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CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
– TEORIA E EXERCÍCIOS – 
DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL 
 
 
Prof. Edson Marques 
www.pontodosconcursos.com.br 
1 
Olá pessoal, 
 
Bom dia! Esta é a nossa décima aula, e hoje vamos 
estudar tema bastante interessante, que vem sendo bastante cobrado 
pelo CESPE. Vamos ver o seguinte: 
 
AULA 10: 13.4 Lei nº 9.784/1999. 
 
A propósito, sempre recomendo uma boa leitura da Lei, 
sobretudo os arts. 2º e parágrafo único, 13 a 16, 50, 53 a 55, 57 a 
66, até se possível decorá-los (risos). 
 
Então, vamos ao que interessa. 
 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 
A Lei nº 9.784/99 é lei federal que institui normas 
básicas sobre processo administrativo, tendo por finalidade a 
proteção dos direitos dos administrados e o melhor cumprimento dos 
fins da Administração, conforme dispõe seu art. 1º, assim expresso: 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo 
administrativo no âmbito da Administração Federal direta e 
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos 
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da 
Administração. 
 
Trata-se de uma lei que estabelece normas gerais sobre 
processo administrativo. Por isso, não revogou as demais leis 
específicas, aplicando-se apenas supletivamente às demais espécies 
de processos administrativos (Processo Administrativo Disciplinar, 
Processo Administrativo Fiscal, Processos Regulatórios etc). 
 
Destaca-se, ademais, que essa Lei é aplicável 
exclusivamente no âmbito da Administração Pública Federal, 
de seus órgãos e entidades, ou seja, trata-se de uma lei federal, 
aplicando-se inclusive no âmbito do Poder Judiciário e Legislativo no 
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DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL 
 
 
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exercício da função administrativa. 
 
Significa dizer que não se aplicará aos Poderes 
Legislativo e Judiciário quando se tratar de suas funções típicas, ou 
seja, não se aplica ao processo legislativo, tampouco aos processos 
judiciais. 
 
Por se tratar de lei federal não é aplicável aos demais 
entes federativos (Estados, DF e Municípios), em que pese alguns 
Estados a utilizarem por analogia ou terem leis remissivas à Lei nº 
9.784/99. 
 
É que para parte da doutrina essa Lei é mais do que 
uma norma sobre processo administrativo, é, verdadeiramente, uma 
lei sobre direito administrativo. 
 
Observe que a Lei traz algumas definições importantes, 
conforme seu art. 2º, ao estabelecer que órgão é a unidade de 
atuação integrante da estrutura da Administração (direta ou indireta), 
que entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade 
jurídica, e autoridade, o servidor ou agente público dotado de poder 
de decisão. 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo 
administrativo no âmbito da Administração Federal direta e 
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos 
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da 
Administração. 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos 
dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no 
desempenho de função administrativa. 
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração 
indireta; 
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade 
jurídica; 
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de 
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poder de decisão. 
 
Ademais, de forma primorosa, a Lei de Processo 
Administrativo cataloga uma série de princípios que orientam a 
atuação no processo administrativo, tais como: Interesse Público, 
Legalidade, Finalidade, Moralidade, Eficiência, Razoabilidade, 
Proporcionalidade, Motivação, Ampla Defesa, Contraditório, 
Segurança Jurídica. 
 
Esses princípios, de forma geral, são os constantes da 
própria Constituição Federal, de forma expressa ou implícita. Por isso, 
a doutrina administrativa tem entendido que tais princípios, 
orientadores do processo administrativo, são, em verdade, princípios 
aplicáveis à atividade da Administração Pública. 
 
Assim, em decorrência desses princípios orientadores 
do processo administrativo, a Lei nº 9.784/99 estabeleceu os 
denominados critérios, os quais são, de igual de forma, princípios 
administrativos, compreendendo: 
 
Jurisdicidade/Legalidade: atuação conforme a lei e o 
Direito; 
 
Finalidade/Interesse público: atendimento a fins de 
interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de 
poderes ou competências, salvo autorização em lei; 
 
Impessoalidade: objetividade no atendimento do 
interesse público, vedada a promoção pessoal de 
agentes ou autoridades; 
 
Moralidade: atuação segundo padrões éticos de 
probidade, decoro e boa-fé; 
 
Publicidade: divulgação oficial dos atos 
administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo 
previstas na Constituição; 
 
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Proporcionalidade/razoabilidade: adequação entre 
meios e fins, vedada a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas 
estritamente necessárias ao atendimento do interesse 
público; 
 
Motivação: indicação dos pressupostos de fato e de 
direito que determinarem a decisão; 
 
Formalismo: observância das formalidades essenciais 
à garantia dos direitos dos administrados; 
 
Formalismo moderado: adoção de formas simples, 
suficientes para propiciar adequado grau de certeza, 
segurança e respeito aos direitos dos administrados; 
 
Ampla defesa e contraditório: garantia dos direitos à 
comunicação, à apresentação de alegações finais, à 
produção de provas e à interposição de recursos, nos 
processos de que possam resultar sanções e nas 
situações de litígio; 
 
Vedação de custas ou depósito prévio: proibição de 
cobrança de despesas processuais, ressalvadas as 
previstas em lei; 
 
Impulsão oficial: impulsão, de ofício, do processo 
administrativo, sem prejuízo da atuação dos 
interessados; 
 
Interpretação teleológica e pró-ativa: interpretação 
da norma administrativa da forma que melhor garanta 
o atendimento do fim público a que se dirige, vedada 
aplicação retroativa de nova interpretação. 
 
Observe, portanto, que alguns princípios então 
implícitos na Constituição se tornaram expressos por força da Lei nº 
9.784/99. 
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Dos direitos e deveres dos Administrados 
 
Em sua parte específica a Lei de Processo 
Administrativo dispõe expressamente de alguns direitos dos 
Administrados. 
 
Estabelece que o administrado tem o direito de ser 
tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão 
facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas 
obrigações. 
 
Garante ao administrado o direito de ter ciência da 
tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição 
de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles 
contidos e conhecer as decisões proferidas, bem como de formular 
alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais 
serão objeto de consideração pelo órgão competente. 
 
Além disso, confere o direito ao administrado de se 
fazer assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando 
obrigatória a representação, por força de lei, conforme art. 3º que 
assim estabelece: 
 
Art. 3º O administradotem os seguintes direitos perante a 
Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam 
assegurados: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, 
que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o 
cumprimento de suas obrigações; 
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos 
em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, 
obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as 
decisões proferidas; 
III - formular alegações e apresentar documentos antes da 
decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão 
competente; 
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo 
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quando obrigatória a representação, por força de lei. 
 
É importante dizer que, além de direitos, os 
administrados terão deveres que, conforme art. 4º, compreendem: 
 
I - expor os fatos conforme a verdade; 
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; 
III - não agir de modo temerário; 
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e 
colaborar para o esclarecimento dos fatos. 
 
Fases do Processo Administrativo 
 
O processo administrativo realiza-se sob as seguintes 
fases: a) instauração; b) competência; c) instrução; d) 
relatório; e) decisão 
 
Instauração 
 
A instauração do processo administrativo poderá 
ocorrer por atuação de Defensor, ou, por escolha da Administração, 
providenciado a numeração do expediente, bem como a juntada de 
documentos etc. 
 
