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1 UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP Curso de Psicologia GLÂNDULAS Jucelucia B Lopes-C70248-0 Gustavo F de Carvalho- C52600-2 Monique Leite-C49986-2 Milena Zano-C6286C-7 SÃO PAULO MAIO 2016 2 UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP Curso de Psicologia GLÂNDULAS Jucelucia B Lopes-C70248-0 Gustavo F de Carvalho- C52600-2 Monique Leite-C49986-2 Milena Zano-C6286C-7 Trabalho apresentado para a matéria: Fisiologia Geral Orientador: Prof.ª. Abigail SÃO PAULO MAIO 2016 3 SUMARIO INTRODUÇAO ........................................................................................................................5 SISTEMA GLANDULAR........................................................................................................6 GLANDULAS EXÓCRINA ...................................................................................................7 -SALIVARES............................................................................................................................8 -SUDORIPARAS......................................................................................................................8 -LACRIMAIS ...........................................................................................................................8 -MAMARIAS ...........................................................................................................................8 -SEBACEAS .............................................................................................................................8 PATOLOGIA ESCOLHIDA: ACNE.....................................................................................9 - TRATAMENTO MEDICO.................................................................................................12 - TRATAMENTO NUTRICIONAL ....................................................................................14 - TRATAMENTO FISIOTERAPICO .................................................................................15 TRATAMENTO PSICOLOGICO .......................................................................................15 GLANDULAS ENDÓCRINAS.............................................................................................17 HIPÓFISE................................................................................................................................18 - ADENOHIPÓFISE ..............................................................................................................18 -NEUROHIPÓFISE ...............................................................................................................19 -HORMÔNIOS .......................................................................................................................20 -TIROIDE ...............................................................................................................................23 PATOLOGIA ESCOLHIDA: HIPERTIREOIDISMO E HIPOTIREOIDISMO .........26 - TRATAMENTO MEDICO ................................................................................................28 - TRATAMENTO NUTRICIONAL ....................................................................................30 - TRATAMENTO FISIOTERAPICO .................................................................................38 - TRATAMENTO PSICOLOGICO ....................................................................................38 SUPRARRENAL ...................................................................................................................41 PATOLOGIA ESCOLHIDA: DIABETES ........................................................................50 - TRATAMENTO MEDICO ................................................................................................56 - TRATAMENTO NUTRICIONAL ...................................................................................60 - TRATAMENTO FISIOTERAPICO .................................................................................62 - TRATAMENTO PSICOLOGICO......................................................................................63 4 GLÂNDULAS SEXUAIS......................................................................................................65 -MASCULINA .......................................................................................................................65 -FEMININA ...........................................................................................................................68 PATOLOGIA ESCOLHIDA: CANCER DE PRÓSTATA ...............................................73 - TRATAMENTO MEDICO ................................................................................................74 - TRATAMENTO NUTRICIONAL ....................................................................................75 - TRATAMENTO FISIOTERAPICO .................................................................................76 -TRATAMENTO PSICOLOGICO .....................................................................................78 GLÂNDULAS MIXTAS .......................................................................................................80 -FIGADO ................................................................................................................................80 -PANCREAS ..........................................................................................................................84 PATOLOGIA ESCOLHIDA: CANCER DE PANCREAS ..............................................85 - TRATAMENTO MEDICO ................................................................................................89 - TRATAMENTO NUTRICIONAL ....................................................................................90 - TRATAMENTO FISIOTERAPICO .................................................................................91 - TRATAMENTO PSICOLOGICO .....................................................................................92 EPIFISE OU PINEAL ...........................................................................................................94 PATOLOGIA ESCOLHIDA: DEPRESSAO ......................................................................96 - TRATAMENTO MEDICO ................................................................................................97 - TRATAMENTO NUTRICIONAL ....................................................................................98 - TRATAMENTO FISIOTERAPICO..................................................................................98 - TRATAMENTO PSICOLOGICO.....................................................................................99 CONCLUSAO ......................................................................................................................100 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................101 5 INTRODUÇAO O objetivo do trabalho é entender qual a função, relação e reação do nosso organismo em relação as glândulas, podem se apresentar de 3 sistemas diferentes: endócrinas, exócrinas e mistas cada uma com uma função diferente. O sistema endócrino é constituído por diversas glândulas e tecidos que secretam substancias químicas responsáveis pelo controle da maioria das funções biológicas. O sistema exócrino é constituído por glândulas que secretam seus produtos (enzimas) por ductos.O sistema de glândulas mistas é um tipo de tecido epitelial glandular e que atua simultaneamente como glândula endócrina e glândula exócrina. Como endócrina secreta substancia na corrente sanguínea e como glândula exócrina produz secreção. São glândulas que possuem uma porção exócrina e outra endócrina. Os hormônios influenciam praticamente todas as funções metabólicas do corpo humano. São substancias responsáveis por regular as atividades entre as células, tecidos e órgãos. 6 SISTEMAS GLANDULARES Uma glândula é formada por uma massa celular, esta é composta por uma substancias densa, incolor, gelatinosa, chamada protoplasma. Cada glândula pode ser comparada a uma laboratório no qual as células são os operários, e o produto do laboratório é a secreção. As glândulas do corpo humano são órgãos que fazem parte do sistema endócrino e exócrino, de modo que a principal função delas é a produção de hormônios e o equilíbrio do metabolismo para o bom funcionamento do corpo. TIPOS DE GLANDULAS As glândulas são formadas a partir de um tipo especial de tecido epitelial e podem ser classificadas em: unicelulares, exócrinas e endócrinas. O tecido epitelial exerce diversas funções no nosso corpo, entre elas, a função de revestimento, proteção contra entrada de micro-organismos, contra a perda de água, além de secreção de substâncias. Essa última função é atribuída aos chamados epitélios glandulares, que são os responsáveis pela formação das glândulas. As glândulas podem ser formadas por apenas uma célula, mas podem ser também multicelulares, sendo este caso mais comum. Como exemplo de glândula unicelular, podemos citar a célula caliciforme, que possui uma forma de cálice e é responsável pela produção de muco nas vias respiratórias e trato gastrointestinal. As glândulas multicelulares formam-se a partir de invaginações do tecido epitelial ainda no período de desenvolvimento embrionário. Podemos classificar as glândulas pluricelulares em dois tipos principais: glândulas exócrinas e glândulas endócrinas. 