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' "L. 'ít.4 ‘., • Coordenação geral: André Oliveira de Guadalupe. Supervisão editorial: Sandra Castro. Projeto gráfico: Kleber de Souza Portela e Marco Aurélio de Moraes. Coordenação de arte: Antonio José Domingues da Silva, Kleber de Souza Portela. Diagramação: Equipe de arte da Editora Poliedro. Ilustrações: Equipes de ilustração e de arte da Editora Poliedro. Iconografia: Equipes de iconografia e de arte da Editora Poliedro. Edição técnica: Flávia Valério Esteves dos Reis. Coordenação de edição: Adriana Soares de Souza. Edição de texto: Flávia Valério Esteves dos Reis, Juliana de Cássia Amorim Guedes, Michele da Silva Mata, Vivian Plascak Jorge. Coordenação de revisão: Bruna Salles. Revisão: Equipe de revisão da Editora Poliedro. Capa: Fernando Augusto Pereta. Impressão e acabamento: Prol. A Editora Poliedro pesquisou junto às fontes apropriadas a existência de eventuais detentores dos direitos de todos os textos e de todas as obras de artes plásticas presentes nesta obra, sendo que sobre alguns nenhuma referência foi encontrada. Em caso de omissão, involuntária, de quaisquer créditos faltantes, estes serão incluídos nas futuras edições, estando, ainda, reservados os direitos referidos nos arts. 28 e 29 da lei 9.610/98. Frente 1 11 - Recursos o rgân icos ........................................................................................................................................................ 6 Introdução..................................................................................7 Petróleo...................................................................................... 8 Combustíveis alternativos........................................................9 Revisando.................................................................................11 Exercícios propostos..............................................................11 Texto complementar............................................................... 13 Exercícios complementares....................................................15 1 2 - P o lím eros.................................................................................................................................................................... 19 Introdução................................................................................. 20 Revisando................................................................................. 29 Classificação dos polímeros...................................................20 Exercícios propostos................................................................30 Polímeros de adição................................................................20 Textos complementares..........................................................36 Polímeros de condensação.................................................... 25 Exercícios complementares.................................................... 41 1 3 - B io q u ím ica ..................................................................................................................................................................47 livrodução................................................................................ 48 Aininoócidos............................................................................48 Peptídeos e proteínas.............................................................51 Carboidratos............................................................................54 Lipídeos....................................................................................58 Revisando.................................................................................61 Exercícios propostos............................................................... 61 Texto complementar............................................................... 68 Exercícios complementares....................................................73 Frente 2 9 - R ad ioa tiv idade ............................................................. Breve histórico e definição de radioatividade....................81 Emissões a, P, y e outras....................................................... 82 Reações nucleares........................................................... 83 Revisando.................................................................................89 Exercícios propostos............ Textos complementares...... Exercícios complementares. ..8 0 ..93 102 105 10 - Reações ino rgân ica s ............................................... O que motiva a ocorrência de uma reação química? ... 113 Reações de síntese, adição ou formação........................ 113 Reações de análise ou decomposição............................. 114 Reações de simples troca ou deslocamento....................114 Reações de dupla-troca......................................................117 Revisando............................. Exercícios propostos............ Textos complementares...... Exercícios complementares. 112 .119 . 120 . 128 . 132 Frente 3 7 - E letroquím ica .......................146 ... 147 Exercícios propostos................................... ....................... 156 ... 149 Texto complementar................................... ....................... 163 ... 151 Exercícios complementares....................... ....................... 164 ... 154 G a b a rito .................................................................................................................................................................................1 71 m CAPÍTULO 11 FRENTE 1 J l i« i í?ecüfsos orgânicos í- •. z-^ -. •: • :■./ .V Í ’' f e Ü A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os estados do Espírito Santo e de Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nessa área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo. Plataforma P-51, que extrai petróleo do campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos. • Recursos orgânicos Introdufâo Recursos naturais são elementos que existem em sua for ma natural sem interferência do homem. Muitos dos recursos naturais são essenciais para a sobrevivência do ser humano, enquanto outros são utilizados para o desenvolvimento e bem- -estar da sociedade em geral. Os recursos naturais podem ser classificados de muitas for mas diferentes. As principais classificações são em relação à origem e à renovabilidade. Quanto à origem, podem ser classificados como: • Bióticos - são recursos obtidos da biosfera, tais como os produtos de origem vegetal e animal. • Abióticos - recursos obtidos do reino inanimado, tais como terra, água, ar e minérios. Quanto à renovabilidade: • Renováveis - são aqueles que podem se renovar ou ser recuperados, eom ou sem interferência humana, como as florestas, a luz solar, o vento e a água. • Não renováveis - incluem substâncias que não podem ser recuperadas em um curto período de tempo, como, por exemplo, petróleo e minérios em geral. Recursos orgânicos são recursos naturais bióticos ou abió ticos, renováveis ou não renováveis, fonte de compostos orgâ nicos. A principal aplicação dos recursos orgânicos extraídos pelo homem tem sido como fonte de energia. No entanto, exis tem muitas outras aplicações na indústria química que depen dem exclusivamente desses recursos. Os principais recursos orgânicos são o carvão, o petróleo e o gás natural. Carvão o carvão mineral é um combustível fóssil natural extraído pelo processo de mineração. E encontrado em grandes profun didades ou perto da superfície. Fig. 1 Amostra de carvão. O carvão foi formado por carbonizaçãodos restos de ve getação pré-histórica que se acumularam em pântanos sob uma lâmina de água há milhões de anos. Com o passar do tempo, es ses depósitos foram cobertos por argilas e areias, ocorrendo um soterramento gradual, o qual provocou aumento de temperatura e pressão sobre a matéria orgânica depositada. Nesse processo, o oxigênio e grande parte do hidrogênio foram removidos e o aumento da concentração do carbono transformou o depósito em uma massa negra homogênea. capítulo 11 Dos diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se que o carvão mi neral é o mais abundante. A combustão direta do carvão ocasionou a produção de vapor, fator determinante que impulsionou a humanidade em direção à industrialização. Em meados de 1700, surgiram as máquinas a vapor ali mentadas por carvão. Posteriormente, foram aperfeiçoadas e construídas comercialmente por Watt, no período de 1774 a 1800 na Inglaterra. A modernização da máquina a vapor deu-se pela instalação de um condensador de vapor separado do cilin dro, diminuindo as perdas de energia da máquina e aumentando muito sua eficiência. A máquina a vapor de Watt foi determi nante no sucesso da Revolução Industrial. Atualmente, o principal uso da combustão direta do carvão é na geração de eletricidade, em usinas tennoelétricas. De acordo com a maior ou menor intensidade da carboni zação, o carvão mineral pode ser classificado como turfa, li- nhito, carvão betuminoso e sub-betuminoso (ambos designados como hulha) ou antracito. Milhões de anos - celulose: - 50% de carbono - turfa: ~ 60% de carbono - linhito: -70% de carbono - hulha: 80 a 85% de carbono - antracito: - 90% de carbono FIg. 2 Intensidade da carbonização. Quanto maior o teor de carbono, maior também é o poder energético. Para combustão em caldeira, é preferível o carvão com pequeno teor de cinza e quantidades moderadas de matéria volátil, condições que