Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Motivação Definições Uma motivação é uma condição que energiza o comportamento e o orienta. O estudo da motivação é a investigação das influências sobre a ativação, força e direção do comportamento Teoria da Vontade (Descartes) Dualismo entre mente e corpo. Corpo como agente mecânico semelhante a uma máquina Mente como entidade pensante e espiritual / A mente controlaria o corpo; o espírito governaria os desejos corporais. Vontade como um agente imaterial, espiritual e motivacionalmente ativo. A vontade inicia e direciona a ação; cabe a ela decidir se e quando agir. Críticas: A vontade é algo tão misterioso e tão difícil de explicar quanto a motivação que supostamente ela gera. Teoria dos Instintos Atribuição do comportamento aos instintos – padrões de comportamento específicos e inatos, característicos de toda uma espécie. Teoria Etológica (K. Lorenz/N.Tinbergen) Comportamento instintivo etológico: a) Específico à espécie b) Um padrão fixo de ação c) Inatamente liberado Imprinting: Uma resposta comportamental adquirida cedo na vida, irreversível e normalmente liberada por um certo estímulo ou por certa situação desencadeadora. Críticas: Os comportamentos humanos mais importantes são aprendidos; Raramente o comportamento humano é rígido, inflexível, imutável e encontrado em toda espécie, como é o caso dos instintos; Teoria do Impulso Necessidades corporais - > cria estado de atenção / estimulação -> impulso Comportamento motivado - > redução do desagradável estado tensão -> retorno da homeostase/equilíbrio. Teoria do Impulso de Freud A pulsão está na fronteira entre o psíquico e o corporal Entretanto, a fonte da pulsão é a excitação de um órgão e sua meta é o cancelamento da excitação. Força constante, Não se tem como fugir. Os órgãos do corpo possuiriam duas fontes de excitação: as necessidades, que são fisiológicas e a pulsional, A satisfação total da pulsão é impossível Saciedade temporária ocorre quando se alcança o objeto de desejo. Princípio do prazer - >Prazer imediato. (inconsciente) Princípio da realidade - >Juízo de realidade e mediar à satisfação do desejo as possibilidades do mundo real e normas sociais. Críticas: Leva a subentender que, caso estivessem satisfeitas, as pessoas passariam a maior quantidade possível de tempo descansando. Alguns motivos existem com ou sem necessidades biológicas correspondentes. Aprendizagem ocorre sem a redução do impulso. Pesquisas reconhecem a importância de fontes externas (não fisiológicas) na motivação. Teoria do Impulso de Clark Hull O impulso é uma fonte de energia agrupada e composta de todos os déficits/ distúrbios experimentados momentaneamente pelo corpo O impulso é uma função monotonicamente crescente da necessidade corporal total, e esta é uma função monotonicamente crescente do número de horas de privação. O impulso energiza o comportamento; É o hábito que direciona o comportamento. Os hábitos que guiam um comportamento provêm da aprendizagem; Aprendizagem ocorre como consequência do reforço. Se uma resposta é seguida rapidamente de uma redução no impulso, ocorre uma aprendizagem e, com isso, o hábito é reforçado. A teoria do impulso, tanto na versão freudiana quanto na versão hulliana, baseava-se em três pressupostos fundamentais: 1- O impulso emerge de necessidades corporais. 2- O redução do impulso é reforçada e produz a aprendizagem. 3- O impulso energiza o comportamento. Teoria do Incentivo Um incentivo é considerado um evento externo que possui a capacidade de energizar ou direcionar um comportamento de aproximação ou afastamento, dependendo de suas aprendizagens anteriores relacionadas aos incentivadores. Conceito de hedonismo: postula essencialmente que os organismos se aproximam dos sinais de prazer e evitam os sinais de dor. Neste sentido, a motivação primária não seria desencadeada pela redução de um impulso, mas a expectativa sobre a gratificação do objeto. Os incentivos são o alvo do comportamento motivado e são tipicamente recompensadores. Os comportamentos associados ao prazer estão entre os que promovem a sobrevivência e a reprodução do animal Os comportamentos associados à dor interferem na sobrevivência e na reprodução. A Teoria da Autorrealização e a Pirâmide das Necessidades de Abraham Maslow A Psicologia não deveria enfatizar os pontos negativos do paciente; Toda pessoa nasce com uma tendência à autorrealização, ou seja, ao desenvolvimento pleno de suas habilidades e potencial; As necessidades inferiores(necessidades primárias) têm de ser pelo menos parcialmente satisfeitas antes que o individuo deseja alcançar as necessidades superiores (necessidades secundárias),uma nível por vez/satisfação. Críticas: Descrever várias necessidades humanas e, inclusive, a autorrealização vinculada à felicidade, é difícil verificar no cotidiano