7 GLANDULAS EXÓCRINA Observe que a secreção é liberada através de um ducto nas glândulas exócrinas As glândulas exócrinas caracterizam-se por liberar suas secreções através de 1canais. Podemos distinguir duas partes nessas glândulas: uma porção secretora e os ductos glandulares. As substâncias produzidas são lançadas para uma superfície livre fora do corpo ou no interior da cavidade dos órgãos. Como exemplo desse tipo de glândula, podemos citar as sudoríparas e as salivares, que lançam sua secreção na pele e na cavidade bucal, respectivamente. De acordo com a forma em que a secreção é eliminada, podemos classificar as glândulas exócrinas em: merócrina, apócrina e holócrina. As merócrinas são aquelas em que a secreção é eliminada sem que haja perda do citoplasma da célula secretora. Nas glândulas apócrinas, a secreção apresenta porções do citoplasma das células secretoras. Já as holócrinas eliminam a secreção que é constituída pela própria célula secretora. GLANDULAS SALIVARES Localizadas na boca e na garganta, as glândulas salivares (parótida, sublingual, submandibular) atuam no processo de digestão dos alimentos através do processo de produção e liberação de saliva, uma vez que ela contém a enzimaptialina ou amilase salivar, responsável pelo amolecimento dos alimentos bem como a manutenção de umidificação da boca. 8 GLANDULAS SUDORIPARAS Responsáveis por manter a temperatura do corpo e eliminar substâncias tóxicas, as glândulas sudoríparas estão distribuídas sob a pele e atuam na produção e liberação do suor. São classificadas em glândulas sudoríparas apócrinas, chamadas de “glândulas de cheiro”, localizadas nas axilas e nos órgãos genitais; e, as glândulas sudoríparas écrinas, espalhadas por todo o corpo, responsáveis por manter a temperatura corporal. GLANDULAS LACRIMAIS Localizadas nos olhos, as glândulas lacrimais são responsáveis pela produção das lágrimas, lubrificação ocular e inibição do desenvolvimento de microrganismos na região. GLANDULAS MAMARIAS Exclusividade dos mamíferos, as glândulas mamárias estão presentes em ambos os sexos, contudo, nas mulheres depois da puberdade elas continuam a se desenvolver, a fim de realizarem sua principal função: produção do leite para alimentação dos recém-nascidos. GLANDULAS SEBACEAS Responsáveis pela proteção, flexibilidade e lubrificação da pele, as glândulas sebáceas, espalhadas pelo corpo, liberam o sebo (gordura), uma substância oleosa presente em grande parte no rosto e no couro cabeludo. Por esse motivo, os cabelos ficam oleosos quando passamos dias sem lavá-lo. 9 PATOLOGIA ESCOLHIDA: ACNE O que é Acne? Acne é uma condição da pele que ocorre quando os folículos pilosos da pele ficam obstruídos por sebo e células mortas, ficando colonizados por bactérias que geram inflamação. Acne mais comumente aparece no rosto, pescoço, peito, costas e ombros. Dependendo da gravidade, a acne pode causar sofrimento emocional e levar a cicatrizes na pele. A boa notícia é que existem tratamentos eficazes disponíveis – e quanto mais cedo é iniciado, menor é o risco de cicatrizes. Tipos Os diferentes tipos de acne incluem: Acne do recém-nascido Cerca de 20% dos recém-nascidos desenvolvem acne leve. Isso pode acontecer porque certos hormônios são passados para eles através da placenta por suas mães pouco antes do nascimento. Outra causa de acne em bebês é o estresse do parto, que pode fazer o corpo do bebê liberar hormônios. Recém-nascidos com acne geralmente tem lesões que desaparecem espontaneamente. Acne infantil Bebês entre três e 16 meses de idade podem desenvolver acne infantil. Eles podem ter cravos e espinhas. Acne infantil geralmente desaparece quando a criança chega aos dois anos de idade. As espinhas raramente deixam cicatrizes. Acne infantil pode ser causada, em parte, pelos níveis hormonais mais elevados do que o normal. Acne vulgar O tipo mais comum de acne é acne vulgar. Ela aparece com mais frequência em adolescentes e adultos jovens. 10 Acne cística Acne conglobata é uma forma rara, mais grave, de acne. Ela ocorre principalmente em homens jovens. Na acne conglobata, espinhas grandes se desenvolvem no rosto, peito, costas, braços e coxas. Este tipo de acne pode ser difícil de tratar e muitas vezes deixa cicatrizes. Acne fulminante Acne fulminante é uma forma grave de acne conglobata, que ocorre mais em meninos adolescentes. Na acne fulminante, um grande número de espinhas se desenvolve muito rapidamente nas costas e no peito. Essas espinhas muitas vezes deixam cicatrizes graves. Pacientes com acne fulminante muitas vezes sofrem com febre e dor muscular e óssea. Causas: Existem diferentes tipos de acne. A acne mais comum é o tipo que se desenvolve durante a adolescência. A puberdade faz com que os níveis hormonais fiquem elevados, especialmente a testosterona. Esses hormônios estimulam as glândulas da pele, que começam a produzir mais óleo (sebo). As crianças e os adultos mais velhos também podem ter acne. Superprodução de sebo na pele e concentração de células mortas nos folículos pilosos da pele estão entre as causas de acne. Esses fatores resultam em obstrução, com acúmulo de bactérias e inflamação. Os folículos pilosos estão ligados a glândulas sebáceas, que secretam uma substância oleosa, conhecida como sebo, para lubrificar o seu cabelo e pele. Quando o corpo produz uma quantidade excessiva de sebo e células mortas da pele, os dois podem se acumular nos folículos pilosos, criando um ambiente ondeas bactérias podem prosperar. Esse cenário pode fazer com que o folículo se torne inchado e inflamado, acumulando pus, formando a espinha. Também pode acontecer de o folículo se abrir e escurecer, gerando um cravo, ou comedão. 11 Fatores que podem piorar acne Hormônios. Os andrógenos são hormônios que aumentam em meninos e meninas durante a puberdade, fazendo as glândulas sebáceas ampliarem e produzirem mais sebo. Alterações hormonais relacionadas com a gravidez e o uso de contraceptivos orais também pode afetar a produção de sebo Certos medicamentos, como os corticoides, andrógenos ou a base de lítio são conhecidos por causar acne Fatores dietéticos, incluindo ingestão excessiva de produtos lácteos e alimentos ricos em carboidratos - como pães, biscoitos e batatas fritas - pode desencadear acne. Fatores de risco Alterações hormonais no corpo podem provocar ou agravar a acne. Tais alterações são comuns: Em adolescentes Dois a sete dias antes do período menstrual Em mulheres grávidas Em pessoas que usam certos medicamentos, incluindo aqueles que contêm corticoides, andrógenos ou lítio. A acne pode ser irritada ou agravada por: Estresse Tocar muito no rosto Suor excessivo Deixar o cabelo em contato com a pele, o que pode deixar a pele mais oleosa Trabalhando com óleos e produtos químicos regularmente Atletas ou fisiculturistas que tomam esteroides anabolizantes também estão em risco de agravar ou desenvolver acne. 12 SINTOMAS Acne se desenvolve mais frequentemente na face, pescoço, peito, ombros, ou costas e pode variar de leve a grave. Pode durar alguns meses, muitos anos, ou ir e vir durante toda a vida. Geralmente, a acne provoca apenas espinhas e cravos. Às vezes, pode evoluir para cistos e nódulos. As lesões císticas são espinhas que são grandes e profundas, muitas vezes dolorosas e que podem deixar cicatrizes na pele. A acne pode levar à baixa autoestima e, por vezes, á depressão. Essas condições necessitam de tratamento, juntamente com o da acne em si. TRATAMENTO MEDICO O tratamento da acne foca em reduzir a produção de óleo na pele, acelerar a renovação celular, combater à infecção bacteriana e reduzir a inflamação. Em alguns casos, a pele pode piorar antes de ficar melhor. O dermatologista pode recomendar um medicamento tópico - para aplicar na pele - ou medicações via oral, como Azitromicina e Roacutan. Medicamentos orais para acne não devem ser usado durante a gravidez, especialmente durante o primeiro trimestre. O tratamento da acne inclui: Cremes tópicos de venda livre Cremes tópicos disponíveis com prescrição Antibióticos, que podem ser combinados com outros produtos tópicos ou orais Contraceptivos orais Isotretinoína oral Procedimentos cosméticos, como peeling químico e microdermoabrasão, lasers, luz pulsada. 