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PLANOS DE AULA DE DIREITO INTERNACIONAL MÁRCIO.

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PLANOS DE AULA DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
PLANO DE AULA 01.
Caso Concreto 1:
O caso em tela refere-se a atuação do Direito Internacional Público, que tem como premissa ser uma regra de vida social, aplicável à Sociedade Internacional, objetivando o bem comum e a manutenção da ordem social que deve reinar no âmbito internacional. No direito internacional as relações ocorrem entre pessoas internacionais (Estados soberanos, Organizações Internacionais, etc.) as relações internacionais assim como as relações internas, objetivam a harmonia entre os entes da sociedade.
Caso Concreto 2:
O Direito que regula a relação jurídica no caso concreto, é o Direito Internacional Privado, que é visto como o ramo do direito interno, que regula, direta ou indiretamente, as relações privadas internacionais, sendo este o seu objeto. A sociedade internacional atual é marcada pela crescente Globalização econômica. As relações jurídicas comerciais não se limitam mais apenas às fronteiras dos estados soberanos e aí reside a importância da utilização do direito internacional privado, pois ele é um conjunto de princípios e regras sobre qual é a legislação aplicável à soluções de relações jurídicas privadas, quando envolvidos nas relações mais de um país , ou seja, a nível internacional. Ele tem por objetivo equilibrar e harmonizar essas relações a fim de que sejam realizadas de forma justa e eficaz.
PLANO DE AULA 02.
Caso Concreto 01:
A Sociedade Internacional tem como características:
A Universalidade: abrange o mundo inteiro mesmo que o país não tenha vínculos tão profundos com os demais. 
A Heterogeneidade: Integram-na Estados doas mais diferentes vertentes culturais e sociais , o que influencia diretamente na complexidade das negociações.
A Descentralização: não há um poder central internacional ou um governo mundial, mas há vários centros de Poder como os próprios Estados e as Organizações Internacionais. É Aberta: todos os entes, ao reunirem certas condições, dela se tornam membro sem necessidade de aprovação prévia dos demais . 
Direito Originário: Não se fundamenta em outro ordenamento positivo ou pré-estabelecido. 
Caso Concreto 02:
As forças que influenciam a Sociedade Internacional são forças econômicas, culturais, religiosas e políticas. Sendo que as forças econômicas e políticas são as mais importantes. As forças culturais se manifestam pela realização de acordos culturais entre os Estados, na criação de organismos internacionais de fomento e desenvolvimento da cultura (UNESCO). As forças econômicas definem o sistema internacional como primariamente constituído pela atividade econômica e pela disseminação das relações sociais e econômicas capitalistas em uma escala mundial. Segundo Celso Mello, elas seriam despertadas pelo materialismo histórico de Marx e ainda, que o seu enfrentamento, exigiria uma grande cooperação interestatal (FMI, BIRD, OMC, etc.) Forças Políticas: a luta pelo poder e pelo aumento do território estatal ocasionou fenômenos característicos da sociedade internacional (ditadura e imperialismo). Forças Religiosas: Catolicismo, Protestantismo. Hoje o islamismo tem marcado presença na nova forma de terrorismo, que vem atualmente dando novo contorno à Sociedade Internacional.
Os três sentidos para o termo sociedade Internacional , segundo Fred Halliday são:
Realismo: dentro do qual a Sociedade Internacional refere-se à relação entre Estados, baseadas em normas compartilhadas e entendimentos. Em um mundo constituído por potências soberanas e independentes, a guerra é o único meio pelo qual cada uma delas pode, em última instância, defender seus interesses vitais. 
Transnacionalismo: que se refere à emergência de laços não estatais de economia, de política, de associação, de cultura e de ideologia, que transcendem as fronteiras dos Estados e constituem, em maior ou menor medida, uma sociedade que vai além destas mesmas fronteiras.
Homogeneidade: que indica uma relação entre a estrutura interna das sociedades e da Sociedade Internacional, investigando de que maneira como resultado das pressões internacionais, os Estados são compelidos a conformarem seus arranjos internos aos demais. É um conceito que se refere tanto ao desenvolvimento interno quanto às relações internacionais, já que o funcionamento interno dos Estados tanto influencia como é influenciado pelos processos internacionais. 
PLANO DE AULA 03.
