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Aula 2- Ana Cláudia Garcia Rosa Inicia-se com a fecundação de um ovócito (ovo) por um espermatozoide Cada célula contém metade da informação genética, portanto o zigoto recebe toda a informação necessária para o desenvolvimento humano Começa com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (ex. pelos pubianos) e termina quando é alcançada a capacidade de reprodução sexual Meninas: 12-15 anos – termina com o primeiro ciclo menstrual Meninos: 13- 16 anos – termina com a produção de espermatozoides maduros Cada sexo possui os órgãos reprodutores que produzem e transportam as células germinativas (gametas) para o local de fertilização na tuba uterina Durante a relação sexual, o pênis (órgão sexual masculino) deposita espermatozoides pelos testículos na vagina do trato genital feminino Passagem excretora para o fluido menstrual Recebe o pênis durante a relação sexual Forma a parte inferior do canal de parto Superiormente delimitada pelo cérvice (colo) uterino e inferiormente pelo vestíbulo vaginal (espaço entre os pequenos lábios) Tamanho e aspecto do orifício vaginal variam com a condição do hímen (dobra de membrana mucosa que o envolve) Ovócitos são produzidos por dois ovários, localizados na parte supero- lateral da cavidade pélvica Ao ser liberado do ovário na ovulação, o ovócito secundário (ovo) penetra em uma das tubas uterinas (trompas de Falópio), que se abrem no útero, que protege e nutre o embrião e o feto até o nascimento (Vídeo) laparoscopia: exame em que uma fibra ótica com microcâmera acoplada transmite a imagem intra- abdominal para um monitor (televisão), onde o cirurgião pode visualizar as estruturas pélvicas e abdominais Órgão muscular em forma de pera Possui paredes espessas Partes: Corpo: 2/3 superiores dilatados Colo: 1/3 inferior cilíndrico Fundo: porção superior arredondada do corpo do útero, superior aos orifícios da tuba uterina O corpo do útero estreita-se do fundo até o istmo, região estreitada entre corpo e colo No colo, o canal cervical se abre no orifício interno (comunica- se com o corpo uterino) e orifício externo (comunica-se com a vagina) Paredes do corpo do útero: Perimétrio: camada fina externa Miométrio: camada de m. liso espessa intermediá ria Endométrio : camada fina interna +ou- 10cm de comprimento e 1 cm de diâmetro Na parte proximal se abre no corno do útero e na parte distal na cavidade peritoneal Partes: infundíbulo, ampola, istmo e porção uterina Conduzem os ovócitos do ovário e os espermatozoides que entram pelo colo para o sítio de fecundação na ampola; em seguida conduzem o zigoto em clivagem para a cavidade uterina São glândulas em forma de amêndoa, localizadas em cada lado do útero e produzem os ovócitos Liberam o ovócito secundário na ovulação; estes passam pela tuba uterina que se abrem no útero Produzem estrogênio e progesterona, hormônios responsáveis pelo desenvolvimento de caracteres sexuais secundários e regulação da gestação Denominados coletivamente de vulva ou pudendo Lábios maiores: pregas da pele repletas de gordura que envolvem o orifício vaginal Dentro dos lábios maiores há duas pregas mucosas menores, os lábios menores Clitóris: pequeno órgão erétil situado na junção superior das pregas Vagina e uretra se abrem em uma cavidade (vestíbulo) entre os lábios menores O orifício vaginal varia de acordo com o hímen, prega mucosa que circunda este orifício Inclui: Pênis Testículos Epidídimos Ductos deferentes Próstata Vesículas seminais Glândulas bulbouretrais Ductos ejaculatórios Uretra Cada testículo é formado por túbulos seminíferos enovelados que produzem espermatozoides Os espermatozoides imaturos passam por um canal único também enovelado, o epidídimo, onde são armazenados e amadurecidos Os ductos deferentes levam os espermatozoides do epidídimo para o canal ejaculatório, que penetra a uretra A uretra é um tubo que dá passagem à urina para fora do corpo; sua parte esponjosa é contida no pênis Dentro do pênis, 3 colunas de tecido erétil circulam a uretra; estes tecidos se enchem de sangue durante a excitação sexual tornando o pênis ereto O sêmen é formado por espermatozoides misturados com líquido proveniente das vesículas seminais, glândulas bulbouretrais e próstata Espermatogênese e ovogênese Espermatozoide e ovócito: células sexuais altamente especializadas , ou células germinativas Contêm metade do n. de cromossomos (23) O número de cromossomos é reduzido na meiose Este processo envolve o citoplasma e os cromossomos dos gametas e prepara os gametas para a fecundação Gametas do sexo masculino e feminino, ou células germinativas Partes do espermatozoide humano: Cabeça: composta principalmente pelo núcleo, está parcialmente coberta pelo acrossoma, organela contendo enzimas Cauda: contém 3 regiões- peça intermediária, peça