Início: 
 
O processo administrativo pode se deflagrado de ofício 
ou a pedido do interessado. Neste caso, a pedido, será formulado por 
meio de requerimento que deverá observar os requisitos legais, 
conforme art. 6º, que assim dispõe: 
 
Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos em 
que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por 
escrito e conter os seguintes dados: 
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; 
II - identificação do interessado ou de quem o represente; 
III - domicílio do requerente ou local para recebimento de 
comunicações; 
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IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de 
seus fundamentos; 
V - data e assinatura do requerente ou de seu representante. 
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa 
imotivada de recebimento de documentos, devendo o 
servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de 
eventuais falhas. 
Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas deverão 
elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos 
que importem pretensões equivalentes. 
Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de 
interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, 
poderão ser formulados em um único requerimento, salvo 
preceito legal em contrário. 
 
Com efeito, a Lei 9.784/99, em art. 9º, elenca os 
legitimados, ou seja, interessados a requerer a abertura de processo 
administrativo, sendo: 
 
• I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como 
titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício 
do direito de representação; 
 
• II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm 
direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão 
a ser adotada; 
 
• III - as organizações e associações representativas, no 
tocante a direitos e interesses coletivos; 
 
• IV - as pessoas ou as associações legalmente 
constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. 
 
Competência: 
 
Na condução do processo administrativo, a Lei 
estabelece a competência, ou seja, o poder legal conferido a um 
órgão ou agente público para realização de certos atos. 
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Nesse sentido, cumpre dizer que a competência tem 
uma característica fundamental, é que irrenunciável (podendo ser 
objeto de delegação ou avocação quando legalmente admitido). 
 
Contudo, a competência poderá ser delegada a outro 
órgão ou titular, subordinado ou não, por circunstâncias de índole 
técnica, social, econômica, jurídica ou territorial, salvo quando se 
tratar de: 
 
� Edição de atos de caráter normativo; 
� Decisão de recursos administrativos; 
� Matérias de competência exclusiva do órgão ou 
autoridade. 
 
Nos termos do art. 14 da Lei, a delegação e sua 
revogação deverá ser publicada no meio oficial, podendo a delegação 
ser revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. 
 
Com efeito, o ato de delegação especificará as matérias 
e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração 
e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter 
ressalva de exercício da atribuição delegada, e o ato considera-se 
editado pelo delegado, conforme o seguinte: 
 
Art. 14. 
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar 
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas 
pelo delegado. 
 
Permite-se, ainda, em caráter excepcional e por 
motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária 
de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
 
Ademais, cumpre ressaltar que, inexistindo 
competência legal específica, o processo administrativo deverá ser 
iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. 
 
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Do impedimento e suspeição 
 
Conforme art. 18 da Lei 9.784/99 é impedido de atuar 
em processo administrativo o servidor ou autoridade que: 
 
• Tenha interesse direto ou indireto na matéria; 
 
• Tenha participado ou venha a participar como 
perito, testemunha ou representante, ou se tais 
situações ocorrem quanto ao cônjuge, 
companheiro ou parente e afins até o terceiro 
grau; 
 
• Esteja litigando judicial ou administrativamente 
com o interessado ou respectivo cônjuge ou 
companheiro. 
 
 Assim, é dever do agente ou autoridade, conforme o 
art. 19, de comunicar tal fato à autoridade competente, abstendo-se 
de atuar, na medida em que a omissão do dever de comunicar o 
impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. 
 
A suspeição do servidor ou autoridade poderá ser 
quando tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos 
interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, 
parentes e afins até o terceiro grau, conforme o seguinte: 
 
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou 
servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com 
algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, 
companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. 
 
Observe-se que o indeferimento de alegação de 
suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo, 
conforme art. 21 da Lei 9.784/99. 
 
 
 
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Da forma, tempo e Lugar dos atos do Processo 
 
Os atos do processo administrativo não dependem de 
forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. 
Significa dizer que a forma não é essencial senão quando a lei a 
exigir como tal. 
 
Por isso, quando a lei não estabelecer que a forma é 
essencial e se o ato for praticado por outra forma, mas alcançar sua 
finalidade, não haverá nulidade.A Lei, em seu artigo 22, estabelece uma série de 
exigências, quanto à forma, tempo e local dos atos do processo 
administrativo. Assim, quanto à forma dispõe: 
 
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem 
de forma determinada senão quando a lei expressamente a 
exigir. 
§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, 
em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a 
assinatura da autoridade responsável. 
§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma 
somente será exigido quando houver dúvida de 
autenticidade. 
§ 3º A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá 
ser feita pelo órgão administrativo. 
§ 4º O processo deverá ter suas páginas numeradas 
sequencialmente e rubricadas. 
 
No tocante ao lugar e tempo, determina o art. 23 que 
“os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no 
horário normal de funcionamento da repartição na qual 
tramitar o processo”, e preferencialmente na sede do órgão, 
cientificando-se o interessado se outro for o local de realização (art. 
25). 
 
No entanto, serão concluídos depois do horário normal 
os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do 
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procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. 
 
Em regra, o prazo para a pratica dos atos é de cinco 
dias, salvo motivo de força maior. conforme art. 24: 
 
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão 
ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados 
que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco 
dias, salvo motivo de força maior. 
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser 
dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação. 
 
Da comunicação dos atos 
 
No tocante à comunicação dos atos, determina o art. 
26 da Lei que o órgão competente perante o qual tramita o processo 
administrativo determinará a intimação do interessado para ciência 
de decisão ou a efetivação de diligências. 
 
Com efeito, estabelece o art. 28 que devem ser objeto 
de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em 
imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de 
direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu interesse. 
 
A intimação deverá, obrigatoriamente, conter os 
seguintes requisitos: 
 
Art. 26 
§ 1º A intimação deverá conter: 
I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade 
administrativa; 
II - finalidade da intimação; 
III - data, hora e local em que deve comparecer; 
IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-
se representar; 
V - informação da continuidade do processo 
independentemente do seu comparecimento; 
VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. 
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Além disso, deverá observar a antecedência mínima 
de três dias úteis quanto à data de comparecimento. 
 
A intimação poderá ser efetuada por ciência no 
processo, por via postal com aviso de recebimento, por 
telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do 
interessado. 
 
No entanto, no caso de interessados indeterminados, 
desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser 
efetuada por meio de publicação oficial. 
 
As intimações serão nulas quando feitas sem 
observância das prescrições legais, mas o comparecimento do 
administrado supre sua falta ou irregularidade. 
 
É importante destacar que no âmbito do processo 
administrativo não se aplica os efeitos da revelia, conforme prescreve 
o art. 27 ao dispor que: 
 
Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o 
reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a 
direito pelo administrado. 
Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será 
garantido direito de ampla defesa ao interessado. 
 
