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1 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GLÂNDULAS 
 
 
 
 
 
 
Jucelucia B Lopes-C70248-0 
Gustavo F de Carvalho- C52600-2 
Monique Leite-C49986-2 
Milena Zano-C6286C-7 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
 MAIO 2016 
2 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
GLÂNDULAS 
 
 
 
 
 
 
Jucelucia B Lopes-C70248-0 
Gustavo F de Carvalho- C52600-2 
Monique Leite-C49986-2 
Milena Zano-C6286C-7 
 
 
 
Trabalho apresentado para a matéria: 
Fisiologia Geral 
Orientador: Prof.ª. Abigail 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
 MAIO 2016 
3 
 
SUMARIO 
INTRODUÇAO ........................................................................................................................5 
SISTEMA GLANDULAR........................................................................................................6 
GLANDULAS EXÓCRINA ...................................................................................................7 
-SALIVARES............................................................................................................................8 
-SUDORIPARAS......................................................................................................................8 
-LACRIMAIS ...........................................................................................................................8 
-MAMARIAS ...........................................................................................................................8 
-SEBACEAS .............................................................................................................................8 
PATOLOGIA ESCOLHIDA: ACNE.....................................................................................9 
- TRATAMENTO MEDICO.................................................................................................12 
- TRATAMENTO NUTRICIONAL ....................................................................................14 
- TRATAMENTO FISIOTERAPICO .................................................................................15 
TRATAMENTO PSICOLOGICO .......................................................................................15 
GLANDULAS ENDÓCRINAS.............................................................................................17 
HIPÓFISE................................................................................................................................18 
- ADENOHIPÓFISE ..............................................................................................................18 
-NEUROHIPÓFISE ...............................................................................................................19 
-HORMÔNIOS .......................................................................................................................20 
-TIROIDE ...............................................................................................................................23 
 PATOLOGIA ESCOLHIDA: HIPERTIREOIDISMO E HIPOTIREOIDISMO .........26 
- TRATAMENTO MEDICO ................................................................................................28 
- TRATAMENTO NUTRICIONAL ....................................................................................30 
- TRATAMENTO FISIOTERAPICO .................................................................................38 
- TRATAMENTO PSICOLOGICO ....................................................................................38 
SUPRARRENAL ...................................................................................................................41 
 PATOLOGIA ESCOLHIDA: DIABETES ........................................................................50 
- TRATAMENTO MEDICO ................................................................................................56 
- TRATAMENTO NUTRICIONAL ...................................................................................60 
- TRATAMENTO FISIOTERAPICO .................................................................................62 
- TRATAMENTO PSICOLOGICO......................................................................................63 
 
4 
 
GLÂNDULAS SEXUAIS......................................................................................................65 
-MASCULINA .......................................................................................................................65 
-FEMININA ...........................................................................................................................68 
PATOLOGIA ESCOLHIDA: CANCER DE PRÓSTATA ...............................................73 
- TRATAMENTO MEDICO ................................................................................................74 
- TRATAMENTO NUTRICIONAL ....................................................................................75 
- TRATAMENTO FISIOTERAPICO .................................................................................76 
-TRATAMENTO PSICOLOGICO .....................................................................................78 
GLÂNDULAS MIXTAS .......................................................................................................80 
-FIGADO ................................................................................................................................80 
-PANCREAS ..........................................................................................................................84 
PATOLOGIA ESCOLHIDA: CANCER DE PANCREAS ..............................................85 
- TRATAMENTO MEDICO ................................................................................................89 
- TRATAMENTO NUTRICIONAL ....................................................................................90 
- TRATAMENTO FISIOTERAPICO .................................................................................91 
- TRATAMENTO PSICOLOGICO .....................................................................................92 
EPIFISE OU PINEAL ...........................................................................................................94 
PATOLOGIA ESCOLHIDA: DEPRESSAO ......................................................................96 
- TRATAMENTO MEDICO ................................................................................................97 
- TRATAMENTO NUTRICIONAL ....................................................................................98 
- TRATAMENTO FISIOTERAPICO..................................................................................98 
- TRATAMENTO PSICOLOGICO.....................................................................................99 
CONCLUSAO ......................................................................................................................100 
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................101 
 
 
 
5 
 
INTRODUÇAO 
 
 O objetivo do trabalho é entender qual a função, relação e reação do nosso organismo 
em relação as glândulas, podem se apresentar de 3 sistemas diferentes: endócrinas, exócrinas e 
mistas cada uma com uma função diferente. 
 O sistema endócrino é constituído por diversas glândulas e tecidos que secretam 
substancias químicas responsáveis pelo controle da maioria das funções biológicas. 
 O sistema exócrino é constituído por glândulas que secretam seus produtos (enzimas) 
por ductos.O sistema de glândulas mistas é um tipo de tecido epitelial glandular e que atua 
simultaneamente como glândula endócrina e glândula exócrina. Como endócrina secreta 
substancia na corrente sanguínea e como glândula exócrina produz secreção. São glândulas que 
possuem uma porção exócrina e outra endócrina. 
 Os hormônios influenciam praticamente todas as funções metabólicas do corpo humano. 
São substancias responsáveis por regular as atividades entre as células, tecidos e órgãos. 
6 
 
SISTEMAS GLANDULARES 
Uma glândula é formada por uma massa celular, esta é composta por uma substancias 
densa, incolor, gelatinosa, chamada protoplasma. Cada glândula pode ser comparada a uma 
laboratório no qual as células são os operários, e o produto do laboratório é a secreção. 
 As glândulas do corpo humano são órgãos que fazem parte do sistema 
endócrino e exócrino, de modo que a principal função delas é a produção de hormônios e o 
equilíbrio do metabolismo para o bom funcionamento do corpo. 
TIPOS DE GLANDULAS 
As glândulas são formadas a partir de um tipo especial de tecido epitelial e podem ser 
classificadas em: unicelulares, exócrinas e endócrinas. 
O tecido epitelial exerce diversas funções no nosso corpo, entre elas, a função de 
revestimento, proteção contra entrada de micro-organismos, contra a perda de água, além de 
secreção de substâncias. Essa última função é atribuída aos chamados epitélios glandulares, que 
são os responsáveis pela formação das glândulas. 
As glândulas podem ser formadas por apenas uma célula, mas podem ser também 
multicelulares, sendo este caso mais comum. Como exemplo de glândula unicelular, podemos 
citar a célula caliciforme, que possui uma forma de cálice e é responsável pela produção de 
muco nas vias respiratórias e trato gastrointestinal. 
As glândulas multicelulares formam-se a partir de invaginações do tecido epitelial ainda 
no período de desenvolvimento embrionário. Podemos classificar as glândulas pluricelulares 
em dois tipos principais: glândulas exócrinas e glândulas endócrinas. 
 
7 
 
GLANDULAS EXÓCRINA 
 
Observe que a secreção é liberada através de um ducto nas glândulas exócrinas 
 
As glândulas exócrinas caracterizam-se por liberar suas secreções através de 1canais. 
Podemos distinguir duas partes nessas glândulas: uma porção secretora e os ductos glandulares. 
As substâncias produzidas são lançadas para uma superfície livre fora do corpo ou no interior 
da cavidade dos órgãos. Como exemplo desse tipo de glândula, podemos citar as sudoríparas e 
as salivares, que lançam sua secreção na pele e na cavidade bucal, respectivamente. 
De acordo com a forma em que a secreção é eliminada, podemos classificar as glândulas 
exócrinas em: merócrina, apócrina e holócrina. As merócrinas são aquelas em que a secreção é 
eliminada sem que haja perda do citoplasma da célula secretora. Nas glândulas apócrinas, a 
secreção apresenta porções do citoplasma das células secretoras. Já as holócrinas eliminam a 
secreção que é constituída pela própria célula secretora. 
GLANDULAS SALIVARES 
 
Localizadas na boca e na garganta, as glândulas salivares (parótida, sublingual, 
submandibular) atuam no processo de digestão dos alimentos através do processo de produção 
e liberação de saliva, uma vez que ela contém a enzimaptialina ou amilase salivar, responsável 
pelo amolecimento dos alimentos bem como a manutenção de umidificação da boca. 
 
 
8 
 
GLANDULAS SUDORIPARAS 
Responsáveis por manter a temperatura do corpo e eliminar substâncias tóxicas, 
as glândulas sudoríparas estão distribuídas sob a pele e atuam na produção e liberação do suor. 
São classificadas em glândulas sudoríparas apócrinas, chamadas de “glândulas de cheiro”, 
localizadas nas axilas e nos órgãos genitais; e, as glândulas sudoríparas écrinas, espalhadas por 
todo o corpo, responsáveis por manter a temperatura corporal. 
 
GLANDULAS LACRIMAIS 
 
Localizadas nos olhos, as glândulas lacrimais são responsáveis pela produção das 
lágrimas, lubrificação ocular e inibição do desenvolvimento de microrganismos na região. 
 
GLANDULAS MAMARIAS 
 
Exclusividade dos mamíferos, as glândulas mamárias estão presentes em ambos os 
sexos, contudo, nas mulheres depois da puberdade elas continuam a se desenvolver, a fim de 
realizarem sua principal função: produção do leite para alimentação dos recém-nascidos. 
 
GLANDULAS SEBACEAS 
 
Responsáveis pela proteção, flexibilidade e lubrificação da pele, as glândulas sebáceas, 
espalhadas pelo corpo, liberam o sebo (gordura), uma substância oleosa presente em grande 
parte no rosto e no couro cabeludo. Por esse motivo, os cabelos ficam oleosos quando passamos 
dias sem lavá-lo. 
 
