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Universidade Federal da Bahia Instituto de Física FIS123 – Física Geral e Experimental III-E Experiência 11 DEFLEXÃO DO FEIXE DE ELÉTRONS – RELAÇÃO CARGA E MASSA (e/m) Salvador Maio de 2016 Objetivo Observar os efeitos dos campos magnético e elétrico sobre um feixe de elétrons e o cálculo da relação entre carga e massa do elétron Questão – 1 ) Para a obtenção de elétrons livres por efeito termiônico (canhão de elétrons) é necessário a construção de um circuito elétrico especifico para a extração destes elétrons. Apresente um esquema do circuito, bem discutido, de como o mesmo foi construído neste experimento. O canhão de elétrons apresenta um esquema parecido com este da Figura 1. Figura 1: Representação do canhão de elétrons E as medições foram feitas a partir do dispositivo apresentado na Figura 2. Figura 2: Tubo de desvio de feixe de elétrons Questão – 2) Com uma diferença de potencial entre o anodo e o catodo constante (~ 3000 V), varie a corrente das bobinas (NUNCA PASSE DE 2A!!!) e descreva o que acontece com o raio do desvio. Explique o observado com argumentos sucintos e adequados. Ao aumentarmos a corrente das bobinas, o feixe de elétrons começa a curvar-se para baixo, saindo da direção horizontal (com campo magnético = 0), formando uma parábola. Então, quanto maior a corrente nas bobinas, maior o campo, e menor o raio do desvio. Questão – 3) Com a corrente das bobinas constante (diferente de zero), varie a diferença de potencial entre o anodo e o catodo (UA), e descreva o que acontece com o raio do desvio. Explique o que foi observado. Ao aumentarmos a Ua, o feixe se tornou mais intenso. E quanto menor a Ua, mais fraco ficava, até não se tornar mais visível. Ao deixar a Ua constante e variar a corrente das bobinas, notamos que o feixe se curvou para baixo. A partir deste dado, podemos concluir com a ajuda da regra da mão direita, que o campo magnético está no sentido que “entra no papel”. Questão – 4) Represente por meio de um esquema a força resultante da ação do campo magnético sobre um elétron de prova qualquer que tem sua trajetória neste campo. QUESTÃO – 5) Estime e/m a partir do método, anteriormente citado. Para tal, utilize UA = 3000 V e corrente nas bobinas da ordem de 0,35A. Compare com o valor correto, a ser pesquisado. Comparando com o valor correto estabelecido (1,759 x 10^11) C/Kg), tivemos uma discrepância de: Questão – 6) Neste instante, mantendo a tensão de aceleração dos elétrons constantes (UA = 3000 V), varie a corrente nas bobinas entre 0 e 1,5 A (NUNCA PASSE DE 2A!!!) Para as diversas medidas dos raios das trajetórias, mais do que cinco, estime a relação carga massa. x Y I (A) U (v) r (m) x² y² B e/m (C/Kg) 8 -1 0,23 0,7 0,325 64 1 0,000966 6,0874E+10 7 -1 0,3 1 0,25 49 1 0,00126 6,0469E+10 6 -1 0,39 1,2 0,185 36 1 0,001638 6,534E+10 5 -1 0,54 1,7 0,13 25 1 0,002268 6,9021E+10 4 -1 0,8 2,5 0,085 16 1 0,00336 7,3559E+10 3 -1 1,29 4,1 0,05 9 1 0,005418 8,1759E+10* 3 -1,8 2 6,4 0,034 9 3,24 0,0084 7,3559E+10 Média= 6,718E+10 Erro= 64,45% *dado desprezado para o cálculo da média Erro calculado a partir do valor estabelecido da relação (2,759+E11) Questão – 7) Com a diferença de potencial entre o anodo e o catodo constante, varie a diferença de potencial entre as placas paralelas (Up). Descreva o que acontece com o feixe. Explique o que foi observado. Mantendo a Ua constante e a aumentando a Up, observa-se um aumento da deflexão do feixe, formando