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Apresenta-se aqui os mais variados tipos de preconceitos linguísticos e em nenhum deles há 
fundamento ou justificativa. Para mostrar como se constrói o preconceito linguístico, aqui 
estão relacionados apenas os oito mitos que revelam o comportamento preconceituoso por 
parte de certos segmentos letrados da sociedade. Esse comportamento fica cada vez mais 
forte com a manutenção do poder das elites, oprimindo as classes sociais menos favorecidas, 
normalmente por meio da padronização imposta pela norma culta. 
 “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente” 
Este mito é o mais grave de todos por ser prejudicial à educação, isso faz o povo acreditar 
que existe unidade linguística. A afirmação incorreta sobre nossa língua portuguesa é 
propagada em todos os lugares dos país, principalmente quando veículos de comunicação de 
massa a exemplo da televisão, impõem o que muitos consideram como a forma “correta” de 
falar, sem sotaques, ou qualquer característica que denuncie a origem do falante. 
“Brasileiro não sabe português/Só em Portugal se fala bem português” 
O brasileiro fala bem o português. O que acontece é que o português falado no Brasil é 
diferente do português falado em Portugal. Na língua falada, as diferenças entre o português 
de Portugal e o português falado no Brasil são tão grandes que muitas vezes surgem 
dificuldades de compreensão. A única forma que ainda é possível uma compreensão quase 
total entre brasileiros e portugueses é o da língua escrita formal, porque a ortografia é 
praticamente a mesma, com poucas diferenças. Nenhum dos dois é mais certo ou mais errado, 
mais bonito ou mais feio: são apenas diferentes um do outro, mesmo sem seguir as regras da 
gramática, as pessoas seguem uma lógica linguística. 
“Português é muito difícil” 
O mito: Brasileiro não sabe português afeta o ensino da língua estrangeira, pois é comum 
escutar professores dizerem: " os alunos já não sabem português"," imagine se vão conseguir 
aprender outra língua", fazendo a velha confusão entre a língua e a gramática normativa. As 
milhares de regras que aprendemos na escola, na sua maioria não correspondem à língua que 
realmente falamos e escrevemos o tempo todo. Daí então surge o mito totalmente errado de 
que português é muito difícil? 
“As Pessoas sem instrução falam tudo errado” 
As pessoas que pertencem a uma classe social desprestigiada, que não tem o acesso à 
educação, tendem a ter dificuldade com a fala, por isso a língua que elas falam sofre o 
mesmo preconceito que pesa sobre elas, ou seja, sua língua é considerada, feia e pobre, 
quando na verdade é apenas diferente da língua ensinada na escola. Até porque na escola não 
aprendemos a falar (leite) mas sim, (leiti) consequência do sotaque regional. Vendo a este 
ponto de vista a maior parte do Brasil fala "errado", não fala o português. 
 " O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão” 
Esta falsa afirmação refere-se ao fato de que no Maranhão ainda se usa com grande 
popularidade o pronome "tu". Diz ser este um mito sem nenhuma fundamentação científica. 
Em todos os estados brasileiros o idioma é o mesmo.O que existem são particularidades da 
fala de cada estado. Cada região possui um linguajar específico, que não é melhor nem pior 
do que outro: é apenas diferente. 
"O certo é falar assim, porque se escreve assim." 
A crítica existente é muito grande, já que não era para ser assim. Fazendo uma conclusão o 
certo mesmo seria que independente do sotaque, forma de falar, todos tivessem oportunidades 
iguais, onde todas diferenças deveriam ser respeitadas, e não julgadas. 
“É preciso saber gramática para falar e escrever bem” 
Para falar e escrever bem não precisa de gramática. Apesar dela ser um instrumento muito 
útil na língua, precisamos dela para esclarecimento, fluidez na comunicação e pesquisas. A 
grande tarefa da educação é permitir, incentivar e desenvolver o letramento. 
“O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social” 
Esse mito como o primeiro, são parecidos, porque ambos tocam em sérias questões sociais. O 
desenvolvimento intelectual não está diretamente relacionado com a ascensão social . Com 
isso, pode-se perceber o domínio da norma não é uma formula mágica que, de um momento 
para o outro, irá resolver todos os problemas de um indivíduo carente. A norma padrão não 
leva o ser a se tornar um patrão. O conjunto de ações é que levam o ser a sua ascensão social. 
O circulo vicioso do preconceito linguístico 
 O círculo vicioso que se forma ao redor do falante da língua portuguesa faz com que ele 
mesmo pense que o português brasileiro é difícil, ou que ele não sabe falar sua própria língua 
corretamente. A mídia aproveita-se disso. Devia ser o contrário, aproveitar toda sua força 
para denunciar tantos preconceitos e não haver este mercado tão intenso que cresce em cima 
de tantos mitos. Os brasileiros, como falantes da língua portuguesa, não deveriam permitir 
que, por meio da mídia e de algumas pessoas de maior poder aquisitivo, o ser humano 
pudesse ser tão desvalorizado em sua principal condição: a de ser humano. É preciso respeitar 
a língua falada que é diferente da língua escrita. 
A desconstrução do preconceito linguístico 
 O professor de língua portuguesa deve trabalhar a gramática normativa em sala de aula, de 
forma que os alunos saibam como e quando usá-las. Entender que a língua materna não é 
uma língua errada, ou pior que é outra língua de outra localidade, e sim 
ensinar a língua culta como outra forma de comunicação social, para que o aluno possa ter o 
domínio das duas línguas “ a culta e a coloquial”, sabendo como utilizar cada uma delas em 
determinadas situações, sem menosprezar nenhuma delas, principalmente a língua oral, que 
representa a cultura e a característica do Brasil, e que são fundamentais para a construção da 
identidade do indivíduo. Um problema do Brasil é o de que as pessoas plenamente 
alfabetizadas não cultivam nem desenvolvem o seu próprio letramento. Ler e escrever não 
fazem parte da cultura das classes sociais mais escolarizadas. 
O Preconceito Contra a Linguística e os Linguistas 
O ensino de língua na escola é a única disciplina em que existe uma disputa entre duas 
perspectivas distintas, dois modos diferentes de encarar o fenômeno da linguagem: a doutrina 
gramatical tradicional e a linguística moderna. 
A doutrina gramatical tradicional passou pela revolução cientifica e seus termos e conceitos 
continuam a ser repassado sem grandes reformulações de uma geração de alunos para outra, 
como se não houvesse mudanças na ciência da linguagem. 
A linguística moderna tem a língua como um objeto a ser analisado e interpretado segundo 
métodos e critérios científicos e devolveu a língua ao seu lugar de fato social, tornando-a um 
lugar de surpresas, de descobertas, do novo, da substituição de paradigmas, da reformulação 
critica das teorias. 
Querer cobrar, hoje em dia, a observância dos mesmos padrões linguísticos do passado é 
querer preservar, ao mesmo tempo, ideias, mentalidades e estruturas sociais do passado. A 
Gramática Tradicional, funcionando como uma ideologia linguística, foi e ainda é, como toda 
ideologia, o lugar das certezas, uma doutrina sólida e compacta, com uma única resposta 
correta para todas as dúvidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
BAGNO,Marcos. Preconceito linguístico: o que é ,como se faz. São Paulo: Ed.Loyola, 2003Preconceito Linguístico 
 
 
Lindarai Gomes da Silva 
Graduando do curso de: Letras Espanhol 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo Apresentado a professora: Verônica Aragão 
Na disciplina de produção textual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Letras 
UERN/2015.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Letras

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