9 
 
PATOLOGIA ESCOLHIDA: ACNE 
O que é Acne? 
Acne é uma condição da pele que ocorre quando os folículos pilosos da pele ficam obstruídos 
por sebo e células mortas, ficando colonizados por bactérias que geram inflamação. Acne mais 
comumente aparece no rosto, pescoço, peito, costas e ombros. 
Dependendo da gravidade, a acne pode causar sofrimento emocional e levar a cicatrizes na pele. 
A boa notícia é que existem tratamentos eficazes disponíveis – e quanto mais cedo é iniciado, 
menor é o risco de cicatrizes. 
Tipos 
Os diferentes tipos de acne incluem: 
Acne do recém-nascido 
Cerca de 20% dos recém-nascidos desenvolvem acne leve. Isso pode acontecer porque certos 
hormônios são passados para eles através da placenta por suas mães pouco antes do nascimento. 
Outra causa de acne em bebês é o estresse do parto, que pode fazer o corpo do bebê liberar 
hormônios. Recém-nascidos com acne geralmente tem lesões que desaparecem 
espontaneamente. 
Acne infantil 
Bebês entre três e 16 meses de idade podem desenvolver acne infantil. Eles podem ter cravos e 
espinhas. Acne infantil geralmente desaparece quando a criança chega aos dois anos de idade. 
As espinhas raramente deixam cicatrizes. Acne infantil pode ser causada, em parte, pelos níveis 
hormonais mais elevados do que o normal. 
 
Acne vulgar 
O tipo mais comum de acne é acne vulgar. Ela aparece com mais frequência em adolescentes e 
adultos jovens. 
10 
 
Acne cística 
Acne conglobata é uma forma rara, mais grave, de acne. Ela ocorre principalmente em homens 
jovens. Na acne conglobata, espinhas grandes se desenvolvem no rosto, peito, costas, braços e 
coxas. Este tipo de acne pode ser difícil de tratar e muitas vezes deixa cicatrizes. 
Acne fulminante 
Acne fulminante é uma forma grave de acne conglobata, que ocorre mais em meninos 
adolescentes. Na acne fulminante, um grande número de espinhas se desenvolve muito 
rapidamente nas costas e no peito. Essas espinhas muitas vezes deixam cicatrizes graves. 
Pacientes com acne fulminante muitas vezes sofrem com febre e dor muscular e óssea. 
Causas: 
Existem diferentes tipos de acne. A acne mais comum é o tipo que se desenvolve durante a 
adolescência. A puberdade faz com que os níveis hormonais fiquem elevados, especialmente a 
testosterona. Esses hormônios estimulam as glândulas da pele, que começam a produzir mais 
óleo (sebo). 
As crianças e os adultos mais velhos também podem ter acne. 
Superprodução de sebo na pele e concentração de células mortas nos folículos pilosos da pele 
estão entre as causas de acne. Esses fatores resultam em obstrução, com acúmulo de bactérias 
e inflamação. 
Os folículos pilosos estão ligados a glândulas sebáceas, que secretam uma substância oleosa, 
conhecida como sebo, para lubrificar o seu cabelo e pele. Quando o corpo produz uma 
quantidade excessiva de sebo e células mortas da pele, os dois podem se acumular nos folículos 
pilosos, criando um ambiente ondeas bactérias podem prosperar. 
Esse cenário pode fazer com que o folículo se torne inchado e inflamado, acumulando pus, 
formando a espinha. Também pode acontecer de o folículo se abrir e escurecer, gerando um 
cravo, ou comedão. 
 
11 
 
Fatores que podem piorar acne 
 Hormônios. Os andrógenos são hormônios que aumentam em meninos e meninas 
durante a puberdade, fazendo as glândulas sebáceas ampliarem e produzirem mais sebo. 
Alterações hormonais relacionadas com a gravidez e o uso de contraceptivos orais 
também pode afetar a produção de sebo 
 Certos medicamentos, como os corticoides, andrógenos ou a base de lítio são 
conhecidos por causar acne 
 Fatores dietéticos, incluindo ingestão excessiva de produtos lácteos e alimentos ricos 
em carboidratos - como pães, biscoitos e batatas fritas - pode desencadear acne. 
Fatores de risco 
Alterações hormonais no corpo podem provocar ou agravar a acne. Tais alterações são comuns: 
 Em adolescentes 
 Dois a sete dias antes do período menstrual 
 Em mulheres grávidas 
 Em pessoas que usam certos medicamentos, incluindo aqueles que contêm corticoides, 
andrógenos ou lítio. 
A acne pode ser irritada ou agravada por: 
 Estresse 
 Tocar muito no rosto 
 Suor excessivo 
 Deixar o cabelo em contato com a pele, o que pode deixar a pele mais oleosa 
 Trabalhando com óleos e produtos químicos regularmente 
 Atletas ou fisiculturistas que tomam esteroides anabolizantes também estão em risco de 
agravar ou desenvolver acne. 
 
12 
 
SINTOMAS 
Acne se desenvolve mais frequentemente na face, pescoço, peito, ombros, ou costas e 
pode variar de leve a grave. Pode durar alguns meses, muitos anos, ou ir e vir durante toda a 
vida. 
Geralmente, a acne provoca apenas espinhas e cravos. Às vezes, pode evoluir para cistos 
e nódulos. As lesões císticas são espinhas que são grandes e profundas, muitas vezes dolorosas 
e que podem deixar cicatrizes na pele. 
A acne pode levar à baixa autoestima e, por vezes, á depressão. Essas condições 
necessitam de tratamento, juntamente com o da acne em si. 
TRATAMENTO MEDICO 
O tratamento da acne foca em reduzir a produção de óleo na pele, acelerar a renovação 
celular, combater à infecção bacteriana e reduzir a inflamação. Em alguns casos, a pele pode 
piorar antes de ficar melhor. 
O dermatologista pode recomendar um medicamento tópico - para aplicar na pele - ou 
medicações via oral, como Azitromicina e Roacutan. Medicamentos orais para acne não devem 
ser usado durante a gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre. 
O tratamento da acne inclui: 
 Cremes tópicos de venda livre 
 Cremes tópicos disponíveis com prescrição 
 Antibióticos, que podem ser combinados com outros produtos tópicos ou orais 
 Contraceptivos orais 
 Isotretinoína oral 
 Procedimentos cosméticos, como peeling químico e microdermoabrasão, lasers, luz 
pulsada. 
 
13 
 
Tratamento da cicatriz da acne 
É possível usar certos procedimentos para diminuir as cicatrizes deixadas pela acne. Veja: 
 Preenchimento facial com ácido hialurônico 
 Peelings químicos 
 Dermoabrasão 
 Microdermoabrasão 
 Laser e tratamentos de radiofrequência 
 Microcirurgias para retirar as cicatrizes de acne. 
Outros medicamentos mais usados para o tratamento de acne são: 
 Adacne 
 Adapaleno 
 Azelan 
 Azitromicina 
 Clindamicina 
 Clindoxyl 
 Clocef 
 Clordox 
 Diane 35 
 Diclin 
 Differin 
 Doxiciclina 
 Drospirenona + Etinilestradiol 
 Gracial 
 Hipoderme 
 Hipoderme Ômega 45g 
 Hipoderme Ômega 90g 
 Isotretinoina 
 Nebacetin 
 Roacutan 
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado. 
14 
 
TRATAMENTO NUTRICIONAL: 
 
Pessoas que sofrem de acne devem seguir dieta rica em: vegetais verde-escuros ou 
alaranjados (ricos em betacarotenos) que auxiliam na manutenção e reparação da pele. 
 
Alimentos ricos em fibras devem ser utilizados para a eliminação de toxinas que causam 
a acne, promovendo a desintoxicação. Nozes, castanhas e amêndoas não podem faltar, pois são 
ricas em vitamina E e ácidos graxos essenciais (anti-inflamatórios), que são excelentes para a 
pele. Alimentos ricos em proteínas são fundamentais para o tratamento, como carnes magras, 
feijões, ervilhas, iogurte com lactobacilos vivos (melhora a flora intestinal), ovos, peixes (anti-
inflamatórios). 
 
Devem ser eliminados salgadinhos, refrigerante, açúcar, balas, alimentos ricos em 
gorduras saturadas e trans, pois acumulam toxinas. Os carboidratos de alto índice glicêmico 
(doces, farinha branca, açúcar refinado...) elevam o hormônio insulina (que regula o açúcar do 
sangue), contribuindo para a inflamação da pele. Os alimentos causadores de alergias 
alimentares, tais como leite, trigo, açúcar, chocolate e milho devem ser observados. 
Suplementos naturais que podem ser utilizados: 
 
Cápsulas de óleo de semente de linhaça, peixe ou gérmen de trigo (anti-inflamatórios), 
geleia real (fonte de vitamina B5, previne problemas de pele), levedo de cerveja em cápsula e 
algas como chorella, espirulina e agar-agar. A bardana é uma planta que tem propriedades 
depurativas (desintoxicação) e regula o sebo da pele, sendo eficiente contra a acne. Tomar todos 
os dias chá de bardana em jejum pela manhã ou em cápsulas. Para auxiliar na desintoxicação 
podem ser combinadas outras plantas, como dente-de-leão, salsaparrilha e cardo-mariano. 
 
Máscara semanal: 
 
Utilizar sobre a pele argila verde misturada com levedura de cerveja e acrescentar 2 
gotas de óleos essenciais, como: tomilho, lavanda, sálvia ou gerânio. 
 
 
15 
 
TRATAMENTO FISIOTERAPICO: 
Fisioterapia dermatofuncional no tratamento da acne. 
O tratamento consiste em três técnicas: 
 
O desencruste que promove saponificação do sebo através da associação da corrente 
galvânica e uma substância alcalina como lauril sulfato de sódio, 
 
Alta frequência produz ondas eletromagnéticas que, quando em contato com o ar, 
produz ozônio que tem ação antibactericida e bacteriostática, 
 
Microcorrentes promove a normalização das glândulas sebáceas, diminuindo a 
produção do sebo. 
 
