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Artigo Tecnicas de higienização

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Técnicas de higienização de acervos 
TÉCNICAS DE HIGIENIZAÇÃO DE ACERVOS 
 
Chloé Amon da Cunha de Sousa 
*
 
Marina Otero Lemos 
**
 
Tathiane Amaral Marques 
***
 
Yame de Oliveira Lacerda Cordeiro 
****
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho
1
 é o resultado dos estudos realizados acerca do processo de higienização, citando 
algumas técnicas e a limpeza de livros, piso e estantes com o objetivo de contribuir com uma prévia 
análise sobre algumas das técnicas de higienização, levando em consideração as especificidades de 
cada instituição em questão para que os métodos de higienização possam ser aplicados de maneira 
efetiva de acordo com as particularidades do acervo. 
Palavras-chave: Higienização, política de preservação, conservação preventiva. 
 
 
ABSTRACT 
 
This work is the result of the accomplished studies about the process of sanitation, mentioning 
some tecniques and the cleaning of books, floor and bookcases with the purpose of contributing 
briefly to a previous analisis abou some of the sanitation tecniques, considering the specificities of 
each institution just so the sanitation methods can be aplied in na effective way according to the 
peculiarities of the collection. 
Palavras-Chave: Sanitation. Preservation Policy. Preventive Conservation. 
 
 
 
* Graduanda em licenciatura do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 
– UNIRIO – chloeamon2002@hotmail.com 
** Graduanda em bacharelado do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do estado do Rio de 
Janeiro – UNIRIO – marinaoterolemos@gmail.com 
***
 Graduanda em bacharelado do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do estado do Rio de 
Janeiro – UNIRIO – tathianeamaral@gmail.com 
****
 Graduanda em bacharelado do Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do estado do Rio de 
Janeiro – UNIRIO – yamecordeiro@yahoo.com.br 
1 Trabalho apresentado como requisito parcial para conclusão da disciplina Política de Preservação de Acervos 
Bibliográficos, ministrada pelo professor Fabiano Cataldo de Azevedo. 
Técnicas de higienização de acervos 
1 INTRODUÇÃO 
 
Existem hoje milhões de livros sendo devorados pelo tempo, uso 
inadequado e outros fatores, demandando urgentemente esse tipo de 
trabalho [...] Um patrimônio inestimável que se exaure a cada segundo. 
Assim, preservando e recuperando os nossos livros, estaremos 
transcendendo as barreiras físicas, atuando muito além das suas fronteiras, 
nutrindo a chama tênue da criação e da sabedoria universais. (GOMES, 
2006) 
 
Este artigo é um dos resultados produzidos por pesquisas sobre higienização a fim 
de contemplar as avaliações da disciplina de Políticas de Preservação de Acervos 
Biblioteconômicos do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio 
de Janeiro (UNIRIO), orientadas pelo professor Fabiano Cataldo de Azevedo. 
Ao estudar a higienização nos acervos documentais e/ou bibliográficos, as 
principais questões que surgem acerca da questão se fazem em relação às técnicas — quais 
são elas, quais são as mais utilizadas e mais eficientes e quais são os principais focos da 
higienização dentro de uma biblioteca. 
A higienização é uma das medidas de prevenção de infecção do acervo. O processo 
de higienização não inclui apenas a limpeza do acervo, mas também do local que o 
circunda.
2
 
A sujidade, além de ser um dos agentes de deterioração que mais afeta documentos, 
também atrai as pragas que se aderem ao pó e o usam como veículo transportador. Este pó, 
ácido e ao qual se aderem inúmeras partículas, afeta o documento e promovem materiais 
que podem servir de alimento a agentes biodeterioradores. 
Por esse motivo, a higienização é considerada uma medida de conservação 
preventiva, e deve ser rotina na manutenção de acervos de bibliotecas ou arquivos para que 
processos de deterioração sejam evitados, identificados, interrompidos e sanados. 
Este trabalho faz uma breve abordagem de técnicas utilizadas no serviço de 
higienização de um acervo documental e, principalmente, bibliográfico, a partir, 
principalmente, de manuais de higienização. 
O objetivo deste artigo é contribuir com uma prévia análise sobre algumas das 
técnicas de higienização, ampliando possíveis debates para melhoria das mesmas e 
possibilitando, futuramente, identificação de alguma etapa obsoleta. 
 
2 Ver Técnicas de Higienização, Norma Cianflone Cassares, 2010. “É muito importante ter conhecimentos 
básicos sobre os materiais que integram o acervo para que mais danos não sejam causados. Vários são os 
procedimentos, que apesar de simples, são de grande importância para estabilização dos documentos”. 
Técnicas de higienização de acervos 
Abordaremos, aqui, o processo da higienização, mencionando as técnicas mais 
utilizadas a fim de podermos tratar, também, da limpeza de livros, estantes e pisos, o que 
se torna fundamental no gerenciamento de uma biblioteca, sempre levando em 
consideração as especificidades de cada instituição em questão. 
 
