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O LIMITE ENTRE A BRINCADEIRA E O CRIME VIRTUAL

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O LIMITE ENTRE A BRINCADEIRA E O CRIME VIRTUAL 
 
Alisson bruno chaves chagas; Anderson Luciano de Souza; Hugo Frederico boa; 
Matheus Henrique otenio fongaro. 
Introdução 
Diante do grande aumento do numero de usuários da rede mundial de computadores, 
segundo o Nielsen IBOPE no ano de 2014 90,8 milhões de pessoas da população brasileira 
tinha acesso à internet, sabendo que o numero de usuários tende a aumentar a cada ano, dentre 
estes usuários estão às crianças e adolescentes, e este grupo é o que corre o maior risco de 
crimes cometidos na internet, o numero de ataques criminosos realizados pela internet tem 
aumentado nos últimos anos. Contudo as leis brasileiras têm deixado a desejar sobre a 
segurança da rede. Sabendo disto os “cybers criminosos” tem aproveitado a oportunidade para 
cometerem seus crimes livremente, devido à impunidade que os usuários têm, e assim 
encorajando muitos a cometerem os crimes. 
Dentre os crimes virtuais que teve um aumento significativo estão: o racismo e a 
xenofobia. Com isso pretendemos observar onde está o limite entre a brincadeira e o crime, 
sabendo que se tratando de uma rede que esta interligada mundialmente o que se pensa ser 
brincadeira, para outra pessoa venha a ser crime. 
Objetivo 
O objetivo deste trabalho é verificar o limite entre o crime virtual do racismo e a 
xenofobia. 
Metodologia 
Os métodos aplicados neste trabalho é a pesquisa bibliográfica, a pesquisa consiste em 
verificar em site, livros, jornais e artigos científicos. 
Resultados e Discussão 
São comuns as brincadeiras entre os usuários nas redes sociais e em toda a internet. As 
chamadas “Zueiras” estão presentes durante toda a nossa vida, desde a pré-escola a 
universidade, no dia a dia, no ambiente de trabalho envolvendo todas as questões, de 
financeiras a sociais e biótipos e todos os tipos de situações são levadas a ao riso ou gracejo, 
seja por brincadeira, seja por questões de preconceitos, e é neste abuso das “Zueiras” que 
queremos aqui traçar um paralelo entre a brincadeira e o crime. 
Com a evolução tecnológica, as brincadeiras e apelidos de escolas outrora inocentes, 
passaram a terem efeitos mais nocivos à vida em sociedade. Porém o racismo sempre existiu, 
o preconceito sempre nos acompanhou com a expansão da internet aqueles praticam o que a 
lei denomina CRIME DE ÓDIO, ganharam mais espaços, alargaram suas fronteiras de 
atuação, e embora existam algumas ferramentas legais que tentam coibir e punir tal pratica. 
Coexiste o que podemos denominar o cyberbuling amigável, quando estes crimes são 
praticados de forma “amigável”, entre os amigos e ou grupos virtuais onde nem sempre os 
alvos são atingidos diretamente, ou prejudicadas, Algumas vezes as pessoas ofendidas nem 
sabem da existência de tais idéias e práticas. 
No conceito virtual da questão parece algo inofensivo, no entanto, não deixa de ser uma 
pratica criminosa, onde de certa forma esta se alimentando uma idéia de ódio pré-existente. 
Embora talvez nunca venha a ofender diretamente alguém, sendo este do meio de amigos ou 
conhecidos. Acabam instigando outros a praticarem o mesmo crime de intolerância, embora 
também nossas leis não punam idéias, ou ideologias, mas todo mal sendo alimentado ou 
incentivado contra um ser ou uma instituição caracteriza-se um crime de ameaça o que é sim 
punível, seja estes ou qualquer tentativa semelhante são atitudes que demandam preocupações 
em potencial, pois pode sim através destes comportamentos criar um criminoso que vai do 
virtual ao real em muito pouco tempo. 
A vida virtual tem em si a falsa sensação de segurança de poderes sem limites, o usuário 
ao iniciar sua vida virtual torna-se cada vez mais obsoleto da vida real, passando a acreditar 
que tudo o que se faz na vida virtual pode vir a ser praticado na vida real, que mesmo não 
afetando diretamente as pessoas estes atos não serão puníveis. 
O nível das brincadeiras 
Nos tempos mais remotos, não tão remotos assim, antes da era dos celulares e 
smartphones, os fenômenos sociais eram festas, quermesses, onde as pessoas se aglomeravam 
e interagiam umas com as outras, eram comuns brincadeiras de rodas, danças flertes, mas no 
geral todos se divertiam, alguns se excediam, é claro. Porem não havia a maldade de forma 
mais abrangente e direta na forma de agredir uma ou outra pessoa. Não se falavam em 
bulling, e preconceito era visto de uma forma não odiosa. Usavam-se apelidos e formas 
diferentes e até não convencionais no tratamento entre amigos, ninguém se ofendia e 
vivíamos uma vida com uma ótima interação social. 
Com o avanço da tecnologia as interações deixaram de ser cara a cara, a sociedade no 
geral veio a se sentir mais segura atrás de uma tela. Com isso as idéias que até então não 
tinham forma nem adeptos, foram ganhando espaço e admiradores que agora começaram a 
compartilhar e disseminar suas idéias, a chance de ser descoberto e/ou famoso no mundo 
virtual e até ter um meio de sobrevivência tornou este mundo cada vez mais atrativos, no 
