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Aula 13 - DA

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CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
– TEORIA E EXERCÍCIOS –
DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL 
Prof. Edson Marques
www.pontodosconcursos.com.br 
Página | 1 
Bom dia, pessoal. 
Ótima semana, vamos fortes, concentrados e
determinados a alcançar nosso objetivo. Hoje o tema é interessante
e, sem dúvida, objeto de cobrança em todos os concursos. Então, não
será diferente no nosso. Por isso, atenção. 
Nesta aula vamos estudar o seguinte: 
AULA 13: 2.3 Servidor: cargo e funções. 2.4 Atribuições. 2.5
Competência administrativa: conceito e critérios de
distribuição. 2.6 Avocação e delegação de competência. 2.7
Ausência de competência: agente de fato. 10 Agentes
públicos e servidores públicos. 10.1 Agentes públicos
(servidor público e funcionário público). 10.2 Natureza
jurídica da relação de emprego público. 10.3 Preceitos
constitucionais. 10.4 Servidor efetivo e vitalício: garantias. 
10.5 Estágio probatório. 10.6 Servidor ocupante de cargo em
comissão. 10.7 Direitos, deveres e responsabilidades dos
servidores públicos civis. 10.8 Lei nº 8.112/1990 e suas
alterações. 10.9 Regime jurídico peculiar dos funcionários
policiais civis da União e do Distrito Federal (Lei nº 
4.878/1965). 10.10 Regime disciplinar e processo
administrativo-disciplinar. 13 Direito administrativo
disciplinar. 13.1 Fontes; princípios; ilícito de direito
administrativo disciplinar; procedimentos disciplinares da
administração pública. 13.2 Lei nº 4.878/1965. 13.3 Lei nº 
8.112/1990: regime disciplinar. 13.5 Decreto nº 
59.310/1966. 13.6 Lei nº 9.266/1996 e suas alterações. 13.7
Lei nº 11.358/2006. 
A propósito, recomendo a leitura das Leis 4.878/1965, 
9.266/1996 e 11.358/2006, e do Decreto nº 59.310/1966, ante a
falta de questões. 
Vamos ao que interessa. 
CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
– TEORIA E EXERCÍCIOS –
DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL 
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Agente Administrativo 
Para compreendermos o alcance da expressão agente
administrativo, necessário antes entendermos e termos a noção de
agente público. 
Nesse sentido, o termo atualmente mais usual, e
podemos dizer mais adequado, inclusive com previsão legal, de
agente público está expresso no art. 2º da Lei 8.429/92, que assim
dispõe: 
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta
lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente
ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de
investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função nas entidades mencionadas no artigo anterior. 
É preciso, no entanto, descortinarmos o alcance da
expressão agente público, e, para tanto, utilizamos a classificação
clássica de Hely Lopes Meirelles, segundo a qual os agentes públicos
são divididos em: 
a) Agentes políticos 
b) Agentes administrativos 
c) Agentes honoríficos 
d) Agentes delegados 
e) Agentes credenciados 
Agentes políticos são aqueles que ocupam cargos que
compõe os órgãos constitucionais independentes, ou seja, dotados de
independência funcional, prerrogativas do cargo e sujeitos a regime
especial, cujas funções advêm diretamente da Constituição,
investidos, normalmente, por meio de eleição, nomeação ou
designação. 
Dentre esses estariam compreendidos os magistrados,
os membros do Ministério Público, dos Tribunais de Contas, além dos 
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representantes do Poder Executivo (Presidente, Governador, Prefeito,
e seus auxiliares diretos, Ministros, Secretários etc) e do Poder
Legislativo (Deputados, Senadores, Deputados Estaduais, Distritais e
Vereadores). 
Por outro lado, há forte corrente que defende serem os
agentes políticos tão-somente aqueles que erigidos aos cargos
eletivos, tal como o Presidente, Governador, Senador, Deputado,
Vereador etc. 
Nesse sentido, vale salientar, e vocês precisam ficar
atentos a isto, que o STF tem entendido que os agentes políticos
são todos aqueles que exercem atribuições decorrentes
diretamente da Constituição, não sendo, pois, apenas os
detentores de cargos eletivos, de modo que englobam também
outros agentes públicos tal como os magistrados, conforme
orientação firmada no Informativo 263. Vejamos: 
Informativo 263 (RE-228977) 
Dano Moral e Atos Judiciais (Transcrições) RE 228.977-SP* 
(v. Informativo 259) Relator: Min. Néri da Silveira EMENTA: -
Recurso extraordinário. Responsabilidade objetiva. Ação
reparatória de dano por ato ilícito. Ilegitimidade de parte
passiva. 2. Responsabilidade exclusiva do Estado. A
autoridade judiciária não tem responsabilidade civil pelos
atos jurisdicionais praticados. Os magistrados
enquadram-se na espécie agente político, investidos 
para o exercício de atribuições constitucionais, sendo 
dotados de plena liberdade funcional no desempenho 
de suas funções, com prerrogativas próprias e 
legislação específica.
(...) 
