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Técnica Dietética - Manual Básico

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Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
Conceituação e Classificação 
dos Alimentos
Objetivos:
Conhecer as bases da manipulação dos alimentos para viabilizar sua preservação 
nutricional e sensorial.
Diferenciar a origem e qualidade biológica dos alimentos.
Profa. Ms. Rosana Benez Martins Freire
Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
Índice
Introdução ............................................................................................................03
1. Objetivos da técnica dietética ...........................................................................03
1.1 Nutricionais ................................................................................................03
1.2 Higiênicos ...................................................................................................04
1.3 Digestivos ...................................................................................................05
1.4 Sensoriais ....................................................................................................05
1.5 Econômicos ................................................................................................06
2. Alimentos .........................................................................................................07
2.1 Alimento convencional ...............................................................................07
2.2 Alimento orgânico ......................................................................................08
2.3 Alimento hidropônico .................................................................................10
2.4 Alimento funcional .....................................................................................11
2.4.1 Legislação brasileira .................................................................................11
2.4.2 Informações dos rótulos ...........................................................................11
2.4.3 Como se beneficiar ..................................................................................11
2.5 Produtos enriquecidos ................................................................................12
2.6 Alimentos transgênicos ................................................................................12
2.7 Alimento diet ..............................................................................................13
2.8 Alimento light .............................................................................................14
2.9 Alimento enriquecido .................................................................................14
3
Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
Introdução
Cozinham-se todos os dias em todos os cantos do mundo há milhares de anos. A história mostra 
que o domínio do fogo proporcionou o surgimento da cozinha. Ela é um indiscutível artifício de 
sobrevivência que, somado a influências culturais e religiosas veio se transformar em arte.
Para desenvolver o processo de cozinhar é necessário um bom conhecimento do que é básico, 
da aplicação de técnicas e apreensão de padrões de qualidade.
Assim, o estudo da Técnica Dietética se faz importante, pois, baseado nas ciências exatas, 
estuda as operações às quais são submetidos os alimentos depois de cuidadosa seleção e 
modificações, os quais sofrem durante os processos culinários e de preparação para o consumo 
(ORNELAS, 2007).
1. Objetivos da técnica dietética:
1.1 Nutricionais
1.2 Higiênicos
1.3 Digestivos
1.4 Sensoriais
1.5 Econômicos (ORNELAS, 2007).
1.1 Nutricionais
A preparação dos alimentos 
permite uso de diferentes métodos 
e, conforme o escolhido e o tipo 
de alimento, as perdas nutricionais 
serão maiores ou menores. 
Portanto, se faz necessário 
considerar as possibilidades de 
preservação dos nutrientes e, isso 
deve ser observado em todas as 
etapas do processo produtivo: 
seleção, compra, armazenamento, 
preparo e consumo. A cozinha 
dietética aplica conhecimentos 
físicos, químicos, biológicos, 
econômicos... , adotando métodos 
mais exatos, seguros, econômicos 
“Cozinhar bem, no sentido d
e saber preparar 
pratos complicados, não sign
ifica cozinhar 
corretamente. O ideal é pod
er aliar uma coisa 
a outra: técnica e arte.”
Veja algumas dicas sobre com
o aproveitar o 
melhor que os alimentos pod
em oferecer aqui.
Para Refletir...
que preservem ao máximo a composição nutricional dos alimentos. Não é difícil cozinhar 
corretamente; é necessário, apenas, aplicar as regras básicas de técnica dietética. (ORNELAS, 
2007).
4
Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
1.2 Higiênicos
Os alimentos são substâncias vivas e ricas em nutrientes e estão sujeitos à deterioração e 
contaminação, o que os torna veículos de agentes contaminantes biológicos, químicos ou físicos, 
que podem causar agravos à saúde dos indivíduos. (ORNELAS, 2007).
A segurança higiênica deve ser garantida desde o momento da aquisição, através da seleção 
das fontes de produção. Vários recursos e métodos modernos existem para deter ou estacionar 
a ação de enzimas e microorganismos comuns dos alimentos prolongando sua vida útil. No 
entanto, quando o alimento já sofreu contaminação e nele se desenvolveram germes capazes de 
produzir substâncias tóxicas, nem a cocção pode reverter o processo. (PHILIPPI, 2003).
Assim, cabe ressaltar a importância de conhecer as características de identificação da qualidade 
do alimento fresco e dos procedimentos técnicos adequados durante a manipulação, que serão 
abordados adiante no decorrer da disciplina.