proporcionara bom rendimento térmico. Pírólíse da hulha A pirólise (destilação seca) da hulha é feita sob aquecimen to, a temperaturas próximas de 1000 “C com remoção contínua da fase gasosa por meio de bombas de vácuo e quebra de molé culas maiores em moléculas menores. Nesse processo, são obtidas quatro frações: uma gasosa, duas líquidas e uma sólida. • Fração gasosa: gás de rua. ou gás de iluminação, pois já serviu para iluminar as ruas. Hoje é utilizado principal mente na indústria e, em algumas cidades, é usado como combustível doméstico. Composição química: (50%); CH ^ (30%); outros gases (CjHg, CO, NH,, N,). • Fração líquida clara (águas amoniacaís): predomina NHj (amônia ou gás amoníaco). É empregada na prepara ção de fertilizantes (adubos) e ácido nítrico. • Fração líquida escura (alcatrão da hulha): mais densa que a fração líquida clara. A composição química do al catrão da hulha é de hidrocarbonetos aromáticos, fenóis e aminas aromáticas. • Fração sólida (coque): é a que possui maior teor de carbo no. Tipo de carvão poroso que atua como agente redutor m produção do ferro na indústria siderúrgica e na produção df gasolina sintética. ~ibser'." Nas paredes da retorta, tica um depósito de carvõo utilizado na fabricação de eletrodos e grafite, denominado "carvão de retorta". O alcatrão da hulha passa por um processo de destilação, do qual se obtêm quatro frações; - óleo leve (benzeno, tolueno, piridina); - óleo médio (fenol, naftaleno, xilenos); - óleo pesado (naftóis, fenóis); - óleo verde (antraceno, fenantreno). Petróleo o petróleo (do latim petwleum, petrus = pedra e oleum = óleo) é um liquido inflamável, de cor escura e viscoso, que consiste em uma complexa mistura de hidrocarbonetos de peso molecular variado. Outros compostos orgânicos e inorgâ nicos também são constituintes do petróleo, mas em pequenas quantidades e concentrações variáveis. m Fig. 3 Amostra de petróleo. Apesar de algumas teorias do século XIX defenderem a origem inorgânica do petróleo, sabe-se hoje que o petróleo teve origem na biomassa marinha depositada no leito dos oceanos através de eras geológicas. A formação do petróleo ocorreu por meio de uma série de reações endotérmicas sob altas pressões e temperaturas nesses depósitos orgânicos. Por essa razão, o petróleo pode ser encon- rado tanto em terra quanto no mar, mas principalmente nas tacias sedimentares associadas a grandes estruturas que comu- licam a erosta ao manto terrestre (“armadilhas geológieas”). [omposifão química Nos poços de petróleo são encontrados invariavelmente ;ás natural, petróleo e água salgada. O gás natural é constituído principalmente por gás metano CH^), que, dependendo das condições de temperatura e pres- ão do reservatório, encontra-se mais ou menos dissolvido na ase líquida. A proporção de hidrocarbonetos na fase líquida é bastante ariável nos diferentes tipos de petróleo. Quatro tipos de hidrocarbonetos com porcentagem variada ío sempre encontrados nos diferentes tipos de petróleo. H\ütocatbone\os Parafínicos (alcanos) ^ 15 a 60% Naftênicos (ciclanos) 30 a 60% Aromáticos 3 a 30% Asfálticos restante Tab. 1 Composição em massa de hidrocarbonetos no petróleo. Tipos de petróleo; • Petróleo parafínico; quando existe predominância de al- canos. Esse tipo de petróleo produz; - gasolina de baixo índice de octanagem; - querosene de alta qualidade; - óleo diesel com boas características de combustão; - óleos lubrificantes de alto índice de viscosidade, eleva da estabilidade química e alto ponto de fluidez; - resíduos de refinação com elevada porcentagem de pa rafina. • Petróleo naftênico; quando existe predominância de cicla- nos. Esse tipo de petróleo produz; - gasolina de alto índice de octanagem; - óleos lubrificantes de baixo resíduo de carbono; - resíduos asfálticos na refinação. • Aromáticos; quando existe predominância de hidrocarbo netos aromáticos. Esse tipo de petróleo produz; - solventes de excelente qualidade; - gasolina de alto índice de octanagem; - resíduos asfálticos na refinação. O petróleo é usado principalmente na produção dos combus tíveis líquidos; óleo diesel e gasolina, ambos fontes primárias de energia. Aproximadamente 84% do volume de hidrocarbonetos presentes no petróleo é destinado a combustíveis líquidos. Refino do petróleo o refino do petróleo consiste basicamente no fracionamen- to da mistura em outras mais simples. O petróleo é aquecido a temperaturas próximas de 400 “C e introduzido em torres de fracionamento. A temperatura da torre de fracionamento vai diminuindo no sentido ascendente e, con sequentemente, o vapor vai condensando e sendo separado por diferença de temperatura. Carbonos ^ ------3ásrT) J g fiS © gasóleo pesado ^ resíduos Caldeira (sistema superaquecído) Coluna de destilação Fig. 4 Coluna de destilação. CAPÍTULO 11 * Recursos orgânicos Na unidade de craqueamento, moléculas maiores de hidro- carbonetos sofrem processo de pirólise através do aquecimento a altas temperaturas e pressões, na presença de catalisadores adequados. Nesse processo, são obtidas moléculas menores de alcanos, alcenos e alcadienos. Dessa forma, aumenta-se o rendimento de gasolina e origi- nam-se importantes matérias-primas para a indústria petroquí mica, principalmente na fabricação de polímeros. Gosolina e octanagem Diferente dos motores movidos a óleo diesel, que ope ram através da ignição sob compressão, os motores a gasolina trabalham segundo o ciclo Otto, ou seja, necessitam de uma centelha para que a mistura ar e vapor de gasolina iniciem a combustão (explosão). Atualmente, quase a totalidade dos motores movidos a ga solina são motores quatro-tempos. A ilustração a seguir mostra os quatro tempos em um dos pistões de ummotor. Admissão Compressão Explosão Exaustão Para o bom funcionamento de um motor quatro-tempos, é fundamental que a explosão da mistura ocorra apenas quando a vela de ignição liberar uma faísca. Caso a gasolina utilizada seja de baixa qualidade ou o mo tor estiver acima da temperatura ideal de funcionamento, pode ocorrer explosão prematura da mistura vapor da gasolina e ar na fase de compressão. Nessas condições, dizemos que o motor está “batendo pino”, pois toma-se audível o mau funcionamento. Para determinar a qualidade de uma gasolina, é comum comparar sua resistência à compressão em relação a uma mis tura de isooctano (2,2,4-trimetilpentano) e heptano. Quanto mais ramificada a cadeia carbônica, mais ela resiste à compressão sem entrar em ignição. Dessa forma, quanto maior a porcentagem de isooctano nessa mistura, maior a resistência à compressão. Esse índice comparativo é denominado índice de octanagem. Uma gasolina de oetanagem 80 suporta a mesma compres são que uma gasolina formada por 80% de isooctano e 20% de heptano. Motores de alto desempenho normalmente trabalham com taxas de compressão mais altas do que as de motores comuns; dessa forma, esses motores exigem gasolinas com índices de octanagem mais altos também. E possível melhorar o índice de octanagem de uma gaso lina adicionando-se aditivos antidetonantes, tais como tetrae- tilchumbo (uso proibido), éter metílico e t-butílico e o etanol, sendo este último o aditivo utilizado no Brasil. Gás natural o gás natural é encontrado associado ou não a jazidas de petróleo. Muitas vezes, é comercialmente viável apenas a ex ploração do gás. A composição química do gás natural é basicamente gás metano (até 92%) e gás etano (até 9%). Há muito tempo, utiliza-se o gás natural como combustível industrial. Nos últimos anos, tem aumentado muito o uso de gás natural (GNV) em veículos, pois este é mais barato que álcool ou gasolina e menos poluente. / ^ T E N Ç Ã O ! Gases combustíveis; Deve-se tomar cuidado para não se confundir os diversos tipos de gases combustíveis. Gás de rua: derivado da pirólise da hulha (carvão). Composição: H2 e CH^. Gás de cozinha (GLP):derivado da destilação fracionada do petróleo. Composição: C^H 10 ® ^3*^8- Gás natural (GNV): Jazidas de gás natural associadas ou não a petróleo. Composição: CH^ e CjH^. Combustíveis alternativos Todos os combustíveis citados até aqui são de origem fós sil e não renováveis. A queima desses combustiveis lança quan tidades enormes de gás carbônico (COj) na atmosfera. F\g. 5 Esc(uema de motot c\ua\to-\empos. TH UIliA Esse gás é indicado como principal responsável pelo efeito estufa. Embora existam alguns dados contraditórios, o aqueci mento do planeta tem sido observado e associado ao incremen to da concentração de CO, na atmosfera. Atualmente, existem campanhas intensas incentivando a busca de combustíveis alternativos que sejam renováveis e não aumentem a concentração de CO, na atmosfera. Etanol Dentre uma série de pesquisas e busca de combustíveis que sejam renováveis e menos poluentes, o etanol tem sido o com bustível de maior destaque. A principal fonte de etanol no mundo tem sido a fermenta ção de carboidratos. O Brasil detém a tecnologia mais avançada e mais eficiente na obtenção do etanol a partir da fermentação da sacarose da cana-de-açúcar. O esquema a seguir ilustra a sequência de reações para ob tenção do etanol: C12H22O1 Sacarose + H ,0 - Invcrtasc Glicose C6H,2 0 , Glicose ou frutose Fermentação ^ 2CH3CH2OH Etanol Frutose 2CO, O etanol é separado da mistura fermentada por destilação, na forma de uma mistura azeotrópica com água (etanol 96% e água 4% em volume). O líquido substitui a gasolina como com bustível nos automóveis e “queima” segundo a equação a seguir: CH.CHjOH 3O2 Etanol 2CO2 + 3H ,0 Apesar de a combustão do etanol