 
2 TÉCNICAS DE HIGIENIZAÇÃO 
 
A sujeira é o fator que mais afeta os documentos. A sujidade não é inócua 
e, quando encontra fatores ambientais inadequadas, provoca destruição de 
todos os suportes num acervo. Portanto, a higienização das coleções deve 
ser um hábito de rotina na manutenção de acervos (RODRIGUES, 2007) 
 
O processo de higienização é um procedimento fundamental e indispensável para a 
conservação dos acervos e faz parte da área de preservação documental. Apesar de bastante 
simples, a higienização deve obedecer alguns procedimentos a fim de não danificar ainda 
mais os materiais e resguardar a saúde dos higienizadores. Seu objetivo, independente de 
qualquer intervenção no acervo, é eliminar poeiras ou sujeiras superficiais dos itens do 
acervo, prevenir ou controlar as infestações por agentes biológicos e evitar a degradação do 
acervo por influência de agentes químicos provenientes de poluição do ambiente. Sendo 
um procedimento fundamental na conservação preventiva da biblioteca, a higienização 
deverá ser processo rotineiro na manutenção de um acervo. 
Segundo Norma Cassares (2000), “o processo de limpeza de acervos de bibliotecas 
e arquivos se restringe à limpeza de superfície e, portanto, é mecânica, feita a seco”. A 
autora orienta o bibliotecário a fazer uma avaliação prévia do material a ser higienizado, 
pois caso a profissional não esteja habilitado para uma intervenção direta no documento, o 
mesmo pode provocar um dano maior ao suporte obtendo um resultado oposto ao 
esperado. 
Para que a higienização seja eficiente e menos prejudicial aos suportes, é necessário 
utilizar as ferramentas adequadas para cada item em particular e observar as técnicas que 
se aplicam em cada caso observado. 
 Segundo Rodrigues (2007), “todo material a ser limpo precisa ser avaliado para 
determinar se a higienização vai ser necessária e qual o melhor método. 
 
 
 
Técnicas de higienização de acervos 
3 TÉCNICAS MAIS UTILIZADAS 
Considerando a importância da escolha adequada do tipo de limpeza no acervo, é 
necessária então uma escolha apropriada das técnicas em cada documento, local de 
armazenamento do acervo e ao redor do local que for avaliado para passar pelo processo 
interventivo. 
Dentre eles, um dos mais delicados é a limpeza dos livros e demais documentos, 
pois dependem do processo de deterioração que estão passando e em que grau de sujidade 
se encontram. Não somente neste deve-se prestar atenção. O ambiente da biblioteca 
também necessita de uma manutenção adequada, incluindo oseu entorno. A indevida 
limpeza de pisos e estantes poderá comprometer seriamente o acervo bibliográfico da 
biblioteca. A especificidade nos procedimentos de limpeza e as informações sobre o uso 
correto das técnicas são de fundamental importância para os profissionais que praticam a 
limpeza também no ambiente informacional
3
. 
 
4 LIMPEZA DE LIVROS 
Cassares (2000) e Rodrigues (2007) concordam na afirmação de que a limpeza de 
livros deve ser mecânica e que deva ser levado em consideração o estado de conservação 
dos exemplares. 
Na limpeza do corte é aconselhável a utilização de trinchas e pincéis macios, 
flanelas ou aspirador de pó, retirando as sujidades de dentro pra fora. Só é permitido uso 
dos pincéis nas encadernações se estiverem em bom estado. 
Na limpeza de couro é recomendado apenas o uso de pincel e flanela limpa nas 
encadernações, sendo vetado o uso de soluções aquosas ou oleosas para sua limpeza e 
hidratação. Na limpeza feita na mesa de higienização podem ser usados outros 
instrumentos, como trincha macia e aspirador de pó (RODRIGUES, 2007). Esses 
procedimentos de limpeza se diferenciam no caso da estabilização em encadernações de 
pergaminho. 
A encadernação de pergaminho não necessita do mesmo tratamento do couro. Como é 
muito sensível à umidade, deve-se evitar tratamento aquoso. Para sua limpeza, utilizar algodão 
embebido em solvente de 50% de água e álcool.. O trabalho deve ser feito em pequenas áreas, caso 
o pergaminho esteja ressecado é preciso ter cuidado pois o documento pode desintegrar-se. Para a 
estabilização de pergaminhos, nesse caso, precisaremos dos serviços de especialistas. 
 
3 Essa limpeza abrange o piso, as estantes e os móveis. 
Técnicas de higienização de acervos 
Nas encadernações de tecido, usa-se trincha e aspirador de pó. Nas capas de papel, faz-se 
uso do pó de borracha, enquanto que nas encadernações plastificadas, um pano meio úmido com 
sabonete neutro já é o bastante. (Rodrigues, 2007, p. 22) 
No caso da parte interna do livro, devemos limpar o seu miolo deve com um pincel 
folha a folha, segurando-se firmemente pela lombada e ventilando-se várias vezes cada 
folha. Cassares (2007) também ressalta que em um programa de higienização pode-se fazer 
a limpeza na encadernação, nos cortes e nas primeiras e últimas 15 folhas. 
O uso do pó de borracha é permitido para limpeza de capas de livros, ficando 
proibida sua utilização no miolo do livro, pois pode haver acúmulo de resíduos, 
prejudicando o suporte. O aspirador de pó
4
 é recomendado para a limpeza dos cortes, da 
lombada e costuras, o mesmo deve possuir filtro d’água, proteção de bico e deve ser 
utilizado em baixa potência. Na higienização de manuscritos o cuidado deve ser redobrado, 
pois algumas tintas não resistem ao uso de pincéis e aspiradores de pó. Nesses casos a 
higienização mecânica é desaconselhada. 
 