Você sabia que...
Uma das várias notícias sobre venda de alimentos sem garantias higiênicas:
Operação localiza depósitos clandestinos e apreende alimentos 
estragados no Rio
No quarto dia de operação para combater a desordem no Rio, promovida pela 
Seop (Secretaria de Ordem Pública), cerca de 200 homens da Guarda Municipal, 
da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio), Secretaria de 
Controle Urbano e Polícia Civil e Militar localizaram na manhã desta quinta-feira 
cinco depósitos clandestinos no centro da cidade. Segundo a polícia, os galpões 
irregulares eram utilizados por ambulantes. 
De acordo com a Guarda Municipal, o dono de um dos depósitos na rua Monte 
Castelo, Marco Antônio Alves Fernandes, 33, foi preso. Ele vai responder por 
expor à venda alimento impróprio para consumo e por furto de energia. A polícia 
também apreendeu, no mesmo depósito, 45 toneladas de diversos materiais, entre 
produtos irregulares, carnes e frangos estragados, além de alimentos misturados 
com baratas e ratos. 
Na rua Leandro Martins (paralela à avenida Marechal Floriano), a polícia 
apreendeu 80 toneladas de alimentos e 200 carrocinhas. Segundo a Guarda 
Municipal, o material foi encaminhado para um depósito da prefeitura. 
O subsecretário de Integração Social e Controle Urbano, Alex Costa, informou que 
o mapeamento da administração municipal identificou dez depósitos clandestinos 
só no centro da cidade. Ele ainda afirmou que a mesma intervenção será feita no 
Catete (zona sul) ainda hoje. Essa é a primeira ação do novo governo municipal no 
centro do Rio. 
BRITO, Diana. Folha Online, Rio de Janeiro, 08/01/2009.
5
Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
1.3 Digestivos
Cada alimento representa uma fonte, em potencial, de 
nutrientes. Dependendo de sua estrutura, estado físico 
e composição química pode ser consumido in natura ou 
não. Por exemplo, o leite é um alimento livre de estrutura 
celular, em estado líquido e cujos nutrientes encontram-se 
em condições que permitem o ataque imediato dos sucos 
digestivos, ou seja, possui boa digestibilidade. (ORNELAS, 
2007).
Outros alimentos, como as frutas, necessitam geralmente 
1.4 Sensoriais
Nãobasta a composição química dos alimentos, as modificações para 
facilitar sua digestão, nem é suficiente que lhes assegurem condições 
higiênicas e sanitárias, é necessário torná-los apetitosos para serem aceitos. 
(ORNELAS, 2007).
Cada alimento possui características sensoriais próprias em relação ao 
aspecto, cor, sabor, aroma e consistência. Quando os alimentos são 
utilizados ao natural, ficam preservadas suas propriedades, desde que 
sejam inicialmente boas: frutas maduras, hortaliças em salada. O sabor dos 
alimentos é ativado pelo acréscimo de açúcar ou sal. Para alimentos mais 
insípidos, utilizam-se molhos, que tem objetivo de lhes favorecer o sabor. 
Quando há necessidade de cozinhar alimentos em meio úmido (água), 
eles se expõem à perdas, maiores ou menores, das substâncias que lhes 
que lhes removam as cascas e muitas vezes são necessárias subdividi-las, espremê-las, para obter 
o suco ou parte comestível, com métodos mecânicos que não alteram o conteúdo nutritivo do 
alimento. (ORNELAS, 2007).
Há alimentos que, além de terem de ser descascados e subdivididos, precisam ser submetidos à 
cocção para tornarem-se comestíveis. Por ex: batata, mandioca, carnes...
A digestibilidade do alimento depende também das condições do aparelho digestório, que 
pode ser imaturo como o das crianças, lesado como o do doente ou desgastado como o do 
idoso, sendo preciso antecipar os processos digestivos na cozinha. A subdivisão mecânica 
pode substituir a mastigação; a cocção e a ação enzimática podem substituir a ação dos sucos 
digestivos. Com o liquidificador podemos dar ao alimento a consistência do quimo gástrico 
e mesmo do quilo intestinal. A ação hidrolisante da cocção prolongada em meio ácido pode 
desdobrar o amido até a última etapa digestiva, que é a glicose. (ORNELAS, 2007).
conferem sabor e valor nutritivo, e à modificação dos elementos que mantêm sua forma inicial. 