em motores de automó vel também liberar CO, na atmosfera, não se considera que houve aumento na quantidade desse gás, pois, para sintetizar a sacarose através da fotossíntese, as plantas absorvem CO, da atmosfera. Biodiesel e Hbio Na mesma linha de combustíveis renováveis como o etanol, 0 biodiesel e o Hbio apresentam a vantagem de não aumentar a quantidade de COj na atmosfera quando sofrem combustão. Esses dois combustíveis são obtidos a partir de óleos vege tais que, por sua vez, foram sintetizados por plantas através da fotossíntese e da absorção de COj atmosférico. A formação do biodiesel envolve a reação de óleos vege tais (triglicerídeos) com alcoóis de cadeias pequenas como 0 metanol e o etanol. Oleo vegetal + 3 CH3CH2OH Etanol Í h- -OH T2“ oh Gllcerol Desde 2008, o óleo diesel vendido nos postos de abasteci mento possui 2% de biodiesel misturado. O método de produção do Hbio foi patenteado pela Petrobras. No caso do Hbio, o óleo vegetal é misturado diretamente no óleo diesel em uma proporção de até 10%. A mistura é então submetida a um processo de hidrogenação catalítica que remo ve os oxigênios das cadeias de triglicerídeos (hidrodesoxige- nação). Nesse processo, ocorre também a remoção do enxofre presente no óleo diesel. Óleo vegetal 1 2 H2 Catalisador Octadecano + CH3CH2CH3 6H2O Propano A porcentagem de Hbio no óleo diesel disponível nos pos tos de abastecimento deve chegar a 5% até 2013. CAPÍTULO I I * Recursos orgânicos V ^ ^ Complete corretamente as frases a seguir. Revisando o foi formado por meio da carbonização de restos de vegetação pré-histórica e pode ser classificado, quanto ao teor de carbono, e m ___________ , ___________ , ___________ e ____________ . A hulha é um tipo de mineral com teor de carbono entre 80 e 85%. A pirólise da hulha fornece quatro fra ções: ___________ , ____________, ___________ e ____________ . O petróleo é um líquido inflamável de cor escura que consiste em uma complexa mistura d e _________ . O refino do petróleo consiste em um processo de ___________________ . As frações obtidas por esse proces so sao e resíduos. A medida de resistência à compressão da gasolina é de nominada d e ___________ . Exercícios propostos Petróleo B B Mackenzie Líquido escuro formado por imenso número de compostos, encontrado na crosta terrestre, em geral sobre depósitos subterrâneos de água salgada, o que sugere a sua origem marinha. Trata-se de: calcário, petróleo, gasolina, xisto betuminoso, álcool. UFSM O petróleo é fundamental ao conforto da nossa so ciedade de consumo. Entretanto, em bombásticas notícias sobre derramamentos em mares e oceanos, torna-se vilão terrível. O petróleo bruto não é miscível com a água, pois seus constituintes: são formados principalmente por átomos de carbono e hi drogênio em moléculas apoiares. possuem muitos grupos funcionais capazes de formar liga ções de hidrogênio com a água. formam substâncias iônicas contendo átomos de C, O e H. possuem muitos grupos funcionais hidrofílicos. são formados por átomos de carbono, hidrogênio e nitrogê nio com muitas ligações peptídicas. Contendo mais de uma centena de compostos, o petró leo é uma mistura natural. Esses compostos são separados em grupos (por exemplo: gasolina, querosene, óleos etc.). Qual é o processo mais indicado para obtenção desses grupos? D UEL Dentre as frações de destilação do petróleo repre sentadas a seguir, as que têm maior número de átomos de car bono por moléculas são: o asfalto e o piche, a gasolina e o querosene, a natta e os ó\eos minerais, a gasolina e o gás liquefeito do petróleo. 0 óleo diesel e o querosene. UEL A gasolina é uma mistura na qual predominam: hidrocarbonetos. éteres, alcoóis. cetonas. haletos orgânicos. B B Puccamp “Gás natural, gás liquefeito, gasolina e querose ne são algumas das fraçõesresultantes da ...I... do petróleo. Pelo craqueamento de frações pesadas do petróleo obtém-se etileno utilizado em reações de ...II... para a obtenção de plásticos.” Completa-se corretamente a proposição quando I e II são substituídos, respectivamente, por: decantação e polimerização, filtração e combustão, destilação fracionada e polimerização. destilação fracionada e pirólise. fusão fracionada e fotólise. D Uerj Os vários componentes do petróleo são separados por um processo denominado destilação fracionada. Em sua destilação, alguns hidrocarbonetos são separados na ordem indicada no esquema a seguir. C.H, Petróleo bruto Vapor, 1^8^ 38 1*^ ConH., nL— Asfalto Forno R. H. Silvo & E. B. Silvo. Curso de Química. Sõo Paulo- Horbra, 1992. [Adap^.]. A ordem de destilação desses componentes do petróleo está justificada pela seguinte afirmação: L QUÍMICA • FRENTE I (3, hi !ci) Os alcanos são os hidrocarbonetos mais voláteis. Os hidrocarbonetos são líquidos de baixo ponto de ebulição. O aumento da massa molar dos hidrocarbonetos provoca uma maior volatilidade. O ponto de ebulição dos hidrocarbonetos aumenta com o aumento da massa molar. K M UEG Considere o esquema a seguir que mostra uma ca deia de produção de derivados do petróleo e seus processos de separação, representados em I, II e III, e responda ao que se pede. [^Água e petróleoj separaçao I (^Água com petróleo residual^ L Petróleo • separação II ‘ separação III . — ------------ I Derivados com ! Água I [ Óleo residual J | diferentes pontos \— —— > I ijg ebulição a) b) Qual 0 método adequado para a separação dos compo nentes da mistura obtida após o processo de separação III? Admitindo não existir grandes diferenças entre as tem peraturas de ebulição dos componentes individuais da mis tura, explique sua resposta. Qual método de separação seria adequado à etapa I? Jus tifique sua resposta. UFG Nos últimos tempos, são frequentes, em jornais e revistas, imagens que mostram imensas manchas de óleo flu tuando em rios e mar, provenientes de vazamentos de petróleo. Q petróleo: é insolúvel em água por ser constituído, principal- I___ : mente, por substâncias polares, L é uma mistura de carboidratos e proteínas. i é uma mistura com densidade maior que a da água. e a água não se misturam porque estão em estados físicos diferentes. CPS Leia o texto e analise o esquema do ciclo do carbono. A implantação do Programa de redução de emissões de gases, que provocam o efeito estufa, pelos países que assinaram o protocolo de Kyoto cria “um mercado para comercialização de crédito de carbono” . CO^ atmosférico Queimadas Combustão de combustíveis fósseis Respiração dos Fotossíntese organismos marinhos fitopíâncton e afgas Considere as afirmações a seguir. I. No ciclo do carbono, que ocorre naturalmenfe, os átomos desse elemento circulam entre a atmosfera, os seres vivos e a litosfera. II. A queima de combustíveis de petróleo e a respiração dos seres vivos são processos químicos que eliminam COj para o ambiente atmosférico. III. Q protocolo de Kyoto foi aprovado para controlar a explora ção de petróleo dos países que detêm esse recurso. A alternativa que contém todas as afirmações coerentes é: (a) apenas I. (c) apenas I e II. íe) I, II e III. (b) apenas II. (d) apenas I e III. Unesp Q monóxido de carbono é um dos poluentes gasosos gerados pelo funcionamento de motores a gasolina. Segundo relatório recente da Cetesb sobre a qualidade do ar no estado de São Paulo, nos últimos vinte anos houve uma redução no nível de emissão deste gás de 33,0 g para 0,34 g por quilômetro rodado. Um dos principais fatores que contribuiu para a diminuição da poluição por monóxido de carbono foi a obrigatoriedade de produção de carros equipados com conver sores catalíticos. Responda por que o monóxido de carbono deve ser eliminado e explique quimicamente como atua o con versor catalítico nesse processo. Cesgranrio Sabe-se que o termo petróleo significa óleo da pedra, visto que foi encontrado entre os poros de determina das rochas sedimentares no subsolo. Sua formação se deu há, no mínimo, 10 milhões de anos e apresenta uma composição complexa formada por milhares de compostos orgânicos, pre dominantemente hidrocarbonetos. Dentre as substâncias a seguir, a única que, industrialmente, não é obtida diretamente a partir do petróleo é o(a): (a) (b) (c) (d) (e) butano. querosene, etanol. óleo diesel. gasolina. Enem As previsões de que, em poucas décadas, a produ ção mundial de petróleo possa vir a cair têm gerado preocupa ção, dado seu caráter estratégico. Por essa razão, em especial no setor de transportes, intensificou-se a busca por alternativas para a substituição do petróleo por combustíveis renováveis. Nesse sentido, além da utilização de álcool, vem se propondo, no Brasil, ainda que de forma experimental: (a) a mistura de percentuais de gasolina cada vez maiores no álcool. (b) a extração de óleos de madeira para sua conversão em gás natural. (c) o desenvolvimento de tecnologias para a produção de bio- diesel. (d) a utilização de veículos com motores movidos a gás do car vão mineral. (e) a substituição da gasolina e do diesel pelo gás natural. O cicio do carbono. Combustíveis alternativos CPS A presença do gás carbônico na atmosfera terrestre resulta, entre outras coisas, de reações químicas do tipo com bustão. Aponte a alternativa que exemplifica uma reação de combustão e que tenha relação com o aquecimento do planeta, i) No processo de respiração, os seres vivos colaboram para a eliminação do gás carbônico da atmosfera, b) A grande parte da energia que sustenta as indústrias pro vém da queima de carvão ou de derivados de petróleo. ,c) Na indústria do álcool, o gás carbônico pode ser obtido como