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* * Diagrama de fases Fe-C A compressão do diagrama Fe-C é extremamente importante, pois através dele é possível obter informações sobre a microestrutura das ligas de Fe-C em função da temperatura e composição. Existe uma forte correlação entre a microestrutura e as propriedades mecânicas das ligas. * * Diagrama de fases Fe-C De todos os sistemas de ligas binários o mais importante é o formado pelo ferro e o carbono AÇOS E FERROS FUNDIDOS! * * O sistema ferro-carbono * * Ferrita α FERRO = FERRITA Estrutura - CCC Temperatura de “existência”= até 912 C Solubilidade máx. do carbono = 0,022% a 727C É mole e dúctil. * * Ferrita α-visualização Aparência da ferrita α fotomicrografia. * * Ferrita- - Austenita FERRO = AUSTENITA Estrutura= CFC Temperatura de “existência”= 912-1394C Solubilidade máx. do carbono = 2,14% a 1147 C É mais dura. * * Ferrita - visualização Aparência da ferrita -Austenita fotomicrografia. * * Ferrita - A FERRITA é virtualmente a mesma que a FERRITA , exceto pela faixa de temperatura em que cada uma existe. Como é estável somente a altas temperaturas, não tem interesse comercial. * * * * * * * * * * Ponto a = somente austenita até 727oC. Ao cruzar 727oC e até o ponto b, a austenita se transforma de acordo com a reação: + Fe3C. Microestrutura – camadas alternadas ou lamelas compostas pelas duas fases e Fe3C, que se formam simultaneamente. Desenvolvimento das microestruturas: liga Fe-C de composição eutetóide (0,76% de C) * * liga Fe-C de composição eutetóide (0,76% de C) Essa microestrutura é conhecida por PERLITA. Desenvolvimento das microestruturas: liga Fe-C de composição eutetóide (0,76% de C) * * Microestrutura PERLITA As camadas claras mais grossas representam a fase ferrita, enquanto a fase cementita aparece como lamelas finas, a maioria apresentando cor escura. Mecanicamente, a PERLITA apresenta propriedades intermediárias entre a macia e dúctil ferrita e a dura e frágil cementita. * * Agora, vamos ver o desenvolvimento das microestruturas para uma liga Fe-C que possui entre 0,022 e 0,76% de C. Esta é conhecida como liga hipoeutetóide (menos que o eutetóide) Ponto c (875oC)= somente austenita. Ponto d (775oC) = fases + . Ponto e = maior proporção da fases . Ponto f = a fase austenita se transforma em perlita de acordo com a reação: + Fe3C. * * Agora, vamos ver o desenvolvimento das microestruturas para uma liga Fe-C que possui entre 0,022 e 0,76% de C. Esta é conhecida como liga hipoeutetóide (menos que o eutetóide) = é chamada ferrita eutetóide (ferrita presente na perlita). Nova formada = acima de Te, é chamada ferrita proeutetóide (ferrita antes do eutetóide). * * Fotomicrografia de um aço com 0,38 %C que possui uma microestrutura composta por perlita e ferrita proeutetóide. Ampliação 635X Aço hipoeutetóide! * * Ligas hipereutetóides (mais que o eutetóide): liga Fe-C que possui entre 0,76 e 2,14% de C. Ponto g = somente austenita. Ponto h = a fase cementita começa a se formar. É chamada cementita proeutetóide (não muda - antes do eutetóide). Ponto i = toda a austenita é convertida em perlita. A microestrutura restante consistirá em perlita + cementita. * * Fotomicrografia de um aço com 1,4 %C que possui uma microestrutura composta por uma rede de cementita proeutetóide que envolve as colônias de perlita. Ampliação 1000X Aço hipereutetóide! * * Glossário * * Considere novamente a reação eutetóide: Tranformação na perlita! Alterações Microestruturais e das Propriedades em Ligas ferro- carbono * * Universidade Federal do Piauí - UFPI Campus Petrônio Portela -Teresina Centro de Tecnologia – CT Engenharia e Ciência dos Materiais * * Propriedades mecânicas: por que estudar? 1. Determinação e/ou conhecimento das propriedades mecânicas é muito importante para a escolha do material para uma determinada aplicação. 2. Definem o comportamento do material quando sujeito a esforços mecânicos. 3. Evitar que ocorram níveis inaceitáveis de deformação e/ou falhas. * * Como determinar as propriedades mecânicas? A determinação das propriedades mecânicas é feita através de ensaios mecânicos. Utilizam-se normalmente corpos de prova (amostra representativa do material). Usam-se normas técnicas para o procedimento das medidas e confecção dos corpos de prova para garantir que os resultados sejam comparáveis. * * Dentre os diversos tipos de ensaios disponíveis para a avaliação das propriedades mecânicas dos materiais, os mais utilizados são: -ensaio de tração para os materiais metálicos e poliméricos; -ensaio de compressão para os materiais cerâmicos. Ensaios relativamente simples e rápido. * * Ensaio de Tração Máquina de Tração EMIC DL 60000 Fonte : http://www.labmat.com.br/ae_mecanic.html * * CORPOS DE PROVA ASTM D638 -Para materiais poliméricos * * CORPOS DE PROVA -Para materiais metálicos * * Ensaio de tração Resistência à tração É medida submetendo-se