(ORNELAS, 2007).
Também a cocção por calor seco pode desidratar o alimento a ponto de torná-lo inadequado 
como substância alimentícia, como é o caso de frituras prolongadas em temperatura muito alta 
e de alimento parcialmente carbonizado, por exemplo.
Escolher hortaliças novas e tenras cozinhá-las em pouca água e servi-las tão logo estejam 
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Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
Compare a apresentação da refeição abaixo. O alimento pode ser o mesmo, mas a 
atração por ele será diferente.
Para Refletir...
1.5 Econômicos
O alimento vale pelo que representa em valor nutritivo, pelas possibilidades de aproveitá-lo e 
pela facilidade de prepará-lo e conservá-lo. (ORNELAS, 2007).
Quanto mais se mantiver do valor inicial do alimento, maior for sua contribuição na conservação 
da saúde, maior será o proveito tirado do dinheiro que nele se aplicou. Por esse motivo, cuida 
também a técnica dietética de simplificar as operações usadas, empregando menor esforço para 
o alcance de um mesmo fim. O auxílio de equipamento mecânico adequado pode compensar 
um gasto maior de mão de obra. (ORNELAS, 2007).
O custo do alimento é quanto ele representa depois de pronto, incluindo gastos de preparação 
e considerando-se o resultado obtido. Este é o preço real, e deve valer o que custou. 
(ORNELAS, 2007).
Para melhor aquisição, devem-se fazer cardápios com antecedência, planejando e calculando 
na base do per capita, para saber exatamente que alimentos e quanto se devem comprar. O 
cálculo correto reduz as sobras e restos. (ORNELAS, 2007).
Nos cardápios, devem constar alimentos nacionais, ou mais acessíveis, da estação do ano. Os 
preparadas é, na opinião do técnico, a melhor forma e apresentá-la. Muito embora sobre gostos 
não existam leis- cada qual gosta do que gosta, por uma infinidade de causas e motivos, é 
necessário ensinar-se a gostar daquilo que é bom. (ORNELAS, 2007).
A culinária é complexa e muitos recursos são utilizados, sem prejuízo dos alimentos, para torná-
los atraentes: cortes variados, formas decocção, molhos diversos, acompanhamentos diferentes, 
combinações de cores e sabores, etc. 
O importante é que se obedeçam as regras básicas de preparo dos alimentos e atendam as 
exigências nutricionais. É então que os conhecimentos de técnica dietética são de grande valia. 
(ORNELAS, 2007).
7
Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
alimentos devem estar em boas condições de 
conservação para evitar muitas aparas e grande 
desperdício na hora do preparo. Também é 
aconselhável escolher preparações simples, que 
tomem menos tempo e gastem poucos materiais, 
selecionar as receitas corretas e pré-calculadas 
de acordo com as preferências dos clientes 
e prepará-las bem, para não haver rejeições, 
pois os restos são fator negativo de economia. 
(ORNELAS, 2007).
São atualmente palavras de ordem: ecologia 
e desenvolvimento sustentável. O objetivo é 
renovar a cultura das fontes primitivas e naturais 
de alimentos, como o plantio da araucária, 
castanheiras, palmeiras, motivando os meios rurais na recuperação das espécies em extinção, 
como perspectiva de alimentação para o futuro. Além disso, outro ponto importante é o que 
trata do aproveitamento integral dos alimentos. (ORNELAS, 2007).
E o lixo?
Ele representa um fator importante no balanço econômico e na poluição ambiental. Sua 
redução depende da colaboração de todos no sentido de efetuar a coleta reciclável. O 
desperdício é comum nas cozinhas e aí escoam valores significativos da economia alimentar.
Assim, a técnica dietética estabelece critérios exatos:
•	 Quantitativo: as receitas são fixas nas proporções de seus ingredientes, permitindo que se 
obtenham resultados constantes(ORNELAS, 2007).
•	 Seletivo: escolhem-se os alimentos para atenderem a alimentação racional, bem assim as 
formas de preparação para conservar o valor dos alimentos, suas boas condições sanitárias e 
higiênicas, tornando-os de mais fácil digestão e biodisponiblidade. (ORNELAS, 2007).
•	 Individual: baseia-se nas necessidades individuais dos clientes para ajustar quantidade total 
de alimentos a preparar, na qualidade dos alimentos que devem integrar o cardápio e na 
forma como eles devem ser preparados. (ORNELAS, 2007).