das pessoas o movimento proposto pela teoria. dificuldade de definir o que é autorrealização, visto que para cada pessoa será algo diferente. Mais útil no nível descritivo do que no nível empírico. Teoria da excitação Aspectos do ambiente afetam a maneira de o cérebro ser excitado. As variações no nível de excitação apresentam uma relação curvilínea com o comportamento. Ambientes não-estimulantes geram baixos níveis de excitação e emoção, tais como o tédio; Ambientes um pouco mais estimulante geram níveis ótimos de excitação e emoção; Ambientes extremamente estimulantes geram excitações e emoções como o medo. Necessidades fisiológicas Necessidade - É uma condição qualquer que ocorre na pessoa e que é essencial ou necessária à sua vida, ao seu crescimento e o seu bem-estar. Motivação desencadeada por déficit ->Emoções geradas: dor, estresse, ansiedade, alívio Motivação desencadeada por vontade de crescimento - >Emoções geradas: interesse, diversão e vitalidade As necessidades fisiológicas envolvem sistemas biológicos, tais como os circuitos neurais cerebrais, os hormônios e os órgãos do corpo. O organismo possui diversos guias de autorregulação que monitoram o corpo para saber quando ativar e desativar um comportamento a partir da saciedade na necessidade. Impulso Psicológico:O impulso é um termo psicológico, e não biológico. Trata-se da manifestação consciente de uma necessidade biológica subjacente e inconsciente. Homeostase : refere-se à tendência/capacidade do organismo de manter um estado estável/ de equilíbrio. “Feedback Negativo”:Refere-se ao sistema de brecagem fisiológica da homeostase. “Inputs” Múltiplos/ “Outputs” Múltiplos :O impulso apresenta diversos inputs (meios de ativação) e outputs (saídas/respostas comportamentais). Mecanismos intra-organísmicos :incluem todos os sistemas reguladores biológicos da pessoa que atuam em comum acordo para ativar, manter e cessar as necessidades fisiológicas subjacentes ao impulso. As estruturas cerebrais, o sistema endócrino e os órgão do corpo constituem as três principais categorias de mecanismos intra-organímicos. Mecanismos extra-organísmicos :Os mecanismos extra-organísmicos incluem todas as influências ambientais que atuam na ativação, na manutenção e na cessação do impulso psicológico. As principais categorias de mecanismos extra-organímicos são as influências cognitivas, ambientais, sociais e culturais. FOME:A regulação da fome envolve tanto processos diários a curto prazo que operam sob a regulação homeostática quanto processos a longo prazo que operam obedecendo à regulação metabólica e às condições de armazenamento de energia;A fome e o ato de comer são também afetados, e de maneira substancial, por influências cognitivas, sociaise ambientais Modelos de explicação da fome: 1) Modelo de curto prazo: no qual a energia imediatamente disponível (glicose no sangue) está sendo constantemente monitorada. Hipótese glicostática 2) Modelo de longo prazo: no qual a energia armazenada (grande quantidade de gordura) está disponível e é utilizada como um recurso para suplementar a regulação da energia monitorada pelo nível de glicose. Modelo lipostático, 1) Modelo de curto prazo:Hipótese Glicostático:Quando o nível de glicose cai, as pessoas sentem fome e querem comer. As células necessitam de glicose para produzir energia, de maneira que, depois de utilizá-la para executar suas funções, experimentam um aumento de necessidade fisiológica por mais glicose.O órgão do corpo que monitora o nível de glicose no sangue é o fígado, e quando o nível de glicose está baixo, o fígado envia um sinal excitatório para o hipotálamo lateral (HL), que é o centro no cérebro responsável pela geração da experiência psicológica da fome. 1) Modelo de curto prazo:A estimulação do HL é importante porque leva os animais a comer em excesso e, caso a estimulação seja contínua, leva-os à obesidade.A estrutura do cérebro envolvida no término da refeição é o hipotálamo ventromedial (HVM). Quando estimulado, o HVM atua como o centro de saciedade do cérebro, ou seja, o HVM é o sistema de feedback negativo do apetite de curto prazo. Influências Ambientais (extra-organísmica):As influências ambientais que afetam o comportamento de comer .Comer é, com frequência, uma ocasião social. Outra influência ambiental sobre o comportamento alimentar é a pressão situacional para comer ou fazer dieta. Obesidade:Constitui-se no desvio mais comum da regulagem homeostática da alimentação.Considerada como um problema complexo que envolve fatores: genéticos, nutricionais, metabólicos, psicológicos e sociológicos.Fatores genéticos - geneticamente predispostas a metabolizar nutrientes em gorduraFatores psicológicos - pode- se entender o ato de comer como um modo de ativação do circuito de recompensa do cérebro, devido ao prazer decorrente do ato ou alívio da