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CONCEPÇÃO SOCRATICA DA MÚSICA NA VIDA SOCIAL

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÀ – UNESA 
CURSO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
ANA CAROLINE DIAS RANGEL 
 
 
 
 
 
 
SOCRÁTES E A MÚSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI – RIO DE JANEIRO 
2016 
 
ANA CAROLINE DIAS RANGEL 
 
 
 
 
 
 
 
O PODER DA MÚSICA NA VIDA DO HOMEM 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Universidade Estácio de Sá – UNESA como requisito de avaliação para a disciplina de Filosofia. Orientador: Prof. Dr. Emir Bosnic. 
 
 
 
 
 
NITERÓI – RIO DE JANEIRO 
2016 
1. INTRODUÇÃO: A CONCEPÇÃO SOCRÁTICA DA MÚSICA 
 
A concepção socrática tentou introduzir certos modos musicais da república aos mais 
jovens, por pensar que os estilos musicais no início da formação dos jovens poderia 
enfraquecê-los, com uma personalidade frágil e de fácil domínio. Assim tanto Sócrates quanto 
Platão utilizaram os estilos musicais que contribuíam com uma formação de personalidade 
forte aos jovens cidadãos, sendo difíceis de serem controlados, achavam que os primeiros 
momentos da vida humana, deveriam somente receber uma educação para o bem e o belo, 
assim que esses valores estivessem introduzidos na personalidade do indivíduo, ele poderia 
até conhecer outros estilos musicais, ou seja, outros valores, ajudando-o assim a enfrentar 
obstáculos, o tornando um cidadão ideal, podendo tomar a melhor decisão em relação aos 
fatos da vida. 
Para Sócrates e Platão a música era um dos pilares centrais da vida de uma pessoa 
numa sociedade. Através da música poderia estimular uma sociedade a agir de diversas 
formas, modificando o comportamento e pensamento. Percebe-se assim, o grande poder que a 
arte tinha, notando fortes possibilidades de influencias no nosso comportamento, logo, na 
nossa personalidade. Foi acreditando nisso que Platão em seu conceito socrático em relação à 
música, insistiu que a arte, em especial a música, deveria fazer parte na educação dos 
cidadãos jovens da república procurando manter apenas os modos musicais que exaltavam o 
bem, mas reconhecendo duas verdades importantes sobre o poder da música. Primeiro, ela 
não só afeta nossas emoções como também forja o caráter e a alma. Segundo, a música pode 
ser mais do que entretenimento, pois também tem o poder de influenciar mudanças sociais. 
Até hoje, muitas pessoas têm a mesma preocupação de Sócrates quanto à influência da música 
e da arte na mente dos jovens. 
Sócrates explicava que o efeito de forjar a alma e formar o caráter não acontece da 
noite para o dia. Ou seja, uma música ruim no iPod não vai estragar seu caráter de imediato, é 
algo que ocorre de modo lento e sutil e tem início na infância. As pessoas educadas nos tipos 
de músicas mais adequados à sociedade ideal terão as emoções treinadas para sentir o que há 
de bom e mau nas coisas antes mesmo de serem capazes de entender como ou por quê. Elas 
vão rejeitar naturalmente o que for vergonhoso, excessivo ou covarde e contentar-se com o 
que for bom. A bondade vai se enraizar em suas almas, e elas se tornarão pessoas boas. 
 
 
 
2. JOGOS VORAZES 
 
Durante toda a história de Jogos Vorazes foi utilizada de forma subliminar em alguns 
momentos, para estimular o espírito guerreiro e de sobrevivência, tranquilizar os habitantes 
dos distritos e comemorar as suas vitórias. 
A música de quatro notas de Rue pareceria inofensiva. Ela cantava a melodia, que os 
tordos transmitiam pelo pomar de modo a indicar o fim da jornada dos trabalhadores do 
campo. Nos Jogos, porém, a música virou um ato de rebeldia. O perigo da canção de Rue não 
estava em ser uma nova forma de música e sim por ter um novo propósito. A menina ensinou 
a melodia à Katniss para que elas pudesse se comunicar. O próprio fato de contar sobre a 
música, quanto mais usá-la com ela, é um ato de rebeldia, pois a Capital trabalhava para 
manter os distritos ignorantes em relação uns aos outros. 
A música expressa às emoções da vida em suas melodias, harmonias e ritmos e é 
inevitável a percepção no trecho onde Katniss Everdeen canta uma canção de ninar durante os 
últimos momentos de vida de Rue, fazendo com que a menina recebesse a morte com 
tranquilidade, porém, ao mesmo tempo, deixando Katniss inconformada com a injustiça, e 
nesse momento tocando toda uma sociedade inteira, deixando-os revoltados e comovidos pelo 
que assistiram. 
É possível assim constatar a visão filosófica socrática durante o texto, demonstra que 
realmente a música pode influenciar o comportamento de um povo ou de um indivíduo, pois a 
música é a forma mais sublime de mobilização em massa. 
 
 
3. O PODER DA MÚSICA NA VIDA SOCIAL 
 
Na sociedade atual, a música continua exercendo o seu domínio social, seja em 
qualquer lugar que estejamos ela estará presente, podendo nos dá a paz ou a guerra. 
Concordo com Platão ao dizer que a música pode moldar um caráter e a personalidade do 
indivíduo, ela realmente tem esse poder de transformação comportamental e dois marcos 
históricos que mostra essa influencia foram nos protestos no Brasil em 2013 e 2015, datas que 
vão ficaram para a história do país. 
A canção "Vem Pra Rua" foi criada para ser campanha publicitária da FIAT para a 
Copa das Confederações FIFA de 2013 para embarcar no clima que o país começaria a viver, 
ganhou destaque ao virar “hino” dos manifestantes nos Protestos no Brasil em 2013. 
Vem vamos pra rua 
Pode vir que a festa é sua 
Que o Brasil vai tá gigante 
Grande como nunca se viu 
 
Vem vamos com a gente 
Vem torcer, bola pra frente 
Sai de casa, vem pra rua 
Pra maior arquibancada do Brasil 
 
Ooooh 
Vem pra rua 
Porque a rua é a maior arquibancada do 
Brasil 
 
Ooooh 
Vem pra rua 
Porque a rua é a maior arquibancada do 
Brasil 
 
Vem pra rua! 
Vem pra rua! 
Vem pra rua! 
Vem pra rua! 
 