•	 Econômico: escolha cuidadosa do que comprar ao melhor preço. As formas de preparação 
também influem no custo final. Considerar a perspectiva social nos critérios de melhor 
aproveitamento do alimento, enquanto “bem” devido a todo ser humano. (ORNELAS, 2007).
2. Alimentos
Segundo Ornelas (2007) os tipos de alimentos encontrados no mercado são:
Alimento convencional, orgânico, hidropônico, funcional, transgênicos, diet, 
light e enriquecido.
2.1 Alimento convencional
Produzido com uso do solo, de adubos químicos altamente solúveis e com o 
uso de agrotóxicos.
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Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
2.2 Alimento orgânico
É aquele produzido com uso de solo equilibrado (química, física e biologicamente), ou seja, um 
solo vivo, com boas condições para que a planta se desenvolva bem e produza alimento sadio e 
sem resíduos tóxicos.
Para a produção não é permitido o uso de adubos que deixe resíduo no solo, na água, no 
animal e nem nos alimentos. O alimento traz na sua embalagem o “selo verde”.
O mercado de produtos orgânicos processados tem apresentado grande crescimento, mas 
geralmente, grande parte da população do mercado de produtos orgânicos esbarra em 
obstáculo como alto preço desses alimentos, que são em média 40% mais elevados que os dos 
produtos convencionais.
Você sabia que...
Selo Verde é um rótulo colocado em produtos comerciais, que indica que sua 
produção foi feita atendendo a um conjunto de normas pré-estabelecidas pela 
instituição que emitiu o selo.
O Selo Verde atesta, por meio de uma marca colocada voluntariamente pelo 
fabricante, que determinados produtos são adequados ao uso e apresentam 
menor impacto ambiental em relação a outros similares.A diferença de rotulagem 
ambiental para a Certificação de Sistema de Gestão Ambiental é que o que está 
sendo certificado é o produto, e não o seu processo produtivo.
O principal objetivo é deixar claro para o consumidor que o produto que está de 
acordo com critérios de excelência de qualidade. Não se pode confundir, também, 
com etiquetas de advertência de uso compulsório, que contém indicações de que 
o produto pode ser danoso à saúde, tal como as impressas nos maços de cigarros, 
ou etiquetas informativas de reciclabilidade.
A aceitação do Selo Verde pelo consumidor é garantida pela confiança depositada 
no emitente do selo. Daí a importância da agência normatizadora internacional, ou 
de grande prestígio no mercado.
9
Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
Certificações
O que certifica: produtos agrícolas, como frutas, café, cacau e chás. 
Como é: trata-se de uma certificação socioambiental. Comprova que 
os produtores respeitam a biodiversidade e os trabalhadores rurais 
envolvidos no processo. Com grande aceitação na Europa e nos EUA, 
é auditado no Brasil pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e 
Agrícola (Imaflora).
Rainforest Alliance Certified
Outros selos dessa categoria: UTZ Kapeh e Max Havelaar.
www.imaflora.org
O que certifica: alimentos orgânicos e cosméticos naturais ou 
orgânicos.
Como: os alimentos processados devem conter um mínimo de 95% 
de ingredientes orgânicos para serem certificados. Para ganhar um 
selo de cosmético orgânico, um produto deve ter ao menos 95% de 
ingredientes vegetais e 95% destes ingredientes devem ser orgânicos 
Ecocert
certificados – no caso de cosméticos naturais, 50% dos insumos vegetais devem ser orgânicos. 
O selo Ecocert é um só (este ao lado). Mas, por contrato com a certificadora, o fabricante é 
obrigado a identificar no rótulo se o produto é orgânico ou natural.
www.ecocert.com.br
O que certifica: alimentos, cosméticos e algodão orgânicos.
Como é: além de cumprir os requisitos básicos para a produção 
orgânica (como fazer rotação de culturas e não usar agrotóxicos), 
garante que a fabricação daquele produto obedece ao Código 
Florestal Brasileiro e às leis trabalhistas. Os produtos industrializados 
devem ter ao menos 95% de ingredientes orgânicos certificados – a 
água e o sal são desconsiderados nesse cálculo tanto para cosméticos 
quanto para alimentos.
www.ibd.com.br
IBD (Instituto Biodinâmico) 
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Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
2.3 Alimento hidropônico 
É produzido em ambiente protegido sem uso 
de solo e com uso de adubos químicos de fácil 
solubilidade e água. As plantas são cultivadas 
dentro de tubos plásticos perfurados, ou em 
recipientes com substrato, e nutridas com 
solução de água e adubos químicos. As raízes 
absorvem os nutrientes diretamente da solução 
que circula dentro dos tubos ou meio de cultivo.