principal e peça terminal Ovócito humano: Circundado pela zona pelúcida e pela corona radiata Consiste em 2 divisões celulares meióticas, nas quais o número de cromossomos nas células germinativas é reduzido à metade (23, haploide) em relação às demais células do corpo (46, diplóides) Ocorre após a fase S (duplicação cromossômica) Número de cromossomos é reduzido de diploide a haploide Cromossomos homólogos (um de cada progenitor) formam pares duplicados na prófase e se separam na anáfase, com um representante duplicado de cada par indo para cada polo Formam espermatócitos ou ovócitos secundários, haploides, de cromátides duplas Emparelhamento dos homólogos Crossing – over ou recombinação gênica Cromossomos duplicados PRÓFASE I METÁFASE I ANÁFASE I TELÓFASE I Distribuição dos pares de cromossomos progenitores (mãe e pai) no fim da primeira divisão meiótica, com células filhas haploides Espermatócito ou ovócito secundário Segue-se à primeira sem etapa S Há a segregação das cromátides duplicadas que são direcionadas para diferentes polos Com isso , o número haploide (23) de cromátides não duplicadas é mantido em cada célula filha formada por meiose Espermatócito ou ovócito secundário resultante da primeira divisão meiótica Célula haploide com cromossomo duplicado, PRÓFASE II METÁFASE II ANÁFASE II TELÓFASE II Permite a constância do número cromossômico de geração a geração pela redução do número cromossômico de diploide a haploide Permite o arranjo aleatório dos cromossomos maternos e paternos entre os gametas Relocaliza os segmentos dos cromossomos materno e paterno através do crossing over, resultando na recombinação gênica Processo pelo qual as espermatogônias (células primordiais) são transformadas em espermatozoides maduros (células germinativas) Antes da maturação, as espermatogônias permanecem quiescentes nos túbulos seminíferos dos testículos desde o período fetal até a puberdade, quando começam a aumentar em número Depois de várias divisões mitóticas, as espermatogônias crescem e gradualmente sofrem modificações que as transformam em espermatócitos primários Amanda Realce Cada espermatócito primário sofre uma divisão reducional – a primeira divisão meiótica – para formar os espermatócitos secundários haploides, com cerca de metade do tamanho dos espermatócitos primários Em seguida, os espermatócitos secundários sofrem a segunda divisão meiótica para formar 4 espermátides haploides, com cerca de metade do tamanho dos espermatócitos secundários As espermátides são transformadas em 4 espermatozoides maduros por um processo chamado espermiogênese Redução do número de cromossomos com formação de células haploides com cromossomos duplicados (Espermatócito secundário, 23X e 23Y) Espermatogônia, 46, XY Espermatócito primário, 46, XY Espermátides, 2 23X e 2 23Y ESPERMATOGÊNESE ESPERMIOGÊNESE Espermatozoides normais, 2 23X e 2 23Y O acrossoma é rico em enzimas e auxilia na penetração do espermatozoide na corona radiata e zona pelúcida do ovócito secundário Síndrome de Klinefelter, 47 XXY (trissomia dos cromossomos sexuais) GAMETOGÊNESE ANORMAL Durante essa metamorfose, o núcleo se condensa, forma-se o acrossoma e a maior parte do citoplasma é perdida O processo de espermatogênese demora cerca de 2 meses e continua por toda vida reprodutiva do homem Quando a espermiogênese é completada, os espermatozoides entram na luz dos túbulos seminíferos São transportados para o epidídimo, onde são armazenados e se tornam funcionalmente maduros Quando ejaculado, é uma célula altamente móvel, que nada livremente, formado por cabeça e cauda, unidas pelo colo Cabeça: forma a maior parte, contém o núcleo, cujos 2/3 anteriores são cobertos pelo acrossoma rico em enzimas que facilitam sua penetração na fecundação Cauda: motilidade para fecundação na ampola da tuba uterina. Partes da cauda: peça principal, intermediária (mitocôndrias) e terminal Sequência de eventos pelos quais ovogônias são transformadas em ovócitos Durante a vida fetal, as ovogônias (células primordiais) proliferam por divisão mitótica e crescem para formar os ovócitos primários Ovócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica antes do nascimento, mas permanecem em prófase até a adolescência O ovócito primário completa a primeira divisão meiótica imediatamente antes da ovulação formando o ovócito secundário Diferentemente do estágio correspondente na espermatogênese, a divisão citoplasmática é desigual O ovócito secundário recebe quase todo o citoplasma e o primeiro corpo polar recebe muito pouco, o que causa sua degeneração em seguida Na ovulação, o ovócito secundário inicia a segunda a segunda divisão meiótica, progredindo até a metáfase Se um espermatozoide penetra o ovócito secundário, a segunda divisão meiótica é completada e um segundo corpo polar também é formado O