5 LIMPEZA DE PISOS E ESTANTES 
Cassares (2000) e Rodrigues (2007) concordam que a higienização na biblioteca 
deve priorizar principalmente o piso, as estantes e os móveis do ambiente informacional. A 
recomendação principal está em utilizar aspirador de pó na limpeza dos pisos, vetando 
assim o uso de água próximo ao acervo. Nas estantes fica proibido o uso de espanador de 
pó. 
5.1 Piso 
A forma mais eficiente e adequada de limpeza do piso é com aspirador de pó, pois 
remove a sujidade sem transferir parte da mesma para outras áreas. Qualquer tipo de 
solvente ou cera não é recomendado. Deve-se evitar também a água, pois sua interferência, 
por menor que seja, desequilibra a umidade relativa do ambiente. Normalmente, as 
bibliotecas e arquivos funcionam em espaços não adequados, que apresentam elevado 
índice de umidade relativa do ar e temperatura. Toda a umidade residual que entrar no 
ambiente vai se transformar em vapor e, desta forma fazer subir ainda mais o índice de 
umidade nas salas de acervo. 
 
4 Deve-se revestir internamente o saco coletor de lixo do aparelho comm um saco de lixo plástico descartável, 
esta medida evitará o acúmulo de sujidade no coletor de lixo do aparaelho, tornandp a sua limpeza segura e 
asséptica. 
Técnicas de higienização de acervos 
5.2 Estantes 
Como no caso dos pisos, também podem ser limpas com aspirador de pó. Caso seja 
necessário remover a sujidade muito intensa (incrustada) da sua superfície, pode ser usada uma 
solução de água + álcool a 50%, passada com pano muito 
Em seguida, passar outro pano seco. É preciso estar atento à umidade relativa do ar. Não 
devem ser utilizados produtos químicos, porque estes exalam vapores que geralmente são 
compostos de elementos de natureza ácida. (CASSARES, 2000, p. 32) 
Com tais procedimentos e atitudes, pode-se então confiar na preservação do acervo 
como um todo, não ignorando tanto as interferências internas e externas que provocam a 
sujidade e causando assim, a degradação do acervo. Toda e qualquer atitude com vista nos 
produtos e procedimentos utilizados na limpeza do acervo, com vista de preservá-lo deve 
ter a atenção redobrada e serem feitas por profissionais capacitados. No caso da 
preservação do ambiente e não diretamente no exemplar, pode-se considerar a limpeza por 
profissionais de limpeza do ambiente que sejam direcionados pelos profissionais da 
informação quanto às atitudes e materiais corretos na limpeza do ambiente. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
É notável como o processo de higienização está intrinsecamente ligado às 
características particulares de cada acervo. Portanto, ainda que haja certo consenso em 
relação à utilização de algumas técnicas, é necessário que o gestor do acervo avalie o 
mesmo a fim de definir o tipo de limpeza ideal e específica para o acervo em questão. 
Também é importante o cuidado na hora da utilização de determinados materiais e 
produtos, dependendo do suporte que se higieniza. 
O estudo sobre as técnicas de higienização, então, mostram-se fundamentais para 
melhor gerenciamento do acervo. A partir deste, o gestor do acervo tem maior capacidade 
não só de contratar, por exemplo, uma equipe de higienização como também de 
supervisionar e quesito. 
Os usuários devem estar permanentemente informados sobre as normas e 
procedimentos quanto ao uso das coleções, isso contribui consideravelmente para a conservação 
preventiva do acervo. 
 
 
 
Técnicas de higienização de acervos 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CASSARES, Norma C. Como fazer conservação preventiva em arquivos e bibliotecas. 
São Paulo: Arquivo do Estado e Imprensa Oficial, 2000. 80p. 
DAN, Hazen; ATKINSON, R. W., CHILD, M. Planejamento de preservação e 
gerenciamento de programas. 2. Ed. Rio de Janeiro: Projeto Conservação Preventiva em 
Bibliotecas e Arquivos, 2001. 
Elaboração de projeto de restauro. Santa Catarina: IPUF, maio 2005. Disponível 
em:<http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/14_09_2012_16.18.01.d6efd08cc51
3c0b6c08db87c850bef68.pdf>. Acesso em 2 de nov. 2015. 
RODRIGUES, M.S.P. Preservação e conservação de acervos bibliográficos. Curitiba, 
2007. Disponível em: http://cobip.pgr.mpf.mp.br/sistema-pergamum/ix-encontro-
nacional/18_04_2007/Curso%20%20Preservacao.pdf Acesso em 2 de nov. 2015

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