Nos primeiros 7 dias de tratamento é importante a aplicação do alta frequência e das 
microcorrentes diariamente. Após, a evolução é que dita a frequência do tratamento. 
 
TRATAMENTO PSICOLOGICO: 
O aspecto da nossa pele é um dos por menores que mais se destaca aos olhos das 
pessoas que nos rodeiam, ela pode gerar elogios ou críticas, no fundo, ela serve como o nosso 
"cartão de visita". Por esta razão, todos queremos ter uma pele fantástica, bonita, sem acne e 
sem machas. 
 
A fase da adolescência é por regra, o período em que os jovens sentem maior 
necessidade de se afirmarem, agradarem aos outros (principalmente os mais próximos). 
Também é nesta fase que a acne se manifesta com mais intensidade. 
O impacto emocional da acne na vida dos jovens é muito forte. 
Possíveis consequências psicológicas da acne 
- Frustração 
- Isolamento 
- Ansiedade 
- Baixa autoestima 
- Depressão 
16 
 
O apoio e acompanhamento psicológico torna-se importante, desde o momento em que 
a acne começa a afetar a nossa vida social, profissional, etc. Os pais devem desempenhar um 
papel ativo na busca de soluções contra a acne, e não permitir que os filhos sintam-se 
solitários nesta batalha. 
Os pais devem estar atentos aos primeiros sinais que apontem para problemas de 
depressão nos seus filhos, causados pela acne e procurarem soluções em conjunto, não só para 
tratar a pele contra a acne, mas emsituações extremas ou de forte depressão ou isolamento, 
procurar o apoio de um psicólogo. 
Os jovens adolescentes com acne são por natureza mais sensíveis e preocupados com 
o que os outros pensam de si, esperam ser bem aceitos e tratados como pessoas "normais". 
 
17 
 
GLANDULAS ENDÓCRINAS 
 
Nas glândulas endócrinas, a secreção é lançada diretamente na corrente sanguínea 
 
É considerada a glândula mestra da vida, pois seus produtos controlam o funcionamento 
de praticamente todo o organismo. Encontra-se localizada na base do encefálico e mede 
aproximadamente 1 cm de diâmetro, tendo a forma de um grão de bico. 
As glândulas endócrinas são aquelas em que não há a presença de um ducto, e sua 
secreção, também chamada de hormônio, é lançada diretamente na corrente sanguínea. 
Apresentam-se como aglomerados de células secretoras envoltas por uma rede de capilares. 
PRINCIPAIS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS 
 Hipófise (pituitária) Anterior - produz e secreta dezenas de hormônios. Os principais e 
mais bem conhecidos são: GH, TSH, ACTH, FSH, LH e PROLACTINA. 
 Hipófise (pituitária Posterior - secreta os hormônios (produzidos no hipotálamo): 
OCITOCINA e ADH (hormônio anti diurético). 
 Tireóide - produz e secreta: TIROXINA (T4), TRIIODOTIRONINA (T3) e 
CALCITONINA. 
 Paratireóides - produzem e secretam: PARATORMÔNIO. 
 Pâncreas - produzem e secretam: INSULINA e GLUCAGON. 
 Córtex das Supra Renais - produzem e secretam dezenas de hormônios. Os mais 
importantes são: ALDOSTERONA, CORTISOL, HORMÔNIOS ANDROGÊNIOS. 
 Testículos - Produzem e secretam o hormônio masculino TESTOSTERONA. 
 Ovários - Produzem e secretam os hormônios femininos: ESTROGÊNIO e 
PROGESTERONA. 
18 
 
HIPÓFISE 
 
A Hipófise (ou Pituitária) é uma pequena glândula localizada em uma cavidade craniana 
chamada sela túrsica. É dividida em 2 partes, uma bem diferente da outra: Hipófise Anterior 
(Adenohipófise) e Hipófise Posterior (Neurohipófise). 
HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS 
ADENOHIPÓFISE: 
Formada por tipos bastante variados de células, produz, inibi e secreta na circulação 
dezenas de hormônios. Os mais importantes e bem conhecidos são: 
 HG (somatotropina) - hormônio do crescimento - promove um crescimento na maioria 
dos tecidos do nosso corpo. 
 TSH (tireotropina) - hormônio estimulante da tireóide - estimula as células foliculares 
tireoideanas a aumentarem a síntese e liberação dos hormônios tireoideanos. 
 ACTH (corticotropina) - hormônio estimulante da córtex da supra-renal - estimula a 
córtex da glândula supra-renal a aumentar a síntese e liberação de seus hormônios. 
 FSH (gonadotropina) - hormônio folículo-estimulante - estimula o crescimento e 
desenvolvimento dos folículos ovarianos (na mulher) e a proliferação do epitélio 
germinativo e espermatogênese (no homem). 
 LH (gonadotropina) - hormônio luteinizante - um dos grandes responsáveis pela 
ovulação, mantém o corpo lúteo em atividade (na mulher) e estimula a produção de 
testosterona pelas células de Leydig (no homem). 
 PROLACTINA - estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. 
 
19 
 
NEUROHIPÓFISE 
 ADH - hormônio anti diurético - produzido pelos núcleos supra-ópticos do hipotálamo, 
age no túbulo contornado distal e no ducto coletor do nefron, aumentando a 
permeabilidade à água nestes segmentos. 
 OCITOCINA - produzido pelos núcleos paraventriculares do hipotálamo, promove 
contração da musculatura lisa uterina (muito importante durante o trabalho de parto) e 
contração das células mio-epiteliais, nas mamas, contribuindo para a ejeção do leite 
(durante a fase de amamentação). 
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS DA ADENOHIPÓFISE 
A secreção de cada um dos hormônios da adenohipófise pode aumentar ou diminuir sob 
comando hipotalâmico. Acontece que o Hipotálamo produz diversas substâncias 
denominadas Fatores de Liberação (ou de Inibição) Hipotalâmicos, substâncias estas que, 
atingindo as células da adenohipófise, fazem-nas aumentar ou reduzir a secreção de 
determinados hormônios, conforme o Fator de Liberação ou Inibição liberado e conforme as 
células atingidas por tais fatores. Estes Fatores de Liberação (ou Inibição) hipotalâmicos, uma 
vez secretados por células do hipotálamo, atingem rapidamente as células da adenohipófise 
através de um sistema de vasos denominado: sistema porta hipotálamo-hipofisário. 
Eis abaixo exemplos de alguns destes Fatores de Liberação (ou Inibição) Hipotalâmicos e 
os respectivos hormônios hipofisários que têm sua secreção aumentada (ou diminuída) sob a 
ação dos tais fatores: 
 GRF - Fator de Liberação da Somatotropina - Estimula a secreção do hormônio do 
crescimento (GH). 
 TRF - Fator de Liberação da Tireotropina - Estimula a secreção do hormônio 
estimulante da tireóide (TSH). 
 CRF - Fator de Liberção da Corticotropina - Estimula a secreção do Hormônio 
estimulante da córtex da supra-renal (ACTH). 
 LRF - Fator de Liberação das Gonadotropinas - Estimula a secreção de ambas as 
gonadotropinas (FSH e LH). 
 PIF - Fator de Inibição da Prolactina - Inibe a secreção da prolactina 
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HORMÔNIOS 
O hormônio é uma substancia formada em um órgão do corpo que é levada por intermédio do 
sangue a outro órgão onde produz um efeito estimulante. A palavra deriva-se do verbo grego, cujo 
significado é estimular ou pôr em movimento. Sem suprimento do fósforo endócrino, fornecido pela 
glândula Tiroide, nenhum cérebro funcionaria. A pulsação do coração cessaria no momento em que 
deixasse de ser suprido com a secreção das Supras Renais. Tem havido casos de pessoas com corações 
considerados ‘’mortos’’e que, depois de estimulados por hormônios das Supras Renais, pulsaram 
novamente com ritmo regular ...(BERMAN, LOUIS o mistério das glândulas endócrinas- cap. 1 pg. 3) 
 TIPOS DE HORMONIOS 
Podemos classificar os hormônios, quanto a natureza química dos mesmos, em 2 tipos: 
1. Protéicos – são produzidos a partir de cadeias de aminoácidos. Geralmente são 
constituídos por pequenas proteínas ou fragmentos proteicos. 
2. Esteróides – são sintetizados a partir do colesterol. 
 MECANISMO DE AÇAO DOS HORMONIOS 
Existem diversos mecanismos através dos quais os hormônios agem em suas respectivas 
células-alvo e fazem-nas executar alguma função. Destes, 2 mecanismos são bastante 
importantes: 
 Ativação da adenilciclase e formação de AMP-cíclico intracelular – é o mecanismo 
geralmente utilizado pela grande maioria dos hormônios proteicos. O hormônio, uma 
vez ligado a um receptor específico localizado na membrana celular de uma célula-alvo, 
provoca a ativação de uma enzima intracelular (adenilciclase). Esta enzima converte 
parte do ATP intracelular em AMP-cíclico. O AMP-cíclico, enquanto presente no 
interior da célula, executa na mesma uma série de alterações fisiológicas como: ativação 
de enzimas; alterações da impermeabilidade da membrana celular; modificações do 
grau de contração de músculo liso; ativação de síntese proteica; aumento na secreção 
celular. 
 Ativação de genes – é o mecanismo como agem, geralmente, os hormônios esteróides. 
Através deste mecanismo o hormônio, de encontro à sua respectiva célula-alvo, 
penetra em seu interior e então liga-se a um receptor específico. Ligado ao receptor o 
hormônio atinge o núcleo da célula, onde genes específicos seriam então ativados. 
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Com a ativação de determinados genes, moléculas de RNA mensageiro se deslocam 
para o citoplasma da célula e determinam a síntese de determinadas proteínas. Estas 
proteínas, então aumentam atividades específicas da célula. 
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) 
É uma pequena proteína, produzida e secretada pela glândula hipófise anterior. 
Durantea fase de crescimento, sob ação deste hormônio, quase todas as células nos 
tecidos aumentam em volume e em número, propiciando um crescimento dos tecidos, dos 
órgãos e, consequentemente, o crescimento corporal. 
Alguns de seus principais e conhecidos efeitos nos tecidos são: 
1. Aumento na síntese proteica celular - Isso ocorre porque o hormônio do 
crescimento aumenta o transporte de aminoácidos através da membrana 
celular, aumenta a formação de RNA e aumenta os ribossomas no interior das células. 
Tudo isso proporciona, nas células, melhores condições para que as mesmas sintetizem 
mais proteínas. 
2. Menor utilização de glicose pelas células para produção de energia - promove, assim, 
um efeito poupador de glicose no organismo. 
3. Aumento da utilização de gordura pelas células para produção de energia - ocorre, 
também, uma maior mobilização de ácidos graxos dos tecidos adiposos para que os 
mesmos sejam utilizados pelas células. Uma consequência disso é a redução dos 
depósitos de gordura nos tecidos adiposos. 
Devido aos efeitos acima citados, observa-se um importante aumento na quantidade de 
proteínas em nossos tecidos. Em consequência do aumento das proteínas e de um maior 
armazenamento de glicogênio no interior das células, estas aumentam em volume e em número. 
Portanto observamos um aumento no tamanho de quase todos os tecidos e órgãos do nosso 
corpo. 
 
