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Reforma Política

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Graduação em Direito
Gilberto Silva
Guilherme Guimarães
Gustavo Temponi
João Victor Couto
Maria Luisa Malta
Yago Lima
Reforma Política
Belo Horizonte
2016
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Gilberto Silva
Guilherme Guimarães
Gustavo Temponi
João Victor Couto
Maria Luisa Malta
Yago Lima
Trabalho sobre Reforma Política
Projeto final do semestre apresentado para avaliação da disciplina Política do Curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Orientadora: Profa. Helaine Francisco Sampaio
Belo Horizonte
2016
3. Coligações partidárias em eleições proporcionais...........................................9
4.Suplentes de Parlamentares...........................................................................11
5. Financiamento de campanha.........................................................................12
6.Conclusão.......................................................................................................13
Introdução
O presente trabalho visa elucidar as diferentes formas de administração política e seus respectivos pontos positivos, negativos e conflitos existentes. Desta forma, analisaremos a atual conjuntura política do Brasil, que traz à tona a ineficácia do sistema eleitoral e partidário implementado no país.
 A partir desta análise, o grupo abre precedentes para a discussão de uma Reforma Política. Com isso, abordaremos os temas como, sistema eleitoral, coligações, lista partidária e financiamento público de campanha e suplentes de parlamentares, necessários para que se concretize uma democracia estável.
1. Sistema Eleitoral
O sistema eleitoral é um instrumento do Estado, que visa a instituição de um sistema de votação, ou seja, a população escolhe seus representantes junto ao poder estatal. O sistema eleitoral apresenta três divisões, sendo elas: sistema majoritário, proporcional e o misto. Segundo Cristian Klein, ‘’sistemas eleitorais majoritários priorizam a governabilidade’’ isso quer dizer que neste sistema os candidatos que receberem a maioria absoluta dos votos válidos serão eleitos’’ e o proporcional ‘’espelhar a diversidade da população no parlamento’’.
Atualmente no Brasil, existem dois modelos de sistema eleitoral vigente, sendo o majoritário para as decisões do executivo e senador, e o proporcional para deputados e vereadores. Este sistema foi criado na Constituição de 1988 e pelo Código Eleitoral perante a Lei 4.737 de 1965 e também é regulada pelo Tribunal Superior Eleitoral – TSE.
Sistema Eleitoral Majoritário
No sistema majoritário existe um cargo por vaga, o candidato nesse modelo, só se elege caso consiga maioria absoluta dos votos. Com isso se subdivide em sistema de maioria simples, a qual é eleito – em único turno - quem obtiver o maior número de votos válidos; ou o sistema de maioria absoluta, onde é eleito aquele que obtiver mais de 50% dos votos, excluídos os brancos e nulos.
Jairo Nicolau disse acerca do sistema majoritário de dois turnos – sistema de maioria absoluta, que: ‘’guarda características semelhantes ao sistema de maioria simples’’ (Nicolau, Jairo pag 21,4 edição 2002) .A principal diferença é na realização de uma nova eleição, pouco tempo depois, nos lugares em que nenhum candidato obtiver 50% dos votos, em que os dois únicos candidatos mais bem votados, disputarão a maioria absoluta. Vale a ressalva de que só haverá dois turnos para prefeitos, em cidades com mais de 200.000 mil eleitores razão do disposto nos arts. 29, inciso II, e 77 da Constituição Federal.
Essa exigência de maioria absoluta visa dar maior representatividade para as eleições dos chefes do executivo, por possuir maioria da população, que não é requisitio na simples. 
Segundo Nicolau, há outro argumento que defende o sistema de dois turnos: ‘’é a sub-representação de partidos extremistas. Como o sistema estimula a realização de alianças partidárias entre o primeiro e o segundo turnos, os partidos mais radicais tenderiam a ter mais dificuldades em realizá-las’’(Nicolau, Jairo p. 22-23, 4 edição 2002).
 1.2 – Sistema Proporcional
 O sistema proporcional foi proposto pelo Francês Mirabeu, que Segundo Jairo Nicolau, tem como fundamentos principais: a) assegurar a diversidade de ideologias, opiniões, de uma sociedade, expressos por intermédio de partidos políticos; b) garantir uma proporcionalidade matemática equitativa, entre os votos dos eleitores e a representação dos seus candidatos. Sendo assim, nesse sistema o número de cadeiras é o aspecto mais importante para garantir resultados proporcionais. Esse sistema é amplamente utilizado na Europa (Àustria, Bélgica, Bulgária,Alemanha etc) e na America Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colombia, etc). 