 
Instrução 
 
A instrução é atividade destinada a averiguar e 
comprovar os dados necessários à tomada de decisão. Assim, tal fase 
realiza-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo 
processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor 
atuações probatórias, conforme preconiza o art. 29, que assim 
expressa: 
 
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e 
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comprovar os dados necessários à tomada de decisão 
realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão 
responsável pelo processo, sem prejuízo do direito dos 
interessados de propor atuações probatórias. 
§ 1º O órgão competente para a instrução fará constar dos 
autos os dados necessários à decisão do processo. 
§ 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dos 
interessados devem realizar-se do modo menos oneroso para 
estes. 
 
Com efeito, são inadmissíveis no processo 
administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. 
 
Quando a matéria do processo envolver assunto de 
interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho 
motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de 
terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a 
parte interessada. 
 
Poderá, ainda, ser realizada audiência pública a fim de 
subsidiar a tomada de decisão, conforme o seguinte: 
 
Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, 
diante da relevância da questão, poderá ser realizada 
audiência pública para debates sobre a matéria do processo. 
 
É relevante destacar que a Lei de Processo 
Administrativo é extremamente avançada, já trazendo a previsão da 
participação de entidades representativas, quando houver direitos ou 
interesses difusos ou coletivos sendo objetos do processo. Nesses 
termos dispõe: 
 
Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria 
relevante, poderão estabelecer outros meios de participação 
de administrados, diretamente ou por meio de organizações 
e associações legalmente reconhecidas. 
Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de 
outros meios de participação de administrados deverão ser 
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apresentados com a indicação do procedimento adotado. 
Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a 
audiência de outros órgãos ou entidades administrativas 
poderá ser realizada em reunião conjunta, com a 
participação de titulares ou representantes dos órgãos 
competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos 
autos. 
 
Aplica-se aqui a regra de que quem alega deve provar. 
Assim, conforme art. 36, cabe ao interessado a prova dos fatos que 
tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente 
para a instrução, podendo juntar os documentos, pareceres, ou 
requerer o que for pertinente, conforme o seguinte: 
 
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da 
tomada da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer 
diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes 
à matéria objeto do processo. 
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser considerados na 
motivação do relatório e da decisão. 
§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão 
fundamentada, as provas propostas pelos interessados 
quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou 
protelatórias. 
 
Contudo, prevê o art. 37 que “quandoo interessado 
declarar que fatos e dados estão registrados em documentos 
existentes na própria Administração responsável pelo 
processo ou em outro órgão administrativo, o órgão 
competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção 
dos documentos ou das respectivas cópias”. 
 
Conforme art. 41 da Lei 9.784/99, os interessados 
serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência 
mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de 
realização. 
 
É importante observar que quando deva ser 
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obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer 
deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, salvo 
norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. 
 
Nesse sentido, se um parecer obrigatório e vinculante 
deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá 
seguimento até a respectiva apresentação, responsabilizando-se 
quem der causa ao atraso. 
 
Por outro lado, se for um parecer obrigatório e não 
vinculante, e deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo 
poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem 
prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. 
 
Assim, encerrada a instrução, o interessado terá o 
direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se 
outro prazo for legalmente fixado, conforme o seguinte: 
 
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de 
manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro 
prazo for legalmente fixado. 
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública 
poderá motivadamente adotar providências acauteladoras 
sem a prévia manifestação do interessado. 
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a 
obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e 
documentos que o integram, ressalvados os dados e 
documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito 
à privacidade, à honra e à imagem. 
 
Relatório 
 
É a descrição de todos os elementos do processo, ou 
seja, a fase em que se faz a análise dos fatos e provas constantes 
dos autos a fim de subsidiar a apreciação do caso pela autoridade 
administrativa, conforme art. 47 que assim dispõe: 
 
Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para 
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emitir a decisão final elaborará relatório indicando o pedido 
inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará 
proposta de decisão, objetivamente justificada, 
encaminhando o processo à autoridade competente. 
 
Decisão 
 
É a fase final do processo. É o julgamento do que se 
requereu, ou seja, é a análise quanto ao que se discute no processo. 
Com efeito, conforme art. 48, a Administração tem o dever de 
explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre 
solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. 
 
Desse modo, concluída a instrução de processo 
administrativo, a Administração tem o prazo de até 30 (trinta) 
dias para decidir, salvo prorrogação por igual período 
expressamente motivada (art. 49). 
 
Motivação 
 
Nos termos da Lei nº 9.784/99, art. 50, os atos 
administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos 
fundamentos jurídicos, quando: 
 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções 
III - decidam processos administrativos de concurso ou 
seleção pública 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo 
licitatório 
V - decidam recursos administrativos 
VI - decorram de reexame de ofício 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a 
questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e 
relatórios oficiais 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou 
convalidação de ato administrativo. 
 
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Extinção do Processo 
 
O interessado poderá, mediante manifestação escrita, 
desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, 
renunciar a direitos disponíveis. 
 
Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia 
atinge somente quem a tenha formulado. 
 
A desistência ou renúncia do interessado, conforme o 
caso, não prejudica o prosseguimento do processo, se a 
Administração considerar que o interesse público assim o exige. 
 
O órgão competente poderá declarar extinto o processo 
quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar 
impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. 
 
Recurso Administrativo 
 
O recurso administrativo será interposto, por razão de 
legalidade e/ou de mérito, para a autoridade que proferiu a 
decisão, que se não o reconsiderar, no prazo de cinco dias, 
encaminhará para a autoridade competente, conforme estabelece o 
art. 56: 
 
 Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face 
de razões de legalidade e de mérito. 
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a 
decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, 
o encaminhará à autoridade superior. 
§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de recurso 
administrativo independe de caução. 
§ 3º Se o recorrente alegar que a decisão administrativa 
contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à 
autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a 
reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à 
autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou 
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inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela 
Lei nº 11.417, de 2006). 
 
Observe, portanto, que no âmbito do Processo 
Administrativo não teremos uma petição exclusiva contendo o pedido 
de reconsideração, este é inerente ao próprio recurso. 
 
Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem 
efeito suspensivo. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou 
incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou 
a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito 
suspensivo ao recurso. 
 
Ademais, cumpre dizer que, salvo exigência legal, a 
interposição de recurso administrativo independe de caução, o que, 
inclusive, foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal ao entender que 
é inconstitucional a exigência de caução, depósito prévio ou garantia 
para a interposição de recurso administrativo. 
 
Observe que o recurso administrativo tramitará no 
máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal 
diversa. 
 
Quem poderá interpor o recurso? Nesse sentido, a Lei 
de Processo estabelece os seguintes legitimados: 
 
• Titulares de direitos e interesses que forem parte 
no processo; 
 
• Aqueles cujos direitos ou interesses forem 
indiretamente afetados pela decisão recorrida; 
 
• Organizações e associações representativas, no 
tocante a direitos e interesses coletivos; 
 
• Cidadãos ou associações, quanto a direitos ou 
interesses difusos. 
 
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A lei estabelece que, salvo disposição legal específica, é 
de 10 (dez) dias o prazo para interposição de recurso 
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficialda 
decisão recorrida. 
 
E, nesse aspecto, conforme §1º do art. 59, o recurso 
administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de 30 (trinta) 
dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente, salvo 
outra previsão legal. 
 