22 
 
CRESCIMENTO ÓSSEO 
O efeito do hormônio do crescimento no crescimento ósseo ocorre de uma forma 
indireta: O hormônio do crescimento estimula nas células hepáticas e, em menor proporção, 
nos rins a produção de uma substância denominada somatomedina. A somatomedina estimula 
a síntese de substância fundamental na matriz óssea, necessária ao crescimento deste tecido. 
Portanto, um déficit na produção de hormônio do crescimento acarreta também um déficit no 
crescimento em estatura. 
Embora o crescimento estatural cesse a partir da adolescência, o hormônio do 
crescimento continua a ser secretado por toda a vida. Ocorre apenas uma pequena redução em 
sua secreção após a adolescência. O crescimento estatural não mais ocorre, a partir desta fase, 
devido ao esgotamento da cartilagem de crescimento dos ossos longos, impedindo o 
crescimento dos mesmos em comprimento. Porém ossos mais membranosos, como os do nariz, 
continuarão a crescer lentamente. 
CONTROLE DA SECREÇÃO 
A quantidade de hormônio do crescimento secretada a cada momento depende de 
diversos fatores. 
A regulação da secreção é feita através o Fator de Liberação da Somatotropina (GRF), 
produzida no hipotálamo. Este fator atinge a adeno hipófise através do sistema porta 
hipotálamo-hipofisário e estimula esta glândula a produzir e secretar maiores quantidades do 
hormônio do crescimento. 
Um dos mais importantes fatores que influenciam a secreção de GRF pelo hipotálamo 
e, como consequência, maior secreção de GH pela hipófise, é a quantidade de proteínas no 
interior das células em nosso organismo. Quando as proteínas estão em quantidade baixa, como 
ocorre na desnutrição, o GRF é secretado em maior quantidade e, consequentemente, o GH 
também o faz. Como resultado haverá, nas células, um estímulo para que ocorra uma maior 
síntese de proteínas. 
 
23 
 
TIROIDE 
 
É uma glândula como o formato de uma H, como o peso médio de 25 gramas, localizada 
no pescoço, a tireoide é uma das maiores glândulas do corpo humano. Atua em diversas funções 
vitais como: a produção de hormônios (triiodotironina T3 e tetraiodotironina T4), estes 
hormônios estimulam as atividades metabólicas dos carboidratos, lipídios e proteínas, atuando 
no crescimento e desenvolvimento do organismo. Um outro hormônio da tireoide é a 
tireocalcitonona ou calcitonina que regula o metabolismo do cálcio. Estes hormônios são 
chamados de tiroxinas. 
 Para um perfeito funcionamento da tireoide, é indispensável a presença de iodo. A falta 
de hormônio pode causar o bócio endêmico. A insuficiência na produção de hormônio pela 
tireoide pode causar o hipotireoidismo ou hiper tireoidismo. 
Dessa forma, o mau funcionamento dessa glândula pode acarretar em doenças como 
o hipertireoidismo (liberação excessiva de hormônios) o qual acelera o metabolismo e 
o hipotireoidismo (liberação insuficiente de hormônios) que diminui a ação metabólica do 
corpo. 
 
PARATIREOIDE 
Localizadas no pescoço, ao redor da glândula tireoide, as paratireoides são as menores 
glândulas do corpo. 
Formadas por quatro pequenas glândulas, consideradas dois pares de tireoides (superiores e 
inferiores), elas atuam na produção do hormônio Paratormona (PTH) cuja função é regular a 
quantidade de cálcio presente no sangue. 
 
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TIREÓIDE E HORMÔNIOS TIREOIDEANOS (T3 e T4) 
A tireoide localiza-se na região do pescoço, anteriormente à traqueia e logo abaixo da 
laringe. Histologicamente é formada por uma grande quantidade de folículos. As células 
foliculares produzem 2 importantíssimos hormônios: tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). Estes 
dois hormônios armazenam-se no interior dos folículos e, aos poucos, são liberados para a 
corrente sanguínea. Através desta atingem todos os tecidos e promovem nos mesmos um 
importante estímulo no metabolismo celular. Na ausência destes hormônios, quase todo o 
metabolismo celular, em quase todos os tecidos, caem aproximadamente para a metade do 
normal. Por outro lado, numa condição de hipersecreção dos tais hormônios, o metabolismo 
celular basal aumenta exageradamente, atingindo cerca do dobro do normal. 
PRODUÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDEANOS 
As células foliculares tireoideanas sintetizam, durante todo o tempo, uma proteína, na 
qual se formam e armazenam os hormônios tireoideanos. Esta proteína se 
chama tireoglobulina e é formada por uma cadeia de aminoácidos tirosina. 
Mas para que se formem os hormônios tireoidianos não basta uma normal produção de 
tireoglobulina. Também é de fundamental importância uma captação de íon iodeto, necessário 
à formação dos hormônios. 
A captação de iodeto se faz através de um transporte ativo (bomba de iodeto), que 
bombeia constantemente estes íons do exterior para o interior das células foliculares, 
armazenando uma concentração cerca de 40 vezes maior no líquido intracelular. 
Mas os íons iodetos devem ser transformados na forma elementar de iodo no interior 
das células, para que possam ser utilizados na formação dos hormônios. Isso se faz com a 
importante ajuda de uma enzima denominada peroxidase. 
Na medida em que as moléculas de tireoglobulina vão sendo produzidas, moléculas de 
iodo vão se ligando quimicamente aos radicais tirosina das proteínas. Mas para que as 
moléculas de iodo se liguem com a devida rapidez e em quantidade satisfatória, se faz 
necessário a presença de uma enzima, a iodinase, que catalisa a reação do iodo com os radicais 
tirosina das tireoglobulinas. 
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As moléculas de tireoglobulina, conforme vão sendo produzidas, vão saindo da célula e 
armazenando-se no interior dos folículos, submersas num líquido gelatinoso denominado 
coloide. 
Cada molécula de tireoglobulina carrega, portanto, vários radicais tirosina impregnados 
com molécula de iodo. 
2 radicais tirosina, ligados entre sí, com 2 íons iodetos em cada uma de suas moléculas, reagem-
se entre sí formando uma molécula de tiroxina (T4); 2 radicais tirosina, ligados entre sí, sendo 
um com 2 íons iodeto e outro com apenas 1 íon iodeto, reagem-se também entre sí formando 
uma molécula de triiodotironina (T3). 
Diante do exposto acima, podemos então imaginar que cada molécula de tireoglobulina 
carrega vários hormônios tireoideanos (a maioria T4) em sua fórmula. Portanto, podemos dizer 
que os hormôniostireoidianos armazenam-se no interior dos folículos tireoideanos na forma de 
tireoglobulina. 
SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDEANOS 
A face voltada para o interior do folículo, da célula folicular tireoidiana, faz 
constantemente o processo de pinocitose. Através da pinocitose, constantemente, diversas 
moléculas de tireoglobulina acabam retornando para o citoplasma da célula, desta vez 
carregando diversas moléculas de hormônio tireoidiano em sua estrutura. No interior da célula, 
a tireoglobulina sofre ação de enzimas proteolíticas. Como consequência, a tireoglobulina se 
fragmenta em numerosos pedaços pequenos, liberando os hormônios tireoidianos (T3 e T4) na 
circulação, através da outra face celular. Os hormônios, então, ligam-se a proteínas plasmáticas 
e assim circulam em nossa rede vascular, atingindo quase todas as células de nosso corpo. 
EFEITOS DOS HORMÔNIOS TIREOIDEANOS 
São raros os tecidos que não sofrem uma ação direta ou mesmo indireta dos hormônios 
tireoidianos. Sob seu estímulo, as células aumentam seu trabalho, sintetizam mais proteínas, 
consomem mais nutrientes e oxigênio, produzem mais gás carbônico. 
 