 Garantindo a diversidade ideológica no governo através da possibilidade de que diversos partidos e coligações, juntem votos, de diversos candidatos para conquistarem as vagas no parlamento (Camara dos deputados, Assembleia Legislativa e Camara dos Vereadores). 
 Assim um deputado no Brasil, pode ser bem votado, não necessariamente será eleito, sendo preciso que os partidos e coligações alcancem o quocficiente eleitoral. Esse quocficiente , é alcançado por meio da fórmula eleitora, em que, dividindo-se o número de votos válidos que os partidos ou coligação alcançaram, pelo número de vagas no parlamento. Assim ele se torna, segundo Nicolao uma uma cláusula de exclusão, pois os partidos que não o alcançarem não terão direito a cadeiras. Entretanto no Brasil a Constituição estabelece número máximo de 70 e mínimo de 8 cadeiras, por estado, tendo todos eles representantes , nesse modelo.
Tomemos como exemplo, para elucidar ums dos problemas do voto proporcional distorcido, com candidatos únicos com grande número de votos, que elegem representantes em que o povo não votou. Nas eleições de 2002, Enéas, com seus 1.573.11 votos, conseguiu eleger o deputado Amauri Robledo Gasques, com 18.415 votos, o professor Irapuan Teixeira, com 673 votos, Elimar Damasceno, com 484 votos, Ildeu Araújo com 382 votos e Vanderlei Assis, com 275 votos.
1.3 Sistema Misto
O sistema eleitoral misto tem como base, de acordo com Jairo Nicolau o voto majoritário combinado com o voto em lista fechada, ou seja, utilizam os modelos de representação proporcional e majoritária para o mesmo cargo.
Como explica Murilo de Aragão, (2014) nesse sistema o eleitor vota duas vezes, uma em um candidato de seu distrito que tem ideologias semelhantes a suas, e outra em um partido. Esse sistema evidencia a tentativa de aproximar os representantes da população ao seu eleitorado e também fortalecer as legendas partidárias através da lista fechada. O primeiro país a adotar o sistema misto foi a Alemanha em 1949, com pressuposto de compensar com o sistema proporcional as distorções (voto/cadeira) produzidas pelas eleições majoritárias.
Lista Partidária
A lista partidária é um aspecto fundamental no sistema proporcional, pois define os eleitos dentre os nomes apresentados pelos partidos. Há a possibilidade de adoção de uma lista aberta, fechada ou flexível. (NICOLAU, 2006, p. 133).
2.1 Lista fechada:
Jairo Nicolau (2002) define que, nessa configuração, os partidos definem a ordem dos candidatos na lista antes das eleições. Os eleitores não votam nos candidatos, sim nos partidos, e as cadeiras obtidas serão dos primeiros nomes por estes citados, permitindo assim que o partido controle o perfil de cada candidato eleito. Se um partido elege dez representantes, as cadeiras serão utilizadas pelos dez primeiros nomes. Os apoiadores da adoção da lista fechada o fazem por acreditar que a mesma fortaleça o vínculo eleitor-partido e por ser, segundo eles, a melhor forma de garantir que o financiamento de campanhas eleitorais seja exclusivamente público.  A lista fechada é utilizada por Israel, Espanha, Portugal, Argentina, Áfricado Sul e Itália desde 2006.
2.2 Lista aberta:
No Brasil, eleições para deputados e vereadores – Câmara baixa- utilizam do sistema proporcional de lista aberta, esse sistema tem como base o quoficiente eleitoral recebido por um determinado partido/coligação que definirá o número de vagas de cada um (MURILO ARAGÃO, 2014 p.108).
Seguindo o raciocínio de Nicolau (2002), nesse sistema os candidatos eleitos são decididos através dos eleitores. Uma lista de candidatos é apresentada pelos partidos e o eleitor vota em um dos nomes citados. As cadeiras obtidas pelo partido, nesse caso, são ocupadas pelos nomes mais votados. A lista aberta é, segundo o autor, utilizada pelo Brasil, Finlândia, Chile e Polônia. Por exemplo, no Brasil o estado de São Paulo, por apresentar o maior colégio eleitoral do país, possui um número, significante de cadeiras na Câmara dos Deputados, sendo 70 representantes.
O sistema vigente no Brasil sofre duras criticas, pois da forma como ele é posto ocorre uma competição interna, desfavorecendo o voto na legenda partidária e exaltando o voto na personalidade política. O que promove cada vez mais candidatos famosos, celebridades. Dessa forma, faz de deputados, vereadores, senadores grandes profissões, cargos públicos de mero interesse econômico e não pelo exercício do direito político ou interesse na polis.