Referido prazo poderá ser prorrogado por igual período, 
ante justificativa explícita. 
 
O recurso não será conhecido quando for intempestivo 
(interposto fora do prazo), interposto perante órgão incompetente, 
faltar interesse recursal (interposto por quem não seja legitimado) ou 
ainda quando interposto após exaurida a esfera administrativa 
(preclusão administrativa). 
 
De todo modo, o não conhecimento do recurso não 
impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não 
ocorrida preclusão administrativa, de modo que poderá agravar ou 
atenuar a punição aplicada. Contudo, em caso de agravamento, 
deverá ser cientificado o administrado para que formule suas 
alegações antes da decisão, conforme o seguinte: 
 
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá 
confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou 
parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua 
competência. 
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo 
puder decorrer gravame à situação do recorrente, este 
deverá ser cientificado para que formule suas alegações 
antes da decisão. 
 
Revisão 
 
Conforme art. 65 da Lei 9.784/99, os processos 
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administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a 
qualquer tempo, a pedido ou de ofício, desde que surjam fatos novos 
ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação 
da sanção aplicada. 
 
Contudo, da revisão do processo não poderá resultar 
agravamento da sanção, ou seja, a revisão é sempre em benefício do 
réu. 
 
Dos prazos 
 
Os prazos processuais começam a correr a partir da 
data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do 
começo e incluindo-se o do vencimento, de modo que, salvo motivo 
de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não 
se suspendem 
 
Com efeito, os prazos expressos em dias contam-se de 
modo contínuo, e os fixados em meses ou anos contam-se de data a 
data. Assim, se no mês do vencimento não houver o dia equivalente 
àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês. 
 
De todo modo, considera-se prorrogado o prazo até o 
primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em que não 
houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal. 
 
Dito isso, vamos às questões. 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2008) Quando os 
membros do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e 
Territórios se reúnem para decidir questões administrativas, 
têm de observar apenas a respectiva lei de organização 
judiciária e seu regimento interno, haja vista a Lei nº 
9.784/1999 ser aplicável tão-somente aos órgãos do Poder 
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Executivo da União. 
 
Comentário: 
 
A Lei nº 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o 
processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e 
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos 
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. 
 
Com efeito, esta lei alcança também o Poder Legislativo 
e Judiciário da União, quando no desempenho de função 
administrativa. 
 
Por isso, considerando que o Tribunal de Justiça do 
Distrito Federal e Territórios é um órgão integrante do Poder 
Judiciário da União, na medida em que o Distrito Federal não possui 
poder judiciário próprio, deve o referido órgão observar a Lei de 
Processo Administrativo nos seus julgamentos e decisões de cunho 
administrativo. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
2. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/MT – 
CESPE/2010) Segundo previsão legal expressa na Lei nº 
9.784/99, as normas básicas ali consignadas quanto ao 
processo administrativo aplicam-se no âmbito da União, dos 
estados e dos municípios, nas esferas dos distintos poderes. 
 
Comentário: 
 
Como destacado, a Lei nº 9.784/99, lei de processo 
administrativo, trata-se uma lei federal, de modo que somente é 
aplicada no âmbito da União, conforme estabelece o art. 1º, assim 
expresso: 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o 
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processo administrativo no âmbito da Administração 
Federal direta e indireta, visando, em especial, à 
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da Administração. 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, 
quando no desempenho de função administrativa. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
3. (ANALISTA PROCESSUAL – MPU – CESPE/2010) A referida 
lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo 
no âmbito da administração pública direta e indireta, e seus 
preceitos também se aplicam aos órgãos dos Poderes 
Legislativo e Judiciário, quando no desepenho de função 
administrativa. 
 
Comentário: 
 
Devemos lembrar que é a Lei nº 9.784/99 uma lei 
federal, cuja incidência se dá em toda a Administração Pública 
Federal. Assim, tanto vai alcançar o Executivo (que exerce a função 
administrativa de forma típica), quanto aos Poderes Judiciário e 
Legislativo, no exercício da função administrativa, conforme o 
seguinte: 
 
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o 
processo administrativo no âmbito da Administração 
Federal direta e indireta, visando, em especial, à 
proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da Administração. 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, 
quando no desempenho de função administrativa. 
 
Gabarito: Certo. 
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4. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) A Lei n.º 
9.784/1999 não se aplica aos órgãos dos Poderes Judiciário e 
Legislativo, ainda que no desempenho de funções de natureza 
administrativa. 
 
Comentário: 
 
Questão idêntica a anterior. O art. 1º, §1º, da Lei nº 
9.784/99 determina a aplicação desta Lei a toda a Administração 
Pública Federal, ou seja, ao Poder Executivo, bem como aos poderes 
Legislativo e Judiciário no desempenho da função administrativa, 
conforme assim dispõe: 
 
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, 
quando no desempenho de função administrativa. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
5. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – STJ – 
CESPE/2012) Os preceitos dessa lei aplicam-se à 
administração pública direta e indireta no âmbito do Poder 
Executivo federal, mas não alcançam os Poderes Legislativo e 
Judiciário da União, que dispõem de autonomia para editar 
atos acerca de sua organização e funcionamento quando no 
desempenho de função administrativa. 
 
Comentário: 
 
Novamente a mesma questão. Então, como se sabe a 
Lei nº 9.784/99 aplica-se a toda a Administração Pública Federal, 
direta e indireta. Isto é, aplica-se ao Poder Executivo, bem como aos 
Poderes Legislativo e Judiciário no desempenho da função 
administrativa, conforme art. 1º, §1º, que assim dispõe:CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
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§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos 
órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, 
quando no desempenho de função administrativa. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
6. (AFCE – TI – TCU – CESPE/2010) As normas previstas na Lei 
nº 9.784/1999, que disciplina o processo administrativo no 
âmbito da administração federal, são aplicáveis apenas à 
administração federal direta. 
 
Comentário: 
 
Como ressaltado, a Lei nº 9.784/99 aplica-se a toda 
Administração Pública Federal, seja a direta ou a indireta. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
7. (DEFENSOR PÚBLICO – DPU – CESPE/2010) Com a 
publicação da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo 
administrativo no âmbito da administração pública federal, 
houve significativa melhoria na proteção dos direitos dos 
administrados e na execução dos fins da administração 
pública. Com relação aos agentes administrativos, aos direitos 
e deveres dos servidores públicos e ao processo 
administrativo, julgue os próximos itens. A lei mencionada 
estabelece normas básicas acerca do processo administrativo 
somente na administração federal e estadual direta. 
 
Comentário: 
 
E agora? Fácil não é? Então, a Lei nº 9.784/99 somente 
se aplica a Administração Pública Federal, não alcançando a estadual, 
a municipal ou a distrital. 
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Gabarito: Errado. 
 
 
8. (DEFENSOR PÚBLICO – DPU – CESPE/2010) Carlos, servidor 
da Justiça Federal, responde a processo administrativo nesse 
órgão e requereu a aplicação da Lei n.º 9.784/1999 no âmbito 
desse processo. Nessa situação, é correto afirmar que tal 
aplicação é cabível. 
 