Caso Concreto 01.
1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça , qual a fonte de DIP é aplicável a fim de dar solução ao litígio?
Resposta: A fonte aplicável ao litígio apresentado entre Portugal e Índia , para dar-lhe solução, é o costume regional. 
2) Como ela é definida?
R. Ela é definida como costume regional, também chamado de local, que diz respeito a pedido de permissão para transposição territorial, o qual tem sido reconhecido pela jurisprudência e doutrina internacionais, a exemplo do caso em tela sobre direito de passagem entre Portugal e Índia, julgado na CIJ em 1960, no qual se reconheceu também, a possibilidade de estabelecimento de costume em sentido contrário em razão da desobediência recíproca a costumes preestabelecidos (costumes contra legem). No caso citado, a prática adotada pelos Estados, leva a crer que existe um costume internacional local . Entretanto, o direito de passagem deve se limitar ao trânsito de mercadorias e indivíduos civis e não de forças armadas, polícia militarizada, armas e munições.
3. Qual o elemento que a torna norma jurídica?
R. O costume se estabelece pela união de certos elementos: um elemento que certifica sua existência, sua prática geral e sua uniformidade através do tempo; e outro elemento que atribui ao costume seu caráter eminentemente obrigatório entre os sujeitos do mesmo direito: a opinião iuris ou a coincidência de sua obrigatoriedade. Os primeiros elementos reúnem-se sob a denominação geral de elementos materiais; o segundo é considerado o elemento psicológico do costume. São eles que tornam a norma, jurídica.
Caso Concreto 2:
Não há um consenso entre os autores acerca do conceito de pessoa internacional no DIP. Para alguns autores, como Celso Mello, a conceituação para sujeito de direito no DIP, seria idêntica à conceituação de sujeito de direito no direito interno, ou seja, é sujeito de direito internacional aquele que tem direitos ou obrigações perante a ordem jurídica internacional. Esses autores distinguem a personalidade jurídica da capacidade de agir, que diz respeito à realização de atos válidos no plano jurídico internacional. Assim, para eles é perfeitamente possível a existência de sujeitos de direito internacional incapazes, à semelhança do que ocorre com as crianças no direito interno, que, apesar de serem sujeitos de direito, não possuem capacidades de exercê-los, devendo ser representados por alguém capaz. Essa corrente doutrinária considera o ser humano e as empresas transnacionais como sujeitos de direito internacional público. A segunda corrente, cujo principal expoente brasileiro é Francisco Rezek, entende que, para alguém ser qualificado como pessoa internacional, é necessário que lhe seja outorgada a capacidade de agir em plano internacional, possuindo, no mínimo, prerrogativas de reclamar nos foros internacionais a garantia de seus direitos. Para esses autores, são sujeitos de direito apenas os Estados soberanos (aos quais se equipara, por razões singulares, a Santa Sé) e as Organizações Internacionais. Ambas as correntes concordam em um ponto: a subjetividade no DIP é evolutiva, variando conforme as transformações da sociedade internacional. Prova disso é que, até o século XIX, OS Estados eram as únicas pessoas jurídicas no DI. No entanto, hoje, após a evolução da sociedade internacional, é indiscutível que as Organizações Internacionais são dotadas de personalidade jurídica internacional. Existem outros autores ainda que enfrentam essa problemática de uma forma diferenciada, aceitando o indivíduo como um sujeito secundáriode direito internacional. Por fim, existem os que aceitam o indivíduo apenas como objeto do direito internacional. A maioria dos autores entende que o indivíduo pode ser sujeito de direito internacional, principalmente em decorrência da tendência ao monismo deste ramo do direito. Assim, se aceita que, em tese, o indivíduo possa ter subjetividade jurídico-internacional, apenas dependendo da forma de como as normas deste ordenamento jurídico o contemple. Ou seja, se destas normas se puder retirar os requisitos de um sujeito de direito, tais como possibilidade de atuação ou mesmo de responsabilização do indivíduo diretamente pela ordem internacional, pode ser que o indivíduo seja considerado um sujeito de Direito Internacional.
PLANO DE AULA 04. Caso Concreto 01:
a)A Organização das Nações Unidas teria o dever de reparar os danos causado, já que o diplomata estava a serviço da ONU? Explique.