subproduto no processo de fermentação de açúcares. ;d) As águas naturalmente carbonatadas ou bicarbonatadas, em geral classificadas no grupo de águas minerais, contêm gás carbônico. (e) Os extintores de gás carbônico são empregados para apa gar focos de fogo em líquidos inflamáveis. CPS Santos Dumont adquiriu um dos primeiros carros que chegaram ao Brasil. O motor a combustão interna, que deixou Santos Dumont fascinado, utilizava o combustível de petróleo. Atu almente, há várias pesquisas que buscam novos combustíveis. Leia as afirmações sobre combustão e combustíveis a seguir. I. Combustível é um material cuja queima produz diferentes formas de energia que pode se transformar em calor, movi mento e eletricidade. II. A queima ou combustão é uma reação química, na qual o combustível reage com o oxigênio do ar. III. O álcool produzido da cana-de-açúcar e o biodiesel do óleo vegetal são considerados combustíveis renováveis. Assinale a alternativa que contém todas as afirmações válidas. (a) Apenas I. (d) Apenas I e II. (b) Apenas II. (e) I, II e III. (c) Apenas III. UEL A venda de créditos de carbono é um mecanismo estabelecido pelo protocolo de Kyoto para reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera. As quantidades de tonela das de COj ou outros gases, economizadas ou sequestradas da atmosfera, são calculadas por empresas especializadas de acordo com as determinações de órgãos técnicos da ONU. Uma tonelada de óleo diesel, trocada por biodiesel, gera direito a créditos. Um hectare de plantação de eucalipto absorve, por ano, cerca de 12 toneladas deste gás. Analise as afirmativas a seguir sobre o gás carbônico. I. O produto da reação entre COg e H2O é um composto es tável, pois 0 equilíbrio da reação se desloca para a direita independentemente das concentrações dos reagentes. II. Mesmo o COg apresentando ligações C - O polares, a molécula tem caráter apoiar e apresenta forças deatração intermoleculares fracas. III. O CO2 é uma molécula polar por ser constituído por liga ções covalentes polares. IV. Na reação de fotossíntese dos vegetais, a glicose é um dos produtos formados pela reação do CO^ com água. Estão corretas apenas as afirmativas; (a) le l l , (d) I, l lle lV . (b) I e III. (e) II, III e IV . (c) He IV. T E X T O C o m p l e m e n t a r Centro de pesquisa etn bii^aiiol é m i^ u a á o em Campinas O Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioefa- nol (CTBE) será inaugurado na tarde desta sexta-feira (22/1), em Compinas (SP), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O CTBE deverá reunir esforços de instituições de pesquisa de todo 0 país que atuam no desenvolvimento do bioetanol, inclusive laboratórios da iniciativa privada. Concebido em 2007, o laboratório contou com investimentos do ordem de R$ 69 milhões e jó possui pesquisas em andamento, muitas delas com o apoio da FAPESR "A Fundação paulista já inves tiu cerca de R$ 2 milhões em trabalhos que já estão em andamento no CTBE", informou o diretor da unidade. Marco Aurélio Pinheiro Limo. Segundo Lima, o CTBE nasceu a partir de um estudo que levantou os desafios da produção brasileira de etanol para os pró ximos 15 anos. Uma das metas do estudo era responder se seria possível multiplicar por dez a produção atual de álcool até o ano de 2015 e de forma sustentável. O futuro montante equivalería a 250 bilhões de litros anuais, o que seria suficiente para substituir 1 0 % da gasolina consumida no planeta, de acordo com o estudo. "Muitos dos gargalos identificados demandam investimentos em ciência para resolvê-los", conta o diretor. Por isso, o CTBE foi concebido de modo a abranger pesquisas relacionadas a todas as etapas de produção do etanol, desde a plantação até o desenvol vimento de motores automotivos. A abrangência dos trabalhos coincide com a do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), que deverá contri buir com o laboratório e também se beneficiar da sua infraestru- tura, Essa é a opinião do professor da Universidade de São Paulo, Marcos Buckeridge, diretor científico do CTBE e coordenador da divisão de Biomassa do BIOEN. "Está se formando um sistema brasileiro de bioenergia que reunirá os trabalhos de uma elite de especialistas espalhados pelo país", anuncia o professor. Etanol de celulose Os esforços do pesquisa do CTBE estarão concentrados no desenvolvimento do etanol de segunda geração, produzido a partir da celulose da cana-de-açúcar, que, acumulada no bagaço e na palha da planta, hoje não é aproveitada, embora corresponda a dois terços da biomassa disponível. Buckeridge explica que no coração dessa pesquisa está o processo de quebra da celulose. Na decomposição biológica essa massa é quebrada com o auxílio de enzimas que poderão ser estu dadas a fundo nos laboratórios do campus do CTBE. Ao lado da unidade, funcionam o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio). "Estar perto dessas instalações nos dó acesso a recursos de primeira linha como o anel de luz síncrotron, que ajuda desvendar a estrutura das enzimas, e os softwares específicos de bioinformótica, desenvolvidos pelo LNBio", exemplifica Buckeridge. Embora autônomos, o LNBio, o LNLS e o CTBE serão coor denados por uma instância que acaba de ser criada pelo governo federal, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que terá como diretor o físico Rogério Cezar de Cer- queira Leite. Buckeridge ressalta ainda que o CTBE seró o local onde os pesquisadores de bioetanol poderão testar seus resultados em pro cessos industriais. O professor explica que os pesquisadores deve rão interagir com os engenheiros do laboratório e, assim, adaptar a pesquisa acadêmica òs necessidades da indústria. Esses testes serão executados em uma miniplanta industrial que está sendo construída e fará parte das instalações do CTBE. Ainda na cerimônia de inauguração de sexta-feira, o CTBE assinará acordos para desenvolver pesquisas conjuntas com o Imperial College London, da Inglaterra; com a Lund Universify, da Suécia; e com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A partir de 2011, Buckeridge espera promover um megaex- perimento em formato de workshop no qual todos os grandes tro- balhos de pesquisa em bioetanol possam se apresentar. Um dos objetivos do evento será avaliar e acompanhar o estágio em que se encontra a pesquisa científica nacional em bioetanol. Atualmente com 60 empregados, o CTBE espera ter cerca de 170 colaboradores fixos até 2013. Além do combustível, os traba lhos deverão desenvolver uma cadeia de subprodutos oriundos da cana-de-açúcar como polímeros e medicamentos, aos moldes do que ocorreu com o desenvolvimento do petróleo, de acordo com Buckeridge. "Esses novos materiais devem estabilizar a indústria da cana, que hoje vive oscilações porque só conta com dois produtos principais: ólcool e açúcar", prevê o especialista. BIOEN-FAPESP O Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) visa à responder ò demanda brasileira de desenvolvimento científico e tecnológico da produção de bioenergia, com destaque para a cana- -de-açúcar. Para isso, o programa articula e estimula atividades de pesquisa realizadas em instituições públicas e privadas. O BIOEN é organizado em cinco divisões temáticas: "Bio massa para bioenergia", "Processo de fabricação de biocombustí- veis", "Biorrefinarias e alcoolquímica", "Aplicação do etanol para motores automotivos" e "Impactos socioeconômicos, ambientais e uso da terra". Fábio Reynol. Agência Fapesp, 22 jan. 2010 < http://www.agencio. fopesp.br/1 1668>. RESUMINDO Os recursos orgânicos são recursos naturais bióticos ou abióticos, renovóveis ou não renováveis, fonte de compostos orgânicos. Carvão: é um combustível fóssil natural, não renovável, extraído através do processo de mineração. Milhões de anos - celulose: ~ 50% de carbono - turfa: - 60% de carbono - linhito: -70% de carbono - hulha: 80 a 85% de carbono - antracito: - 90% de carbono Pirólise da hulha: também chamada de destilação seca, é feita sob aquecimento a temperaturas próximas de 1000 °C, com remoção contínua da fase gasosa por meio de bombas de vócuo. Obtêm-se quatro frações: - fração gasosa: gás de rua ou gás de iluminação - H2 (50%); CH^ (30%); outros gases (C2H^, CO, NH3, N2). - fração líquida clara: águas amoniacais - predomina NH,. - fração líquida escura: alcatrão da hulha - hidrocarbone- tos aromóticos, fenóis e aminas aromóticas. - fração sólida ou coque: tipo de carvão poroso usado em siderurgia. O alcatrão da hulha passa por um processo de destilação de onde se obtêm quatro frações: óleo leve (benzeno, tolueno, piridina), óleo médio (fenol, naftaleno, xilenos), óleo pesado (naftóis, fenóis) e óleo verde (antraceno, fenantreno). Petróleo: do latim petroleum, pefrus = pedra e oleum = óleo, é um líquido inflamóvel de cor escura que consiste de uma complexa mistura de hidrocarbonetos de peso molecular variado. Hídrocarbonetos Porcentagem Parafínicos (alcanos) 15 a 60% Naftênicos (ciclanos) 30 a 60% Aromáticos 3 a 30% Asfálticos restante Refino do petróleo: consiste basicamente no fracionamento da mistura em outras mais simples. Cartonos Catdeira (sistema superaquecído) • Gasolina e octanagem: para determinar a qualidade de uma gasolina, compara-se sua resistência à compressão em relação a uma mistura de isooctano (2,2,4-trimetilpentano) e heptano. Uma gasolina de octanagem 80 suporta a mesma compressão que uma gasolina formada por 80% de isoctano e 20% de heptano. Gás natural: encontrado associado ou não a jazidas de pe tróleo - gás metano (até 92%) e gás etano (até 9%). Etanol: a principal fonte deetanol no mundo tem sido a fer mentação de carboidratos. CeH,A Glicose ou Frutose fermentação 2CH3CH2OH -h 2CO j Etanol O etanol é separado da mistura fermentada por destilação, na forma de uma mistura azeotrópica com água (etanol 96% e água 4% em volume). Biodiesel e Hbio: esses dois combustíveis são obtidos a partir de óleos vegetais. A formação do biodiesel envolve a rea ção de óleos vegetais (triglicerídeos) com álcoois de cadeias pequenas como o metanol e o etanol. No caso do Hbio, o óleo vegetal é misturado diretamente ao óleo diesel em uma proporção de até 10%. A mistura é então submetida a um processo de hidrogenaçõo catalítica que remove os oxigênios das cadeias de triglicerídeos (hidrodesoxigenação). QUER SABER MAIS? SITES Portal da Petrobras http://www.br.com.br/ Atuação da Petrobras na camada pré-sal: http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/fontes-de- energia/petroleo/presal/ Reportagem sobre pré-sal e os recursos humanos http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20] 10508/not_ imp716353,0.php Portal do Biodiesel http://www.biodiesel.gov.br/ ■ Mudanças climáticas e energias alternativas www.revistapesquisa.fapesp.br/?avet=71544&bd=28/ig= FILMES A História do Petróleo. Documentário produzido pelo ffistory Channel, dividido em quatro episódios: A Era de Ouro das Grandes Compa nhias, Nacionalismo do Petróleo, O Petróleo como Arma e O Esgota mento do Petróleo. Sangue Negro. Direção de Paul Thomas Anderson. Estados Unidos, 2007. Duração: 159 minutos. XERCICIOS Carvão n UFRS Em 1893, a síntese da alizarina, corante azulado conhecido como anil, trouxe ao alcatrão da hulha, até então considerado como resíduo indesejável de indústrias de aço, grande importância como fonte de compostos orgânicos. A im portância do alcatrão da hulha na Química orgânica deve-se ao fato de ser constituído principalmente de substância com ca deia carbônica do mesmo tipo que a do: (a) hexano. (d) propeno. (b) cicloexano. (e) naftaleno. (c) éteretílico. Enem A China comprometeu-se o indenizar a Rússia pelo derramamento de benzeno de uma indústria petroquímica chinesa no rio Songhuo, um afluente do rio Amur, que faz parte da fronteira entre os dois países. O presidente da Agência Federal de Recursos de água da Rússia garantiu que o benzeno não chegará aos dutos de água potável, mas pediu à população que fervesse a água cor rente e evitasse a pesca no rio Amur e seus afluentes. As autorida des locais estão armazenando centenas de toneladas de carvão, já que o mineral é considerado eficaz absorvente de benzeno. < jbonline.terra.com.br>. (Adapt.). Levando-se em conta as medidas adotadas para a minimização dos danos ao ambiente e à população, é correto afirmar que; (a) o carvão mineral, ao ser colocado na água, reage com o benzeno, eliminando-o. (b) o benzeno é mais volátil que a água e, por isso, é necessário que esta seja fervida. (c) a orientação para se evitar a pesca deve-se á necessidade de preservação dos peixes. (d) o benzeno não contaminaria os dutos de água potável, porque seria decantado naturalmente no fundo do rio. (e) a poluição causada pelo derramamento de benzeno da in dústria chinesa ficaria restrita ao rio Songhua. Petróleo m Santos Dumont recebeu o prêmio Deutsch ao realizar o voo com o Balão n° 6, em 19/10/1901. Henri Deutsch de La Meurthe era um magnata do petróleo, um produto cuja descoberta impulsionou a indústria automobilísti ca no início do século XX. O petróleo, de grande importância mundial nos dias de hoje, é um material oleoso, inflamável, menos denso que a água, com cheiro característico e de cor variando entre o negro e o castanho-escuro. Leia as seguintes afirmações sobre o petróleo. I. E uma mistura de diversas substâncias químicas, que po dem ser isoladas por processos físicos de separação. II. É considerada uma fonte de energia limpa de origem fóssil. III. E um líquido escuro muitas vezes encontrado no fundo do mar, embora seja mais leve que a água. Assinale a alternativa que contém todas as afirmações válidas. (a) Apenas 1. (c) Apenas 111. (e) 1, II e 111. (b) Apenas 11. (d) Apenas I e 111. O petróleo, na forma em que é extraído, não apresenta pratica mente aplicação comercial, sendo necessária a sua separação em diferentes frações. A separação dessas frações é feita con siderando o fato de que cada uma delas apresenta um ponto de ebulição diferente. Entre os compostos a seguir, a fração que apresenta o maior ponto de ebulição é o(a): (a) gás natural. (c) querosene. (e) parafina. (b) óleo diesel. (d) gasolina. 1 ^ 1 Unirio Campos de Goytacazes, na região norte do estado do Rio de Janeiro, pode ser considerada a capital nacional do pe tróleo; a Bacia de Campos produz em média 900 mil barris/dia de petróleo cru. A operação que permite isolar tanto a gasolina quanto o quero sene do petróleo cru é a; (a) decantação. (d) catação. (b) destilação. (c) extração com água. (c) filtraçâo. D UFRN O petróleo, uma das riquezas naturais do Rio Grande do Norte, é fonte de vários produtos cuja importância e aplicação tecnológica justificam seu valor comercial. Para que sejam utilizados no cotidiano, os componentes do petróleo de vem ser separados numa refinaria. Esses componentes (gasolina, querosene, óleo diesel, óleo lu brificante, parafina etc.) são misturas que apresentam ebulição dentro de determinadas faixas de temperatura. Considerando que essas faixas são diferenciadas, o método usado para separar os diversos componentes do petróleo é; (a) destilação fracionada. (b) destilação simples. (c) reaquecimento. (d) craqueamento. Q Puccamp Sobre o “ouro negro” foram feitas as seguintes afirmações; I. Encontra-se distribuído no planeta de modo uniforme, em qualidade e quantidade. II. Tem como constituintes principais os hidrocarbonetos, mui tos deles isômeros entre si. III. Praticamente não tem utilidade nos dias atuais, se não pas sar por processo de destilação fracionada. Dessas afirmações, somente; ta) I é correta. (b) 11 é correta. (c) III é correta. (d) I e II são corretas. (c) II e III são corretas. K l UniriO o petróleo, que só vinha trazendo más notícias para o Brasil por causa do aumento do preço internacional, deu alegrias na semana passada. O anúncio da descoberta de um campo na Bacio de Santos, na última terça-feira, teve efeito imediato nas bol sas de valores. Lucila Soares e Franco lacomimi. Veja, ed. 29 set. 1 999. O UFBA O petróleo é uma das mais importantes fontes na turais de compostos orgânicos. Por destilação fracionada, ob têm-se as frações do petróleo, que são misturas de diferentes hidrocarbonetos. A tabela a seguir indica algumas dessas frações, com os respec tivos pontos de ebulição, e o diagrama representa uma torre de destilação de petróleo. Nome da Fração Faixa de ponto de ebulição Gases de petróleo <40 “C Gasolina 40-180 °C Querosene 180-280 °C Óleo diesel 280 - 330 °C Óleo lubrificante 330 - 400 °C Betume > 400 °C Com base nas informações anteriores e nos conhecimentos so bre hidrocarbonetos, pode-se afirmar; CAPÍTULO 11 * Recursos orgânicos 0 petróleo é uma substância composta. A fração que sai no nível 2 da torre é a gasolina. O óleo diesel sai da torre em um nível mais baixo que o da gasolina. O composto de fórmula molecular um dos compo nentes da gasolina, é um alceno. Os hidrocarbonetos são compostos orgânicos formados de carbono, hidrogênio e oxigênio. Propano e butano, gases do petróleo, são hidrocarbonetos saturados. Soma = A isomerização transforma alcanos de cadeia ramificada em alcanos de cadeia normal. O craqueamento pode converter hidrocarbonetos de pontos de ebulição mais altos em gasolina. ) A diminuição da ramificação nos alcanos melhora o de sempenho da gasolina.A polimerizaçào pode levar à formação de compostos halo- genados. O craqueamento térmico, realizado na ausência de um ca talisador, produz, principalmente, hidrocarbonetos com ca deias ramificadas. D UFPR Recentemente, anunciou-se que o Brasil atingiu a autossuficiência na produção do petróleo, uma importantíssima matéria-prima que é a base da moderna sociedade tecnológica. O petróleo é uma complexa mistura de compostos orgânicos, principalmente hidrocarbonetos. Para a sua utilização prática, essa mistura deve passar por um processo de separação deno minado destilação fracionada, em que se discriminam frações com diferentes temperaturas de ebulição. O gráfico a seguir contém os dados dos pontos de ebulição de alcanos não ramifi cados, desde o metano até o decano. .3. 4. Com base no gráfico anterior, considere as seguintes afirma tivas: 1. CH ,^ C,H^, CjHg e C^H,p são gasosos à temperatura am biente (cerca de 25 °C). 2. O aumento da temperatura de ebulição com o tamanho da molécula é o reflexo do aumento do momento dipolar da molécula. Quando se efetua a separação dos referidos alcanos por destilação fracionada, destilam-se inicialmente os que têm moléculas maiores. Com o aumento do tamanho da molécula, a magnitude das interações de Van der Waals aumenta, com o consequente aumento da temperatura de ebulição. Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. m uFPi Para um melhor aproveitamento dos recursos na turais, algumas das frações do petróleo podem sofrer transfor mações em outros tipos de compostos químicos. Sobre essas transformações assinale a alternativa correta. Puccamp O petróleo em chamas produz muito mais fu maça negra do que qualquer um de seus derivados utilizados como combustíveis de veículos - gasolina, querosene, óleo diesel. Isso porque o petróleo bruto apresenta, em maior pro porção: I. hidrocarbonetos de maior massa molar. II. hidrocarbonetos de cadeias maiores e mais ramificadas. III. compostos orgânicos oxigenados, nitrogenados e sulfurados. Está correto o que se afirma somente em: I. . . 