26 
 
PATOLOGIA ESCOLHIDA: HIPERTIREOIDISMO E HIPOTIREOIDISMO 
Vejamos abaixo como se manifestaria uma pessoa que apresentasse uma hiper-
secreção de hormônios tireoideanos, comparada a uma outra que apresentasse uma hipo-
secreção dos mesmos hormônios: 
SISTEMA RESPIRATÓRIO: 
 HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: 
frequência respiratória aumenta (taquipnéia) diminui (bradipnéia) 
profundidade da respiração aumenta (hiperpnéia) diminui (hipopnéia) 
 
SISTEMA CARDIO-VASCULAR: 
 HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: 
tônus vascular vaso-dilatação vaso-constrição 
fluxo sanguíneo tecidual aumenta diminui 
temperatura corporal aumenta diminui 
frequência cardíaca aumenta (taquicardia) diminui (bradicardia) 
força de contração do coração aumenta diminui 
débito cardíaco aumenta diminui 
pressão arterial (sistólica) aumenta diminui 
pressão arterial (diastólica) diminui aumenta 
 
27 
 
SISTEMA NEURO-MUSCULAR: 
 HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: 
contrações musculares mais fortes, mais rápidas mais fracas, mais lentas 
Reflexos hiper-reflexia hipo-reflexia 
Sono reduzido (insônia) aumentado 
manifestações 
psicológicas 
ansiedade, tendências 
psiconeuróticas 
taquipsiquismo 
depressão 
bradipsiquismo 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO: 
 HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: 
Fome aumentada diminuída 
movimentos do tubo 
digestório 
aumentados reduzidos 
sereções digestivas aumentadas reduzidas 
Fezes 
mais líquidas, mais 
frequentes 
mais sólidas, menos 
frequentes 
 
 
SISTEMA ENDÓCRINO: 
 HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: 
secreções endócrinas 
(de um modo geral) 
aumentam diminuem 
 
 
 
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SISTEMA REPRODUTOR: HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: 
 
masculino disfunção erétil redução da libido 
feminino 
amenorreia 
oligomenorréia 
 
menorragia 
polimenorréia 
redução da libido 
 
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO 
A secreção dos hormônios tireoideanos é controlada pelo hormônio 
hipofisário tireotropina (TSH): Um aumento na liberação de TSH pela adeno-hipófise promove, 
na tireoide, um aumento na captação de iodeto, na síntese de tireoglobulina e em diversas outras 
etapas na produção dos hormônios T3 e T4. Como resultado aumenta a síntese e liberação destes 
hormônios e o metabolismo basal celular, de um modo geral, aumenta. A secreção de TSH, por 
sua vez, é estimulada pelo fator de liberação da tireotrópica (TRF), produzida pelo hipotálamo. 
Ocorre um mecanismo de feedback negativo no controle de secreção dos hormônios 
tireoideanos: na medida em que ocorre um aumento na secreção dos hormônios T3 e T4, o 
metabolismo celular aumenta. Este aumento promove, a nível de hipotálamo, redução na 
secreção de TRF, o que provoca, como consequência, uma redução na secreção de TSH pela 
adeno-hipófise e, consequentemente, redução de T3 e T4 pela tireoide, reduzindo o 
metabolismo basal celular. 
 
TRATAMENTO MEDICO 
 
HIPOTIREOIDISMO: 
É indispensável tratar o Hipotireoidismo, pois a falta de tratamento pode ocasionar 
sérios danos para a saúde. Os riscos da falta de tratamento do Hipotireoidismo diferem de 
pessoa para pessoa. Nos recém-nascidos (Hipotireoidismo Congênito), o tratamento é crucial 
para prevenir o retardo mental, atraso no crescimento, deformações físicas e outras 
anormalidades importantes. Esta é a razão pela qual todos os recém-nascidos devem ser 
submetidos ao "Teste do Pezinho". 
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Crianças e adolescentes com Hipotireoidismo podem ter seu desenvolvimento mental e 
físico seriamente comprometidos, se não forem prontamente tratados. 
Nos adultos, as consequências do não tratamento do Hipotireoidismo podem provocar 
considerável desconforto ou incapacidade. Se o Hipotireoidismo for acentuado, o não 
tratamento pode resultar em doença mental e cardíaca ou, se for de maior gravidade, levar danos 
ainda mais sérios. 
Como a maioria dos casos de Hipotireoidismo resulta de danos irreversíveis da glândula 
tireoide, não existe tratamento que proporcione a cura definitiva. 
A Reposição Hormonal é o tratamento de escolha do Hipotireoidismo e visa repor o 
hormônio que a tireoide doente não consegue produzir. O hormônio sintético da tireoide usado 
no tratamento é chamado de Levotiroxina Sódica. 
A Levotiroxina Sódica funciona no organismo exatamente como o hormônio natural da 
tireoide. É indispensável tomar os comprimidos de Levotiroxina diariamente, para que o 
objetivo seja alcançado. Como para a maioria dos pacientes, o Hipotireoidismo é crônico, 
portanto o tratamento deverá ser instituído por toda a vida. 
A quantidade necessária de Levotiroxina varia de pessoa para pessoa. É importante 
seguir as instruções do Médico, tomando a dose recomendada de Levotiroxina, diariamente, 
pois ele solicita exames laboratoriais muito sensíveis para determinar a sua melhor dosagem. 
Os sintomas do Hipotireoidismo não desaparecem imediatamente após começar o 
tratamento com a Levotiroxina. Mantendo-se o tratamento, tomando os comprimidos de 
Levotiroxina diariamente, notará uma lenta e progressiva melhora na aparência e bem-estar. 
Mesmo que se tenha um Hipotireoidismo acentuado, alguns meses após o tratamento passará 
sentir alívio de todos os sintomas, lembrando que essa melhora não significa que se pode parar 
de tomar a Levotiroxina, pois ainda que os sintomas tenham diminuído, é importante continuar 
o tratamento, pois a Levotiroxina estará substituído o hormônio que a sua tireoide não fabrica 
mais em quantidades suficiente. Se para de tomar a Levotiroxina, o organismo terá a função do 
hormônio sintético diminuída nos períodos subsequentes e com isso, nas semanas seguintes, os 
velhos sintomas voltarão gradualmente. 
 
30 
 
HIPERTIREOIDISMO: 
Existem diversos tipos de tratamento para hipertireoidismo, que dependem da causa da 
doença e da gravidade dos sintomas. Veja exemplos de terapias para esse problema: 
 Medicamentos antitireoidianos. Essas drogas diminuem a quantidade de hormônio 
produzido pela tireoide. A droga preferida é o metimazol. Para as mulheres grávidas ou 
lactantes, o propiltiouracil (PTU) pode ser preferido. Como o PTU tem sido associado 
a efeitos secundários, ele não é utilizado rotineiramente fora da gravidez. Ambas as 
drogas controlam, mas podem não curar o hipertireoidismo 
 Ingestão de iodo radioativo. Esse tratamento cura o problema da tireoide, mas 
geralmente leva à sua destruição permanente. Você provavelmente precisará tomar 
comprimidos de hormônio tireoidianos para o resto de suavida para manter níveis 
hormonais normais 
Caso a tireoide seja removida com cirurgia ou destruída com radiação, será preciso repor os 
hormônios com pílulas pelo resto da vida. 
TRATAMENTO NUTRICIONAL 
 
HIPOTIREODISMO 
Além dos medicamentos, o paciente com disfunção da tireoide deve ser orientado com 
relação a sua alimentação. É necessário seguir uma dieta equilibrada e orientada por um 
nutricionista, devendo tomar cuidado com alimentos calóricos e gordurosos, principalmente 
os portadores de hipotireoidismo. Segue abaixo um dos principais nutrientes que não podem 
faltar no prato desses pacientes. 
Alimentos ricos em tirosina: este aminoácido junto ao iodo, ajuda a formar tiroxina. 
Fontes: carne, peixe, peito de peru, banana, iogurte, etc. 
Iodo: iodo é um elemento responsável para fazer hormônios da tiroide. Você pode encontrar 
este mineral em sal iodados, peixes e mariscos de água salgada. 
Cálcio: Quando o indivíduo tiver hipertireoidismos, precisa de uma dieta rica em cálcio. 
Ex: vegetais verde-escuro, leite e derivados. 
Alimentos ricos em selênio: este mineral ajuda regularizar a tiroxina, você pode 
encontrar este excelente mineral no frango, carne, atum, nozes, alho e cebola. 
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Alimentos ricos em vitaminas do complexo B: ajudam a manter a saúde dos nervos, 
pele, olhos, cabelos, fígado e boca. Fontes: banana, batata, lentilha, pimenta, óleo de oliva, 
peru, fígado e atum. 
Alimentos ricos em proteínas de alta qualidade: a proteína é um macronutriente 
responsável pela reconstrução muscular e glândulas hormonais. Alimentar-se de alimentos 
fontes de proteínas como as carnes, leite e seus derivados ajuda a conter a letargia. 
Disfunções da tiroide, como muitas doenças em nosso organismo, o portador não deve-
se abdicar de uma boa alimentação e de uma vida normal e feliz. Deve-se sim ter uma dieta 
saudável e equilibrada e seguir seu tratamento. Procure um nutricionista para melhor orientá-
lo e sanar suas dúvidas. 
Atualmente o melhor sistema de alimentação para o hipotireoidismo começa com uma 
dieta paleolítica modificada, que depois é adaptada a cada paciente. A dieta paleolítica é rica 
em alimentos de alta densidade nutricional (carne, peixe, vegetais, frutas, nozes) e minimiza a 
ingestão de alimentos processados. Os carboidratos da dieta da tireoide são complexos e de 
absorção lenta, de forma a manter os níveis de glicemia mais estáveis. 
A dieta da tireoide tem 3 fases: a dieta detox de 30 dias, a dieta de reintrodução e a dieta 
personalizada. Vamos agora falar de cada uma das fases. 
Dieta Detox de 30 Dias 
Os primeiros 30 dias da dieta – a dieta detox de 30 dias – consiste em uma variedade de 
alimentos de alta densidade nutricional não processados. Você vai ter 3 listas de alimentos: 
alimentos a comer sem restrição, alimentos a comer em moderação e alimentos a evitar. O 
objetivo é aumentar a ingestão de nutrientes, diminuir a ingestão de toxinas e calorias em 
excesso. 
Durante o primeiro mês você vai sentir um aumento na sua energia e bem estar. Durante 
este tempo o sistema digestivo tem a oportunidade de desintoxicar e recuperar. O seu sono vai 
melhorar e os seus níveis de estresse vão diminuir. 
Dieta de Reintrodução 
32 
 