R. Existe a responsabilidade funcional quando se trata de funcionário da Organização Internacional, pois esta tem o direito de proteção diplomática, podendo responsabilizar um Estado ou outra Organização Internacional por atos danosos aos seus funcionários ou a seu patrimônio. A CIJ já emitiu parecer concluindo que a Organização Internacional tem o direito de exigir a reparação dos danos sofridos por ela e pelas vítimas, seus funcionários ou seus bens . Sendo assim, cabe à família do brasileiro requerer a reparação do dano pela ONU, bem como esta pode pleitear a reparação do Estado que a lesionou.
b) O Brasil teria o dever de reparar os danos a ele causados no exercício de sua função, já que o Diplomata representava o país no exterior? Explique.
Resposta: Sim, pois o diplomata é servidor público, passível de ser indenizado pelos danos causados à sua integridade.
Caso Concreto 02:
Resposta: A medida cabível seria a extradição. A extradição encontra fundamento legal no art. 76 ao art. 94 da Lei 6.815/80. Esta medida é tomada quando o Brasil entrega um estrangeiro a outro país, por ele ter cometido um crime naquele país. Trata-se de ato de defesa internacional , onde há a colaboração dos países na repressão do crime. Porém, dependerá de prévia apreciação do STF, para analisar o caráter dessa infração. Ou seja, a extradição só será permitida depois do julgamento feito pelo plenário do STF. Dessa decisão Não cabe recurso.
2. A medida poderia ter sido concedida? Justifique com base nos requisitos para a sua concessão.
R. Sim, pois de acordo com o artigo 77 do Estatuto do Estrangeiro , a viabilidade da concessão da Extradição poderá ser verificada a partir da análise de requisitos negativos, os quais determinam os casos em que não será concedida a extradição Assim, eu seu inciso II, podemos depreender que poderia ser concedida a extradição, uma vez que o extraditando cometeu fato tipificado como crime tanto no Brasil como em seu país. Essa medida visa evitar que o infrator fique impune, ainda que esse crime tenha sido cometido em outro país. Por isso, deve traduzir no sentido superior e universal de justiça. O Brasil deve entregar o estrangeiro para que ele receba a pena cabível no país onde ele cometeu o crim. No Brasil a extradição só é admitida em duas hipóteses: mediante promessa de reciprocidade (através de pedido formal de Estado soberano , a se processar segundo o direito vigente no país) e com base em tratado (hipótese em que assume, a princípio, caráter obrigatório). 
3. Se concedida a extradição, pode o Presidente da República se negar a efetivar a entrega de Paolo?
R. Sim, há certa discricionariedade ao Presidente da República. Ele pode ou não efetivar a extradição. Poder conferido pelo artigo 84, , inciso VII da CF.
O STF há tempos, vem entendendo que a competência para decidir definitivamente sobre a extradição ou não, é do Presidente da República por ser ele a autoridade responsável por manter relações com Estados estrangeiros(art. 84, VII), quando o julgamento que lhe compete é favorável ao processo de extradição.
PLANO DE AULA 05:
Caso Concreto 01:
Órgão competente de medida antiiduping?
Neste caso, a organização competente é a OMC, que é o órgão que tem como finalidade impor regras e normas para estabelecer um entendimento entre os países e as instituições internacionais que atuam no campo econômico. Ela regulamenta e fiscaliza o comércio mundial. A OMC também atua como um intermediador, no momento em que dois países geram conflitos por motivos comerciais, derivados por medidas protecionistas de um dos lados: gerencia acordos comerciais tendo como parâmetro a globalização da economia, cria situações e momentos para que sejam firmados acordos comerciais internacionais e supervisionar o cumprimento desses acordos.
A CIJ tem competência:
Não, pois a capacidade de agir das organizações internacionais limitam-se aos seus objetivos e funções. Segundo o artigo 34 do CIJ, as controvérsias que podem ser submetidas `CIJ são aquelas que podem vir a constituir ameaça à paz e à segurança internacional. 
A DECISÃO OBRIGA OS EUA
Uma decisão da OMC, enquanto recomendação , não possui caráter obrigatório. Todavia em nome do princípio pacta sunt servanda, o Estado membro de um tratado se obriga a respeitar as obrigações contidas no seu texto.

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