uma curva para cima. Questão – 8) Com a diferença de potencial entre as placas paralelas constante, varie a diferença de potencial entre o anodo e o catodo (Ua). Descreva e explique o que acontece com o feixe. Com a Up alta o suficiente para manter a curva do feixe, diminuímos a Ua e observamos uma diminuição da deflexão do feixe. Questão – 9) Represente por meio de um esquema a força resultante da ação do campo elétrico sobre um elétron de prova qualquer em trajetória neste campo (represente as placas, potenciais e polaridades envolvidas) Questão – 10) Mantendo a diferença de potencial entre o anodo e o catodo constante (Ua maior ou igual a 3000 V), faça diversas medidas das deflexões das trajetórias para as diferentes diferenças de potencial entre as placas paralelas (a cada 500 V por exemplo), Estime e/m a partir deste método, e a velocidade em função da tensão Ua aplicada pode ser obtida na figura 6, no anexo ao final. X (cm) Y (cm) X (m) Y (m) Up (v) r (m) E (v/m) Ua (v) v (m/s) e/m (C/Kg) 8,5 0,6 0,085 0,006 500 0,605083 8333,333 3000 3,25E+07 2,105E+11 7,5 0,9 0,075 0,009 1000 0,317 16666,67 3000 3,25E+07 2,028E+11 6,5 1 0,065 0,01 1500 0,21625 25000 3000 3,25E+07 2E+11 5,5 1 0,055 0,01 2000 0,15625 33333,33 3000 3,25E+07 2,095E+11 4,5 0,8 0,045 0,008 2500 0,130563 41666,67 3000 3,25E+07 2,003E+11 3,5 0,5 0,035 0,005 3000 0,125 50000 3000 3,25E+07 1,724E+11* 3,5 0,7 0,035 0,007 3500 0,091 58333,33 3000 3,25E+07 2,069E+11 3,5 0,9 0,035 0,009 4000 0,072556 66666,67 3000 3,25E+07 2,328E+11 3,5 1 0,035 0,01 4500 0,06625 75000 3000 3,25E+07 2,299E+11 2,5 0,5 0,025 0,005 5000 0,065 83333,33 3000 3,25E+07 2,028E+11 Média= 2,069E+11 Erro= 17,65% *Dado desprezado para cálculo da média A velocidade foi aproximada para uma tensão de 3000v entre o ânodo e o cátodo. O erro foi calculado com base no valor teórico de 1,759E+11. Questão – 11) Mantendo o potencial entre o anodo e o catodo constante (UA = 4000 V), aplique uma tensão entre placas da ordem de 200 V em seguida aumente a corrente das bobinas até que o feixe fique paralelo à direção inicial de propagação. Após estes ajustes, estime o valor de e/m pelo método de compensação de campos. Repita este procedimento variando a tensão entre placas, UP, (de 400 em 400 V até 2000 V) e a corrente das bobinas. Compare com o valor verdadeiro, a ser pesquisado ou determinado. Up (v) I (A) Ua (v) E B e/m (C/Kg) 200 0,03 4000 3333,333 0,000126 8,75E+10 600 0,08 4000 10000 0,000336 1,11E+11 1000 0,14 4000 16666,67 0,000588 1E+11 1400 0,21 4000 23333,33 0,000882 8,75E+10 1800 0,27 4000 30000 0,001134 8,75E+10 2000 0,29 4000 33333,33 0,001218 9,36E+10 Média= 9,06E+10 Erro= 52,09% Questão – 13) Represente por meio de diagrama de forças a força resultante da ação do campo elétrico e do campo magnético sobre um elétron de prova qualquer numa trajetória realizada nestes campos (represente as placas, potenciais e polaridades envolvidas). Conclusão Com análise nos dados obtidos e nos cálculos de erro, podemos concluir que o mais apropriado para a determinação da relação carga-massa do elétron foi o de deflexão por um campo elétrico. Nele tivemos o menor erro dos três experimentos (obtendo apenas 17,65% de erro). O método menos preciso foi o que utilizamos a deflexão por campo magnético, obtendo um erro de 64,45%. Os erros altos podem ser explicados por fios usados no circuito com defeito, ou simplesmente erro visual na leitura dos dados.
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