ovócito secundário liberado na ovulação é envolvido por camada de material amorfo – zona pelúcida- e camada de células foliculares – corona radiata É grande e visível a olho nu RN: 2 milhões de ovócitos Infância: regressão, com permanência de cerca de 40 mil Adolescência/ adulto: 400 maduros e expelidos na ovulação Amanda Nota Recém nascidonull Na adolescência, imediatamente antes da ovulação, completa-se a primeira divisão meiótica Primeira divisão meiótica incompleta até a prófase, na vida fetal Ovulação e início da segunda divisão meiótica, até a metáfase Na fecundação, completa-se a segunda divisão meiótica GAMETOGÊNESE ANORMAL OVÓCITO ESPERMATOZÓIDE GRANDE PEQUENO IMÓVEL ALTAMENTE MÓVEL ABUNDANTE CITOPLASMA QUANDO MADURO SEM CITOPLASMA OVÓCITO NORMAL: 23X ESPERMATOZÓIDES NORMAIS: 23, X E 23, Y ; DETERMINAÇÃO SEXUAL PRIMÁRIA Iniciam-se na puberdade São ciclos mensais, regulados pelo hipotálamo, hipófise e ovários Preparam o sistema reprodutivo para a gravidez Hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH) é secretado por células neurossecretoras no hipotálamo GnRH: estimula a liberação de 2 hormônios (gonadotrofinas) pela hipófise: FSH (hormônio folículo- estimulante) LH (hormônio luteinizante) FSH: estimula o desenvolvimento dos folículos ovarianos e a produção de estrógeno pelas células foliculares LH: atua como “disparador”da ovulação e estimula as células foliculares e o corpo lúteo a produzir progesterona Também induzem o crescimento dos folículos do endométrio FSH e LH produzem mudanças cíclicas nos ovários - desenvolvimento dos folículos, ovulação e formação do corpo lúteo – ciclo ovariano FSH promove o crescimento de vários folículos primordiais, entretanto um único folículo primário se desenvolve até se tornar maduro e romper O desenvolvimento de um folículo ovariano caracteriza-se por: Crescimento e diferenciação do ovócito primário Proliferação das células foliculares Formação da zona pelúcida Desenvolvimento de cápsula conjuntiva que envolve o folículo (teca folicular) Células foliculares Zona pelúcida Células foliculares dividem-se ativamente, produzindo camadas em torno do ovócito Em torno das células foliculares surgem espaços preenchidos por fluido, que coalescem para formar o antro, que contém fluido folicular Depois da formação do antro, o folículo ovariano é denominado folículo secundário A ovulação se segue 12 a 24 h ao pico de produção de LH O pico de LH, induzido pelo alto nível de estrogênio sanguíneo, parece causar a ruptura do estigma, expelindo o ovócito secundário com o fluido folicular Amanda Realce Amanda Realce O ovócito secundário expelido é envolvido pela zona pelúcida e por uma ou mais camadas de células foliculares, que se arranjam radialmente para formar a corona radiata Após a ovulação, o folículo ovariano sofre colapso e sob influência do LH, suas paredes se desenvolvem em estrutura glandular (corpo lúteo) que secreta progesterona e pouco estrógeno Se o ovócito é fecundado, o corpo lúteo aumenta de tamanho formando o corpo lúteo gravídico, aumentando a produção hormonal Se o ovócito não é fecundado, o corpo lúteo degenera cerca de 10 a 12 dias após a ovulação, quando é chamado de corpo lúteo da menstruação, transformando-se posteriormente em uma cicatriz ovariana Período em que o ovócito amadurece, é ovulado e entra na tuba uterina O estrógeno e progesterona produzidos pelo folículo ovariano e pelo corpo lúteo causam mudanças cíclicas no endométrio Estas mudanças mensais constituem o ciclo endometrial ou menstrual, que varia de 23 a 35 dias 1 dia do ciclo: marcado pelo início do fluxo menstrual Amanda Realce FASE MENSTRUAL 1 dia de menstruação Camada funcional da parede uterina desintegra-se e é expelida com o fluxo que dura de 4 a 5 dias Sangue misturado a fragmentos de tecido endometrial Após, o endométrio torna-se delgado FASE PROLIFERATIVA Dura em torno de 9 dias Marcada pelo início do desenvolvimento dos folículos ovarianos e controlada pelo estrogênio dos folículos Endométrio aumenta de 2 a 3 vezes; epitélio superficial prolifera e reconstrói o endométrio Glândulas aumentam em tamanho e comprimento e artérias espiraladas se alongam FASE LÚTEA OU SECRETORA Dura em torno de 13 dias Marcada pela formação, crescimento e funcionamento do corpo lúteo A progesterona produzida pelo corpo lúteo estimula o epitélio glandular a secretar material mucóide Glândulas tornam-se amplas, tortuosas e saculares Endométrio espessa-se por causa da influência da progesterona e do estrogênio do corpo lúteo Mecanismo: necrose isquêmica do endométrio com ruptura dos vasos e sangramento através da luz vaginal Menopausa: interrupção total da menstruação- dos 48 aos 55 anos MOORE, Keith; PERSAUD, T.V.N.; Embriologia básica; 7 edição; Editora Elsevier; 2008.
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