Como o cultivo é feito longe do solo, as plantas 
não têm contaminantes como bactérias, fungos, 
lesmas, insetos ou vermes. E, por serem criadas em um ambiente controlado, elas crescem mais 
saudáveis. (ORNELAS, 2007).
11
Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
2.4 Alimento funcional
Alimentos funcionais são aqueles alimentos ou 
ingredientes que, além das funções nutricionais 
básicas, quando consumidos como parte da dieta 
usual, produzem efeitos metabólicos, fisiológicos e/ou 
benéficos à saúde. Eles devem ser seguros para consumo 
sem supervisão médica. (ORNELAS, 2007).
2.4.1 Legislação brasileira
No Brasil, a indústria deve seguir a legislação do 
Ministério da Saúde. As Resoluções nº 18 e 19 da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa 
(30/04/99) estabelecem normas e procedimentos 
para registro de alimentos e/ou ingredientes funcionais. Para se obter o registro, a empresa 
interessada deve formular um relatório técnico-científico detalhado, comprovando os benefícios 
e a segurança do uso do alimento. (Veja mais no site da Sociedade Brasileira de Alimentos 
Funcionais – www.sbaf.org.br).
2.4.2 Informações dos rótulos
Em princípio, o rótulo dos funcionais deve conter as mesmas informações exigidas para um 
produto convencional. Além disso, o fabricante poderá colocar o claim (alegação) de funcional 
ou de saúde previamente aprovada pela Anvisa. Por exemplo, em um alimento contendo 
proteína de soja, o seguinte claim será permitido “O consumo diário de no mínimo 25 g de 
proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol”.
2.4.3 Como se beneficiar
Para se beneficiar dos alimentos funcionais é 
necessário que o seu consumo seja regular. O 
ideal é que as pessoas passem a consumir mais 
vegetais, frutas e cereais integrais, já que grande 
parte dos componentes ativos estudados está 
presentes nesses alimentos. Outra dica é substituir 
em parte o consumo de carne de vaca, embutidos 
e de outros produtos à base de carne vermelha por 
soja e derivados (especialmente carne e isolados 
protéicos de soja) ou peixes ricos em ômega 3. No 
caso de alimentos funcionais industrializados, é 
12
Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
preciso ficar atento e procurar saber se aquele alimento teve sua eficácia avaliada por pesquisas 
sérias. Para que os resultados sejam eficazes, o consumidor deve seguir as instruções do rótulo, 
utilizando o produto da forma recomendada pelo seu fabricante. Muito importante: esses 
alimentos funcionam somente quando fazem parte de uma dieta equilibrada, ou seja, se a 
pessoa estiver utilizando um alimento para o controle do colesterol, ela terá resultados positivos 
apenas se associá-lo a uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol.
2.5 Produtos enriquecidos
Os produtos enriquecidos com vitaminas e sais minerais podem ou não ser funcionais. A 
maioria não é. Se o enriquecimento não comprovar qualquer efeito adicional sobre a saúde, 
o alimento deve ser categorizado como alimento enriquecido de nutrientes essenciais. 
Contudo, se estudos comprovarem a ação desse enriquecimento sobre alguma doença crônica 
não-transmissível ou, ainda, se esse enriquecimento vier acompanhado da adição de outros 
ingredientes funcionais, aí esse alimento poderá ser considerado como funcional.
2.6 Alimentos transgênicos
Um organismo é considerado transgênico 
quando misturam a ele genes de outras espécies. 
Essa técnica foi apelidada de “recortar e colar” e 
desenvolve novas características aos organismos. 
Hoje é praticada com mais intensidade na 
agricultura com o fim de criar alimentos fortes 
que resistam aos herbicidas, pragas e ao clima e 
também para deixá-los mais nutritivos.
Existem duas formas de criar alimentos 
transgênicos: na primeira, recolhe-se um 
fragmento do DNA de um organismo e mistura 
com o fragmento de alguma outra espécie. Depois, 
esse novo fragmento é inserido na planta, atuando 
como o “transportador” das características dos DNAs. 