Comentário: 
 
É corretíssimo o desejo de Carlos, eis que a Justiça 
Federal é órgão integrante do Poder Judiciário da União, e como tal, 
no exercício da função administrativa, submete-se a disciplina da Lei 
de Processo Administrativo (Lei nº 9.784/99), conforme §1º do art. 
1º. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
9. (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCU – CESPE/2009) A 
Lei nº 9.784/99 regulamenta o processo administrativo no 
âmbito da União, dos estados e dos municípios, visando, entre 
outros aspectos, à proteção dos direitos dos administrados e 
ao melhor cumprimento dos fins da administração. 
 
Comentário: 
 
A Lei nº 9.784/99 regulamenta o processo 
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, direta e 
indireta, dos três poderes, e de acordo com o art. 1º, visa, em 
especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da Administração. 
 
Gabarito: Errado. 
 
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10. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) O 
processo administrativo, na administração pública federal, 
visa à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor 
cumprimento dos fins da administração. 
 
Comentário: 
 
Conforme estabelece o art. 1º, Lei nº 9.784/99, o 
processo administrativo visa, em especial, à proteção dos direitos dos 
administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/GO – 
CESPE/2008) Órgão é a unidade de atuação dotada de 
personalidade jurídica. 
 
Comentário: 
 
Como já sabemos, órgão não goza de personalidade 
jurídica. Assim, estabelece a Lei nº 9.784/99, em seu artigo 1º, § 2º, 
inciso I, que órgão é uma unidade de atuação integrante da 
estrutura da Administração direta e da estrutura da 
Administração indireta. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
12. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2010) De 
acordo com a Lei n.º 9.784/1999, entidade é a unidade de 
atuação dotada de personalidade jurídica, enquanto 
autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de 
decisão. 
 
Comentário: 
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Além de órgão que, conforme vimos, nos termos do art. 
1º, §2º, a Lei nº 9.784/99, conceitua como sendo uma unidade de 
atuação integrante da estrutura da Administração direta e da 
estrutura da Administração indireta, traz também em seus 
incisos II e III a definição de entidade e de autoridade. 
 
Entidade, conforme inc. II, §2º, art. 1º, é unidade de 
atuação dotada de personalidade jurídica, e conforme inc. III, 
autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de 
decisão. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
13. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ARQUIVOLOGIA – TRT 17ª 
REGIÃO – CESPE/2009) Órgão é unidade de atuação 
integrante da estrutura da administração direta e indireta; 
entidade é unidade não dotada de personalidade jurídica. 
 
Comentário: 
 
De fato, a Lei nº 9.784/99 define órgão, autoridade e 
entidade, estabelecendo que: 
 
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: 
I - órgão - a unidade de atuação integrante da 
estrutura da Administração direta e da estrutura da 
Administração indireta; 
II - entidade - a unidade de atuação dotada de 
personalidade jurídica; 
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado 
de poder de decisão. 
 
Assim, órgão é unidade de atuação integrante da 
estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração 
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indireta, enquanto entidade é unidade de atuação dotada de 
personalidade jurídica. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
14. (PROFESSOR – IFB – CESPE/2011) Entre os princípios 
expressamente consignados na Lei 9.784/99, inclui–se o 
relativo à impessoalidade. 
 
Comentário: 
 
A Lei nº 9.784/99 é uma verdadeira lei de direito 
administrativo, de modo que incorporou uma série de princípios não 
só de processo administrativo, bem como de direito administrativo. 
 
Assim, em seu o art. 2º e parágrafo único, há a 
previsão de diversos princípios, sendo assim expresso: 
 
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre 
outros, aos princípios da legalidade, finalidade, 
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança 
jurídica, interesse público e eficiência. 
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão 
observados, entre outros, os critérios de: 
I - atuação conforme a lei e o Direito; 
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a 
renúncia total ou parcial de poderes ou competências, 
salvo autorização em lei; 
III - objetividade no atendimento do interesse público, 
vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades; 
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, 
decoro e boa-fé; 
V - divulgação oficial dos atos administrativos, 
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na 
Constituição; 
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VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição 
de obrigações, restrições e sanções em medida superior 
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do 
interesse público; 
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito 
que determinarem a decisão; 
VIII – observância das formalidades essenciais à 
garantia dos direitos dos administrados; 
IX - adoção de formas simples, suficientes para 
propiciar adequadograu de certeza, segurança e 
respeito aos direitos dos administrados; 
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação 
de alegações finais, à produção de provas e à 
interposição de recursos, nos processos de que possam 
resultar sanções e nas situações de litígio; 
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, 
ressalvadas as previstas em lei; 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, 
sem prejuízo da atuação dos interessados; 
XIII - interpretação da norma administrativa da forma 
que melhor garanta o atendimento do fim público a que 
se dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
 
Com efeito, o princípio da impessoalidade não está 
expresso dentre os princípios elencados pela Lei de Processo 
Administrativo. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
15. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) No 
processo administrativo, a norma administrativa deve ser 
interpretada de forma a garantir o atendimento do fim público 
a que se destine, vedada a aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
 
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Comentário: 
 
Conforme estabelece o art. 2º, parágrafo único, inc. 
XIII, no processo administrativo deve-se observar a “interpretação da 
norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a 
que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação”. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
16. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STJ – 
CESPE/2008) Conforme determina a lei geral do processo 
administrativo no âmbito da União, a atuação da 
administração pública deve ser feita de acordo com a lei e com 
os atos regulamentares editados pelo Poder Executivo, não 
sendo considerados o entendimento doutrinário nem o 
jurisprudencial, pois esses são formas de interpretação 
estranhas ao Poder Executivo. 
 
Comentário: 
 
Conforme art. 2º, par. único, inc. I, Lei nº 9.784/99, a 
Administração Pública na condução do processo administrativo deve 
atuar em conformidade a Lei e o Direito. 
 
Todavia, devemos lembrar que a jurisprudência e o 
entendimento doutrinário também são fontes administrativas. 
 
Nesse sentido, o próprio art. 50 da Lei nº 9.784/99 
determina que os atos administrativos deverão ser motivados, com 
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando, por 
exemplo, deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão 
ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
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17. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011) Os 
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, embora 
não estejam mencionados no texto constitucional, estão 
previstos, de forma expressa, na lei que rege o processo 
administrativo federal. 
 
Comentário: 
 
Conforme art. 2º da Lei nº 9.784/99, a Administração 
Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, 
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, 
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e 
eficiência. 
 
Vê-se, portanto, que muito embora implícitos na CF/88, 
são princípios expressos na Lei nº 9.784/99 a razoabilidade a 
proporcionalidade. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
18. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) os 
processos administrativos, busca-se a adequação entre meios 
e fins, até mesmo com a imposição de obrigações, restrições e 
sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias 
ao atendimento do interesse público, visando à prevenção das 
irregularidades. 
 
Comentário: 
 
Prevê o art. 2º, par. único, inc. VI, da Lei nº 9.784/99, 
os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, ao estabelecer que 
se deva observar: 
 
VI - adequação entre meios e fins, vedada a 
imposição de obrigações, restrições e sanções em 
medida superior àquelas estritamente necessárias 
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ao atendimento do interesse público; 
 
Desse modo, não se pode impor sanções, obrigações e 
restrições em medida superior às estritamente necessárias ao 
atendimento do interesse público. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
19. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – DPU – 
CESPE/2010) O princípio da gratuidade não se aplica ao 
processo administrativo, considerando-se a necessidade de 
cobertura das despesas decorrentes da tramitação. 
 