(...) os magistrados se enquadram na espécie agente
político. Estes, são investidos para o exercício de atribuições
constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional
no desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias
e legislação específica, requisitos, aliás, indispensáveis ao
exercício de suas funções decisórias. 
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(...) É o que elucida o saudoso HELY LOPES MEIRELLES, em
sua obra "Direito Administrativo Brasileiro" (18ª ed., pág. 
72): "Os agentes políticos exercem funções governamentais,
judiciais e quase-judiciais, elaborando normas legais,
conduzindo os negócios públicos, decidindo e atuando com
independência nos assuntos de sua competência. São as
autoridades públicas supremas do Governo e da
Administração na área de sua atuação, pois não estão
hierarquizadas, sujeitando-se apenas aos graus e limites
constitucionais e legais de jurisdição. Em doutrina, os
agentes políticos têm plena liberdade funcional, equiparável
à independência dos juizes nos seus julgamentos, e, para
tanto, ficam a salvo de responsabilidade civil por seus
eventuais erros de atuação, a menos que tenham agido com
culpa grosseira, má-fé ou abuso de poder. Nesta categoria
encontram-se os Chefes de Executivo (Presidente da 
República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares 
imediatos (Ministros e Secretários de Estado e de 
Município); os membros das Corporações Legislativas 
(Senadores, Deputados e Vereadores); os membros do 
Poder Judiciário (Magistrados em geral); os membros 
do Ministério Público (Procuradores da República e da 
Justiça, Promotores e Curadores Públicos)..." 
Por outro lado, agentes administrativos são todos
aqueles agentes que estão submetidos à hierarquia funcional, não
sendo membro de poder, não exercendo funções políticas ou
governamentais, estando sujeitos ao regime jurídico da entidade a
que servem. 
Nesse conceito estão todos os que têm com os entes
Políticos (Administração Direta) e entidades administrativas
(Administração Indireta) vínculo funcional ou relação laboral, de
natureza profissional e caráter não eventual, sob vínculo de
dependência. 
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Por isso, dividem-se em: servidores públicos,
empregados públicos e funcionários ou servidores
temporários. 
Servidores públicos são todas as pessoas físicas que
ocupam um cargo público mantendo vínculo de subordinaçãocom o
Estado ou com suas entidades mediante retribuição pecuniária. 
Nesse sentido, vale lembrar que cargo público é o
conjunto de atribuições e responsabilidades previstas em uma
estrutura organizacional, que devem ser cometidas a um servidor
(art. 3º, Lei nº 8.112/90), que são criados por lei e com denominação
própria e vencimento pago pelos cofres públicos, cujo provimento
poderá ser em caráter efetivo ou em comissão. 
Assim, teremos servidores públicos de cargos efetivos
(concursados) e servidores públicos de cargos comissionados (cargos
de Direção e Assessoramento Superior). 
Os empregados públicos são pessoas físicas que
ocupam emprego público, ou seja, são os contratados sob o regime
da legislação trabalhista (celetistas) por prazo indeterminado. 
Em regra tais agentes estão no âmbito das estatais,
submetidos ao regime laboral, na medida em que tais entidades são
regidas, preponderantemente, pelo regime de direito privado. 
Ocorre, no entanto, que com a EC 19/98, permitiu-se à
Administração direta, autárquica e fundacional também contratar sob
o regime celetista. Disposição que restou suspensa pela decisão
proferida pelo STF na ADI 2.135. 
Servidores ou funcionários temporários, ou
simplesmente temporários, são agentes contratados de forma
temporária, por excepcional interesse público, para exercer função
por prazo determinado, conforme estabelece a Constituição Federal
em seu art. 37, inciso IX, ao permitir a contratação de servidor 
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visando atender necessidade temporária em razão de excepcional
interesse público. 
Nesse sentido, a Lei nº 8.745/93 regulamentou na
esfera federal a contratação de pessoal para o exercício de atividade
temporária, dispondo que as pessoas jurídicas de direito público
poderiam contratar pessoal observando as condições e os requisitos
legais. 
Agentes delegados são particulares que, por força de
contrato ou ato administrativo em que se delega a realização de uma
atividade, obra ou serviço público, a executam sob sua conta e risco,
sob fiscalização do Estado, por isso atuando em colaboração a este
(descentralização por colaboração). Temos como exemplo os
delegatários de serviço público, tal como os concessionários,
permissionários, tabelião, leiloeiros etc. 
Agentes honoríficos são particulares que, em razão
de sua condição cívica, honra, ou de sua notória capacidade
profissional, são requisitados ou designados pelo Estado para
exercerem, de forma provisória, certa atividade ou função, podendo
ser remunerados ou não. (Ex. Mesário, Jurado, Membros dos
Conselhos Tutelares das crianças e adolescentes etc). 
Por fim, temos ainda os chamados agentes
credenciados, ou seja, aqueles que o Estado dá a incumbência de
representá-lo para certa e específica atividade ou para um ato
determinado, mediante remuneração. 
É possível, ademais, constatarmos a existência de
outras classificações, a exemplo daqueles que colocam dentre tais
agentes os militares e os terceirizados (agentes em colaboração). 