111. (. II e 111, II. 1 e II. FGV O debate sobre a reserva de petróleo da camada pré- -sal é um dos temas polêmicos neste segundo semestre de 2008, já que envolve politica e economia. No início de setembro, foi feita a coleta simbólica do óleo dessa camada, no campo de Jubarte, Espírito Santo. Camada pós-sal Camada de sal Camada pré-sal 2.000 mj 3.000 m 1 4.000 ô ffX ir r A estimativa da Petrobras é que as reservas de Tupi, Bacia de Santos, variem entre 5 bilhões de boe (barris de óleo equiva lente; 1 boe = 159 litros) e 8 bilhões de boe. O petróleo dessas reservas é considerado de excelente qualidade, pois apresenta 28°AP1. O grau API, escala higrométrica idealizada para medir a densi dade relativa de líquidos, é calculado pela expressão; °API= (141 ,5 /p )-131,5 em que p é a densidade relativa a 15,6 “C. Classificação do petróleo; °API > 30; Petróleo de base parafínica 22 < “API > 30; Petróleo de base naftênica °AP1 < 22; Petróleo de base aromática Quanto menor a densidade relativa do petróleo, maior é a pre dominância de base __________. Se a amostra do petróleo recém-coletado na reserva de Jubarte tiver 28 “API, então a sua densidade relativa a 15,6 °C será, aproximadamente, igual a As lacunas podem ser preenchidas, correta e respectivamente, por; parafinica ... 1,13. parafínica ... 0,89. parafínica ... 0,73. aromática ... 1,13. aromática ... 0,89. Gás natural CPS Segundo a Folha de S.Paulo de 23 de janeiro de 2004, a implantação de uma usina em aterro de lixo, instalada na Zona Norte de São Paulo, vai gerar energia para 200 mil pessoas. Segundo a notícia, o maior benefício será deixar de lançar na atmosfera o metano, que é um dos gases formados pela decomposição do lixo e o segundo maior responsável pela intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é o aquecimento natural, importante para a vida, que - em excesso - pode causar mudanças climáticas e ter como consequências a alteração do nível do mar e o derretimento das calotas polares. A partir da notícia, leia as considerações a seguir, identificando a sua validade. I. O gás combustível metano, produzido pela decomposição do lixo, vai gerar energia para uma pequena parcela da po pulação de São Paulo. II. O gás metano não é o único gás a ser produzido pela usina no aterro de lixo, onde será instalada. III. A usina no aterro de lixo contribuirá para a redução do efei to estufa, cujo principal responsável é o gás carbônico. IV. O efeito estufa, processo natural desejável para a manuten ção da vida na Terra, vem aumentando devido, por exem plo, à queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento das florestas. A alternativa que contém todas as considerações válidas é; apenas 1 e II. apenas I e III. apenas I e IV. apenas 1, II e III. I, II, III e IV. Combustíveis alternativos UFSCar Veículos com motores flexíveis são aqueles que funcionam com álcool, gasolina ou a mistura de ambos. Esse novo tipo de motor proporciona ao condutor do veículo a escolha do combustível ou da proporção de ambos, quando misturados, a utilizar em seu veículo. Essa opção também con tribui para economizar dinheiro na hora de abastecer o carro, dependendo da relação dos preços do álcool e da gasolina. No Brasil, o etanol é produzido a partir da fermentação da cana-dc- -açúcar, ao passo que a gasolina é obtida do petróleo. a) Escreva as equações, devidamente balanceadas, da reação de combustão completa do etanol, C,H^O, e da reação de obtenção do etanol a partir da fermentação da glicose. b) Qual é o nome dado ao processo de separação dos diver sos produtos do petróleo? Escreva a fórmula estrutural do 2,2,4-trimetilpentano, um constituinte da gasolina que au menta o desempenho do motor de um automóvel. CPS Leia as informações a seguir sobre o biodiesel. A primeira usina de biodiesel no país foi inaugurada no dia 2‘i de março de 2005. Estudos indicam que esse produto é um com bustível de queima limpo, derivado de fontes naturais e renovável, como, por exemplo, óleos vegetais, gordura animal ou resíduo de óleo usado em frituras, que pode substituir parcial ou totalmente o diesel do petróleo. As distribuidoras de combustíveis serão autorizadas a incluir, voluntariamente, até 2% de biodiesel ao diesel comum, sem com prometer a garantia nem exigir alteração nos motores dos veículos ou nos postos. A vantagem desse biocombustível é a possibilidade de reduzir em até 78% o emissão de dióxido de carbono e 98% de enxofre na atmosfera. <www.ambientebrasiLcom.br> . (Adapt.^ Considerando o exposto, pode-se concluir que o biodiesel: é mais eficiente que o óleo diesel de petróleo ou de origem fóssil. é uma alternativa que auxilia a solução de problemas re lacionados à poluição ambiental aproveitando um resíduo que pode contaminar o solo e a água. é considerado i'enovável porque reduz as emissões de po luentes na atmosfera. it ^ reduzirá em 78% a chuva ácida provocada pela emissão de dióxido de enxofre na atmosfera. ' c) adicionado aos combustíveis de origem fóssil ou derivado de petróleo, na concentração de 2%, toma-se compulsório a partir de 24 de março de 2005. Unesp A queima dos combustíveis fósseis (carvão e pe tróleo), assim como dos combustíveis renováveis (etanol, por exemplo), produz CO.,, que é lançado na atmosfera, contribuin do para o efeito estufa e possível aquecimento global. Por qual motivo o uso do etanol é preferível ao da gasolina? o etanol é solúvel em água. O CO, produzido na queima dos combustíveis fósseis é maistóxico do que aquele produzido pela queima do etanol. O CO, produzido na queima da gasolina contém mais isó- topos de carbono-14 do que aquele produzido pela queima do etanol. O CO, produzido na queima do etanol foi absorvida recen- temente da atmosfera. . O carbono do etanol é proveniente das águas subterrâneas. Polímeros CAPÍTULO 12 'M FRENTE 1 Novos Boliineros elotrootívos poderão finalmenle viabilixpi piásctflos artHkiiils para robãüca Músculos artificiais são fibras sintetizadas a partir de metais que possuem certas características especiais. O NiTinol é uma liga de níquel e titânio, elementos dos quais deriva seu nome comercial, que foi descoberta no começo dos anos 1960 por Willion Beuhier. Essa liga possui a interessante propriedade de aumentar de tamanho quando submetida a uma corrente elétrica ou a aquecimento. Essa propriedade faz com que essas fibras artificiais funcio nem como um músculo, estendendo-se quando submetidas a uma corrente elétrica e voltando ao seu tamanho original quan do a corrente é interrompida, caracterizando um efeito de me mória. [...] Um outro grupo de polímeros pode gerar novos desenvolvi mentos no campo dos músculos artificiais. Chamado de polímero eletroativo (EAR na sigla em inglês, de EíectroActive Polymer), esses L' polímeros antigos têm recebido atenção nos últimos 10 anos. Nesse período, foram desenvolvidos novos EAPs com maior elasticidade e resis tência, originando fibras capazes de sustentar grandes cargas, funcionar com rapidez e durabilidade, resultando em vários produtos práticos e úteis. Os novos músculos artificiais conseguem distender-se até cinco vezes o seu tamanho original e alguns modelos sobreviveram a mais de 10 milhões de ciclos de expansão e contração. Esse material é altamente atrativo para a construção de robôs inspirados em formas biológicas. Pes quisadores já imaginam aplicações para esses EAPs em catéteres, braços robóticos, caixas de som, diafragmas e outros. [...] R.G. Gilbertson. M usde Wires Project Boak, 1994. I I Introdução Atualmente, pode-se dizer que a área de polímeros orgâ nicos é a que mais se desenvolve dentro da Química orgânica. A todo instante surgem novos materiais poliméricos com apli cações cada vez mais surpreendentes, tais como os oleds (leds orgânicos), usados na fabricação de monitores flexíveis, e os polímeros eletroativos, que permitirão substituir músculos em um futuro breve. Mas o que são polímeros? Polímeros (poly. muitas; mew. parte) são substâncias cujas moléculas possuem elevada massa molecular (macromolécu- las) e estas são formadas pela união (polimerização) de muitas moléculas menores (monômeros). Existe uma variedade surpreendente de polímeros com as mais diversas aplicações no cotidiano. Desde nossas roupas, que podem ser de algodão (polímero natural) ou de alguma fi bra sintética, passando pelos diversos tipos de plásticos, aos pneus e solados de borracha. Classificação dos polimeros Os polímeros podem ser classificados de diversas manei ras, de acordo com suas propriedades. As classificações a se guir são as mais importantes dentro do contexto deste livro. Quanto à origem Polímeros naturais São polímeros sintetizados por seres vivos. Dos diversos polímeros naturais, os principais são: celulose, amido, quitina, proteínas fibrosas, DNA, entre outros. Esses biopolímeros se rão estudados no capítulo 13. Polímeros sintéticos São polímeros obtidos industrialmente a partir de reações orgânicas de adição ou de condensação, utilizando moléculas simples (monômeros). Quanto ao comportamento mecânico Plásticos o termo “plástico” origina-se do grego plastikos (adequado a modelagem) e exprime a característica dos materiais quanto à moldabilidade. Os plásticos podem sofrer extrusão na forma de tubos