2.3 Lista flexível:
Nesse sistema, os partidos definem uma ordem de candidatos, mas os eleitores podem escolher dentre a lista um nome para dar o voto. Caso um candidato obtenha um número significativo de votos, cujo critério de avaliação depende de cada país, sua posição na lista pode ser alterada. O sistema é utilizado na Áustria, Holanda, Bélgica, entre outros. Em geral, a lista partidária é confirmada pelo eleitor, sendo baixo o número de candidatos que conseguem mudar de posição na lista. (NICOLAU, 2002 loc. cit.)
Os conflitos existentes entre as diferentes listagens partidárias, segundo Nicolau, são os seguintes: Redução de escolha dos eleitores. O sistema de lista aberta permite tanto a escolha por partido ou coligação como por candidato. No sistema de lista fechada, por outro lado, o eleitor apenas escolhe o partido, ou seja, caso um dos candidatos escolhido pelo partido fosse eleito, nada poderia ser feito, reduzindo sua margem de escolha. (Autor, ano)
 Muitos críticos acreditam que, com a escolha pela lista fechada no Brasil, os dirigentes de cada seção partidária poderiam manipular suas listas a fim de favorecer seus aliados.
Ausência de prestação de contas personalizada. Uma crítica importante ao sistema de lista fechada é a falta de incentivo à ligação direta eleitor-representante, causando o desinteresse por parte do parlamentar em prestar contas de seu mandato à população. No sistema atual, os deputados têm a necessidade constante de se conectarem às suas bases, mas os críticos apresentam falhas na conexão: há setores mal representados e setores sobre-representados, deputados representando interesses específicos e o desvirtuamento do mandato através da corrupção. (Autor, ano)
Coligações partidárias em eleições proporcionais 
Para falarmos de coligações partidárias em eleições proporcionais primeiro precisamos definir os dois conceitos. Chamamos de coligações partidárias quando dois ou mais partidos apresentam os seus candidatos em conjunto para concorrer alguma determinada eleição. Diferente das eleições majoritárias onde é só permitido votar no candidato, nas eleições proporcionais pode-se votar no candidato, no partido ou na coligação. Esse é o sistema pelo qual são eleitos os representantes da Câmara Federal, das Assembleias Legislativas e também das Câmaras Municipais. (Autor, ano)
A Justiça Eleitoral vê uma coligação como um só partido, tendo assim as mesmas obrigações e direitos como os demais partidos políticos. A partir do momento que a coligação é feita os partidos coligados passam a ser um só partido onde devem agir como tal e por isso é necessário a escolha de um presidente que irá responder e representar os partidos integrados. Ao escolher os seus representantes, o eleitor está votando antes de tudo, em um partido. E isso se dá porque o número de partidos vem antes, nesse caso é eleito o candidato que esteja no partido que recebeu mais votos, isso porque os as vagas são distribuídas de acordo com a votação recebida por cada partido ou coligação. No site do Tribunal Regional Eleitoral é possível entender como esse cálculo funciona, o número total de votos válidos é dividido pelo número de vagas em disputa, essa divisão é chamada de Eleitoral. O número obtido dessa divisão é o número de representantes que em nome do partido/coligação ocuparam cadeiras. (Autor, ano)
De acordo com o professor nome do Departamento de Ciências Sociais da UNIR (ano), as coligações existem em nosso ordenamento jurídico desde a experiência democrática de 1945 – 1964, mas coligações em eleições proporcionais só foram permitidas novamente com a redemocratização em 1985, sendo até hoje um assunto em debate. A última vez que foi tema de discussão no Senado foi em 2015, segundo a Jornalista Gabriela Guerreiro (ano), a PEC No/ano (proposta de emenda constitucional) aprovou o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais com o objetivo de dar fim a coligações de partidos que se unem para ampliar o tempo no horário eleitoral e também acabar com a grande visibilidade que partidos pequenos tem através das coligações. Apesar dessas mudanças, a proposta não muda a prática dos “puxadores de voto”, permanecendo a eleição de deputados que não alcançaram o eleitoral com seus próprios votos. 
