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Direito Real do promitente comprador de imóveis.docx

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Direito Real do promitente comprador de imóveis
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.
 
Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.
 
 
A promessa irretratável de compra e venda (feita sem a cláusula de arrependimento), seja por instrumento público ou particular, devidamente registrada no cartório de imóveis, gera direito real de aquisição do imóvel. É um direito real limitado, sobre coisa alheia, e só possui eficácia real após registrado: antes do registro, tem-se somente direito obrigacional. Dessa forma, se o promitente comprador levar a promessa a registro e, ao final do pagamento, descobrir que o promitente vendedor vendeu o bem a terceiro, consegue tomar o imóvel deste terceiro através de ação de adjudicação compulsória, mas se não houve o registro, o promitente comprador não tem como recuperar a coisa cabendo-lhe apenas perdas e danos. 
Vale esclarecer, entretanto, que se a promessa não foi levada a registro, mas ao final do pagamento o bem continua com o promitente vendedor, não tendo ele alienado a coisa a terceiro, caso se recuse injustamente a realizar a escritura pública e definitiva de compra e venda, pode o promitente comprador promover ação de adjudicação compulsória para tomar o bem do promitente vendedor, hipótese em que obterá uma sentença a seu favor, a qual substituirá a mencionada escritura, podendo ser levada a registro para transferir a propriedade do bem (súmula 239 STJ).

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