13 Tratamento da cicatriz da acne É possível usar certos procedimentos para diminuir as cicatrizes deixadas pela acne. Veja: Preenchimento facial com ácido hialurônico Peelings químicos Dermoabrasão Microdermoabrasão Laser e tratamentos de radiofrequência Microcirurgias para retirar as cicatrizes de acne. Outros medicamentos mais usados para o tratamento de acne são: Adacne Adapaleno Azelan Azitromicina Clindamicina Clindoxyl Clocef Clordox Diane 35 Diclin Differin Doxiciclina Drospirenona + Etinilestradiol Gracial Hipoderme Hipoderme Ômega 45g Hipoderme Ômega 90g Isotretinoina Nebacetin Roacutan Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado. 14 TRATAMENTO NUTRICIONAL: Pessoas que sofrem de acne devem seguir dieta rica em: vegetais verde-escuros ou alaranjados (ricos em betacarotenos) que auxiliam na manutenção e reparação da pele. Alimentos ricos em fibras devem ser utilizados para a eliminação de toxinas que causam a acne, promovendo a desintoxicação. Nozes, castanhas e amêndoas não podem faltar, pois são ricas em vitamina E e ácidos graxos essenciais (anti-inflamatórios), que são excelentes para a pele. Alimentos ricos em proteínas são fundamentais para o tratamento, como carnes magras, feijões, ervilhas, iogurte com lactobacilos vivos (melhora a flora intestinal), ovos, peixes (anti- inflamatórios). Devem ser eliminados salgadinhos, refrigerante, açúcar, balas, alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, pois acumulam toxinas. Os carboidratos de alto índice glicêmico (doces, farinha branca, açúcar refinado...) elevam o hormônio insulina (que regula o açúcar do sangue), contribuindo para a inflamação da pele. Os alimentos causadores de alergias alimentares, tais como leite, trigo, açúcar, chocolate e milho devem ser observados. Suplementos naturais que podem ser utilizados: Cápsulas de óleo de semente de linhaça, peixe ou gérmen de trigo (anti-inflamatórios), geleia real (fonte de vitamina B5, previne problemas de pele), levedo de cerveja em cápsula e algas como chorella, espirulina e agar-agar. A bardana é uma planta que tem propriedades depurativas (desintoxicação) e regula o sebo da pele, sendo eficiente contra a acne. Tomar todos os dias chá de bardana em jejum pela manhã ou em cápsulas. Para auxiliar na desintoxicação podem ser combinadas outras plantas, como dente-de-leão, salsaparrilha e cardo-mariano. Máscara semanal: Utilizar sobre a pele argila verde misturada com levedura de cerveja e acrescentar 2 gotas de óleos essenciais, como: tomilho, lavanda, sálvia ou gerânio. 15 TRATAMENTO FISIOTERAPICO: Fisioterapia dermatofuncional no tratamento da acne. O tratamento consiste em três técnicas: O desencruste que promove saponificação do sebo através da associação da corrente galvânica e uma substância alcalina como lauril sulfato de sódio, Alta frequência produz ondas eletromagnéticas que, quando em contato com o ar, produz ozônio que tem ação antibactericida e bacteriostática, Microcorrentes promove a normalização das glândulas sebáceas, diminuindo a produção do sebo. Nos primeiros 7 dias de tratamento é importante a aplicação do alta frequência e das microcorrentes diariamente. Após, a evolução é que dita a frequência do tratamento. TRATAMENTO PSICOLOGICO: O aspecto da nossa pele é um dos por menores que mais se destaca aos olhos das pessoas que nos rodeiam, ela pode gerar elogios ou críticas, no fundo, ela serve como o nosso "cartão de visita". Por esta razão, todos queremos ter uma pele fantástica, bonita, sem acne e sem machas. A fase da adolescência é por regra, o período em que os jovens sentem maior necessidade de se afirmarem, agradarem aos outros (principalmente os mais próximos). Também é nesta fase que a acne se manifesta com mais intensidade. O impacto emocional da acne na vida dos jovens é muito forte. Possíveis consequências psicológicas da acne - Frustração - Isolamento - Ansiedade - Baixa autoestima - Depressão 16 O apoio e acompanhamento psicológico torna-se importante, desde o momento em que a acne começa a afetar a nossa vida social, profissional, etc. Os pais devem desempenhar um papel ativo na busca de soluções contra a acne, e não permitir que os filhos sintam-se solitários nesta batalha. Os pais devem estar atentos aos primeiros sinais que apontem para problemas de depressão nos seus filhos, causados pela acne e procurarem soluções em conjunto, não só para tratar a pele contra a acne, mas emsituações extremas ou de forte depressão ou isolamento, procurar o apoio de um psicólogo. Os jovens adolescentes com acne são por natureza mais sensíveis e preocupados com o que os outros pensam de si, esperam ser bem aceitos e tratados como pessoas "normais". 17 GLANDULAS ENDÓCRINAS Nas glândulas endócrinas, a secreção é lançada diretamente na corrente sanguínea É considerada a glândula mestra da vida, pois seus produtos controlam o funcionamento de praticamente todo o organismo. Encontra-se localizada na base do encefálico e mede aproximadamente 1 cm de diâmetro, tendo a forma de um grão de bico. As glândulas endócrinas são aquelas em que não há a presença de um ducto, e sua secreção, também chamada de hormônio, é lançada diretamente na corrente sanguínea. Apresentam-se como aglomerados de células secretoras envoltas por uma rede de capilares. PRINCIPAIS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS Hipófise (pituitária) Anterior - produz e secreta dezenas de hormônios. Os principais e mais bem conhecidos são: GH, TSH, ACTH, FSH, LH e PROLACTINA. Hipófise (pituitária Posterior - secreta os hormônios (produzidos no hipotálamo): OCITOCINA e ADH (hormônio anti diurético). Tireóide - produz e secreta: TIROXINA (T4), TRIIODOTIRONINA (T3) e CALCITONINA. Paratireóides - produzem e secretam: PARATORMÔNIO. Pâncreas - produzem e secretam: INSULINA e GLUCAGON. Córtex das Supra Renais - produzem e secretam dezenas de hormônios. Os mais importantes são: ALDOSTERONA, CORTISOL, HORMÔNIOS ANDROGÊNIOS. Testículos - Produzem e secretam o hormônio masculino TESTOSTERONA. Ovários - Produzem e secretam os hormônios femininos: ESTROGÊNIO e PROGESTERONA. 18 HIPÓFISE A Hipófise (ou Pituitária) é uma pequena glândula localizada em uma cavidade craniana chamada sela túrsica. É dividida em 2 partes, uma bem diferente da outra: Hipófise Anterior (Adenohipófise) e Hipófise Posterior (Neurohipófise). HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS ADENOHIPÓFISE: Formada por tipos bastante variados de células, produz, inibi e secreta na circulação dezenas de hormônios. Os mais importantes e bem conhecidos são: HG (somatotropina) - hormônio do crescimento - promove um crescimento na maioria dos tecidos do nosso corpo. TSH (tireotropina) - hormônio estimulante da tireóide - estimula as células foliculares tireoideanas a aumentarem a síntese e liberação dos hormônios tireoideanos. ACTH (corticotropina) - hormônio estimulante da córtex da supra-renal - estimula a córtex da glândula supra-renal a aumentar a síntese e liberação de seus hormônios. FSH (gonadotropina) - hormônio folículo-estimulante - estimula o crescimento e desenvolvimento dos folículos ovarianos (na mulher) e a proliferação do epitélio germinativo e espermatogênese (no homem). LH (gonadotropina) - hormônio luteinizante - um dos grandes responsáveis pela ovulação, mantém o corpo lúteo em atividade (na mulher) e estimula a produção de testosterona pelas células de Leydig (no homem). PROLACTINA - estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. 19 NEUROHIPÓFISE ADH - hormônio anti diurético - produzido pelos núcleos supra-ópticos do hipotálamo, age no túbulo contornado distal e no ducto coletor do nefron, aumentando a permeabilidade à água nestes segmentos. OCITOCINA - produzido pelos núcleos paraventriculares do hipotálamo, promove contração da musculatura lisa uterina (muito importante durante o trabalho de parto) e contração das células mio-epiteliais, nas mamas, contribuindo para a ejeção do leite (durante a fase de amamentação). REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS DA ADENOHIPÓFISE A secreção de cada um dos hormônios da adenohipófise pode aumentar ou diminuir sob comando hipotalâmico. Acontece que o Hipotálamo produz diversas substâncias denominadas Fatores de Liberação (ou de Inibição) Hipotalâmicos, substâncias estas que, atingindo as células da adenohipófise, fazem-nas aumentar ou reduzir a secreção de determinados hormônios, conforme o Fator de Liberação ou Inibição liberado e conforme as células atingidas por tais fatores. Estes Fatores de Liberação (ou Inibição) hipotalâmicos, uma vez secretados por células do hipotálamo, atingem rapidamente as células da adenohipófise através de um sistema de vasos denominado: sistema porta hipotálamo-hipofisário. Eis abaixo exemplos de alguns destes Fatores de Liberação (ou Inibição) Hipotalâmicos e os respectivos hormônios hipofisários que têm sua secreção aumentada (ou diminuída) sob a ação dos tais fatores: GRF - Fator de Liberação da Somatotropina - Estimula a secreção do hormônio do crescimento (GH). TRF - Fator de Liberação da Tireotropina - Estimula a secreção do hormônio estimulante da tireóide (TSH). CRF - Fator de Liberção da Corticotropina - Estimula a secreção do Hormônio estimulante da córtex da supra-renal (ACTH). LRF - Fator de Liberação das Gonadotropinas - Estimula a secreção de ambas as gonadotropinas (FSH e LH). PIF - Fator de Inibição da Prolactina - Inibe a secreção da prolactina 20 HORMÔNIOS O hormônio é uma substancia formada em um órgão do corpo que é levada por intermédio do sangue a outro órgão onde produz um efeito estimulante. A palavra deriva-se do verbo grego, cujo significado é estimular ou pôr em movimento. Sem suprimento do fósforo endócrino, fornecido pela glândula Tiroide, nenhum cérebro funcionaria. A pulsação do coração cessaria no momento em que deixasse de ser suprido com a secreção das Supras Renais. Tem havido casos de pessoas com corações considerados ‘’mortos’’e que, depois de estimulados por hormônios das Supras Renais, pulsaram novamente com ritmo regular ...(BERMAN, LOUIS o mistério das glândulas endócrinas- cap. 1 pg. 3) TIPOS DE HORMONIOS Podemos classificar os hormônios, quanto a natureza química dos mesmos, em 2 tipos: 1. Protéicos – são produzidos a partir de cadeias de aminoácidos. Geralmente são constituídos por pequenas proteínas ou fragmentos proteicos. 