A permissividade das coligações em eleições proporcionais é considerada como um dos elementos que facilita o acesso a representatividade, podemos comprovar isso com os dados do site da Câmara, onde apenas 36 deputados de 513 foram eleitos por seus próprios votos nas últimas eleições em 2014. A proposta (PEC 352/13) apresentada pelo Grupo de Trabalho da Reforma Política procura mudar o modelo atual, para privilegiar candidatos ao invés de partidos, fazendo assim que as eleições sejam mais justas. (Autor, ano)
Podemos observar também mais um aspecto negativo desse sistema atual, O Jornal Estadão publicou uma matéria mostrando que 28 partidos conseguiram representação na Câmara dos deputados, mas o número de partidos efetivos são 13 na câmara e 8 no senado, deixando claro que as eleições de 2014 registrou a maior fragmentação partidária da história brasileira. 
4. Suplentes de Parlamentares
O sistema de suplência de parlamentares é utilizado no Brasil e está previsto na Constituição Federal, onde determina a substituição dos deputados ou senadores por suplentes no caso de vacância definitiva do cargo (art.56). Segundo a análise de Charles Pessanha e Ana Luiza Backes, (ano) cada uma das duas casas legislativas tem regras próprias para a escolha de suplentes: os deputados são eleitos pelo sistema proporcional e os senadores pelo princípio majoritário. Os deputados seguem a ordem de que após a eleição a lista partidária de cada partido ou coligação é ordenada de acordo com o resultado das urnas, na ordem de votação recebida por cada candidato. Os mais votados são eleitos e os demais passam a construir a lista de suplência, válida para o partido ou coligação durante todo aquele mandato. A ordem de chamada é definida pelo desempenho de cada candidato na eleição. Já os senadores são eleitos com dois suplentes cada um, sendo os substitutos também eleitos juntos com o senador. O problema dessa fórmula é que ela acaba por ocultar os candidatos à suplência, cujos nomes não são divulgados durante a campanha. E o que se vê é que para a indicação do cargo prevalecem escolhas de parentes, de financiadores de campanha e até acordos para divisão de mandatos. 
De acordo com a justiça eleitoral brasileira, em países como os Estados Unidos, França e Alemanha não se utiliza o sistema de suplência. Nos EUA se o Senador se afasta do mandato ou este é declarado vago em razão de outras circunstâncias(cassação, impedimento, morte ou renúncia), assim permanece, salvo se o titular falece durante o primeiro ano de mandato, quando é convocado um pleito específico para o seu preenchimento. Se esta vacância for declarada no último ano, a Assembleia Estadual a qual o titular representava se reúne e ratifica a indicação de um Senador para cumprir o restante daquele mandato, consoante visto recentemente. 
Segundo Charles Pessanha e Ana Luiza Backes, (ano) uma boa forma para solucionar o problema da suplência seria permitir ao eleitor votar diretamente no suplente, escolhendo entre as alternativas apresentadas pelo partido. Onde cada candidato ao Senado seria registrado com vários candidatos a suplente. 
5. Financiamento de campanha 
Nos últimos anos, os casos de corrupção envolvendo políticos e empresas doadoras de campanha, fez com que o debate a cerca do financiamento de campanha voltasse aos holofotes da mídia. Reacendendo a polêmica sobre o dinheiro envolvido por trás das propagandas políticas.
O financiamento de campanha consiste na arrecadação de recursos para que os partidos e os candidatos possam fazer a campanha política.
No Brasil, até o dia 17/09/2015 adotou-se o sistema misto. Os partidos poderiam levantar fundos por meio de doações de entidades privadas, incluindo pessoas físicas ou jurídicas, mas também recebiam verbas públicas do Fundo Partidário, que é abastecido por dotações orçamentárias da União. Segundo o levantamento da BBC Nas últimas eleições, partidos e candidatos arrecadaram cerca de R$ 5 bilhões de doações privadas, quase na sua totalidade feitas por empresas. Além disso, receberam no ano passado R$ 308 milhões de recursos públicos por meio do Fundo Partidário, enquanto o tempo "gratuito" de televisão custou R$ 840 milhões aos cofres da União por meio de isenção fiscal para os canais de TV. Em 2015, Senadores e deputados decidiram triplicar a verba do fundo partidário para R$ 867,56 milhões. (Autor, ano)
No dia 17/09/2015, esse sistema foi mudado, passando a adotar um modelo de financiamento onde as doações privadas são permitidas apenas para pessoas físicas. O STF proibiu doação de empresas para campanhas eleitorais, dos 11 ministros, 8 entenderam que a contribuição contraria Constituição. O argumento usado pelos defensores de um financiamento público, E que o dinheiro doado por pessoas jurídicas serve como uma troca de favores e fortalece o corporativismo dentro do governo. Em contra partida os críticos do fim financiamento privado, dizem que a Constituição veda apenas o abuso do poder econômico, e não proíbe o financiamento de pessoas jurídicas. 