Após fazer a dieta detox e você vai sentir melhor e vamos guiar você a adaptar a dieta 
às suas necessidades. Na segunda fase da dieta você vai reintroduzir alimentos para identificar 
sensibilidades ou intolerâncias alimentares. Estas intolerâncias causam reações autoimunes, que 
pioram os sintomas da tireoidite de Hashimoto e de hipotireoidismo. 
As mais comuns são a intolerância ao glúten e à lactose, mas muitas vezes não chega 
evitar estes alimentos e também é necessário evitar alimentos de reação cruzada com o glúten 
e lacticínios. Em outras palavras, você vai testar diferentes grupos alimentares e alimentos 
específicos para descobrir se você tem sensibilidades ou intolerâncias até chegar à sua dieta 
personalizada ideal. 
Dieta Personalizada 
A terceira fase da dieta consiste na personalização de macro nutrientes e na optimização 
da queima de gordura. Uma das consequências do hipotireoidismo é o aumento de peso. O 
aumento de peso acontece por várias razões. A primeira é o metabolismo mais lento que faz 
você queimar menos calorias. Outra causa importante do aumento de peso são os altos e baixos 
emocionais que o hipotireoidismo causa, que acabam na procura de conforto através da comida. 
Emagrecer com hipotireoidismo é difícil, mas é possível com a estratégica certa. Se você 
quer começar a dieta da tireoide veja os nossos livros onde temos várias opções, incluindo a 
dieta, cardápios e receitas. 
Não Ingerir Alimentos Processados 
Se há uma coisa que quase todos que fazem dieta para hipotireoidismo podem 
concordar, é que os alimentos processados não devem estar presentes na sua dieta. 
Alimentos processados ou embalados são carregados com grãos processados que 
aumentam o nível de açúcar no sangue e causam picos de glicemia que não são desejáveis para 
pacientes de hipotireoidismo. Isso causa um aumento nos níveis de insulina e leva ao aumento 
de massa gorda. Após o pico de insulina, também gera uma resposta do hormônio cortisol, a 
fim de elevar novamente os níveis de açúcar no sangue. 
Evitar consumir alimentos processados é uma forma ingerir menos toxinas e menos 
calorias vazias. Este tipo de alimentos têm uma densidade calórica muito elevada e uma 
33 
 
densidade nutricional baixa. A maioria dos alimentos processados são ricos em açúcares e têm 
sabores artificiais muito fortes. Estes alimentos são feitos para você ficar desejando estes 
sabores e tornam muito mais difícil o controlo de porções. Além das calorias é muito difícil 
parar de comer! Estes alimentos aumentam o apetite por mais alimentos ricos em carboidratos. 
É um ciclo vicioso que você tem de quebrar. 
Além disso os alimentos processados contêm químicos tóxicos como realçadores de 
sabores e conservantes. Estes produtos químicos são tóxicos e contribuem para a congestão do 
fígado o que torna ainda mais difícil converter os hormônios da tireoide necessários em sua 
forma ativa. 
Evite completamente os refrigerantes (incluindo diet), sucos embalados, óleos vegetais, 
lacticínios, cereais com glúten e tudo o que contém açúcar. 
Aumentar a Ingestão de Gorduras Saturadas 
Existem muitas críticas negativas e infundadas a respeito das gorduras saturadas. Os 
críticos continuam a citar estudos ultrapassados e mal executados com mais de 50 anos, 
ignorando a enorme quantidade de pesquisas que mostram seus benefícios. 
Um dos principais benefícios das gorduras saturadas que é que ajudam a anular os 
efeitos negativos das gorduras poli insaturadas tóxicas. 
Também melhoram a resposta à insulina, que ajuda a manter os níveis de açúcar no 
sangue equilibrado e reduzir o hormônio cortisol. Hormônios de estresse elevados também são 
uma das causas de hipotireoidismo pois levam à fadiga adrenal. 
Apesar disso é importante ter cuidado com gorduras animais, porque podem não ser o 
que aparentam. Por exemplo, todos os bovinos que são engordados com o milho, soja e outros 
alimentos que são ricos em gorduras ômega 6. Devido a isso, suas gorduras corporais contêm 
menos ômega 3 e mais ômega 6. 
Portanto, é importante incluir apenas as gorduras saturadas de alta qualidade em sua 
dieta. Isso inclui manteiga, óleo de coco e animais alimentados com capim e grama. 
Comer Fruta 
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Para os hipotireoideanos é muito importante manter a glicemia estável. Para isso é 
essencial eliminar alimentos processados e o açúcar, mas é necessário encontrar carboidratos 
saudáveis e fáceis de consumir. Então quais são os carboidratos recomendados?A fruta é uma 
boa escolha pois tem uma densidade nutricional elevada e a absorção do açúcar da fruta é lenta 
devido à fibra. 
A maioria das frutas é muito rica em potássio, que desempenha um papel importante na 
regulação de açúcar no sangue. Isto ajuda a reduzir a necessidade de insulina e a manter o nível 
de açúcar no sangue mais estável durante longos períodos de tempo. 
Regulando o açúcar no sangue, é mais fácil reduzir os hormônios de estresse, que como 
eu mencionei acima, são um problema comum no hipotireoidismo. 
Aumentar o Consumo de Sal 
Há uma série de mitos a respeito do sal, mas ele é mais importante do que as pessoas 
imaginam. O sódio um nutriente muito importante que o seu corpo precisa para realizar várias 
funções. Por exemplo, o sódio é necessário para a regulação da pressão sanguínea adequada e 
é responsável para a regulação de outras funções importantes relacionadas com a tireoide. 
Um dos sintomas mais comuns do hipotireoidismo é o edema e o inchaço. O edema é 
um problema nas células, que passam a absorver mais a água. Entretanto, quando suas células 
absorvem água, perdem sódio, que é excretado através da urina. 
Quando o seu nível de sódio está baixo, o seu metabolismo abranda e aumenta os 
hormônios de estresse. Os hormônios de estresse elevados acabam agravando vários sintomas. 
A maioria das pessoas precisa de muito mais sal do que elas pensam. Existem vários 
tipos de sal que são melhores que o sal iodado. É recomendado tomar sal dos Himalaias, flor 
de sal ou sal Kosher. 
Consumir Caldo de Osso (Tutano) 
O caldo de osso ou tutano é uma das melhores fontes de proteína que você pode ingerir. 
O tutano era comumente encontrado nas dietas da maioria das pessoas há mais de um século 
atrás. Agora é um componente esquecido de quase todas as dietas saudáveis. 
35 
 
O tutano é rico em nutrientes e muito fácil de digerir. É indicado porque contém uma 
mistura de aminoácidos anti-inflamatórios que estão ausentes em muitas fontes de carne ou 
vegetais. 
Comer Alguns Mariscos 
Viver perto da água tem as suas vantagens, especialmente quando se trata de frutos do 
mar. Os mariscos em geral são realmente muito benéficos para a sua tireoide. 
Para começar, são uma boa fonte de hormônios da tireoide, que raramente temos em 
nossa dieta de carne padrão. Portanto, comer mariscos só pode melhorar a função da sua 
tireoide. 
Outro benefício surpreendente dos mariscos, é que eles são naturalmente ricos em 
selênio. O selênio é um dos principais nutrientes que é necessário para converter o T4 inativo 
para o hormônio da tireoide T3 ativo em seu fígado. 
Alimentos Goitrogênicos 
Este é um dos tópicos mais falados quando se trata da dieta do hipotireoidismo. Os 
goitrogênicos são alimentos ou remédios que dificultam a absorção de iodo e pode causar o 
bócio. 
Há uma série de equívocos sobre vegetais crus versus cozidos. Apesar dos vegetais crus 
conterem mais nutrientes do que vegetais cozidos, a absorção dos nutrientes pode não ser a 
mesma. Não é só o que você come que é importante, mas sim o que você consegue digerir. 
Como os vegetais têm um efeito goitrogênico mais forte e podem ser mais difíceis de 
digerir. Cozinhar os vegetais diminui o efeito goitrogênico e pode ajudar a absorver melhor os 
nutrientes. Apesar disso existe um alarmismo extremo sobre o consumo de vegetais verdes e o 
seu efeito goitrogênico. O consumo de 2 a 3 porções de vegetais classificados como 
goitrogênicos não vai prejudicar a função da tireoide. O consumo de refrigerantes ou remédios 
com efeitos goitrogênicos é muito mais grave do que comer algumas folhas de repolho. 
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É recomendado ingerir uma combinação de vegetais crus e vegetais cozidos. Se você 
consome um suco detox ou suco verde com repolho ou espinafre, então pode consumir vegetais 
cozidos com a refeição. 
Café, Chá e Cafeína 
Acredite ou não, mas o café tem alguns benefícios surpreendentes para o 
hipotireoidismo. Alguns pacientes com hipotireoidismo não se dão bem com o café, enquanto 
outros não tem problemas. O café não deve ser tomado em estômago vazio. 
O café é rico em cafeína, que trabalha para estimular a sua tireoide e dar energia, mas 
também é rico em magnésio e vitaminas do complexo B, que são ambos necessários para o bom 
funcionamento da tireoide. Os estudos suportam essas alegações mostrando que indivíduos que 
ingerem café têm menor incidência de doenças da tireoide, incluindo câncer. 
Suplementos para a Tireoide 
A suplementação de nutrientes pode ajudar no tratamento da tireoide, mas atenção… A 
alimentação é mais importante. Como o nome indica, um suplemento é uma adição à dieta e 
não é uma base. Existem vários suplementos que podem beneficiar pacientes com a tireoide 
lenta. 
Os suplementos mais importantes para a tireoide são o iodo, selênio e o zinco. Se você 
ingerir os alimentos certos a suplementação de iodo e selênio não é necessária. Veja os artigos 
sobre iodo e selênio para descobrir quais os alimentos ricos nesses minerais. 
Além destes, você pode beneficiar da suplementação com magnésio, vitamina D, 
glutationa, glândula tireoide dissecada, vitamina C e óleo de fígado de bacalhau. Para mais 
informações sobre as dosagens desses nutrientes veja o artigo sobre a suplementação para a 
tireoide. 
 