ou folhas ou ainda podem ser espalhados sobre superfícies. Elastômeros São polímeros que apresentam a elasticidade característica das borrachas. Sofrem deformação por ação mecânica e retor nam à forma original quando cessada a ação. Fibras São materiais poliméricos de cadeias lineares, na forma de longos filamentos com grande resistência na direção da fibra. Extrusão Passagem forçada, através de um orifício, de uma porção de metal ou de plóstico, para que adquira forma alongada e filamentosa. Quanto ao comportamento térmico Termoplásticos São polímeros que amolecem (derretem) com o aumento da temperatura. Na sua maioria são de cadeias lineares. Esses polímeros podem ser moldados por aquecimento e reaqueci- mento, o que permite sua reciclagem. Termorrígidos (ou termofixos) São polímeros que mantêm sua estrutura tridimensional mesmo com aumento da temperatura. Suas cadeias são geral mente em rede ou lineares com uma alta densidade de ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas. Quanto à composição Homopolímeros São polímeros formados por um único tipo de monômero. O polímero é formado pela repetição de uma única estrutura básica. monomero homopolímero Copolímeros São polímeros formados por mais de um tipo de monô mero. Existem diversos tipos de copolímeros dependendo da disposição dos monômeros (altemantes, aleatórios etc). n * +n ■ monômeros copolímero Quanto ao método de síntese Os polímeros podem ainda ser classificados de acordo com o tipo de reação realizada na sua obtenção. Existem dois tipos principais que serão discutidos a seguir: os polímeros de adição e os polímeros de condensação. Polímeros de adição São os polímeros formados por meio de reações de adição. Os monômeros, neste caso, sempre apresentam pelo menos uma insaturação. Polímeros vinílicos Quando um dos hidrogênios do etileno é removido, obtém-se o radical vinil. H H H H \ / \ / C = C C = C / \ / \H H H Etileno Vinil Fig. 1 Fórmula estrutural do etileno e do radical vinll. Os polímeros vinílicos são aqueles formados pela polime rização do etileno (eteno) ou do etileno substituído. C A P ÍTU IO 1 2 • Polímeros Polietíleno (PE) o principal polímero vinílico é exatamente o mais simples obtido pela polimerização do etileno. Atualmente, o etileno é a substância orgânica mais consu mida pela indústria no mundo. Por ano, são produzidos mun dialmente cerca de 40 milhões de toneladas de polietíleno. A reação de polimerização do etileno pode ser representada como se segue; H H I I n C =C I I H H Etileno H I I -C— C I I H H /n Polietíleno 'ig. 2 Formação do PE. O valor de n pode variar de 5.000 a 200.000 resíduos de monômeros em uma mesma cadeia. Muitas das propriedades especificas que cada tipo de polietíleno possui são inerentes ao tamanho médio das cadeias poliméricas. É importante notar que, por mais controlada que seja uma reação de polimeriza ção desse tipo, sempre ocorrerá formação de uma mistura com valores de n próximos, mas variados, de forma que se costume fazer referência à massa molar média, e não absoluta. Os dois principais tipos de polietíleno são; • PEBD (polietíleno de baixa densidade); possui densidade entre 0,915 e 0,935 g/cm^, é flexível, transparente, inerte e impermeável, com baixo custo de processamento e de produção. Principais aplicações; usado em sacos plásticos e embala gens de forma geral. F ig . 3 PEBD. PEAD (polietíleno de alta densidade); possui densidade acima de 0,94 g/cm^, alta resistência mecânica e baixo co eficiente de atrito. Principais aplicações; usado em placas para corte de ali mento, produtos médico-cirúrgicos, engrenagens e peças de máquinas para indústria alimentícia. Polipropileno (PP) o segundo polímero mais fabricado no mundo é um homo- polímero termoplástico formado a partir do propileno (prope- no). A maior massa por unidade de comprimento no PP resulta em maiores atraçõesdipolo induzido entre as cadeias poliméri cas. O resultado disso é um tipo de plástico mais resistente que o PE, tanto quimicamente como mecanicamente. n H,C=CH ------ ^ 1 CH3 CH3 Propileno Polipropileno Fig. 5 Formação do PP. O polipropileno é utilizado na fabricação de brinquedos, recipientes para alimentos, cordas, carpetes, seringas, para- -choques etc. Fig. 6 Para-choque. Polícloreto de víníla (PVC) o terceiro polímero mais fabricado no mundo é um homo- polímero termoplástico formado a partir da polimerização do cloreto de vinila. I Cf Cloreto de vinila cr PVC Fig. 7 Formação do PVC. A presença do cloro na estrutura gera polos negativos na molécula e aumenta significativamente a atração entre as cadeias poliméricas. O PVC chega a ter 15% de sua estrutura cristalizada. O aumento da tensão superficial confere propriedades adequadas para aplicação principalmente em tubos e conexões de água. Outras aplicações são; fios elétricos, calçados e embalagens. Fig. aTábua de carne de PEAD. li Fig. 8 Tubos de PVC. Poliestireno (PS) É um homopolímero termoplástico formado a partir da po- limerização do estireno (fenileteno). As principais aplicações do poliestireno na forma de plásti co rígido (poliestireno cristal) são copos descartáveis, caixas de CD, placas de sinalização e barbeador descartável. Fig. 10 Copo descartável de PS. Poliocetoto de vinilo (PVA) É um homopolímero termoplástico formado pela polimen zação do acetato de vinila. A presença de oxigênio permite a formação de ligações cf- hidrogênio com água, possibilitando a formação de emulsões. As principais aplicações do PVA estão entre colas diversas (cola branca e de madeira), goma de mascar e tintas vinílicas utilizando água como solvente. Fig. 13 Goma de mascar. Politetrafluoretileno (Teflon) É um homopolímero termoplástico formado a partir da po- limerização do tetraíluoretileno. O poliestireno pode também ser utilizado na forma expan dida. Um solvente de baixa temperatura de ebulição, geralmente o pentano, é misturado ao polímero. A mistura é aquecida a uma temperatura acima da ebulição do solvente, provocando sua eva poração e consequentemente a expansão do polímero. O poliestireno expandido pode ser aplicado, principalmen te, como iiõpõf, isõtãníès térmico e acústico, revestimentos para resguardo de transporte, suporte de argamassa de lajes etc. F FI I n C-“ C ---------►I I - c — c -I II I F F n Tetrafluoretileno Teflon Fig. 14 Formação do teflon. O teflon tem estrutura semelhante ao polietileno, mas com flúor no lugar dos hidrogênios. A presença do tlúor, o átomo mais eletronegativo da Tabela Periódica, no lugar dos hidrogênios confere algumas características muito interessan tes para esse polímero. Ele é praticamente inerte, não inflamá vel, tem alta temperatura de amolecimento, baixo coeficiente de atrito, é hidrofóbico e lipofóbico. Ideal para aplicação em próteses humanas e em engrenagens secas. O teflon também pode ser usado em: revestimentos de panelas antiaderentes e fitas de vedação. Fig. 11 Caixa de isopor. Fig. 15 Aplicações do Teflon. Polímeros acrílicos o ácido propenoico recebe o nome usual de áeido acrílico. Derivados do ácido acrílico, principalmente acrilatos e acrilo- nitrilas, sofrem reações de polimerização da mesma maneira que os polímeros vinílicos (reações de adição). H2C=CH—C O OH -íg. 16 Fórmula estrutural do ácido propenoico (ácido acrílico). Polímetilmetacrilato de metíla (acrílico) É um homopolímero formado pela polimerização do 2-me- ' ilpropenoato de metila (metilmetacrilato de metila). 9 H3 ÇH3 I n H jC = C ---------»- ^ I c = o I c = o I OCH3 OCH3 Metilmetacrilato de metila Acrílico Fig. 17 Formação do acrílico. O resultado é um polímero termoplástico transparente chamado comumente de vidro acrílico. Facilmente moldável, menos denso que o vidro e com alta resistência, possui diver sas aplicações, em substituição ao vidro. Algumas aplicações importantes do acrílico são; viseiras de capacete, CDs e DVDs, coberturas transparentes, janelas, boxe de banheiro etc. Políacrilato de sódio o homopolímero termoplástico fomiado pela polimeriza ção do acrilato de metila é o políacrilato de metila. n H2C = C H ------ Ç H ^ c = oI c = o OCH3 [ OCH3 Acrilato de metila Políacrilato de metila Fig. 19 Formação do políacrilato de metila. No entanto, são poucas as aplicações desse polímero no co tidiano na forma de éster. A hidrólise básica (saponificação) das funções ésteres nesse polímero transforma-o em um polímero altamente absorvente de água. A água é atraída pelos íons para que ocorra sua solvatação, mas como os íons estão presos na cadeia polimérica, a água fica retida no polímero. / \ HoO -F H jC — C H - ^ + nNaOH — ^— » C = 0I c = oI OCH3 0 'Na^ Políacrilato de metila Políacrilato de sódio Fig. 20 Saponificação do políacrilato de metila. As principais aplicações são como material absorvente em fraldas descartáveis e absorventes femininos. Poliacríionitrila (lã sintética) A poliacríionitrila é um homopolímero termoplástico for mado pela polimerização da nitrila de acrílico (acrilonitrila). As nitrilas podem ser consideradas como funções deriva das dos ácidos carboxílicos, pois ao comparar suas estruturas é como se tivessem sido substituídas três ligações do carbono com oxigênio por três ligações do carbono cora nitrogênio. 