vasto campo da internet compra-se e vende de um tudo, sem exagero e nem pudor. De sexo e 
drogas a agulhas e animais. 
Têm lá suas vantagens o mundo virtual, e numa era ultramoderna e tão “ágil”, se tornou 
obrigatório o uso das tecnologias e das redes sociais, enfim não temos como fugir ou evitar o 
uso da mesma cedo ou tarde são obrigados a usar e compartilhar tal ferramenta. 
O Limite entre a Brincadeira e o Crime 
No uso desenfreado das redes sociais, muitas idéias ganham corpo e opinião a partir do 
momento em que são lançadas nas redes. Desde então tais idéias que pregam o racismo e 
xenofobia são censuradas por muitos, mesmo sobre censura de muitos estes por sua vez não 
deixam de compartilhar a mesma ideia viralizando na rede mesmo que com opiniões 
contrárias acabam sem querer pregando mais o ódio e racismo, uma vez, que a revolta só gera 
revolta. 
Quando o racismo é empregado no meio dos grupos de trabalho, da faculdade, de 
vizinhos, começa com leves apelidos e brincadeiras que inicialmente não ofendem com o 
tempo a insistência em tal situação, o uso de termos que denigrem as pessoas que afetam o 
individuo atacando sua raça, cor, religião e outros aspectos pessoais. 
Para (FERREIRA, 2014) “Preto, neguim, macaco, escravo, senzala” e outros termos são 
usados constantemente contra negros em diversas situações do dia a dia. Muitos casos são 
considerados pelas pessoas como “brincadeiras”, todavia, podem também ser considerados 
atos racistas. “Essas ofensas afetam o psicológico da pessoa e podem causar transtornos para 
ambos os lados”. 
A ação do Estado no Combate ao Crime de natureza Racista. 
Os atos de discriminação por raça e cor são considerados crimes no Brasil desde 1989, 
quando entrou em vigor a Lei 7.716, a chamada Lei Caó --homenagem a seu autor, o então 
deputado e ativista do movimento negro Carlos Alberto de Oliveira. 
Pela lei, está sujeito a pena de dois a cinco anos de prisão quem, por discriminação de 
raça, cor ou religião, impedir pessoas habilitadas de assumir cargos no serviço público ou se 
recusar a contratar trabalhadores em empresas privadas. 
Também comete o crime de racismo quem, pelos mesmos motivos, recusa o 
atendimento a pessoas em estabelecimentos comerciais (um a três anos de prisão), veda a 
matrícula de crianças em escolas (três a cinco anos), e impede que cidadãos negros entrem em 
restaurantes, bares ou edifícios públicos ou utilizem transporte público (um a três anos). 
Além dos crimes de racismo, também há a conduta chamada de injúria racial (artigo 140 
do Código Penal), como cita o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) “Enquanto a injúria 
racial consiste em ofender a honra de alguém se valendo de elementos referentes à raça, cor, 
etnia, religião ou origem, o crime de racismo atinge uma coletividade indeterminada de 
indivíduos, discriminando toda a integralidadede uma raça. Ao contrário da injúria racial, o 
crime de racismo é inafiançável e imprescritível” (CNJ). 
Como denunciar 
Existe muitas formas denunciar. É possível prestar queixas nas delegacias comuns e 
especializadas em crimes raciais, presentes em algumas capitais em São Paulo, por exemplo, 
há a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. Algumas unidades da federação 
também contam com disque denúncias específicos para o crime de racismo, como o disque 
124, no Distrito Federal. 
No caso de atos de racismo ocorridos em sites de internet ou redes sociais, é possível 
comunicar as autoridades diretamente pela rede. Veja como: 
Endereços para o envio de denúncias: 
http://denuncia.pf.gov.br/ 
http://new.safernet.org.br/denuncie 
http://cidadao.mpf.mp.br/. 
Referencia 
BRASIL. Conheça a diferença entre racismo e injúria racial. Conselho Nacional de 
Justiça, 2015. Disponível em <http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/79571-conheca-a-diferenca-
entre-racismo-e-injuria-racial>. 
ESPINOLA, Humberto. Os abusos cometidos na internet e a lei Brasileira. JUSBRASIL, 
Brasilia-DF, 2015. Disponível em < 
http://humbertoespinola.jusbrasil.com.br/artigos/185556396/os-abusos-cometidos-na-internet-
e-a-lei-brasileira> Acesso em 28.03.2016. 
 
FERREIRA, Éderson. Brincadeira ou ato de racismo?. Blog Diário do rio doce. Governador 
Valadares – MG, 2014. Disponível em: < 
http://www.drd.com.br/news.asp?id=50089100024487501382>. 
IBOPE, Nielsen. BRASIL SUPERA JAPÃO EM NÚMERO DE PESSOAS COM 
ACESSO À INTERNET. Brasil, 2014. Disponível em < http://www.nielsen.com/br/pt/press-
room/2014/Brasil-supera-Japao-em-numero-de-pessoas-com-acesso-a-Internet.html>. 
 
 
 
 
 
 
	BRASIL. Conheça a diferença entre racismo e injúria racial. Conselho Nacional de Justiça, 2015. Disponível em <http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/79571-conheca-a-diferenca-entre-racismo-e-injuria-racial>. 
	ESPINOLA, Humberto. Os abusos cometidos na internet e a lei Brasileira. JUSBRASIL, Brasilia-DF, 2015. Disponível em < http://humbertoespinola.jusbrasil.com.br/artigos/185556396/os-abusos-cometidos-na-internet-e-a-lei-brasileira> Acesso em 28.03.2016.

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