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HIPERTIREODISMO 
De acordo com vários estudos clínicos e nutricionais, existem vários alimentos e plantas 
que são muito adequados para o tratamento de hipertireoidismo. Confira alguns 
exemplos:Vegetais da família das crucíferas 
Esses alimentos dispõem de um alto conteúdo de ácidos cloro gênicos e cafeeiros, que 
dificultam a absorção de iodo, fator desancador para o hipertireoidismo. 
Onde posso encontrá-los? Na couve-flor, no rabanete, na couve de Bruxelas, na couve e 
no brócolis. Então, tente fazer muitas saladas com essas verduras e, acima de tudo, não esqueça 
de incluir o rabanete, já que, segundo vários estudos, regula a produção excessiva de hormônios 
que causam o hipertireoidismo. 
Carnes 
Carnes como o frango, o peru, o peixe ou a vitela, ovos 
 Legumes 
Segundo nutricionistas, no caso do hipertireoidismo, é indispensável que se consuma os 
seguintes produtos: lentilhas, grão de bico, soja, feijão. 
Sementes e frutos secos 
Será excelente se você introduzir o amendoim, o milho, as sementes de linho e o pinhão na sua 
dieta, já que inibem a produção de tiroxina. 
Frutas e alimentos crus 
Segundo a medicina tradicional chinesa, os alimentos crus são mais refrescantes e contêm mais 
nutrientes, já que tendem a acalmar nossas tiroides. Por isso, recomenda-se incluir em suas 
saladas, por exemplo, o pimentão, a cenoura, o espinafre, a beterraba, as couves, aspargos, 
cebola, todos crus. 
Plantas recomendadas para o hipertireoidismo 
 Menta de lobo (Lycopus europaeus): ideal para inibir a ação do iodo nas tireoides. Podemos 
consumir em infusão, como chá, mas também a vendem em ervanário em forma líquida. É 
recomendado consumir 30 gotas por dia. 
 Erva cidreira: combinada com a menta, é ainda mais efetiva. Pode-se consumir 3 xícaras ao dia. 
 
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Alimentos proibidos para quem sofre de hipertireoidismo 
 Algas marinhas e mariscos, já que tem muito iodo. 
 Sal iodado. 
 O alho, a aveia, as castanhas, as amêndoas, o pistache. 
 A canela, o café e todas as especiarias quentes. 
 
TRATAMENTO FISIOTERAPICO 
A fisioterapia irá atuar nas doenças tireoidianas procurando aliviar os quadros clínicos, 
como a câimbra que é presente em quase todas as doenças tireoidianas. O fisioterapeuta ira 
tratar e prevenir a câimbra com treinamento adequado, fazendo exercícios de aquecimento, 
alongamento muscular e uso corretode equipamentos. 
Também atuará na fadiga e fraqueza, sintomas muito comum em pacientes com doenças 
tireoidianas, a prevalência de fadiga pode chegar a 96% durante a quimioterapia, radioterapia 
ou após a cirurgia, para alguns pacientes o déficit de capacidade física é tão severo que limita 
atividades diárias simples como banho, alimentação e vestuário, o que contribui para a 
diminuição da independência e da qualidade de vida. A orientação de repouso é necessária em 
alguns momentos, mas não deve ser mantida durante toda a evolução da patologia, ou a fadiga 
será perpetuada e agravada em seus sintomas. É importante estabelecer um balanço entre 
atividade física e conservação de energia. Uma opção de treinamento físico é o exercício 
aeróbico, como caminhada, corrida, ciclismo e natação. Com sessões regulares de fisioterapia, 
podemos ajudar na melhoria do quadro clinico dos pacientes com doenças tireoidianas, 
prevenindo o agravamento do quadro. 
 
TRATAMENTO PSICOLOGICO 
As pessoas com problemas na tireoide podem apresentar distúrbios emocionais, físicos 
e mentais. O hipertireoidismo e hipotireoidismo são os dois tipos mais comuns dessa doença 
que está relacionada ao câncer na tireoide. 
 
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Quais sintomas você pode apresentar? 
Seja qual for o seu tipo de distúrbio tireoidiano, ele pode fazer com que você se sinta 
mais sensível e que tenha mudanças repentinas de humor. Você também pode apresentar 
sintomas como: 
-Ansiedade – um sentimento de nervosismo, coração acelerado, tremores, irritabilidade, 
insônia; 
-Depressão – humor baixo, dificuldade em apreciar as coisas, choro, perda de apetite e sono 
perturbado; 
-Mudanças de humor, temperamento explosivo, e mau humor; 
-Problemas de saúde mental: 
-Dificuldade em se concentrar; 
-Lapsos de memória a curto prazo; 
-Falta de interesse e agilidade mental; 
Estes sintomas podem levar a pessoa a imaginar que está ficando louca, devido ao medo 
de ter um lapso de memória permanente, mas esses sintomas não são tão graves quanto aos de 
uma demência, então não se preocupe com isso. 
 
Sintomas psicológicos 
Geralmente a causa são os níveis anormais dos hormônios da tireoide. O 
hipertireoidismo pode causar ansiedade, irritabilidade e alterações de humor; enquanto o 
hipotireoidismo pode causar problemas de memória, bem como a depressão. 
Os pacientes às vezes relatam que ganharam peso ou que têm dificuldade em perder 
peso durante o tratamento, isso pode contribuir para os sentimentos de baixa autoestima e 
humor. 
As rápidas mudanças nos níveis hormonais da tireoide podem perturbar suas emoções. 
Controlar a tireoide é essencial para estabilizar o seu estado de espírito. 
Muitas vezes os sintomas psicológicos são um efeito colateral do tratamento. Esteroides, 
por exemplo, podem agravar a depressão, pois são beta bloqueadores que abrandam o ritmo 
cardíaco e reduzem a ansiedade, então se você tiver problemas na tireoide pode ser que se sinta 
cansado, deprimido e que tenha dificuldade em processar os pensamentos. 
Eventos estressantes podem agravar os distúrbios na tireoide. Se você já está estressado 
em outras áreas da vida, isso pode contribuir para intensificar os sintomas psicológicos. 
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Saber que você tem uma disfunção na tireoide é algo estressante e você pode se se sentir 
confuso. É comum ter uma reação emocional antes, durante ou após o tratamento, por isso é 
importante que você fale com o seu médico para que a sua tiroide fique devidamente 
equilibrada. 
 
Sobre o tratamento 
Na maioria dos casos, os sintomas psicológicos melhoram com o reequilíbrio hormonal 
da tireoide. Mas esta melhoria pode não ser tão rápida quanto o esperado. É comum que você 
se sinta emocionalmente abalado por um tempo, mesmo depois que os seus exames de sangue 
voltem ao normal. Existem muitas coisas que podem te ajudar, como por exemplo: 
-Falar com o seu médico; 
-Fazer uma avaliação com um especialista que tenha experiência em lidar com problemas na 
tireoide; 
-Conversar com outras pessoas que passaram por uma experiência semelhante; 
-Conversar com um amigo sobre o assunto. 
Não sinta vergonha de falar com o seu médico sobre os sintomas psicológicos 
associados à sua doença. Eles são uma parte importante dela, e não um sinal de fraqueza. 
Pergunte o quanto quiser, até entender o que está acontecendo com você, assim se sentirá mais 
seguro para lidar com a doença. 
 
41 
 
SUPRARRENAL 
 
Chamadas também de glândulas adrenais, com dimensões aproximadas de 5 cm. por 1 
cm , as suprarrenais estão localizadas acima dos rins e possuem formato triangular, 
apresentando duas regiões distintas: córtex ad-renal(externa), medular ad-renal(interna). 
A medula secreta adrenalina e noradrenalina e faz parte do sistema nervoso autônomo 
(simpático). 
Já a córtex, importante glândula endócrina, produz e secreta dezenas de hormônios. Todos 
os hormônios secretados por este tecido são sintetizados a partir do colesterol e pertencem, 
portanto, ao grupo dos hormônios esteroides. 
Os diversos hormônios produzidos pela córtex da adrenal, de acordo com seus efeitos, são 
divididos em grupos: 
 Mineralocorticoides: atuam no metabolismo de minerais, principalmente no controle 
dos íons sódio e potássio. O principal mineralocorticoide, responsável por pelo mentos 
95% da função mineralocorticoide da suprarrenal, é o hormônio aldosterona. Outros 
mineralocorticoides bem menos importantes são: desoxicorticosterona e corticosterona. 
 Glicocorticoides: atuam no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras. O 
principal hormônio deste grupo é o cortisol. 
 Androgênios: produzem efeitos masculinizantes, semelhantes àqueles produzidos pela 
testosterona, secretada em grande quantidade pelas gônadas masculinas. 
 