Comentário: 
 
Conforme art. 2º, par. único, inc. XI, no âmbito do 
processo administrativo, aplica-se o princípio da gratuidade, eis que 
vige a proibição de cobrança de despesas processuais, 
ressalvadas as previstas em lei. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
20. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES - 
CESPE/2011) Entre os princípios que orientam a condução do 
processo administrativo, está o da verdade formal, segundo o 
qual a administração pública deve decidir a controvérsia 
fundamentando–se somente nas provas produzidas no 
processo. 
 
Comentário: 
 
Os processos administrativos não são orientados pelo 
princípio da verdade formal. O que se busca é a verdade material, ou 
seja, atuar de acordo com os fatos e o direito, de modo que a 
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Administração deverá sempre indicar “os pressupostos de fato e 
de direito que determinarem a decisão” 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
21. (ANALISTA DE CIÊNICAS E TECNOLOGIA JÚNIOR – CNPQ 
– CESPE/2011) Nos processos administrativos, nova 
interpretação dada pela administração pública sobre 
determinada matéria deve ser aplicada retroativamente. 
 
Comentário: 
 
De acordo com o art. 2º, par. único, inc. XIII, da Lei nº 
9.784/99, deve-se observar que a interpretação da norma 
administrativa deve garantir o melhor atendimento ao fim público a 
que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
22. (ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – TCU – 
CESPE/2009) No âmbito do processo administrativo, não pode 
o administrador deixar de aplicar lei já em vigor, sob o 
argumento da existência de mudança de entendimento acerca 
da sua interpretação e aplicação. Nesse caso, a nova 
interpretação deve ser aplicada aos casos já analisados, sob 
pena de violação ao princípio constitucional da legalidade. 
 
Comentário: 
 
De fato, a Lei de Processo Administrativo determina a 
observância da Lei e do Direito, o que se denomina princípio da 
jurisdicidade, para alguns, ou legalidade, para outros. 
 
De toda sorte, a Administração não pode deixar de 
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aplicar a lei em vigor, sob fundamento de mudança de entendimento. 
É importante destacar, todavia, que a mudança de interpretação da 
norma administrativa deve garantir o atendimento da finalidade 
pública, vedando-se a aplicação retroativa de nova interpretação, 
conforme inc. X do art. 2º da Lei nº 9.784/99: 
 
XIII - interpretação da norma administrativa da 
forma que melhor garanta o atendimento do fim 
público a que se dirige, vedada aplicação 
retroativa de nova interpretação. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
23. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – DPU – 
CESPE/2010) O princípio da obediência à forma e aos 
procedimentos tem aplicação absoluta no processo 
administrativo,razão pela qual os atos do referido processo 
sempre dependem de forma determinada. 
 
Comentário: 
 
Aplica-se no âmbito do processo administrativo o 
princípio do formalismo moderado ou informalismo, eis que a 
Administração adota como critério a observância das formalidades 
essenciais à garantia dos direitos dos administrados (inc. VIII). 
 
Desse modo, devem ser adotadas formas simples, 
suficientes para propiciar adequado grau de certeza, 
segurança e respeito aos direitos dos administrados (inc. IX). 
 
Assim, a obediência à forma e aos procedimentos não é 
absoluta, sendo exigida somente quando for essencial à pratica do 
ato. 
 
Gabarito: Errado. 
 
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24. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVO – TJ/RJ – 
CESPE/2008) A CF expressamente preceitua que a todos, no 
âmbito administrativo e judicial, são assegurados a razoável 
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de 
sua tramitação. 
 
Comentário: 
 
A Emenda Constitucional nº 45/2004 introduziu o inciso 
LXXVIII ao art. 5º da Constituição Federal assegurando a todos, no 
âmbito judicial e administrativo, a razoável duração do processo e 
os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
25. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Os 
princípios que informam o processo administrativo são os 
mesmos que informam o processo judicial, aplicando–se, com 
a mesma intensidade, em um e outro processo. 
 
Comentário: 
 
Os princípios que informam o processo administrativo 
não são os mesmos que informam o processo judicial, o que também 
não se aplica com a mesma intensidade. Por exemplo, no âmbito 
judicial aplica-se o princípio da verdade formal, no administrativo 
não. No judicial aplica-se o princípio da demanda ou inércia, no 
administrativo, o da oficialidade ou impulso oficial. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
26. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS – 
CESPE/2010) O princípio da acessibilidade aos elementos do 
expediente significa que deve ser facultado à parte o exame 
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de toda a documentação constante dos autos do processo 
administrativo. 
 
Comentário: 
 
Conforme estabelece o art. 2º, par. único, inc. X, da Lei 
nº 9.784/99, são garantidos ao administrado os direitos à 
comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de 
provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam 
resultar sanções e nas situações de litígio. 
 
Nesse sentido, em conformidade com o princípio da 
acessibilidade, é direito do administrado ter conhecimento de todos 
os documentos que conste de processo no qual figure como 
interessado, conforme prevê o art. 3º, inc. II, da Lei nº 9.784/99, 
verbis: 
 
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos 
perante a Administração, sem prejuízo de outros que 
lhe sejam assegurados: 
 
II - ter ciência da tramitação dos processos 
administrativos em que tenha a condição de 
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de 
documentos neles contidos e conhecer as 
decisões proferidas; 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
27. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/GO – 
CESPE/2008) As garantias previstas na referida lei incluem 
expressamente os direitos à comunicação, à apresentação de 
alegações finais, à produção de provas e à interposição de 
recursos. 
 
Comentário: 
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Conforme art. 2º, parágrafo único, inc. X, a 
Administração Pública deverá garantir os direitos à comunicação, à 
apresentação de alegações finais, à produção de provas e à 
interposição de recursos, nos processos de que possam resultar 
sanções e nas situações de litígio. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
28. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS – 
CESPE/2010) A lei que regula o processo administrativo no 
âmbito da administração pública federal assegura ao 
administrado a possibilidade de fazer-se assistido por 
advogado. 
 
Comentário: 
 
No âmbito do Processo Administrativo, conforme 
prescreve a Lei nº 9.784/99, assegura-se ao administrado, além dos 
direitos e garantias constitucionais, as garantias previstas no art. 3º, 
que assim dispõe: 
 
Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos 
perante a Administração, sem prejuízo de outros que 
lhe sejam assegurados: 
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e 
servidores, que deverão facilitar o exercício de seus 
direitos e o cumprimento de suas obrigações; 
II - ter ciência da tramitação dos processos 
administrativos em que tenha a condição de 
interessado, ter vista dos autos, obter cópias de 
documentos neles contidos e conhecer as decisões 
proferidas; 
III - formular alegações e apresentar documentos antes 
da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo 
órgão competente; 
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IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, 
salvo quando obrigatória a representação, por força de 
lei. 
 