o material à uma carga ou força de tração, paulatinamente crescente, que promove uma deformação progressiva de aumento de comprimento. É obtida através da curva tensão-deformação. * * PROPRIEDADES MECÂNICAS Simulação! VÍDEO * * Como se definem tensão e deformação? Tensão Deformação Sendo: = tensão (Pa); F = carga instantânea aplicada (N) e Ao = área da seção reta original antes da aplicação da carga – seção reta transversal(m2). Sendo: = deformação (adimensional); li = comprimento instantâneo e lo = comprimento original. Como efeito da aplicação de uma tensão, tem-se a deformação. * * * Relação entre temperatura de fusão e módulo de elasticidade O módulo de elasticidade é fortemente dependente das forças de ligação entre os átomos. As forças de ligação entre os átomos, e consequentemente o módulo de elasticidade, são maiores para metais com temperaturas de fusão mais elevadas. Fonte: Garcia, Spim e Santos, 2000. * * Deformação plástica (a) (b) (a) Curva tensão x deformação para um material típico. A transição do comportamento elástico para o plástico é uma transição gradual para a maioria dos metais. (b) Curva tensão x deformação típica para o aço. A transição elastoplástica é muito bem definida (ocorre de forma abrupta). Fonte: Callister, 2002. Limite de proporcionalidade Tensão de escoamento (y) * * Em uma escala atômica... Deformação elástica É manifestada por pequenas alterações no espaçamento interatômico e na extensão de ligações interatômicas. Deformação plástica Corresponde à quebra de ligações com os átomos vizinhos originais e em seguida formação de novas ligações com novos átomos vizinhos, uma vez que um grande número de átomos ou moléculas se move em relação aos outros; com a remoção da tensão, eles não retornam às suas posições originais. * * Esboço da curva obtida no ensaio de tração Fonte: Garcia, Spim e Santos, 2000. AO – região de comportamento elástico. AB – região de escoamento – se caracteriza por um aumento relativamente grande na deformação, acompanhado por uma pequena variação da tensão. BF – região de comportamento plástico - a partir de B o material entra na região plástica, que é caracterizado pela presença de deformações permanentes. UF – estricção – região ocorre o empescoçamento do corpo de prova, até a fratura. * * Módulo de elasticidade ou módulo de Young É o quociente entre a tensão aplicada e a deformação elástica resultante – Lei de Hooke. Está relacionado com a rigidez do material. Está relacionado diretamente com as forças das ligações interatômicas. E = / * * Módulo de Elasticidade é determinado pela inclinação (coeficienteangular) do segmento linear na região elástica da curva tensão x deformação. Determinação do Módulo de Elasticidade * * Módulo de elasticidade (E) Deformação () Tensão () = E A lei de Hooke é válida até este ponto. Máxima tensão que o material suporta sem sofrer deformação permanente. E = / * * Módulo de elasticidade Quanto maior o módulo de elasticidade mais rígido é o material ou menor é a sua deformação elástica quando aplicada uma dada tensão. Fonte: Callister, 2002. MÓDULO DE ELASTICIDADE [E] GPa 106 Psi Magnésio 45 6.5 AlumÍnio 69 10 Latão 97 14 Titânio 107 15.5 Cobre 110 16 Níquel 207 30 Aço 207 30 Tungstênio 407 59 * Outras informações que podem ser obtidas das curvas tensãoxdeformação * Tensão de escoamento y= tensão de escoamento (corresponde a tensão máxima relacionada com o fenômeno de escoamento) De acordo com a curva “a”, onde não observa-se nitidamente o fenômeno de escoamento Alguns aços e outros materiais exibem o comportamento da curva “b”, ou seja, o limite de escoamento é bem definido (o material escoa- deforma-se plasticamente-sem praticamente aumento da tensão). Neste caso, geralmente a tensão de escoamento corresponde à tensão máxima verificada durante a fase de escoamento Não ocorre escoamento propriamente dito Escoamento * * Limite de Escoamento * quando não observa-se nitidamente o fenômeno de escoamento, a tensão de escoamento corresponde à tensão necessária para promover uma deformação permanente de 0,2% ou outro valor especificado (obtido pelo método gráfico indicado na fig. Ao lado) Fonte figura: Prof. Sidnei Paciornik do Departamento de Ciência dos Materiais e Metalurgia da PUC-Rio * * * * Além destas, outras informações ainda podem ser obtidas da curva tensão x deformação: Ductilidade Tenacidade Resiliência * * Ductilidade Representa uma medida do grau de deformação plástica que foi suportado quando da fratura. Corresponde à elongação total do material devido à deformação plástica. Fonte: Callister, 2002. * * A ductilidade pode ser expressa quantitativamente como: Alongamento percentual (AL%) Estricção (RA%) A maioria dos metais possui pelo menos um grau moderado de ductilidade à temperatura ambiente. Materiais relativamente dúcteis são tidos como generosos.
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