42 
 
A córtex da adrenal é dividida em 3 camadas: 
 zona glomerulosa 
 zona fasciculada 
 zona reticular 
A região medular produz a adrenalina ou epinefrina, considerado o hormônio das emoções que 
lançada no sangue provoca: 
 Vasoconstricção periférica (palidez) 
 Aumenta a atividade mental 
 Aumenta o ritmo respiratório (taquipneia) 
 Glicogenolise no fígado (aumento na taxa de glicose no sangue) 
 Elevação da pressão arterial 
 Dilatação da pupila (midriase) 
 Aumento no batimento cardíaco (taquicardia) 
Obs: A adrenalina em ação rápida e passageira, pois em torno de tres minutos se torna inativa 
por enzimas produzidas no fígado. A noradrenalina, como muitos afirmam, não é produzida 
pela suprarrenais e sim nos nervos do sistema nervoso simpático, sendo muito mais potente do 
que a adrenalina, atuando como mediador químico nas sinapses. 
 
 ALDOSTERONA 
A aldosterona é produzida na zona glomerulosa; as zonas fasciculada e reticular 
produzem cortisol e androgênios. 
Principal mineralocorticoide, controla os níveis plasmáticos dos íons sódio e potássio. 
Exerce seu efeito no túbulo contornado distal e no ducto coletor do nefron, aumentando 
a reabsorção de sódio e a excreção de potássio. Como este transporte é mais efetivo ao sódio 
do que ao potássio, mais cátions são reabsorvidos do que excretados nestes segmentos distais 
do nefron. A reabsorção de sódio provoca, por atração iônica, reabsorção também de cloretos. 
A reabsorção de sal (Na Cl), por sua vez, reabsorve água (por osmose). Portanto, um aumento 
na secreção de aldosterona, pela suprarrenal, promove nos túbulos renais um aumento 
na reabsorção de sal e água. Um aumento na reabsorção de sal e água promove, como 
consequência, um aumento no volume do líquido no compartimento extracelular. Isto faz com 
43 
 
que ocorra um aumentono volume sanguíneo e no débito cardíaco. Como consequência ocorre 
também um aumento na pressão arterial. 
CONTROLE DA SECREÇÃO DE ALDOSTERONA 
Existem diversos fatores que influem na secreção da aldosterona. Os principais são: 
 Potássio: Um aumento no nível plasmático deste íon estimula a zona glomerulosa a 
aumentar a secreção de aldosterona. 
 Angiotensina: Também exerce um importante efeito estimulante na secreção de 
aldosterona. 
 Sódio: Quanto menor sua concentração no líquido extracelular, maior é a secreção de 
aldosterona. 
 ACTH: Estimula principalmente a secreção de cortisol, mas exerce também um 
pequeno efeito estimulador de aldosterona. 
CORTISOL 
Exerce importantes efeitos no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras. 
Além disso estabiliza membrana de lisossomas. 
Efeitos no metabolismo dos carboidratos: 
O cortisol reduz a utilização da glicose pelas células, reduz a glicogênese e aumenta a 
glicogenólise. Como consequência aumenta a glicemia. 
Efeitos no metabolismo das proteínas: 
O cortisol faz com que as células, de um modo geral, reduzam a síntese de proteínas e aumentem 
a lise das mesmas: Isso promove uma redução das proteínas e uma aumento na quantidade de 
aminoácidos circulantes. 
No fígado ocorre o contrário: aumento na síntese e redução na lise proteica. Como 
consequência, aumento na quantidade de proteínas plasmáticas. 
Efeitos nos metabolismo das gorduras: 
O cortisol aumenta a mobilização de ácidos graxos dos tecidos adiposos e a utilização das 
gorduras pelas células para produção de energia. 
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Efeitos na membrana dos lisossomas: 
O cortisol estabiliza a membrana dos lisossomas, dificultando seu rompimento durante uma 
lesão tecidual. 
CONTROLE DA SECREÇÃO DE CORTISOL 
Existem diversos fatores que influem na secreção de cortisol, muitos ainda não bem 
esclarecidos. Um importante e conhecido fator estimulante da secreção de cortisol relaciona-se 
com o stress. Qualquer condição que cause stress físico (lesões teciduais diversas, como 
fraturas, entorses, contusões musculares, traumas, queimaduras, etc.), dor, infecções, fome, 
sofrimento e outros, estimulam o hipotálamo a secretar o fator de liberação da corticotropina 
(CRF). Este fator estimula a hipófise anterior a aumentar a secreção de ACTH. O ACTH 
estimula a córtex da adrenal a aumentar a secreção de cortisol. 
O cortisol aumentado, com os efeitos acima descritos, propicia aos tecidos lesados 
condições necessárias para que os mesmos se restabeleçam o mais rapidamente possível das 
alterações, reduzindo portanto o stress. 
 
PARATORMÔNIO E CALCITONINA 
 O paratormônio é produzido pelas glândulas paratireoides, localizadas posteriormente à 
glândula tireoide. 
A calcitonina é produzida pelas células para foliculares da tireoide (estas não fazem parte 
dos folículos tireoidianos).Ambos os hormônios atuam no metabolismo do íon cálcio, sendo 
importantes no controle do normal nível plasmático deste íon. 
Mais de 99% do cálcio presente em nosso corpo se encontra depositado em tecidos como 
ossos e dentes. Sendo assim, o cálcio na forma iônica dissolvida em nosso plasma corresponde 
a menos de 1% do total de cálcio que possuímos. 
É muito importante que o nível de cálcio plasmático se mantenha dentro do normal, pois: 
 em uma situação de hipercalcêmica as membranas das células excitáveis se tornam 
menos permeáveis ao sódio, o que reduz a excitabilidade da mesma. Como 
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consequência, ocorre uma hipotonia muscular esquelética generalizada. No músculo 
cardíaco ocorre um aumento da força contrátil durante a sístole ou mesmo uma parada 
cardíaca, devido à redução da excitabilidade das fibras de purkinje. 
 em uma situação de hipocalcemia, ao contrário, as membranas celulares se tornam 
excessivamente permeáveis aos íons sódio. O aumento na permeabilidade ao sódio torna 
as membranas mais excitáveis. Os músculos esqueléticos se tornam mais hipertônicos, 
podendo ocorrer inclusive uma manifestação de tetania (hipocalcêmica). O músculo 
cardíaco se contrai com menos força. 
Quando o nível plasmático de cálcio se torna abaixo do normal, as paratireoides aumentam 
a secreção de paratormônio. Este faz com que a calcemia aumente, retornando ao normal. 
Quando o nível plasmático de cálcio se torna acima do normal, as células para 
foliculares da tireoide aumentam a secreção de calcitonina. Esta faz com que a calcemia se 
reduza, retornando ao normal. 
Desta forma estes 2 hormônios, juntos, controlam o nível plasmático de cálcio, 
mantendo-o dentro do normal e evitando, assim, uma hipercalcemia ou uma hipocalcemia. 
O paratormônio é o mais importante hormônio responsável pelo controle do nível 
plasmático de cálcio em nosso organismo. 
Vejamos alguns efeitos destes hormônios 
NOS OSSOS 
No tecido ósseo existe uma constante atividade osteoblástica (síntese de matriz, com 
impregnação de íons cálcio e fosfato na mesma) e uma constante atividade osteoclástica (lise 
do tecido ósseo com mobilização de íons cálcio e fosfato do tecido ósseo para os líquidos 
corporais). A atividade osteoblástica é feita por células chamadas osteoblastos; a atividade 
osteoclástica, por sua vez, pelos osteoclastos. 
Um aumento na secreção de paratormônio promove, nos ossos, um aumento da 
atividade osteoclástica, o que transfere íons cálcio e fosfato destes tecidos para o sangue. Além 
disso, o paratormônio aumenta também a atividade da membrana osteocítica que, por meio de 
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transporte ativo, transfere grande quantidade de íons cálcio dos ossos para o sangue. Ambos os 
eventos promovem uma elevação da calcemia. 
Um aumento na secreção de calcitonina promove, nos ossos, um aumento da atividade 
osteoblástica. Através desta, ocorre uma maior síntese de tecido ósseo (matriz protéica), o que 
atrai grande quantidade de íons cálcio e fosfato do sangue para este novo tecido. Na matriz, 
cálcio e fosfato combinam-se entre sí e com outros íons, formando os diversos sais ósseos, que 
são responsáveis pela rigidez do tecido ósseo. Os mais importantes sais ósseos são: fosfato de 
cálcio, carbonato de cálcio e hidroxiapatita. O aumento da atividade osteoblástica, portanto, 
promove uma redução da calcemia, pois uma considerável quantidade de cálcio migra do 
sangue para os ossos. 
NO SISTEMA DIGESTÓRIO 
Como diariamente todos temos uma pequena perda de cálcio através da diurese, é 
importante que também tenhamos, pelo menos, uma reposição desta perda através de nossa 
alimentação. 
O cálcio, presente em diversos alimentos, é absorvido através da parede do intestino delgado 
(transporte ativo). Mas para que ocorra uma adequada absorção se faz necessário a presença de 
uma substância denominada 1,25-diidroxicolecalciferol. Vejamos como se forma esta 
substância: 
Na nossa pele existe, em abundância, um derivado do colesterol denominado 7-
deidrocolesterol. Através da irradiação ultravioleta (pelos raios solares) grande parte desta 
substância é convertida em colecalciferol (vitamina D3). No fígado, o colecalciferol é 
convertido em 25-hidroxicolecalciferol. Este, nos rins, converte-se em 1,25-
diidroxicolecalciferol (esta conversão também exige a presença de paratormônio). 
Portanto, para que ocorra uma boa absorção de cálcio através de nosso sistema digestório, 
é necessário que: 
1. o cálcio esteja presente no alimento. 
2. não haja falta de vitamina D3 em nosso organismo (para isso é necessária a exposição 
do corpo aos raios solares ou uma alimentação rica em fontes desta vitamina). 
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3. a presença do hormônio paratormônio (para que ocorra a conversão de 25-
hidroxicolecalciferol em 1,25-diidroxicolecalciferol). 
NO SISTEMA URINÁRIO 
Nos

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