2. Esteróides – são sintetizados a partir do colesterol. MECANISMO DE AÇAO DOS HORMONIOS Existem diversos mecanismos através dos quais os hormônios agem em suas respectivas células-alvo e fazem-nas executar alguma função. Destes, 2 mecanismos são bastante importantes: Ativação da adenilciclase e formação de AMP-cíclico intracelular – é o mecanismo geralmente utilizado pela grande maioria dos hormônios proteicos. O hormônio, uma vez ligado a um receptor específico localizado na membrana celular de uma célula-alvo, provoca a ativação de uma enzima intracelular (adenilciclase). Esta enzima converte parte do ATP intracelular em AMP-cíclico. O AMP-cíclico, enquanto presente no interior da célula, executa na mesma uma série de alterações fisiológicas como: ativação de enzimas; alterações da impermeabilidade da membrana celular; modificações do grau de contração de músculo liso; ativação de síntese proteica; aumento na secreção celular. Ativação de genes – é o mecanismo como agem, geralmente, os hormônios esteróides. Através deste mecanismo o hormônio, de encontro à sua respectiva célula-alvo, penetra em seu interior e então liga-se a um receptor específico. Ligado ao receptor o hormônio atinge o núcleo da célula, onde genes específicos seriam então ativados. 21 Com a ativação de determinados genes, moléculas de RNA mensageiro se deslocam para o citoplasma da célula e determinam a síntese de determinadas proteínas. Estas proteínas, então aumentam atividades específicas da célula. HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) É uma pequena proteína, produzida e secretada pela glândula hipófise anterior. Durantea fase de crescimento, sob ação deste hormônio, quase todas as células nos tecidos aumentam em volume e em número, propiciando um crescimento dos tecidos, dos órgãos e, consequentemente, o crescimento corporal. Alguns de seus principais e conhecidos efeitos nos tecidos são: 1. Aumento na síntese proteica celular - Isso ocorre porque o hormônio do crescimento aumenta o transporte de aminoácidos através da membrana celular, aumenta a formação de RNA e aumenta os ribossomas no interior das células. Tudo isso proporciona, nas células, melhores condições para que as mesmas sintetizem mais proteínas. 2. Menor utilização de glicose pelas células para produção de energia - promove, assim, um efeito poupador de glicose no organismo. 3. Aumento da utilização de gordura pelas células para produção de energia - ocorre, também, uma maior mobilização de ácidos graxos dos tecidos adiposos para que os mesmos sejam utilizados pelas células. Uma consequência disso é a redução dos depósitos de gordura nos tecidos adiposos. Devido aos efeitos acima citados, observa-se um importante aumento na quantidade de proteínas em nossos tecidos. Em consequência do aumento das proteínas e de um maior armazenamento de glicogênio no interior das células, estas aumentam em volume e em número. Portanto observamos um aumento no tamanho de quase todos os tecidos e órgãos do nosso corpo. 22 CRESCIMENTO ÓSSEO O efeito do hormônio do crescimento no crescimento ósseo ocorre de uma forma indireta: O hormônio do crescimento estimula nas células hepáticas e, em menor proporção, nos rins a produção de uma substância denominada somatomedina. A somatomedina estimula a síntese de substância fundamental na matriz óssea, necessária ao crescimento deste tecido. Portanto, um déficit na produção de hormônio do crescimento acarreta também um déficit no crescimento em estatura. Embora o crescimento estatural cesse a partir da adolescência, o hormônio do crescimento continua a ser secretado por toda a vida. Ocorre apenas uma pequena redução em sua secreção após a adolescência. O crescimento estatural não mais ocorre, a partir desta fase, devido ao esgotamento da cartilagem de crescimento dos ossos longos, impedindo o crescimento dos mesmos em comprimento. Porém ossos mais membranosos, como os do nariz, continuarão a crescer lentamente. CONTROLE DA SECREÇÃO A quantidade de hormônio do crescimento secretada a cada momento depende de diversos fatores. A regulação da secreção é feita através o Fator de Liberação da Somatotropina (GRF), produzida no hipotálamo. Este fator atinge a adeno hipófise através do sistema porta hipotálamo-hipofisário e estimula esta glândula a produzir e secretar maiores quantidades do hormônio do crescimento. Um dos mais importantes fatores que influenciam a secreção de GRF pelo hipotálamo e, como consequência, maior secreção de GH pela hipófise, é a quantidade de proteínas no interior das células em nosso organismo. Quando as proteínas estão em quantidade baixa, como ocorre na desnutrição, o GRF é secretado em maior quantidade e, consequentemente, o GH também o faz. Como resultado haverá, nas células, um estímulo para que ocorra uma maior síntese de proteínas. 23 TIROIDE É uma glândula como o formato de uma H, como o peso médio de 25 gramas, localizada no pescoço, a tireoide é uma das maiores glândulas do corpo humano. Atua em diversas funções vitais como: a produção de hormônios (triiodotironina T3 e tetraiodotironina T4), estes hormônios estimulam as atividades metabólicas dos carboidratos, lipídios e proteínas, atuando no crescimento e desenvolvimento do organismo. Um outro hormônio da tireoide é a tireocalcitonona ou calcitonina que regula o metabolismo do cálcio. Estes hormônios são chamados de tiroxinas. Para um perfeito funcionamento da tireoide, é indispensável a presença de iodo. A falta de hormônio pode causar o bócio endêmico. A insuficiência na produção de hormônio pela tireoide pode causar o hipotireoidismo ou hiper tireoidismo. Dessa forma, o mau funcionamento dessa glândula pode acarretar em doenças como o hipertireoidismo (liberação excessiva de hormônios) o qual acelera o metabolismo e o hipotireoidismo (liberação insuficiente de hormônios) que diminui a ação metabólica do corpo. PARATIREOIDE Localizadas no pescoço, ao redor da glândula tireoide, as paratireoides são as menores glândulas do corpo. Formadas por quatro pequenas glândulas, consideradas dois pares de tireoides (superiores e inferiores), elas atuam na produção do hormônio Paratormona (PTH) cuja função é regular a quantidade de cálcio presente no sangue. 24 TIREÓIDE E HORMÔNIOS TIREOIDEANOS (T3 e T4) A tireoide localiza-se na região do pescoço, anteriormente à traqueia e logo abaixo da laringe. Histologicamente é formada por uma grande quantidade de folículos. As células foliculares produzem 2 importantíssimos hormônios: tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). Estes dois hormônios armazenam-se no interior dos folículos e, aos poucos, são liberados para a corrente sanguínea. Através desta atingem todos os tecidos e promovem nos mesmos um importante estímulo no metabolismo celular. Na ausência destes hormônios, quase todo o metabolismo celular, em quase todos os tecidos, caem aproximadamente para a metade do normal. Por outro lado, numa condição de hipersecreção dos tais hormônios, o metabolismo celular basal aumenta exageradamente, atingindo cerca do dobro do normal. PRODUÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDEANOS As células foliculares tireoideanas sintetizam, durante todo o tempo, uma proteína, na qual se formam e armazenam os hormônios tireoideanos. Esta proteína se chama tireoglobulina e é formada por uma cadeia de aminoácidos tirosina. Mas para que se formem os hormônios tireoidianos não basta uma normal produção de tireoglobulina. Também é de fundamental importância uma captação de íon iodeto, necessário à formação dos hormônios. A captação de iodeto se faz através de um transporte ativo (bomba de iodeto), que bombeia constantemente estes íons do exterior para o interior das células foliculares, armazenando uma concentração cerca de 40 vezes maior no líquido intracelular. Mas os íons iodetos devem ser transformados na forma elementar de iodo no interior das células, para que possam ser utilizados na formação dos hormônios. Isso se faz com a importante ajuda de uma enzima denominada peroxidase. Na medida em que as moléculas de tireoglobulina vão sendo produzidas, moléculas de iodo vão se ligando quimicamente aos radicais tirosina das proteínas. Mas para que as moléculas de iodo se liguem com a devida rapidez e em quantidade satisfatória, se faz necessário a presença de uma enzima, a iodinase, que catalisa a reação do iodo com os radicais tirosina das tireoglobulinas. 