0 H2C = C H — H2C = C H — C = N OH Ácido propenoico Propanonitrila (Ácido acrílico) (Acrilonitrila) F ig. 18 CDs. Fig. 22 Fórmula estrutural da ácido acrílico e da acrinonitrila. H ,C =C H I CN Acrilonitrila I ''n CN Poliacrilonitrila Fig. 23 Formação da poliacrilonitrila. Por essa razão, o nome usual da propanonitrila é derivado do nome usual do ácido acrílico, ou seja, acrilonitrila. Apesar de termoplástico, esse material é considerado infu- sível, pois ocorre decomposição antes da temperatura de amo lecimento. O grupo nitrila (-CN) é muito suscetível a reações, promovendo várias ciclizações entre cadeias laterais com libe ração de gases. O material resultante da decomposição térmica desse composto é a matéria-prima da fibra de carbono. A principal aplicação da poliacrilonitrila, no entanto, ainda é na forma de fibras em substituição à lã natural. Fig. 24 Blusa de lã sintética. Polímeros díênicos (elostômeros) As reações de polimerização por adição vistas até aqui sempre envolveram apenas uma ligação dupla do monômero. Quando essas reações de adição ocorrem com monômeros que apresentam duas ligações duplas conjugadas, pode ocorrer adi ção-/. 4 (livro 3, capítulo 10, p. 34). O resultado dessa reação de adição-1,4 é a migração de uma das ligações duplas para o meio dos quatro carbonos do monômero. HpC— CH=CH— CH. Fig. 25 Adição-1,4. A ligação dupla residual confere propriedades elásticas ao polímero resultante, usualmente chamado de borracha. Borracha natural o produto natural metilbuta-l,3-díeno (isopreno), encon trado na seiva da seringueira, é matéria-prima da borracha na tural. HpC=C— CH=CHp2 1 CH3 Isopreno Fig. 26 Fórmula estrutural do isopreno. Fig. 27 Seiva da seringueira. O polímero obtido da polimerização do isopreno é conhe cido como borracha natural, produto que teve grande importân cia na história e no desenvolvimento da indústria. A borracha natural foi a primeira e única borracha a ser utilizada até 192"^ n H ,C =C — CH=CH 2 2 I 2 CH3 Isopreno H,C— C =C H — CHp ICH3 Borracha natural Fig. 28 Formação da borracha natural. Uma aplicação bastante comum é a da borracha de uso es colar. No entanto, são poucas as aplicações da borracha natural na sua forma não vulcanizada. pois o material é termoplástici'e de baixa resistência. A borracha natural é mais utilizada após passar pelo pro cesso de vulcanizaçào. Vulcanizaçõo A vulcanizaçào é um processo químico, criado pelo america no Charles Goodj ear, em 1939, que consiste no aquecimento da borracha com enxofre sob altas pressões e temperatura. A vu Ican 1 - zação também pode ser feita a baixas temperaturas, utilizando-se o dissulfeto de carbono (CS^) ou o cloreto de enxofre (SCf,). C A P ÍT IflO 1 2 • Polímeros \ 2 5 Basicamente é a reação do enxofre com as ligações duplas que mõSifíca o polímerò qtnmicaiTienteTlbTffiãJido ligações cruza das còní um, dois ou mais enxofres entre as cadeias poliméricas. -^H a C — C = C H — C H jj- + Sj I CH3 Borracha natural CH3 s I / wvaCHj— C -C H —CHj-C H j- S CH,''? vulcanização CHg I-C=CH—CHpWw CH3 Fig, 29 Vulcanização da borracha. A estrutura tridimensional formada pela vulcanização faz com que a borracha passe a ser um material termofixo e não reciclável. A rigidez e a resistência do polímero depen derão do grau de vulcanização, ou seja, da quantidade de enxofre e, consequentemente, do número de ligações cruza das formadas. Uma vulcanização típica pode chegar a 5-10'^ mol de ligações cruzadas por grama de borracha. Para uma borracha com massa molar média de 250.000 u, isso significa algo próximo de 25 ligações cruzadas por cadeia de polímero ou ainda uma média de uma ligação cruzada a cada 150 resíduos de isopreno. Quanto maior o grau de vulcanização, mais enxofre é uti lizado e mais ligações cruzadas são formadas, portanto a bor racha ficará mais rígida e com maior resistência. Um menor grau de vulcanização deixa a borracha mais macia e menos resistente. A principal aplicação da borracha vulcanizada é na fabri cação de pneu de automóvel, pois representa 1/3 da matéria- - prima dos pneus de automóvel no mundo. Borracha sintético (Buno S ou SBR) A Buna S é sem dúvida a borracha sintética mais difundida no mundo. E um copolímero de butadieno e estireno, que são os monômeros de base para a polimerização. Os vulcanizados obtidos a partir dessa borracha apresen tam melhor resistência à abrasão do que a borracha natural, as sim como uma melhor resistência a altas temperaturas (100 °C) e ao envelhecimento. É a principal borracha utilizada na banda de rodagem de pneus. Polímeros de condensarão o termo “condensação” utilizado para esse tipo de políme ro foi consagrado pelo uso, mas a ambiguidade desse termo em Química não toma essa escolha a mais adequada. As reações que levam à formação dos polímeros de condensação são, na verdade, sempre reações de substituição, de forma que o ideal seria chamá-los de polimeros de substituição. As principais características que diferem um polímero de adição de um polímero de condensação (substituição) estão na tabela a seguir. Polímero Reação de formação Fórmula mínima Massa molar Adição A mesma do monômero A mesma do monômero Igual à dos reagentes Condensação Substituição Diferente do monômero Diferente do monômero Menor que a dos reagentes Tab. 1 Resumo das características gerais dos polímeros de adição e de condensação. O conceito mais comum de polímero de condensação con siste em: é um polímero obtido da reação entre monômeros, com eliminação de uma substância mais simples. Esse conceito se explica exatamente pelo fato da reação de polimerização ser uma reação de substituição, ou seja, os monômeros se conectam substituindo grupos que formam uma outra molécula menor, geralmente H2O ou outra substância molecular (HCf, H3CCOOH). Fig. 30 Pneu. I I ín Poliésteres São polímeros que se caracterizam pela presença da função éster na cadeia polimérica. Os monômeros que geram um poliéster devem possuir as funções adequadas à formação da função éster. Os poliésteres mais comuns são fabricados a partir de monômeros que pos suem as funções álcool e ácido carboxílico. Polilactato (PLA) Um poliéster pode ser um homopolímero se o monôme- ro possuir os dois grupos funcionais necessários para a poli- merização. Por exemplo, é possível polimerizar ácido láctico gerando um polímero chamado PLA, de acordo com a reação a seguir. ?"■ ..o n HO—-CH— - OH Ácido láctico CH, O I II , O— CH— C -b + HgO PLA Fig. 32 Formação do PLA. Para uma melhor visualização da função éster formada nesse polímero, a figura a seguir ilustra três resíduos de monô meros de polilactato conectados. CHo O CH, O CH, O I II 1 II I II ç O— CH—C— O— CH—C—O— CH—0 ^ 'n Poliéster PLA n Fig. 33 Estrutura do poliéster PLA. Esse homopolímero biodegradável vem sendo utilizado principalmente em aplicações biomédicas, como fios de sutura que são absorvíveis pelo organismo. Politereftaiato de etileno (PET) Indiscutivelmente, o poliéster mais importante é o polite reftaiato de etileno, mais conhecido pelo termo PET, derivado do seu nome em inglês poly {ethylene terephthalaté). O PET é um copolímero termoplástico formado pela rea ção de esterificação entre o ácido tereftálico (ácido p-benzeno- dioico) e o etilenoglicol (etanodiol). As principais aplicações do PET são em fibras para tecela gem e embalagens de bebidas. Fig. 35 Produtos de uso cotidiano que utilizam PET. Recipientes fabricados de poliésteres não são adequados ao armazenamento de soluções de base forte, como NaOH ou KOH. Isso ocorre porque a saponificação das funções ésteres de um poliéster destrói a estrutura básica do polímero compro metendo a estrutura do recipiente. Poliamídas São polímeros que se caracterizam pela presença da função amida na cadeia polimérica. Os monômeros que geram uma poliamida devem possuir as funções adequadas à formação da função amida. As polia- midas mais comuns são fabricadas a partir de monômeros que possuem as funções amina e ácido carboxílico. As poliamidas estão entre as fibras artificiais mais resis tentes que existem. Isso se deve principalmente à possibilidade de formação de ligações de hidrogênio entre as cadeias polimé- ricas. O hidrogênio sempre presente, ligado ao nitrogênio nas poliamidas, agrupa as condições necessárias para a formação das ligações de hidrogênio. ligações de hidrogênio entre " cadeia de poliamidas Fig. 36 Interações intermoleculares entre as cadeias de poliamidas. Náilon o náilon foi a primeira fibra sintética produzida pelo ho mem. O mais comum dos náilons, o náilon-6,6, é um copolíme ro termoplástico formado pela reação entre 1,6-diamino-hexano e o ácido adípico (ácido hexanodioico). CAPITULO 1 2 • Polímeros °\ /P n H2N—^CH2' ^ NH2 + n C—^ CH 2^ — HO OH 1 ,6-diamino-hexano Ácido adípico f O N -(C H 2^ N — C -(C H ; H H Náilon-6,6 O + 2H2O g. 37 Formação do náilon-6 ,6 . A notação “6,6” refere-se ao número de carbonos de cada monômero e sugere a grande variedade possível de náilons (náüon-6,10; náilon-4,6 etc.) O náiion-6, diferentemente do náilon-6,6, é um homopolí- mero formado a partir da polimerização da caprolactama. Caprolactama Náilon-6 1 ig. 38 Formação do náilon-6. Observe que apesar de não haver a liberação de uma mo lécula menor na polimerização do náilon-6. este é considerado um polímero de condensação, pois a reação de formação é uma reação de substituição. São diversas as aplicações dos náilons. As principais são em fibras para aplicação têxtil e, em razão de sua alta resistên cia longitudinal e baixa densidade, em cordas, linhas de pesca, paraquedas e velas de barcos. Fig. 39 Paraquedas de náilon. Políaramida (Keviar) O Keviar é uma políaramida (poliamida aromática) prepa rada a partir da/7-diaminobenzeno e do cloreto de p-tereftaloila (cloreto de ácido/r-benzenodioila). A presença de anéis aromáticos no Keviar
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