Dessa forma, observa-se que o administrado poderá se 
fazer assistir, facultativamente, por advogado, não sendo obrigatório 
a presença deste no âmbito dos processos administrativos, salvo 
quando a lei expressamente a exigir. 
 
Nesse sentido, é importante destacar, o STF editou a 
súmula vinculante nº 05, na qual estabelece não ser obrigatória a 
presença de advogado em processo administrativo disciplinar. 
 
Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica 
por advogado no processo administrativo 
disciplinar não ofende a Constituição. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
29. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 1ª REGIÃO 
– CESPE/2008) Os procedimentos administrativos exigem, 
para seu começo, a provocação do interessado, não podendo a 
administração, tal qual o Poder Judiciário, iniciar processo de 
ofício. 
 
Comentário: 
 
O processo administrativo, ao contrário do processo 
judicial onde vige o princípio da inércia, poderá, nos termos do art. 5º 
da Lei nº 9.784/99, iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. 
 
Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se de 
ofício ou a pedido de interessado. 
 
Ademais, cumpre ressaltar que vigora no âmbito dos 
processos administrativos o princípio do impulso oficial, ou seja, 
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conforme art. 2º, parágrafo único, inc. XII, verbis: 
 
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre 
outros, aos princípios da legalidade, finalidade, 
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança 
jurídica, interesse público e eficiência. 
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão 
observados, entre outros, os critérios de: 
... 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, 
sem prejuízo da atuação dos interessados; 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
30. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – DPU – 
CESPE/2010) O denominado princípio da oficialidade não tem 
aplicação no âmbito do processo administrativo, pois a 
instauração do processo depende de provocação do 
administrado. 
 
Comentário: 
 
Aplica-se no âmbito do processo administrativo o 
princípio da oficialidade, eis queos processos administrativos podem 
ser instaurados de ofício, conforme estabelece o art. 2º, inc. XII, c/c 
art. 5º, ambos da Lei nº 9.784/99: 
 
Art. 2º. 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, 
sem prejuízo da atuação dos interessados; 
 
Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se de 
ofício ou a pedido de interessado. 
 
Gabarito: Errado. 
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31. (TODOS OS CARGOS – SUPERIOR – ANEEL – 
CESPE/2010) A administração pública pode, 
independentemente de provocação do administrado, instaurar 
processo administrativo, como decorrência da aplicação do 
princípio da oficialidade. 
 
Comentário: 
 
O princípio do impulso oficial é um dos mais cobrados 
quando se trata dessa Lei. Então, é exatamente isso, conforme já 
observamos, ou seja, a instauração de processo pode ocorrer de 
ofício ou mediante provocação. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
32. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MG – CESPE/2009) O 
processo administrativo não pode ser iniciado de ofício. 
 
Comentário: 
 
No âmbito do processo administrativo, de acordo com o 
princípio da oficialidade, os processos administrativos podem ser 
instaurados de ofício ou a pedido, em atenção ao disposto no art. 5º, 
Lei nº 9.784/99: 
 
Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se de 
ofício ou a pedido de interessado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
33. (PROCURADOR – BACEN – CESPE/2009) O processo 
administrativo iniciar-se-á somente a pedido de interessado. 
 
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Comentário: 
 
Então, novamente o mesmo tema. Pois é! De acordo 
com o art. 5º da Lei nº 9.784/99, os processos administrativos 
podem ser instaurados de ofício ou a pedido. 
 
Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se de 
ofício ou a pedido de interessado. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
34. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MG – CESPE/2009) o 
processo administrativo é iniciado apenas por meio de 
requerimento da parte interessada. 
 
Comentário: 
 
Outra vez a mesma discussão. Então, de acordo com o 
art. 5º da Lei nº 9.784/99, os processos administrativos podem ser 
instaurados de ofício ou a pedido. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
35. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011) O 
processo administrativo pode ser instaurado exclusivamente a 
requerimento do interessado; no entanto, caso se caracterize 
flagrante conduta ilegal do servidor, o processo administrativo 
pode ser instaurado de ofício. 
 
Comentário: 
 
Novamente. O processo não é instaurado 
exclusivamente por requerimento, eis que pode ser instaurado de 
ofício pela Administração. 
 
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Gabarito: Errado. 
 
 
36. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – STM – 
CESPE/2011) O interessado corresponde ao motivador do 
processo administrativo, cujo início sempre deve ser dado por 
meio de pedido formal de uma das partes. 
 
Comentário: 
 
Nem sempre o início do processo se dá por meio formal 
(requerimento) de uma as partes. É que pode ser instaurado de ofício 
pela Administração. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
37. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANAC – CESPE/2009) No 
âmbito administrativo, o princípio da oficialidade assegura a 
possibilidade de instauração do processo por iniciativa da 
administração, independentemente de provocação do 
administrado e, ainda, possibilita o impulsionamento do 
processo, com a adoção de todas as medidas necessárias a 
sua adequada instrução. 
 
Comentário: 
 
De fato, conforme estabelece o art. 2º, inc. XII, c/c art. 
5º, da Lei nº 9.784/99, ao proclamar o princípio da oficialidade, 
permiti-se a abertura de ofício de processos administrativos e, ainda, 
garante que a administração tome todas as medidas necessárias à 
adequada instrução e conclusão, de acordo com o art. 29 da referida 
lei: 
 
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a 
averiguar e comprovar os dados necessários à tomada 
de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão 
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do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do 
direito dos interessados de propor atuações 
probatórias. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
38. (ANALISTA PROCESSUAL – MPU – CESPE/2010) O 
processo administrativo pauta-se por uma série de princípios 
que devem ser observados pelas autoridades, entre os quais 
se inclui o impulso de ofício, que lhes permite adotar as 
medidas necessárias à adequada instrução do processo. 
 
Comentário: 
 
De fato, o princípio do impulso oficial determina que a 
Administração adote as medidas necessárias a adequada instrução 
processual, sem prejuízo da atuação do interessado, conforme 
estabelece o art. 2º, inc. XII e art. 29, caput e §1º: 
 
Art. 2º. 
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, 
sem prejuízo da atuação dos interessados; 
 
Art. 29. As atividades de instrução destinadas a 
averiguar e comprovar os dados necessários à tomada 
de decisão realizam-se de ofício ou mediante 
impulsão do órgão responsável pelo processo, 
sem prejuízo do direito dos interessados de 
propor atuações probatórias. 
§ 1º O órgão competente para a instrução fará constar 
dos autos os dados necessários à decisão do processo. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
39. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/ES – CESPE/2009) O 
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princípio da oficialidade, aplicável ao processo administrativo, 
encontra-se presente no poder da administração de instaurar 
e instruir o processo, bem como de rever suas decisões. 
 
Comentário: 
 
Já sabemos que o princípio da oficialidade permite à 
Administração a abertura de ofício dos processos administrativos, 
bem como a dar impulso oficial acerca da sua adequada instrução. 
 
Em decorrência desse princípio, ou seja, do atuar de 
ofício, também decorre a possibilidade de a Administração rever suas 
decisões, que a toda evidência denomina-se princípio da autotutela, 
ou seja, ela própria rever suas decisões. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
40. (ASSESSOR TÉCNICO JURÍDICO – TCE/RN – 
CESPE/2009) O processo administrativo pode-se iniciar a 
pedido de interessado, mas o equívoco na identificação do 
destinatário do requerimento inicial enseja recusa motivada 
da administração ao recebimento de documentos. 
 