25 As moléculas de tireoglobulina, conforme vão sendo produzidas, vão saindo da célula e armazenando-se no interior dos folículos, submersas num líquido gelatinoso denominado coloide. Cada molécula de tireoglobulina carrega, portanto, vários radicais tirosina impregnados com molécula de iodo. 2 radicais tirosina, ligados entre sí, com 2 íons iodetos em cada uma de suas moléculas, reagem- se entre sí formando uma molécula de tiroxina (T4); 2 radicais tirosina, ligados entre sí, sendo um com 2 íons iodeto e outro com apenas 1 íon iodeto, reagem-se também entre sí formando uma molécula de triiodotironina (T3). Diante do exposto acima, podemos então imaginar que cada molécula de tireoglobulina carrega vários hormônios tireoideanos (a maioria T4) em sua fórmula. Portanto, podemos dizer que os hormôniostireoidianos armazenam-se no interior dos folículos tireoideanos na forma de tireoglobulina. SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDEANOS A face voltada para o interior do folículo, da célula folicular tireoidiana, faz constantemente o processo de pinocitose. Através da pinocitose, constantemente, diversas moléculas de tireoglobulina acabam retornando para o citoplasma da célula, desta vez carregando diversas moléculas de hormônio tireoidiano em sua estrutura. No interior da célula, a tireoglobulina sofre ação de enzimas proteolíticas. Como consequência, a tireoglobulina se fragmenta em numerosos pedaços pequenos, liberando os hormônios tireoidianos (T3 e T4) na circulação, através da outra face celular. Os hormônios, então, ligam-se a proteínas plasmáticas e assim circulam em nossa rede vascular, atingindo quase todas as células de nosso corpo. EFEITOS DOS HORMÔNIOS TIREOIDEANOS São raros os tecidos que não sofrem uma ação direta ou mesmo indireta dos hormônios tireoidianos. Sob seu estímulo, as células aumentam seu trabalho, sintetizam mais proteínas, consomem mais nutrientes e oxigênio, produzem mais gás carbônico. 26 PATOLOGIA ESCOLHIDA: HIPERTIREOIDISMO E HIPOTIREOIDISMO Vejamos abaixo como se manifestaria uma pessoa que apresentasse uma hiper- secreção de hormônios tireoideanos, comparada a uma outra que apresentasse uma hipo- secreção dos mesmos hormônios: SISTEMA RESPIRATÓRIO: HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: frequência respiratória aumenta (taquipnéia) diminui (bradipnéia) profundidade da respiração aumenta (hiperpnéia) diminui (hipopnéia) SISTEMA CARDIO-VASCULAR: HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: tônus vascular vaso-dilatação vaso-constrição fluxo sanguíneo tecidual aumenta diminui temperatura corporal aumenta diminui frequência cardíaca aumenta (taquicardia) diminui (bradicardia) força de contração do coração aumenta diminui débito cardíaco aumenta diminui pressão arterial (sistólica) aumenta diminui pressão arterial (diastólica) diminui aumenta 27 SISTEMA NEURO-MUSCULAR: HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: contrações musculares mais fortes, mais rápidas mais fracas, mais lentas Reflexos hiper-reflexia hipo-reflexia Sono reduzido (insônia) aumentado manifestações psicológicas ansiedade, tendências psiconeuróticas taquipsiquismo depressão bradipsiquismo SISTEMA DIGESTÓRIO: HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: Fome aumentada diminuída movimentos do tubo digestório aumentados reduzidos sereções digestivas aumentadas reduzidas Fezes mais líquidas, mais frequentes mais sólidas, menos frequentes SISTEMA ENDÓCRINO: HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: secreções endócrinas (de um modo geral) aumentam diminuem 28 SISTEMA REPRODUTOR: HIPERTIREOIDISMO: HIPOTIREOIDISMO: masculino disfunção erétil redução da libido feminino amenorreia oligomenorréia menorragia polimenorréia redução da libido REGULAÇÃO DA SECREÇÃO A secreção dos hormônios tireoideanos é controlada pelo hormônio hipofisário tireotropina (TSH): Um aumento na liberação de TSH pela adeno-hipófise promove, na tireoide, um aumento na captação de iodeto, na síntese de tireoglobulina e em diversas outras etapas na produção dos hormônios T3 e T4. Como resultado aumenta a síntese e liberação destes hormônios e o metabolismo basal celular, de um modo geral, aumenta. A secreção de TSH, por sua vez, é estimulada pelo fator de liberação da tireotrópica (TRF), produzida pelo hipotálamo. Ocorre um mecanismo de feedback negativo no controle de secreção dos hormônios tireoideanos: na medida em que ocorre um aumento na secreção dos hormônios T3 e T4, o metabolismo celular aumenta. Este aumento promove, a nível de hipotálamo, redução na secreção de TRF, o que provoca, como consequência, uma redução na secreção de TSH pela adeno-hipófise e, consequentemente, redução de T3 e T4 pela tireoide, reduzindo o metabolismo basal celular. TRATAMENTO MEDICO HIPOTIREOIDISMO: É indispensável tratar o Hipotireoidismo, pois a falta de tratamento pode ocasionar sérios danos para a saúde. Os riscos da falta de tratamento do Hipotireoidismo diferem de pessoa para pessoa. Nos recém-nascidos (Hipotireoidismo Congênito), o tratamento é crucial para prevenir o retardo mental, atraso no crescimento, deformações físicas e outras anormalidades importantes. Esta é a razão pela qual todos os recém-nascidos devem ser submetidos ao "Teste do Pezinho". 29 Crianças e adolescentes com Hipotireoidismo podem ter seu desenvolvimento mental e físico seriamente comprometidos, se não forem prontamente tratados. Nos adultos, as consequências do não tratamento do Hipotireoidismo podem provocar considerável desconforto ou incapacidade. Se o Hipotireoidismo for acentuado, o não tratamento pode resultar em doença mental e cardíaca ou, se for de maior gravidade, levar danos ainda mais sérios. Como a maioria dos casos de Hipotireoidismo resulta de danos irreversíveis da glândula tireoide, não existe tratamento que proporcione a cura definitiva. A Reposição Hormonal é o tratamento de escolha do Hipotireoidismo e visa repor o hormônio que a tireoide doente não consegue produzir. O hormônio sintético da tireoide usado no tratamento é chamado de Levotiroxina Sódica. A Levotiroxina Sódica funciona no organismo exatamente como o hormônio natural da tireoide. É indispensável tomar os comprimidos de Levotiroxina diariamente, para que o objetivo seja alcançado. Como para a maioria dos pacientes, o Hipotireoidismo é crônico, portanto o tratamento deverá ser instituído por toda a vida. A quantidade necessária de Levotiroxina varia de pessoa para pessoa. É importante seguir as instruções do Médico, tomando a dose recomendada de Levotiroxina, diariamente, pois ele solicita exames laboratoriais muito sensíveis para determinar a sua melhor dosagem. Os sintomas do Hipotireoidismo não desaparecem imediatamente após começar o tratamento com a Levotiroxina. Mantendo-se o tratamento, tomando os comprimidos de Levotiroxina diariamente, notará uma lenta e progressiva melhora na aparência e bem-estar. Mesmo que se tenha um Hipotireoidismo acentuado, alguns meses após o tratamento passará sentir alívio de todos os sintomas, lembrando que essa melhora não significa que se pode parar de tomar a Levotiroxina, pois ainda que os sintomas tenham diminuído, é importante continuar o tratamento, pois a Levotiroxina estará substituído o hormônio que a sua tireoide não fabrica mais em quantidades suficiente. Se para de tomar a Levotiroxina, o organismo terá a função do hormônio sintético diminuída nos períodos subsequentes e com isso, nas semanas seguintes, os velhos sintomas voltarão gradualmente. 30 HIPERTIREOIDISMO: Existem diversos tipos de tratamento para hipertireoidismo, que dependem da causa da doença e da gravidade dos sintomas. Veja exemplos de terapias para esse problema: Medicamentos antitireoidianos. Essas drogas diminuem a quantidade de hormônio produzido pela tireoide. A droga preferida é o metimazol. Para as mulheres grávidas ou lactantes, o propiltiouracil (PTU) pode ser preferido. Como o PTU tem sido associado a efeitos secundários, ele não é utilizado rotineiramente fora da gravidez. Ambas as drogas controlam, mas podem não curar o hipertireoidismo Ingestão de iodo radioativo. Esse tratamento cura o problema da tireoide, mas geralmente leva à sua destruição permanente. Você provavelmente precisará tomar comprimidos de hormônio tireoidianos para o resto de suavida para manter níveis hormonais normais Caso a tireoide seja removida com cirurgia ou destruída com radiação, será preciso repor os hormônios com pílulas pelo resto da vida. TRATAMENTO NUTRICIONAL HIPOTIREODISMO Além dos medicamentos, o paciente com disfunção da tireoide deve ser orientado com relação a sua alimentação. É necessário seguir uma dieta equilibrada e orientada por um nutricionista, devendo tomar cuidado com alimentos calóricos e gordurosos, principalmente os portadores de hipotireoidismo. Segue abaixo um dos principais nutrientes que não podem faltar no prato desses pacientes. Alimentos ricos em tirosina: este aminoácido junto ao iodo, ajuda a formar tiroxina. Fontes: carne, peixe, peito de peru, banana, iogurte, etc. Iodo: iodo é um elemento responsável para fazer hormônios da tiroide. Você pode encontrar este mineral em sal iodados, peixes e mariscos de água salgada. Cálcio: Quando o indivíduo tiver hipertireoidismos, precisa de uma dieta rica em cálcio. Ex: vegetais verde-escuro, leite e derivados. Alimentos ricos em selênio: este mineral ajuda regularizar a tiroxina, você pode encontrar este excelente mineral no frango, carne, atum, nozes, alho e cebola. 