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ARTIGO
›› PATOLOGIAS NA PINTURA DE PAREDES
Fernando Reggiori Feres Alves
Aluno de Engenharia Civil – UTFPR
Campus Campo Mourão
ferreggiori@hotmail.com
Roger Alex Espanhol
Aluno de Engenharia Civil – UTFPR
Campus Campo Mourão
rogerarespanhol@hotmail.com
Em tempos que a concorrência no mercado está muito acirrada, aquele que apresentar a melhor forma para a execução de um trabalho, que consiga ser feito o mais rápido possível permitindo que seu produto final apresente boa qualidade, convencendo o cliente da sua qualidade no decorrer do tempo, ganhará espaço e terá uma vantagem perante aos outros, o que permitirá conseguir um maior lucro pelo seu serviço.
O serviço de pintura faz parte do acabamento da edificação, tem grande impacto no custo da obra, pois na maioria das vezes se faz necessária em uma área extensa. Sua importância se deve além de proteger, retardando o processo de envelhecimento dos materiais, pode servir como isolante térmico, no controle da iluminação, separação de ambientes e também deve trazer um melhor aspecto a construção, apresentando uma particularidade a obra. No entanto algumas patologias ligados a este serviço pode arruína-lo dando a obra um aspecto de velha, sem higienização, sem cuidados e deixando uma aparência desagradável. 
O presente texto tem por objetivo mostrar as principais patologias que atingem a pintura nas paredes, também se preocupa em apresentar os cuidados que devem ser tomados para impedir a ocorrência dessas, evitando assim que precise ser feito retrabalhos, o que encarece o valor da obra e aumenta o tempo para ser concluída, atenta-se também em como deverá ser feita a restauração das paredes que apresentarem esse tipo de patologia.
Principais patologias na pintura de paredes
Causas
A aparição de defeitos na pintura traz uma sensação de desconforto para as pessoas que ocupam o ambiente atingido, fazendo com que a pintura não atenda suas funções e desvalorize o local. Entre as principais patologias na pintura da alvenaria podem-se destacar: bolhas, mofo, enrugamento, descascamento, eflorescência e saponificação. Cada patologia possui suas principais causas e a maneira de reparar os danos causados pelas mesmas.
O aparecimento de bolhas está ligado com a perda localizada de adesão e levantamento do filme da superfície conforme mostra a figura 1 (Polito, 2006). Entre as principais causas estão: umidade na superfície, quando a parede é pintada sobre uma superfície molhada ou sobre uma tinta que ainda não secou completamente; altas temperaturas, faz com que acelere a secagem da camada superior da tinta, criando uma barreira e não dando lugar para os solventes saírem quando evaporarem; preparação ruim, quando as paredes não são propriamente limpas e lixadas, os grãos de sujeira interferem no contato com a tinta fazendo com que criem-se bolhas.
Figura 1 - Exemplo de parede com bolhas na pintura
O aparecimento de manchas escuras e que exalam fortes odores é causado por paredes com mofo. Frequentemente aparece em paredes de ambientes úmidos e que tem constante mudanças de temperatura, a falta de iluminação também contribui para a proliferação dos fungos. A figura 2 mostra uma parede que desenvolveu está patologia.Figura 2 - Parede com o desenvolvimento de mofo
O enrugamento (Figura 3), como o próprio já diz, é quando a pintura fica enrugada devido a uma grande quantidade de tinta aplicada, tanto de uma vez como com várias demãos, onde a primeira não foi propriamente seca. A parede também irá apresentar a superfície enrugada quando a secagem da tinta é feita sobre alta incidência de sol. 
Figura 3 - Parede com exemplo de enrugamento
O descascamento, como mostra a figura 4, caracteriza-se pelo destacamento da tinta da parede. Esta patologia surge da aplicação da tinta em uma superfície que não apresenta boa aderência, pode ocorrer quando é aplicada numa região empoeirada, em local onde o reboco foi mal preparado, ou também quando a tinta não é diluída corretamente.Figura 4 - Exemplo de descascamento na pintura
Eflorescências (Figura 5) são manchas esbranquiçadas que surgem nas pinturas, independentemente de sua cor, advindas da aplicação da tinta no reboco úmido ou seja, antes que tenha realizado sua cura completa (aproximadamente 28 a 30 dias), ou pela vaporização em áreas úmidas.