Segundo Celso de Mello, (ano):
 ”Entendo que não contraria a Constituição o reconhecimento da possibilidade de pessoas jurídicas de direito privado contribuírem mediante doações para partidos políticos e candidatos, desde que sob sistema de efetivo controle que impeça o abuso do poder econômico."
Em um panorama global, fica evidente é que a completa proibição das doações privadas de campanha, não é uma realidade nos países mais desenvolvidos no mundo e tão pouco é visto como uma solução mágica para enfrentar a corrupção. Para diminuir a corrupção, existem inúmeros estudos que indicam a mesma solução, o remédio mais eficaz é a abertura de mercado e a diminuição do Estado. Quando mais livre economicamente um país, menor é sua percepção de corrupção.
6. Conclusão
O sistema eleitoral brasileiro apresenta certas peculiaridades que acabaram o tornado falho, distorções essas que corrompem o sistema político e estimulam a corrupção. A união do sistema majoritário com o sistema proporcional de lista aberta, e a forma com que o arranjo de partidos se da no país causa instabilidade no sistema de governo, imputando em falta de governabilidade para o presidente.
Desta forma, concluímos também que o sistema eleitoral majoritário tem seu ponto negativo por fazer com que pessoas que tem grande visibilidade se elejam apenas por ter popularidade e não pelo os que deveriam ser os reais motivos, por exemplo por acreditarem que essa pessoa possa de fato representar parte de seus eleitores, ser a mudança que precisamos e atender nossas necessidades. Enfrentamos também problemas com o outro sistema, o sistema proporcional. Teoricamente deveria ser o melhor sistema porque mesmo que o seu candidato não se eleja, outros candidatos do mesmo partido/coligação se elegeriam, compartilhando assim os mesmos ideais que você defende. Infelizmente não é isso que acontece no atual cenário político brasileiro diferentemente da Europa, nossos partidos políticos não são tão ideológicos e se unem a maioria das vezes por simples conveniência, conseguindo assim mais tempos em propagandas políticas, mais cadeiras na Câmara e também maior visibilidade etc. Por isso existem muitos conchavos políticos que nascem visando objetivos diversos ao interesse público e muitas vezes em detrimento da própria ideologia partidária, ignorando a vontade de seus eleitores que depositaram seus votos confiando nas promessas e objetivos traçados pelos candidatos e partidos.
Todavia, é evidente que a Reforma Política no Brasil se faz mais do que necessária para corrigir problemas existentes tanto no sistema eleitoral, quanto na democracia. Alguns exemplos de medidas necessárias a reforma são um novo rearranjo das coligações, diminuição do número de partidos e voto distrital misto, que representaria melhor a pluralidade dos segmentos sociais.
Referências:
BBC. Financiamento de campanha. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150330_financiamento_butao_ms>. Acesso em: 10 mai. 2016.
EBC. Como funciona o sistema eleitoral brasileiro?. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/noticias/politica/2013/07/como-funciona-o-sistema-eleitoral-brasileiro>. Acesso em: 18 mai. 2016.
G1. Supremo proíbe doação de empresas para campanhas eleitorais. Disponível em: <http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/09/supremo-decide-proibir-doacoes-de-empresas-para-campanhas-eleitorais.html>. Acesso em: 24 mai. 2016.
NICOLAU, Jairo Marconi. Sistemas eleitorais. 4 ed. [S.L.]: FGV Editora, 2002. 79 p.
SENADO FEDERAL. Como funciona a eleição de deputados federais e estaduais. Disponível em: <http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2014/10/01/como-funciona-a-eleicao-de-deputados-federais-e-estaduais>. Acesso em: 11 mai. 2016.
ANASTASIA, Leonardo Avritzer E Fátima. Reforma política no brasil. [S.L.]: UFMG, 2006.
JUSBRASIL. Regras de suplência de senador podem ser mudadas na reforma política. Disponível em: <http://tre-sc.jusbrasil.com.br/noticias/2787898/regras-de-suplencia-de-senador-podem-ser-mudadas-na-reforma-politica>. Acesso em: 20 mai. 2016.
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Eleição para a câmara dos deputados segue o modelo proporcional previsto na constituição. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/politica/475535-apenas-36-deputados-se-elegeram-com-seus-proprios-votos.html>. Acesso em: 24 mai. 2016.

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