31 Alimentos ricos em vitaminas do complexo B: ajudam a manter a saúde dos nervos, pele, olhos, cabelos, fígado e boca. Fontes: banana, batata, lentilha, pimenta, óleo de oliva, peru, fígado e atum. Alimentos ricos em proteínas de alta qualidade: a proteína é um macronutriente responsável pela reconstrução muscular e glândulas hormonais. Alimentar-se de alimentos fontes de proteínas como as carnes, leite e seus derivados ajuda a conter a letargia. Disfunções da tiroide, como muitas doenças em nosso organismo, o portador não deve- se abdicar de uma boa alimentação e de uma vida normal e feliz. Deve-se sim ter uma dieta saudável e equilibrada e seguir seu tratamento. Procure um nutricionista para melhor orientá- lo e sanar suas dúvidas. Atualmente o melhor sistema de alimentação para o hipotireoidismo começa com uma dieta paleolítica modificada, que depois é adaptada a cada paciente. A dieta paleolítica é rica em alimentos de alta densidade nutricional (carne, peixe, vegetais, frutas, nozes) e minimiza a ingestão de alimentos processados. Os carboidratos da dieta da tireoide são complexos e de absorção lenta, de forma a manter os níveis de glicemia mais estáveis. A dieta da tireoide tem 3 fases: a dieta detox de 30 dias, a dieta de reintrodução e a dieta personalizada. Vamos agora falar de cada uma das fases. Dieta Detox de 30 Dias Os primeiros 30 dias da dieta – a dieta detox de 30 dias – consiste em uma variedade de alimentos de alta densidade nutricional não processados. Você vai ter 3 listas de alimentos: alimentos a comer sem restrição, alimentos a comer em moderação e alimentos a evitar. O objetivo é aumentar a ingestão de nutrientes, diminuir a ingestão de toxinas e calorias em excesso. Durante o primeiro mês você vai sentir um aumento na sua energia e bem estar. Durante este tempo o sistema digestivo tem a oportunidade de desintoxicar e recuperar. O seu sono vai melhorar e os seus níveis de estresse vão diminuir. Dieta de Reintrodução 32 Após fazer a dieta detox e você vai sentir melhor e vamos guiar você a adaptar a dieta às suas necessidades. Na segunda fase da dieta você vai reintroduzir alimentos para identificar sensibilidades ou intolerâncias alimentares. Estas intolerâncias causam reações autoimunes, que pioram os sintomas da tireoidite de Hashimoto e de hipotireoidismo. As mais comuns são a intolerância ao glúten e à lactose, mas muitas vezes não chega evitar estes alimentos e também é necessário evitar alimentos de reação cruzada com o glúten e lacticínios. Em outras palavras, você vai testar diferentes grupos alimentares e alimentos específicos para descobrir se você tem sensibilidades ou intolerâncias até chegar à sua dieta personalizada ideal. Dieta Personalizada A terceira fase da dieta consiste na personalização de macro nutrientes e na optimização da queima de gordura. Uma das consequências do hipotireoidismo é o aumento de peso. O aumento de peso acontece por várias razões. A primeira é o metabolismo mais lento que faz você queimar menos calorias. Outra causa importante do aumento de peso são os altos e baixos emocionais que o hipotireoidismo causa, que acabam na procura de conforto através da comida. Emagrecer com hipotireoidismo é difícil, mas é possível com a estratégica certa. Se você quer começar a dieta da tireoide veja os nossos livros onde temos várias opções, incluindo a dieta, cardápios e receitas. Não Ingerir Alimentos Processados Se há uma coisa que quase todos que fazem dieta para hipotireoidismo podem concordar, é que os alimentos processados não devem estar presentes na sua dieta. Alimentos processados ou embalados são carregados com grãos processados que aumentam o nível de açúcar no sangue e causam picos de glicemia que não são desejáveis para pacientes de hipotireoidismo. Isso causa um aumento nos níveis de insulina e leva ao aumento de massa gorda. Após o pico de insulina, também gera uma resposta do hormônio cortisol, a fim de elevar novamente os níveis de açúcar no sangue. Evitar consumir alimentos processados é uma forma ingerir menos toxinas e menos calorias vazias. Este tipo de alimentos têm uma densidade calórica muito elevada e uma 33 densidade nutricional baixa. A maioria dos alimentos processados são ricos em açúcares e têm sabores artificiais muito fortes. Estes alimentos são feitos para você ficar desejando estes sabores e tornam muito mais difícil o controlo de porções. Além das calorias é muito difícil parar de comer! Estes alimentos aumentam o apetite por mais alimentos ricos em carboidratos. É um ciclo vicioso que você tem de quebrar. Além disso os alimentos processados contêm químicos tóxicos como realçadores de sabores e conservantes. Estes produtos químicos são tóxicos e contribuem para a congestão do fígado o que torna ainda mais difícil converter os hormônios da tireoide necessários em sua forma ativa. Evite completamente os refrigerantes (incluindo diet), sucos embalados, óleos vegetais, lacticínios, cereais com glúten e tudo o que contém açúcar. Aumentar a Ingestão de Gorduras Saturadas Existem muitas críticas negativas e infundadas a respeito das gorduras saturadas. Os críticos continuam a citar estudos ultrapassados e mal executados com mais de 50 anos, ignorando a enorme quantidade de pesquisas que mostram seus benefícios. Um dos principais benefícios das gorduras saturadas que é que ajudam a anular os efeitos negativos das gorduras poli insaturadas tóxicas. Também melhoram a resposta à insulina, que ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue equilibrado e reduzir o hormônio cortisol. Hormônios de estresse elevados também são uma das causas de hipotireoidismo pois levam à fadiga adrenal. Apesar disso é importante ter cuidado com gorduras animais, porque podem não ser o que aparentam. Por exemplo, todos os bovinos que são engordados com o milho, soja e outros alimentos que são ricos em gorduras ômega 6. Devido a isso, suas gorduras corporais contêm menos ômega 3 e mais ômega 6. Portanto, é importante incluir apenas as gorduras saturadas de alta qualidade em sua dieta. Isso inclui manteiga, óleo de coco e animais alimentados com capim e grama. Comer Fruta 34 Para os hipotireoideanos é muito importante manter a glicemia estável. Para isso é essencial eliminar alimentos processados e o açúcar, mas é necessário encontrar carboidratos saudáveis e fáceis de consumir. Então quais são os carboidratos recomendados?A fruta é uma boa escolha pois tem uma densidade nutricional elevada e a absorção do açúcar da fruta é lenta devido à fibra. A maioria das frutas é muito rica em potássio, que desempenha um papel importante na regulação de açúcar no sangue. Isto ajuda a reduzir a necessidade de insulina e a manter o nível de açúcar no sangue mais estável durante longos períodos de tempo. Regulando o açúcar no sangue, é mais fácil reduzir os hormônios de estresse, que como eu mencionei acima, são um problema comum no hipotireoidismo. Aumentar o Consumo de Sal Há uma série de mitos a respeito do sal, mas ele é mais importante do que as pessoas imaginam. O sódio um nutriente muito importante que o seu corpo precisa para realizar várias funções. Por exemplo, o sódio é necessário para a regulação da pressão sanguínea adequada e é responsável para a regulação de outras funções importantes relacionadas com a tireoide. Um dos sintomas mais comuns do hipotireoidismo é o edema e o inchaço. O edema é um problema nas células, que passam a absorver mais a água. Entretanto, quando suas células absorvem água, perdem sódio, que é excretado através da urina. Quando o seu nível de sódio está baixo, o seu metabolismo abranda e aumenta os hormônios de estresse. Os hormônios de estresse elevados acabam agravando vários sintomas. A maioria das pessoas precisa de muito mais sal do que elas pensam. Existem vários tipos de sal que são melhores que o sal iodado. É recomendado tomar sal dos Himalaias, flor de sal ou sal Kosher. Consumir Caldo de Osso (Tutano) O caldo de osso ou tutano é uma das melhores fontes de proteína que você pode ingerir. O tutano era comumente encontrado nas dietas da maioria das pessoas há mais de um século atrás. Agora é um componente esquecido de quase todas as dietas saudáveis. 35 O tutano é rico em nutrientes e muito fácil de digerir. É indicado porque contém uma mistura de aminoácidos anti-inflamatórios que estão ausentes em muitas fontes de carne ou vegetais. Comer Alguns Mariscos Viver perto da água tem as suas vantagens, especialmente quando se trata de frutos do mar. Os mariscos em geral são realmente muito benéficos para a sua tireoide. Para começar, são uma boa fonte de hormônios da tireoide, que raramente temos em nossa dieta de carne padrão. Portanto, comer mariscos só pode melhorar a função da sua tireoide. Outro benefício surpreendente dos mariscos, é que eles são naturalmente ricos em selênio. O selênio é um dos principais nutrientes que é necessário para converter o T4 inativo para o hormônio da tireoide T3 ativo em seu fígado. Alimentos Goitrogênicos Este é um dos tópicos mais falados quando se trata da dieta do hipotireoidismo. Os goitrogênicos são alimentos ou remédios que dificultam a absorção de iodo e pode causar o bócio. Há uma série de equívocos sobre vegetais crus versus cozidos. Apesar dos vegetais crus conterem mais nutrientes do que vegetais cozidos, a absorção dos nutrientes pode não ser a mesma. Não é só o que você come que é importante, mas sim o que você consegue digerir. Como os vegetais têm um efeito goitrogênico mais forte e podem ser mais difíceis de digerir. Cozinhar os vegetais diminui o efeito goitrogênico e pode ajudar a absorver melhor os nutrientes. Apesar disso existe um alarmismo extremo sobre o consumo de vegetais verdes e o seu efeito goitrogênico. O consumo de 2 a 3 porções de vegetais classificados como goitrogênicos não vai prejudicar a função da tireoide. O consumo de refrigerantes ou remédios com efeitos goitrogênicos é muito mais grave do que comer algumas folhas de repolho. 