(Henrique Ruiz) 
 
Os versos como “Vem pra rua / Porque a rua é a maior arquibancada do Brasil” foram 
cantadas por manifestantes nas ruas em vários atos organizados pela internet. Montagens de 
fotos e vídeos dos protestos foram usados a canção como trilha sonora. A hashtag 
“#vemprarua” foi muito utilizada para divulgar imagens e informações a respeito dos 
protestos. Na época, João Ciaco, diretor de marketing da Fiat, disse que a música não era mais 
da Fiat, e sim das pessoas pela dimensão da sua repercussão. 
As reivindicações levadas às ruas durante as manifestações contra a corrupção eram 
diversas, como a violência cometida contra os índios, contra a PEC 37 (que restringe o poder 
de investigação do Ministério Público) e também contra o aumento das tarifas do transporte 
público, aonde membros de um movimento sem partido, lutando por uma causa própria 
manifestavam sua insatisfação generalizada. 
Assim como em pleno dia 15 de março de 2015, data marcada por uma grande 
manifestação nacional e que o povo brasileiro mais uma vez foi em peso para as ruas para um 
“Chega”, em tanta coisa errada, corrupção. 
Revoltado com os problemas que o Brasil estava enfrentando, Gabriel o Pensado 
lançou a música “Chega!”. 
 
Chega! 
Que mundo é esse? 
Eu me pergunto! 
 
Chega! 
Quero sorrir, mudar de assunto! 
Falar de coisa boa 
Mas na minha alma ecoa 
Agora um grito 
E eu acredito que você vai gritar junto! 
 
(Gabriel Pensador) 
 
A data do lançamento foi escolhida para o mesmo dia que milhões de pessoas foram às 
ruas para protestar contra a atual situação do país. Na música, “O Pensador” transforma toda a 
sua indignação em rima, transbordando protesto e colocando na música as palavras que estão 
engasgadas na boca do povo. 
 “Desde que eu nasci, incluindo o período da Ditadura, o povo brasileiro sempre foi 
sacaneado, roubado, enganado, reprimido e manipulado pelos donos do poder, em todas as 
esferas, independente dos seus partidos, que enfrentam-se nas eleições e depois se entendem, 
se protegem e se unem paranos foder. Chega!”, desabafou Gabriel Pensador em sua música. 
 
4. CONCLUSÃO 
 
No século passado, testemunhamos pessoas se unirem através das músicas de protesto 
do movimento trabalhista, expressando a discordância por meio de canções contra a guerra, 
lutando pelos direitos civis, cantando e marchando ao som de canções de liberdade, abraçando 
uma expressão mais aberta da sexualidade que até ao longo dos séculos ganhou mais força e 
se perpetuou estando ainda hoje em nosso meio a vida social. 
 
 
REFERENCIAS 
GRIPP, A. Retrospectiva: Manifestações não foram pelos 20 centavos. Folha de São Pualo, 27 
Dezembro 2013. Disponivel em: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/12/1390207-
manifestacoes-nao-foram-pelos-20-centavos.shtml>. 
LORENTZ, B. Globo. g1.globo.com, 2013. Disponivel em: 
<http://g1.globo.com/musica/noticia/2013/06/criador-de-vem-pra-rua-comenta-uso-da-musica-em-
protestos.html>. Acesso em: 13 Junho 2013. 
MERCHEN, D. et al. Reivindicações levadas às ruas durante manifestações. Folha de São Paulo, 2013. 
ISSN http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/06/1298127-veja-as-reivindicacoes-levadas-as-
ruas-durante-manifestacoes.shtml. Acesso em: 20 Junho 2013. 
PENSADOR, G. O. Chega. Rio de Janeiro: [s.n.], 2015. 
PORTAL Rap Nacional. Rap Nacional, 2015. Disponivel em: <http://www.rapnacional.com.br/gabriel-
o-pensador-faz-seu-protesto-do-dia-15-de-marco-lancando-a-musica-chega/>. Acesso em: 16 Março 
2015. 
PORTUGAL, M. Revista Exame. exame.abril.com.br, 2013. Disponivel em: 
<http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/campanha-vem-pra-rua-nao-saira-do-ar-diz-fiat>. 
Acesso em: 18 Junho 2013. 
ROGENSKI, R. adNews - Movido pela Notícia. adnews.com.br, 2013. Disponivel em: 
<http://www.adnews.com.br/publicidade/vem-pra-rua-campanha-da-fiat-vira-hino-de-protesto>. 
Acesso em: 17 Junho 2013. 
SCHELLER, F. Estadão. economia.estadao.com.br, 2013. Disponivel em: 
<http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,vem-pra-rua-agora-e-dos-brasileiros-diz-
fiat,156875e >. Acesso em: 18 Junho 2013. 
VIRI, N. Valor Econômico. valor.com.br, 2015. Disponivel em: 
<http://www.valor.com.br/politica/4181538/vem-pra-rua-ve-adesao-da-periferia-protestos-contra-
dilma>. Acesso em: 16 Agosto 2015.

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