Comentário: 
 
Como já observamos, o processo administrativo pode 
iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. 
 
Nesse sentido, o requerimento formulado pelo 
interessado, salvo quando admitida a solicitação oral, deverá conter a 
autoridade ou órgão a que se dirige, a identificação do postulante, 
seu domicílio, bem como a formulação de seu pedido e as exposição 
dos fatos e fundamentos, apostando-se, ao final, a data e assinatura, 
conforme se depreende do art. 6º da Lei de Processo Administrativo, 
a qual estabelece: 
 
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Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo 
casos em que for admitida solicitação oral, deve ser 
formulado por escrito e conter os seguintes dados: 
I - órgão ou autoridadeadministrativa a que se dirige; 
II - identificação do interessado ou de quem o 
represente; 
III - domicílio do requerente ou local para recebimento 
de comunicações; 
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e 
de seus fundamentos; 
V - data e assinatura do requerente ou de seu 
representante. 
 
No entanto, ainda que o requerimento tenha sido 
formulado sem alguma dessas exigências, essa falha poderá ser 
suprida, de modo que a Administração não poderá recusar 
imotivadamente o pedido formulado, devendo conceder prazo para 
correção, orientando o interessado, conforme disposto no parágrafo 
único do art. 6º, que assim expressa: 
 
Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa 
imotivada de recebimento de documentos, devendo o 
servidor orientar o interessado quanto ao suprimento 
de eventuais falhas. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
41. (JUIZ DE DIREITO – TJ/TO – CESPE/2007) O processo 
administrativo em geral, no âmbito da União, pode ser 
instaurado de ofício ou por iniciativa dos interessados, entre 
os quais se incluem as pessoas e associações legalmente 
constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. 
 
Comentário: 
 
Como vimos, o processo administrativo poderá, nos 
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termos do art. 5º da Lei nº 9.784/99, iniciar-se de ofício ou a pedido 
de interessado. 
 
Vale destacar que no âmbito do processo administrativo 
teremos como legitimados a requerer a instauração do processo, os 
seguintes interessados: 
 
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como 
titulares de direitos ou interesses individuais ou no 
exercício do direito de representação; 
 
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, 
têm direitos ou interesses que possam ser 
afetados pela decisão a ser adotada; 
 
III - as organizações e associações 
representativas, no tocante a direitos e interesses 
coletivos; 
 
IV - as pessoas ou as associações legalmente 
constituídas quanto a direitos ou interesses 
difusos. 
 
Vê-se, portanto, que pessoas ou associações 
legalmente constituídas são legitimadas como interessados para 
deflagrar o processo administrativo no tocante aos direitos ou 
interesses difusos. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
42. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJDFT – CESPE/2008) Uma 
associação, mesmo que legalmente constituída, não tem 
legitimidade para promover a defesa de direitos ou interesses 
difusos no âmbito do processo administrativo. 
 
Comentário: 
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Dentre os interessados, ou seja, legitimados a requerer 
a abertura de processo administrativo teremos: 
 
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como 
titulares de direitos ou interesses individuais ou no 
exercício do direito de representação; 
 
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, 
têm direitos ou interesses que possam ser 
afetados pela decisão a ser adotada; 
 
III - as organizações e associações 
representativas, no tocante a direitos e interesses 
coletivos; 
 
IV - as pessoas ou as associações legalmente 
constituídas quanto a direitos ou interesses 
difusos. 
 
Dessa forma, conforme estabelece o inc. IV do art. 9º 
da Lei de Processo Administrativo, as pessoas ou associações 
legalmente constituídas são legitimadas como interessados para 
requer o abertura de processo administrativo quanto a direitos ou 
interesses difusos. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
43. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MG – CESPE/2009) As 
organizações e associações representativas são legitimadas 
para atuar como interessadas em processos administrativos, 
no tocante a direitos e interesses individuais. 
 
Comentário: 
 
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De acordo com o art. 9º, inc. III, da Lei nº 9.784/99, 
as organizações e associações representativas são legitimadas a 
atuar nos processos administrativos como interessadas no tocante a 
direitos e interesses coletivos. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
44. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 1ª REGIÃO 
– CESPE/2008) O procedimento administrativo não se presta 
ao exame de tutelas coletivas. 
 
Comentário: 
 
Aqui se trata de uma leitura de trás para frente dos 
dispositivos que versam sobre os interessados. 
 
Então, no tocante a direitos ou interesses individuais 
são interessados as pessoas físicas ou jurídicas, titulares do direito ou 
em representação a estes, ou ainda aqueles que, sem terem iniciado 
o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela 
decisão a ser adotada. 
 
No tocante a direitos e interesses coletivos, são 
legitimados as organizações e associações representativas. 
 
E, por fim, em relação aos direitos ou interesses 
difusos, são legitimadas as pessoas ou as associações 
legalmente constituídas. 
 
Portanto, o processo administrativo terá como objeto a 
tutela de: 
• Direitos ou interesses individuais 
• Direitos ou interesses coletivos 
• Direitos ou interesses difusos 
 
Gabarito: Errado. 
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45. (PROCURADOR – BACEN – CESPE/2009) O processo 
administrativo regido pela Lei n.° 9.784/1999 não protege os 
direitos ou interesses difusos. 
 
Comentário: 
 
Novamente, conforme se extrai do art. 9º da Lei de 
Processo Administrativo, no que diz respeito aos legitimados, que se 
poderá atuar como interessado na defesa de direitos ou interesses 
individuais, coletivos ou difusos, conforme assim expresso: 
 
Art. 9º São legitimados como interessados no processo 
administrativo: 
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como 
titulares de direitos ou interesses individuais ou no 
exercício do direito de representação; 
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm 
direitos ou interesses que possam ser afetados pela 
decisão a ser adotada; 
III - as organizações e associações representativas, no 
tocante a direitos e interesses coletivos; 
IV - as pessoas ou as associações legalmente 
constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. 
 
Gabarito: Errado. 
 
 
46. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÕES SOCIAL – MPS – 
CESPE/2010) Para fins de processo administrativo, são 
capazes os maiores de dezoito anos de idade, exceto os casos 
com previsão especial em ato normativo próprio. 
 
Comentário: 
 
A lei de processo administrativo, de fato, em seu art. 
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10, prescreve que são capazes, para o processo administrativo, os 
maiores de dezoito anos, nos seguintes termos: 
 
Art. 10. São capazes, para fins de processo 
administrativo, os maiores de dezoito anos, 
ressalvada previsão especial em ato normativo 
próprio. 
 
Gabarito: Certo. 
 
 
47. (TÉCNICO DE CONTABILIDADE – MS – CESPE/2010) É 
possível que um órgão administrativo e seu titular, se não 
houver impedimento legal, deleguem parte da sua 
competência a outros órgãos ou titulares, desde que estes lhe 
sejam hierarquicamente subordinados, quando for 
conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, 
social, econômica, jurídica ou territorial. 
 
Comentário: 
 
Dispõe o art. 11 da Lei nº 9.784/99

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