36 É recomendado ingerir uma combinação de vegetais crus e vegetais cozidos. Se você consome um suco detox ou suco verde com repolho ou espinafre, então pode consumir vegetais cozidos com a refeição. Café, Chá e Cafeína Acredite ou não, mas o café tem alguns benefícios surpreendentes para o hipotireoidismo. Alguns pacientes com hipotireoidismo não se dão bem com o café, enquanto outros não tem problemas. O café não deve ser tomado em estômago vazio. O café é rico em cafeína, que trabalha para estimular a sua tireoide e dar energia, mas também é rico em magnésio e vitaminas do complexo B, que são ambos necessários para o bom funcionamento da tireoide. Os estudos suportam essas alegações mostrando que indivíduos que ingerem café têm menor incidência de doenças da tireoide, incluindo câncer. Suplementos para a Tireoide A suplementação de nutrientes pode ajudar no tratamento da tireoide, mas atenção… A alimentação é mais importante. Como o nome indica, um suplemento é uma adição à dieta e não é uma base. Existem vários suplementos que podem beneficiar pacientes com a tireoide lenta. Os suplementos mais importantes para a tireoide são o iodo, selênio e o zinco. Se você ingerir os alimentos certos a suplementação de iodo e selênio não é necessária. Veja os artigos sobre iodo e selênio para descobrir quais os alimentos ricos nesses minerais. Além destes, você pode beneficiar da suplementação com magnésio, vitamina D, glutationa, glândula tireoide dissecada, vitamina C e óleo de fígado de bacalhau. Para mais informações sobre as dosagens desses nutrientes veja o artigo sobre a suplementação para a tireoide. 37 HIPERTIREODISMO De acordo com vários estudos clínicos e nutricionais, existem vários alimentos e plantas que são muito adequados para o tratamento de hipertireoidismo. Confira alguns exemplos:Vegetais da família das crucíferas Esses alimentos dispõem de um alto conteúdo de ácidos cloro gênicos e cafeeiros, que dificultam a absorção de iodo, fator desancador para o hipertireoidismo. Onde posso encontrá-los? Na couve-flor, no rabanete, na couve de Bruxelas, na couve e no brócolis. Então, tente fazer muitas saladas com essas verduras e, acima de tudo, não esqueça de incluir o rabanete, já que, segundo vários estudos, regula a produção excessiva de hormônios que causam o hipertireoidismo. Carnes Carnes como o frango, o peru, o peixe ou a vitela, ovos Legumes Segundo nutricionistas, no caso do hipertireoidismo, é indispensável que se consuma os seguintes produtos: lentilhas, grão de bico, soja, feijão. Sementes e frutos secos Será excelente se você introduzir o amendoim, o milho, as sementes de linho e o pinhão na sua dieta, já que inibem a produção de tiroxina. Frutas e alimentos crus Segundo a medicina tradicional chinesa, os alimentos crus são mais refrescantes e contêm mais nutrientes, já que tendem a acalmar nossas tiroides. Por isso, recomenda-se incluir em suas saladas, por exemplo, o pimentão, a cenoura, o espinafre, a beterraba, as couves, aspargos, cebola, todos crus. Plantas recomendadas para o hipertireoidismo Menta de lobo (Lycopus europaeus): ideal para inibir a ação do iodo nas tireoides. Podemos consumir em infusão, como chá, mas também a vendem em ervanário em forma líquida. É recomendado consumir 30 gotas por dia. Erva cidreira: combinada com a menta, é ainda mais efetiva. Pode-se consumir 3 xícaras ao dia. 38 Alimentos proibidos para quem sofre de hipertireoidismo Algas marinhas e mariscos, já que tem muito iodo. Sal iodado. O alho, a aveia, as castanhas, as amêndoas, o pistache. A canela, o café e todas as especiarias quentes. TRATAMENTO FISIOTERAPICO A fisioterapia irá atuar nas doenças tireoidianas procurando aliviar os quadros clínicos, como a câimbra que é presente em quase todas as doenças tireoidianas. O fisioterapeuta ira tratar e prevenir a câimbra com treinamento adequado, fazendo exercícios de aquecimento, alongamento muscular e uso corretode equipamentos. Também atuará na fadiga e fraqueza, sintomas muito comum em pacientes com doenças tireoidianas, a prevalência de fadiga pode chegar a 96% durante a quimioterapia, radioterapia ou após a cirurgia, para alguns pacientes o déficit de capacidade física é tão severo que limita atividades diárias simples como banho, alimentação e vestuário, o que contribui para a diminuição da independência e da qualidade de vida. A orientação de repouso é necessária em alguns momentos, mas não deve ser mantida durante toda a evolução da patologia, ou a fadiga será perpetuada e agravada em seus sintomas. É importante estabelecer um balanço entre atividade física e conservação de energia. Uma opção de treinamento físico é o exercício aeróbico, como caminhada, corrida, ciclismo e natação. Com sessões regulares de fisioterapia, podemos ajudar na melhoria do quadro clinico dos pacientes com doenças tireoidianas, prevenindo o agravamento do quadro. TRATAMENTO PSICOLOGICO As pessoas com problemas na tireoide podem apresentar distúrbios emocionais, físicos e mentais. O hipertireoidismo e hipotireoidismo são os dois tipos mais comuns dessa doença que está relacionada ao câncer na tireoide. 39 Quais sintomas você pode apresentar? Seja qual for o seu tipo de distúrbio tireoidiano, ele pode fazer com que você se sinta mais sensível e que tenha mudanças repentinas de humor. Você também pode apresentar sintomas como: -Ansiedade – um sentimento de nervosismo, coração acelerado, tremores, irritabilidade, insônia; -Depressão – humor baixo, dificuldade em apreciar as coisas, choro, perda de apetite e sono perturbado; -Mudanças de humor, temperamento explosivo, e mau humor; -Problemas de saúde mental: -Dificuldade em se concentrar; -Lapsos de memória a curto prazo; -Falta de interesse e agilidade mental; Estes sintomas podem levar a pessoa a imaginar que está ficando louca, devido ao medo de ter um lapso de memória permanente, mas esses sintomas não são tão graves quanto aos de uma demência, então não se preocupe com isso. Sintomas psicológicos Geralmente a causa são os níveis anormais dos hormônios da tireoide. O hipertireoidismo pode causar ansiedade, irritabilidade e alterações de humor; enquanto o hipotireoidismo pode causar problemas de memória, bem como a depressão. Os pacientes às vezes relatam que ganharam peso ou que têm dificuldade em perder peso durante o tratamento, isso pode contribuir para os sentimentos de baixa autoestima e humor. As rápidas mudanças nos níveis hormonais da tireoide podem perturbar suas emoções. Controlar a tireoide é essencial para estabilizar o seu estado de espírito. Muitas vezes os sintomas psicológicos são um efeito colateral do tratamento. Esteroides, por exemplo, podem agravar a depressão, pois são beta bloqueadores que abrandam o ritmo cardíaco e reduzem a ansiedade, então se você tiver problemas na tireoide pode ser que se sinta cansado, deprimido e que tenha dificuldade em processar os pensamentos. Eventos estressantes podem agravar os distúrbios na tireoide. Se você já está estressado em outras áreas da vida, isso pode contribuir para intensificar os sintomas psicológicos. 40 Saber que você tem uma disfunção na tireoide é algo estressante e você pode se se sentir confuso. É comum ter uma reação emocional antes, durante ou após o tratamento, por isso é importante que você fale com o seu médico para que a sua tiroide fique devidamente equilibrada. Sobre o tratamento Na maioria dos casos, os sintomas psicológicos melhoram com o reequilíbrio hormonal da tireoide. Mas esta melhoria pode não ser tão rápida quanto o esperado. É comum que você se sinta emocionalmente abalado por um tempo, mesmo depois que os seus exames de sangue voltem ao normal. Existem muitas coisas que podem te ajudar, como por exemplo: -Falar com o seu médico; -Fazer uma avaliação com um especialista que tenha experiência em lidar com problemas na tireoide; -Conversar com outras pessoas que passaram por uma experiência semelhante; -Conversar com um amigo sobre o assunto. Não sinta vergonha de falar com o seu médico sobre os sintomas psicológicos associados à sua doença. Eles são uma parte importante dela, e não um sinal de fraqueza. Pergunte o quanto quiser, até entender o que está acontecendo com você, assim se sentirá mais seguro para lidar com a doença. 41 SUPRARRENAL Chamadas também de glândulas adrenais, com dimensões aproximadas de 5 cm. por 1 cm , as suprarrenais estão localizadas acima dos rins e possuem formato triangular, apresentando duas regiões distintas: córtex ad-renal(externa), medular ad-renal(interna). A medula secreta adrenalina e noradrenalina e faz parte do sistema nervoso autônomo (simpático). Já a córtex, importante glândula endócrina, produz e secreta dezenas de hormônios. Todos os hormônios secretados por este tecido são sintetizados a partir do colesterol e pertencem, portanto, ao grupo dos hormônios esteroides. Os diversos hormônios produzidos pela córtex da adrenal, de acordo com seus efeitos, são divididos em grupos: Mineralocorticoides: atuam no metabolismo de minerais, principalmente no controle dos íons sódio e potássio. O principal mineralocorticoide, responsável por pelo mentos 95% da função mineralocorticoide da suprarrenal, é o hormônio aldosterona. Outros mineralocorticoides bem menos importantes são: desoxicorticosterona e corticosterona. Glicocorticoides: atuam no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras. O principal hormônio deste grupo é o cortisol. Androgênios: produzem efeitos masculinizantes, semelhantes àqueles produzidos pela testosterona, secretada em grande quantidade pelas gônadas masculinas. 