoluto)
- Vitalicidade: Após o estágio probatório (2 anos), a perdado cargo só será imposta por sentença transitado em julgado. 
- Inamobilidade – possuem estabilidade na localidade. Exceção: interesse público.
- Irretutibilidade vencimentos: não poderá ser diminuido seu salário.
- imparcialidade – MAIOR virtude de um juiz.
“a qualidade de terceiro estranho ao conflito em causa essencial á condição do juiz”
PRERROGATIVAS E VEDAÇÕES
* vedações (autotela e autocomposição)
Na:
- Constituição Federal
- LOMAN (lei orgânica da magistratura nacional)
Só o Supremo pode modificar
- Loman - lei complementar 35/79
Anterior a constituição
* Aos juízes é vedado, proibições no intuito de garantir a imparcialidade do orgão julgador:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração;
A fim de assegurar a imparcialidade do orgão judicante, confere a magistratura as seguintes garantias:
- INGRESSO NA CARREIRA
Art. 93, I da CF “ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação”
 
- PROMOÇÃO NA CARREIRA (merecimento ou antiguidade ) de entrancia para entrancia.
Art 93, II, III e IV da CF:
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrado;
- SUBSÍDIO – a base é do stf
Art 93, V da CF: “o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º”;
- REMOÇÃO COMPULSÓRIA A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO OU POR ALGUM OUTRO MOTIVO:
VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal;
VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
VIII-A a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II;
- FUNDAMENTAÇÃO E PUBLICIDADE NOS JULGAMENTOS:
Art 93, IX: “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”;
Órgão Especial (trabalha também como controle de constitucionalidade, 25 desembargadores mais antigos , controle de constitucionalidade e funcionais )
Impedimento / suspensão
- Impedimento é absoluto
- A suspensão é quando existe prova de ligação do juiz com alguém do caso a ser julgado
Funções do juiz no processo penal
função processo do juiz - processual
atividades fiscalizatoria do juiz – probatória 
atividade de impulsão do juiz (juiz precisa ser provocado e após isto ele precisa movimentar o processo ) – impulsão 
Administrativa
- ordem
- outras funções
MINISTÉRIO PÚBLICO
O Ministério Publico, na esfera penal, é a instituição de carater público que representa o Estado, expondo ao Juiz a pretensão punitiva. 
- É o titular da Ação penal.
- Orgão permanente 
O MP é a instituição permanente essencial a função jurisdicional do Estado, cabe a este a defesa da ordem jurídica do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponiveis. (Art 127, caput, da CF) 
O MP pertence a União, Estados, Militar Trabalho e do DF.
- O MP age por interesse publico, por isso, exerce acusação publica.
	Propor Ação Penal pública (condicionada ou incondicionada)
Compete ao Controle externo da atividade policial (art. 129, VII)
Ministério P.	
	Requisitar diligências investigatórias
	Instauração de inquérito policial (art. 129, VIII)
Ingresso na carreira é por concurso de titulos e provas, com formação em direito e 3 anos de atividade. 
São principios INSTITUCIONAIS (art. 127, § 1º da CF):
 
- Unidade e indivisibilidade: não é divisivel dentro de cada MP existe uma direção unica. É um pelo outro, pois agem em nome da instituição. 
- Indepêndencia funcional: no exercicio da sua função, o MP não deve subordinação a nenhum outro orgão ou pessoa; Deve submissão apenas a lei.
- Autonomia funcional e administrativa: capacidade de instituição de autogovernar-se emitindo regulamentos internos, organizando serviços, criando novos cargos, plano de carreira e etc.
- Autonomia financeira: O proprio MP elabora sua proposta orçamentária.
PRERROGATIVAS E VEDEÇÕES
Com o intutito de garantir a imparcialidade na atuação do Ministério Publico, a CF confere:
Ao MP como um todo:
- estruturação de carreira;
- relativa autonomia administrativa;
- limitação á liberdade do chefe do Executivo para nomeação e destituiição do procurador-geral;
- vedação de promotores. 
Garantias aos seus membrs, em particular (PROMOTOR):
- ingresso na carreira mediante concurso público de provas e titulos, exigindo bacharel em direito e no minimo 3 anos de pratica juridica;
- Vitaliciedade: não perderá o cargo, salvo sentença judicial transitado em julgado.
- inamobilidade: estabilidade no local em que é titular, somente será removido por interesse público. 
- irredutibilidade de subsídio: são fixados na forma da lei. 
O MP é organizado pela LOMP
O Ministério Publico só poderá exercer esta função, sendo vedadoainda: receber qualquer título ou pretexto, auxilios ou contribuições de pessoas fisicas, entidades publicas ou privadas, e também é impedido o exercico da advocacia no juizo ou tribunal no qual se afastou, antes do decorrido tres anos de afastamento do cargo por aposntadoria ou exoneração.

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