A outra técnica parece ser mais simples. Ao invés de 
juntar DNAs de dois organismos, coloca-se o gene 
diretamente na planta. Esse gene vai se adaptar ao 
DNA gerando uma planta com novas características. 
Mas um fato é omitido: durante esse processo de 
mutação, ocorre uma reação química de consequências 
desconhecidas. Isso significa que não há certeza 
sobre os resultados da transformação de alimento 
convencional para transgênico. (ORNELAS, 2007).
No dia 24 de abril de 2004, o Presidente Luis Inácio 
Lula da Silva assinou o Decreto número 4.680. Este 
13
Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
Decreto diz que todo alimento com mais de 1% de transgenia deverá ser rotulado 
para que consumidores possam decidir se querem ou não comprá-lo. Também para 
alimentos provenientes de animais alimentados com ração transgênica. No rótulo 
deve vir, também, a espécie doadora do gene.
2.7 Alimento diet
De acordo com aAgência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o 
termo diet pode ser usado em dois tipos de alimentos:
1. Nos alimentos para dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, 
gorduras, proteínas, sódio);
2. Nos alimentos para dietas com ingestão controlada de alimentos (para controle de peso ou de 
açúcares).
Mas, o que quer dizer ingestão controlada ou restrição de nutrientes?
Os alimentos para dietas controladas não podem ter a adição de nutriente. Assim, alimentos 
para ingestão controlada de açúcar não pode haver inclusão desse nutriente sendo permitida 
a existência do açúcar natural do alimento como, por exemplo, a geléia diet que tem como 
açúcar natural a frutose.
Os alimentos restritos em carboidratos (pão, chocolate, bala diet) ou gorduras (iogurte desnatado 
0% de gordura) podem conter, no máximo, a adição de 0,5 gramas do nutriente por 100 gramas 
ou 100 mL do produto. Já, os alimentos restritos em proteínas devem ser isentos desse nutriente. 
Como, a quantidade permitida nos alimentos com restrição de carboidratos e gorduras é muito 
pequena, é comum a definição de alimento diet sendo o produto isento de um nutriente 
específico.
14
Técnica Dietética
Conceituação e Classificação dos Alimentos
2.8 Alimento light
A definição de alimento light deve ser empregada nos produtos que apresentem 
redução mínima de 25% em determinado nutriente ou caloria comparada com 
o alimento convencional. Para que ocorra a redução de calorias é necessário que 
haja a diminuição no teor de algum nutriente energético (carboidrato, gordura e 
proteína). Assim, a redução de um nutriente não energético, por exemplo, sódio 
(sal light) não interfere na quantidade de calorias do alimento. (ORNELAS, 2007).
Dessa maneira, a primeira diferença entre o alimento diet e light está na 
quantidade permitida de nutriente. Enquanto que o diet precisa ser isento, o 
light deve apresentar uma diminuição mínima de 25% de nutrientes ou calorias 
em relação ao alimento convencional. A segunda diferença é consequência da 
primeira: o alimento light não é, necessariamente, indicado para pessoas que 
apresentam algum tipo de doença.
2.9 Alimento enriquecido
Considera-se alimento enriquecido, todo alimento ao qual for adicionada substância nutriente, 
com o objetivo de reforçar o seu valor nutritivo, seja repondo quantitativamente os nutrientes 
destruídos durante o processamento do alimento, seja suplementando-os com nutrientes em 
nível superior ao seu conteúdo normal.
Os alimentos enriquecidos de vitaminas e/ou sais minerais, deverão trazer no rótulo a 
expressão: “Enriquecido de vitaminas” ou “vitaminado” e, “Enriquecido de sais minerais” ou 
“Enriquecido de minerais”. Os alimentos enriquecidos de aminoácidos específicos deverão 
trazer no rótulo a expressão: “Enriquecido de... (nome dos aminoácidos adicionados). 
(ORNELAS, 2007).
Leituras recomendadas
ORNELAS, L.H.
 Técnica Dietética. Seleção e preparo 
 dos alimentos.
 8 ed. São Paulo: Atheneu, 2007.
PHILIPPI, S. T.
 Nutrição e Técnica Dietética.
 São Paulo: Manole, 2003.
*Alertamos que estes conteúdos são de uso exclusivo da Universidade Anhembi Morumbi, estão 
protegidos pela Lei de Direito Autoral e não devem ser copiados, divulgados ou utilizados para 
outros fins que não os pretendidos pelo autor ou por ele expressamente autorizado.

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