42 A córtex da adrenal é dividida em 3 camadas: zona glomerulosa zona fasciculada zona reticular A região medular produz a adrenalina ou epinefrina, considerado o hormônio das emoções que lançada no sangue provoca: Vasoconstricção periférica (palidez) Aumenta a atividade mental Aumenta o ritmo respiratório (taquipneia) Glicogenolise no fígado (aumento na taxa de glicose no sangue) Elevação da pressão arterial Dilatação da pupila (midriase) Aumento no batimento cardíaco (taquicardia) Obs: A adrenalina em ação rápida e passageira, pois em torno de tres minutos se torna inativa por enzimas produzidas no fígado. A noradrenalina, como muitos afirmam, não é produzida pela suprarrenais e sim nos nervos do sistema nervoso simpático, sendo muito mais potente do que a adrenalina, atuando como mediador químico nas sinapses. ALDOSTERONA A aldosterona é produzida na zona glomerulosa; as zonas fasciculada e reticular produzem cortisol e androgênios. Principal mineralocorticoide, controla os níveis plasmáticos dos íons sódio e potássio. Exerce seu efeito no túbulo contornado distal e no ducto coletor do nefron, aumentando a reabsorção de sódio e a excreção de potássio. Como este transporte é mais efetivo ao sódio do que ao potássio, mais cátions são reabsorvidos do que excretados nestes segmentos distais do nefron. A reabsorção de sódio provoca, por atração iônica, reabsorção também de cloretos. A reabsorção de sal (Na Cl), por sua vez, reabsorve água (por osmose). Portanto, um aumento na secreção de aldosterona, pela suprarrenal, promove nos túbulos renais um aumento na reabsorção de sal e água. Um aumento na reabsorção de sal e água promove, como consequência, um aumento no volume do líquido no compartimento extracelular. Isto faz com 43 que ocorra um aumentono volume sanguíneo e no débito cardíaco. Como consequência ocorre também um aumento na pressão arterial. CONTROLE DA SECREÇÃO DE ALDOSTERONA Existem diversos fatores que influem na secreção da aldosterona. Os principais são: Potássio: Um aumento no nível plasmático deste íon estimula a zona glomerulosa a aumentar a secreção de aldosterona. Angiotensina: Também exerce um importante efeito estimulante na secreção de aldosterona. Sódio: Quanto menor sua concentração no líquido extracelular, maior é a secreção de aldosterona. ACTH: Estimula principalmente a secreção de cortisol, mas exerce também um pequeno efeito estimulador de aldosterona. CORTISOL Exerce importantes efeitos no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras. Além disso estabiliza membrana de lisossomas. Efeitos no metabolismo dos carboidratos: O cortisol reduz a utilização da glicose pelas células, reduz a glicogênese e aumenta a glicogenólise. Como consequência aumenta a glicemia. Efeitos no metabolismo das proteínas: O cortisol faz com que as células, de um modo geral, reduzam a síntese de proteínas e aumentem a lise das mesmas: Isso promove uma redução das proteínas e uma aumento na quantidade de aminoácidos circulantes. No fígado ocorre o contrário: aumento na síntese e redução na lise proteica. Como consequência, aumento na quantidade de proteínas plasmáticas. Efeitos nos metabolismo das gorduras: O cortisol aumenta a mobilização de ácidos graxos dos tecidos adiposos e a utilização das gorduras pelas células para produção de energia. 44 Efeitos na membrana dos lisossomas: O cortisol estabiliza a membrana dos lisossomas, dificultando seu rompimento durante uma lesão tecidual. CONTROLE DA SECREÇÃO DE CORTISOL Existem diversos fatores que influem na secreção de cortisol, muitos ainda não bem esclarecidos. Um importante e conhecido fator estimulante da secreção de cortisol relaciona-se com o stress. Qualquer condição que cause stress físico (lesões teciduais diversas, como fraturas, entorses, contusões musculares, traumas, queimaduras, etc.), dor, infecções, fome, sofrimento e outros, estimulam o hipotálamo a secretar o fator de liberação da corticotropina (CRF). Este fator estimula a hipófise anterior a aumentar a secreção de ACTH. O ACTH estimula a córtex da adrenal a aumentar a secreção de cortisol. O cortisol aumentado, com os efeitos acima descritos, propicia aos tecidos lesados condições necessárias para que os mesmos se restabeleçam o mais rapidamente possível das alterações, reduzindo portanto o stress. PARATORMÔNIO E CALCITONINA O paratormônio é produzido pelas glândulas paratireoides, localizadas posteriormente à glândula tireoide. A calcitonina é produzida pelas células para foliculares da tireoide (estas não fazem parte dos folículos tireoidianos).Ambos os hormônios atuam no metabolismo do íon cálcio, sendo importantes no controle do normal nível plasmático deste íon. Mais de 99% do cálcio presente em nosso corpo se encontra depositado em tecidos como ossos e dentes. Sendo assim, o cálcio na forma iônica dissolvida em nosso plasma corresponde a menos de 1% do total de cálcio que possuímos. É muito importante que o nível de cálcio plasmático se mantenha dentro do normal, pois: em uma situação de hipercalcêmica as membranas das células excitáveis se tornam menos permeáveis ao sódio, o que reduz a excitabilidade da mesma. Como 45 consequência, ocorre uma hipotonia muscular esquelética generalizada. No músculo cardíaco ocorre um aumento da força contrátil durante a sístole ou mesmo uma parada cardíaca, devido à redução da excitabilidade das fibras de purkinje. em uma situação de hipocalcemia, ao contrário, as membranas celulares se tornam excessivamente permeáveis aos íons sódio. O aumento na permeabilidade ao sódio torna as membranas mais excitáveis. Os músculos esqueléticos se tornam mais hipertônicos, podendo ocorrer inclusive uma manifestação de tetania (hipocalcêmica). O músculo cardíaco se contrai com menos força. Quando o nível plasmático de cálcio se torna abaixo do normal, as paratireoides aumentam a secreção de paratormônio. Este faz com que a calcemia aumente, retornando ao normal. Quando o nível plasmático de cálcio se torna acima do normal, as células para foliculares da tireoide aumentam a secreção de calcitonina. Esta faz com que a calcemia se reduza, retornando ao normal. Desta forma estes 2 hormônios, juntos, controlam o nível plasmático de cálcio, mantendo-o dentro do normal e evitando, assim, uma hipercalcemia ou uma hipocalcemia. O paratormônio é o mais importante hormônio responsável pelo controle do nível plasmático de cálcio em nosso organismo. Vejamos alguns efeitos destes hormônios NOS OSSOS No tecido ósseo existe uma constante atividade osteoblástica (síntese de matriz, com impregnação de íons cálcio e fosfato na mesma) e uma constante atividade osteoclástica (lise do tecido ósseo com mobilização de íons cálcio e fosfato do tecido ósseo para os líquidos corporais). A atividade osteoblástica é feita por células chamadas osteoblastos; a atividade osteoclástica, por sua vez, pelos osteoclastos. Um aumento na secreção de paratormônio promove, nos ossos, um aumento da atividade osteoclástica, o que transfere íons cálcio e fosfato destes tecidos para o sangue. Além disso, o paratormônio aumenta também a atividade da membrana osteocítica que, por meio de 46 transporte ativo, transfere grande quantidade de íons cálcio dos ossos para o sangue. Ambos os eventos promovem uma elevação da calcemia. Um aumento na secreção de calcitonina promove, nos ossos, um aumento da atividade osteoblástica. Através desta, ocorre uma maior síntese de tecido ósseo (matriz protéica), o que atrai grande quantidade de íons cálcio e fosfato do sangue para este novo tecido. Na matriz, cálcio e fosfato combinam-se entre sí e com outros íons, formando os diversos sais ósseos, que são responsáveis pela rigidez do tecido ósseo. Os mais importantes sais ósseos são: fosfato de cálcio, carbonato de cálcio e hidroxiapatita. O aumento da atividade osteoblástica, portanto, promove uma redução da calcemia, pois uma considerável quantidade de cálcio migra do sangue para os ossos. NO SISTEMA DIGESTÓRIO Como diariamente todos temos uma pequena perda de cálcio através da diurese, é importante que também tenhamos, pelo menos, uma reposição desta perda através de nossa alimentação. O cálcio, presente em diversos alimentos, é absorvido através da parede do intestino delgado (transporte ativo). Mas para que ocorra uma adequada absorção se faz necessário a presença de uma substância denominada 1,25-diidroxicolecalciferol. Vejamos como se forma esta substância: Na nossa pele existe, em abundância, um derivado do colesterol denominado 7- deidrocolesterol. Através da irradiação ultravioleta (pelos raios solares) grande parte desta substância é convertida em colecalciferol (vitamina D3). No fígado, o colecalciferol é convertido em 25-hidroxicolecalciferol. Este, nos rins, converte-se em 1,25- diidroxicolecalciferol (esta conversão também exige a presença de paratormônio). Portanto, para que ocorra uma boa absorção de cálcio através de nosso sistema digestório, é necessário que: 1. o cálcio esteja presente no alimento. 2. não haja falta de vitamina D3 em nosso organismo (para isso é necessária a exposição do corpo aos raios solares ou uma alimentação rica em fontes desta vitamina). 47 3. a presença do hormônio paratormônio (para que ocorra a conversão de 25- hidroxicolecalciferol em 1,25-diidroxicolecalciferol). NO SISTEMA URINÁRIO Nos
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