Figura 5 - Parede sofrendo ação da eflorescência
A saponificação normalmente ocorre em tintas com baixa resistência a alcalinidade, ou causada pelo efeito conhecido como retardamento indefinido de secagem, que leva ao aparecimento de manchas e o escorrimento de óleos.
Figura 6 - Parede sofrendo ação da saponificação
Realização de uma boa pintura
Para que o serviço de pintura seja realizado com qualidade, devem ser obedecidos alguns critérios que permitam a boa realização do trabalho.
A qualidade da tinta que será utilizada é de grande importância, deve ser analisado se o tipo de tinta se adequa ao local onde será aplicada, podendo estar sujeita a intempéries ou excessiva vaporização. Deve apresentar estabilidade, aplicabilidade, rendimento, durabilidade, lavabilidade, secagem, nivelamento, alastramento e não ser muito porosa.
A superfície onde ela será aplicada deve ser bem preparada, respeitando o tempo de cura do reboco (28 dias aproximadamente), este também deve ser bem lixado de maneira a não apresentar empoeiramento, também deve ser verificada a umidade da parede, no caso de sua presença, ela deve ser totalmente eliminada antes de prosseguir. No caso de o local apresentar mofo, deve ser feita a lavagem, utilizando-se da escovação, depois deve ser aplicado água sanitária, esperando ela agir por 30 minutos e depois é feito o enxague com água potável só então depois da secagem deve ser realizado o serviço
A condição climática também é de suma importância para a realização da pintura. Temperaturas muito baixas (abaixo de 5°C) dificultam as pinceladas e a passagem do rolo, além de aumentar o tempo de secagem, o que favorece a adesão de materiais indesejáveis a tinta. As elevadas temperaturas também apresentam problemas, pois verifica-se uma secagem muito rápida da tinta comprometendo sua durabilidade. É importante também que a área onde será feita a pintura seja bem arejada, devido ao fato de a tinta apresentar um forte cheiro que pode ser prejudicial à saúde.
Solução dos problemas causados pelas patologias
Para as paredes com bolhas deve-se primeiro eliminar a fonte de umidade, depois remove-las raspando e lixando as regiões afetadas. Após limpar o locar deve-se aplicar um selador antes de aplicar a tinta novamente.
Paredes com mofo devem ter a superfície pintada com tinta à base de água e quando o bolor surgir efetue a limpeza com alvejante.
Quando ocorrer o enrugamento deve-se remover toda a tinta e limpar a superfície com aguarrás para eliminar vestígios de removedor e depois que secar é só repintar a parede. 
Para solucionar o descascamento deve-se raspar a superfície afetada para remover as partes mal soltas, depois deve-se aplicar uma demão de fundo preparador de paredes e em seguida aplicar a tinta.
Nas paredes com eflorescência deve-se esperar a secagem e eliminar as infiltrações. Depois aplicar uma demão de fundo preparador diluído com aguarrás na proporção 2:1.
Para remover a saponificação deve-se raspar as partes afetadas, depois aplicar uma demão de fundo preparador de paredes e depois aplicar o acabamento.
REFERÊNCIAS
BREITBACH, Aécio M. Patologia de pintura na construção civil. Apresentação IBAPE-SC, 2014. Disponível em < http://ibape-sc.com.br/wp-content/uploads/1-Apresenta%C3%A7%C3%A3o-Patologia-da-Pintura-Constru%C3%A7%C3%A3o-Civil.pdf>. Acessado em: 26 abr. 2015
FREIRE, Adriana de Andrade. Patologias da pintura: saiba evitá-las. Disponível em< http://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/patologias-da-pintura-saiba-evita-las_6272_0_1> Acessado em: 26 abr. 2015.
POLITO, Giulliano. Principais Sistemas de Pinturas e suas Patologias. 2006. ApostilaUFMG
SILVA, Fernando B. da. Patologia das construções: uma especialidade na engenharia civil. Revista Techne, PINI, Ed. 174. Set. 2011. Disponível em: < http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/174/artigo285892 >. Acesso em: 26 abr. 2015.
Uemmoto K.L , Projeto, Execução e Inspeção de Pinturas, 1.º Edição 2002 CTE
VERÇOZA, Enio José. Patologia das edificações. Porto Alegre: Sagra, 1991.

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