ansiedade.Fatores sociológicos - obesidade como status. Anorexia nervosa:A anorexia pode ser definida como um transtorno alimentar onde as pessoas recusam-se a comer por possuírem uma imagem corporal distorcida de si mesma e uma percepção irreal de seu comportamento. Bulimia:A bulimia é outro transtorno alimentar caracterizado pela ideia excessiva de fazer dieta, realizar farras alimentares e purgar os alimentos. Esta purgação pode ser através de vômitos ou laxantes. O SEXO:Sofre influências da biologia através dos hormônios sexuais, mas não é determinada por estes.A cultura também influencia a expressão do desejo sexual. O comportamento é fortemente determinado pela cultura. Necessidades Psicológicas As necessidades psicológicas possuem a qualidade de promover a motivação para o crescimento e o desenvolvimento pleno das pessoas. Necessidades fisiológicas -> que geram emoções negativas causadas pelos déficits orgânicos X as necessidades psicológicas ->interesse, satisfação e prazer se são acolhidas em ambientes apoiadores onde é possível satisfazê-las. As satisfações das necessidades psicológicas alimentam a motivação intrínseca e a capacidade de automotivação, tornando as pessoas mais flexíveis e com melhores possibilidades de superar adversidade e se adaptar. Autonomia: Ocorre quando nossos interesses, nossas preferências e nossas vontades guiam nosso processo de tomada de decisões sobre participarmos ou não de uma atividade em particular. Autonomia (autodeterminação) é a necessidade de experimentar uma escolha na iniciação e na regulação do comportamento, o que reflete o desejo de fazer suas próprias escolhas, em vez de deixar que os eventos ambientais determinem as ações que se deve tomar.Três qualidades experienciais operam juntas para definir a experiência subjetiva da autonomia: Lócus de causalidade percebido (LCP) - refere-se à compreensão que o indivíduo tem da fonte causal de suas ações motivadas. Volição - Vontade que o indivíduo tem de se engajar em uma certa atividade, porém sem ser pressionado a fazê- lo. Escolha percebida -A escolha percebida refere-se à percepção sobre o sentido de escolha e a flexibilidade na tomada de decisão versus a obrigação no direcionamento de um determinado curso de ação em ambientes coercitivos. Apoiando a autonomia:Alguns ambientes apoiam e satisfazem nossas necessidades de autonomia, ao passo que outros ignoram e frustram essas necessidades. Estilo motivacional:Como as pessoas tentam motivar as outras. Estilo motivacional controlador:Motivadores extrínsecos e uma linguagem coerciva, com o objetivo de fazer as pessoas se enquadrarem no que o individuo deseja. Estilo motivacional apoiador da autonomia :A motivação se dá através da identificação e do apoio aos interesses, às preferências e à autorregulação autônoma dos indivíduos. Promovendo recursos motivacionais internos:Estilos motivacionais apoiadores incentivam as pessoas promovendo seus recursos motivacionais internos. Motivando pessoas:Às vezes, as pessoas que tentamos motivar encontram-se despreparadas, ou podem apresentar um mau desempenho ou podem se comportar de maneira inadequada o Apoiador - tratam o despreparo e o comportamento inadequado como problemas que precisam ser resolvidos, e não como alvo de críticas. Procuram utilizar uma linguagem informal.Escutar com atenção, compartilhar materiais didáticos, criar oportunidades para os outros falarem e trabalharem à própria maneira o Controlador:linguagem coercitiva, rígido, que procura falar sério, e que procura dizer o que o outro deve fazer. Estilo apoiador da autonomia:Estilo apoiador da autonomia tem resultados mais favoráveis no engajamento das atividades.Maior competência percebida,Maior autoestima,Maior compromisso Competência:envolve o desejo de melhorar cada vez mais as habilidades e potencialidades num determinado assunto.É uma necessidade psicológica que faz com que forneça uma fonte inerente de motivação, capaz de fazer as pessoas buscarem algo e se esforçarem para alcançar o que for necessário para dominar desafios em nível ótimo. Tolerância ao fracasso:Quando o ambiente tolera o fracasso, há um incentivo maior para buscar tentar dominar os desafios.O fracasso produz oportunidades de aprendizagem porque tem seus próprios aspectos construtivos. Motivação Intrínseca e Extrínseca Motivação Intrínseca:Refere-se à propensão interna da pessoa, – Vinculada às necessidades psicológicas de autonomia e competência. – Quando as necessidades psicológicas são satisfeitas, geram sensação de bem-estar e alimentam a Motivação Extrínseca: Surgem de alguma conseqüência proveniente do meio e distinta da atividade em si. – Incentivo externo com o objetivo de viabilizar um determinado comportamento; Motivação intrínseca ≠ Motivação extrínseca:Diferença na fonte que energiza e direciona o comportamento. – Motivação intrínseca: surge das necessidades psicológicas e da satisfação espontânea que a atividade oferece; – Motivação extrínseca: surge dos incentivos e das consequências do comportamento. Emoção Componente Fisiológico da Emoção :O Sistema Nervoso Autônomo esta envolvido nas respostas emocionais. Sistema Nervoso Parassimpático – assume o controle e restitui o organismo a seu estado normal. Sistema Nervoso Simpático – prepara o corpo para as situações de emergência. É a parte do sistema nervoso responsável pelo fornecimento de energia para o organismo. E responsável pelas seguintes mudanças: Aceleração da respiração e da frequência cardíaca; Tremores;Transpiração excessiva;Secura na boca e na garganta;Desconforto estomacal, etc. Teoria James-Lange:Os estímulos do ambiente provocamalterações físicas em nossos corpos e as emoções se originam dessas mudanças fisiológicas. Estímulo → Reação corporal → emoção. Críticas: As reações corporais que James se referia eram, na verdade, parte da resposta mobilizadora de luta-ou-fuga, que não variava de uma emoção para a seguinte. Esses críticos também argumentavam que a experiência emocional era mais rápida que a reações fisiológicas. A teoria de James-Lange sobre as emoções é fortemente criticada pelo fisiologista norte-americano Walter Cannon especialmente porque Cannon julgava que as reações do corpo não eram suficientemente distintas para evocar emoções diferentes. Críticos sustentavam que o papel da ativação fisiológica era aumentar a emoção e não causá-la. Teoria Cannon-Bard (Teoria do incitamento inespecífico) A teoria afirma que nós processamos mentalmente as emoções e, ao mesmo tempo, respondemos fisicamente. A resposta ao estímulo e o processamento da emoção ocorrem ao mesmo tempo, porém de maneira independente. Cannon julgava que as reações do corpo não eram suficientemente distintas para evocar emoções diferentes. Teorias cognitivas da emoção Os psicólogos cognitivos argumentam que nossa experiência emocional depende da percepção que temos de uma situação Somente quando percebemos que estamos em perigo sentimos tais alterações corporais sob a forma do medo. A atividade cognitiva é um pré-requisito necessário para que haja emoção. Lazarus argumenta que a avaliação cognitiva que o indivíduo faz do significado de um evento cria condições da experiência emocional. Críticas: Alguns críticos rejeitam a ideia de que os sentimentos sempre se originam das cognições. Temos a capacidade de reagir instantaneamente a situações sem gastar tempo para interpretá-las e avaliá-las. Comunicando as emoções Dentre as formas de comunicar as emoções, fazemos isto por meio do timbre de voz, da expressão facial, da linguagem corporal, do espaço pessoal e de atos explícitos. Assim como ocorre nos relatos verbais, as pessoas às vezes dizem de maneira não-verbal coisas que não tinham a intenção de dizer (crises de risos em momentos inadequados). Emoções Universais Elkman e colaboradores concluíram que pelo menos seis emoções são acompanhadas de expressões faciais universais:Felicidade,Tristeza,Raiva,Surpresa,Medo,Repulsa,Emoção. Apesar das grandes influências culturais há uma universalidade na expressão facial das emoções básicas. O comportamento facial é culturalmente universal. O comportamento facial relacionado com as emoções tem um componente inato. Emoção e Humor Emoção - é considerada um estado mental de prontidão que surge das avaliações cognitivas de situações ou pensamentos. Emoção tem um tom fenomenológico, é acompanhada por processos fisiológicos e, freqüentemente, é expressada através de reações físicas. Humor - O estado de humor como sendo mais duradouro e menos intenso que as emoções. As emoções são causadas por um objeto (têm um referencial)X estado de humor é difuso. Medo Reação emocional que surge a partir da interpretação da pessoa de que a situação que ela enfrenta é perigosa e uma ameaça ao seu próprio bem-estar. Motivo básico de sobrevivência objetiva a preservação da integridade física do sujeito. Está relacionado a:Antecipação de dano físico ou psicológico;Vulnerabilidade a perigos ou expectativa de que a capacidade de lidar com problemas não seja suficiente.Vulnerabilidade percebida de a pessoa ser vencida por uma ameaça ou perigo. O medo motiva a defesa. A manifestação de proteção se manifesta pela evitação ou afastamento do objeto. Fobia Específica Presença de medo excessivo de algum objeto, animal ou situação que é possível se identificar claramente. Fobia Social Medo acentuado ou persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho. Este medo interfere na vida social. Pode levar ao isolamento e a dificuldade de interação social. Medo e Fobia O medo fóbico é um medo desproporcional ao seu objeto, enquanto o medo como motivo básico de sobrevivência objetiva a preservação da integridade física do sujeito.
Compartilhar