É o que explica a Profa. Maria Sylvia Zanella Di Pietro,
em relação aos militares que antes da EC 18/98 enquadravam-se na
categoria de servidores públicos, porém após a emenda retirou-se a
expressão, por isso não são considerados como servidores, 
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figurando-se como mais uma categoria de agente público,
denominados simplesmente de militares. 
Cuidado, pois há pessoas que ainda utilizam a
expressão funcionário público de forma indistinta para qualificar todos
os agentes públicos. Trata-se de uma expressão já bastante
ultrapassada, prevista no Código Penal Brasileiro no art. 327, que se
refere a qualquer agente público para fins penais tão somente. 
Regime Jurídico do Servidor Público 
Inicialmente, é preciso observar que a Constituição
Federal de 1988, em seu artigo 39, estabeleceu a obrigatoriedade da
Administração Pública direta, autárquica e fundacional de adotar
regime jurídico único para seus servidores, conforme assim expresso: 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único
e planos de carreira para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e das fundações públicas. 
No âmbito Federal foi editada a Lei nº 8.112/90, que
criou o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das
autarquias e das fundações públicas federais, o denominado Regime
Jurídico Único (RJU). 
Eis que veio a Emenda Constitucional nº 19/98
(reforma do Estado) e promoveu alteração no art. 39, caput, da
CF/88, retirando a obrigatoriedade de se adotar um único regime
jurídico para dispor sobre os servidores públicos, de maneira que se
abriu possibilidade de a Administração Pública direta, autárquica e
fundacional de adotar outros regimes, tal como o celetista, para
provimento de emprego nos seus quadros, por exemplo. 
No entanto, recentemente, em controle de
constitucionalidade, no julgamento da ADI 2135-4 o Supremo
Tribunal Federal (STF) deferiu medida cautelar para suspender a
redação do caput do artigo 39, CF/88, dada pela EC 19/98, por vício 
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de inconstitucionalidade formal, voltando a vigorar a redação anterior
à essa emenda, ou seja, a redação original da Constituição. 
É de se esclarecer, portanto, que temos novamente a
obrigatoriedade de se adotar regime jurídico único. No entanto,
cumpre dizer que o STF conferiu efeito ex-nunc, ou seja, a decisão
não tem efeito retroativo. 
Com isso, toda a legislação editada durante a vigência
do artigo 39, caput, com a redação da EC nº 19/98, continua válida a
regular o período de 1998 até a decisão do STF, ressaltando que,
dessa forma, ficam resguardas as situações consolidadas, até que o
mérito da ADI 2135-4 seja julgado em definitivo. 
Lembre-se, portanto, que a Lei nº 8.112/90 institui o
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias,
inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais,
sendo denominada de RJU (regime jurídico único), por força do
art. 39, caput, da CF/88. 
E, nos termos do RJU, considera-se servidor a pessoa
legalmente investida em cargo público, e cargo público, o
conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um
servidor. 
Então, para estudarmos o RJU, temos também de aliar
o estudo à parte constitucional que dispõe acerca dos servidores
públicos. 
Regime Jurídico Único (RJU) 
Os servidores públicos são regidos por um conjunto
de regras que estabelecem seus direitos, deveres, obrigações
e responsabilidades. Trata-se do regime jurídico dos servidores
públicos. 
Com efeito, após a Constituição de 1988 estipulou-se a 
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necessidade de os servidores públicos serem regidos por regime
jurídico único. Com isso, foi editada a Lei nº 8.112/90, que criou o
Regime Jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias 
e das fundações públicas federais, o denominado Regime Jurídico
Único (RJU). 
A Lei nº 8.112/90 delimita os critérios, direitos, deveres
e demais regras que estabelecem as obrigações e responsabilidadesdos servidores públicos federais.
É fato que esse vínculo, do servidor com o Estado, se
inicia com nomeação, posse e exercício no cargo. 
Cargo Público 
Nos termos do art. 3º da Lei nº 8.112/90, cargo
público é o conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor. 
De outro lado, conforme a própria Lei nº 8.112/90, art.
2º, estabelece, servidor é pessoa legalmente investida em cargo
público. 
Assim, somente haverá cargos públicos no âmbito da
Administração direta, autárquica e fundacional (fundações públicas de
direito público). 
Nas demais entidades administrativas, ou seja, nas
fundações públicas de direito privado e nas estatais (empresas
públicas e sociedades de economia mista) não teremos cargos
públicos, teremos empregados públicos. 
Investidura 
A Lei nº 8.112/90 estabeleceu os requisitos para 
investidura em cargo público, conforme art. 5º, que assim dispõe:
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Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo
público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental 
Deve-se observar que tais requisitos devem ser
demonstrados no ato da posse, não se estabelecendo qualquer limite
de idade para efeito de inscrição em concurso. 
Importante dizer que o Supremo Tribunal Federal tem
firme entendimento no sentido de que estabelecer limite de idade
para inscrição em concurso público depende de expressa previsão
legal, conforme a súmula 14, que assim dispõe: 
Súmula 14: Não é admissível, por ato administrativo,
restringir, em razão da idade, inscrição em concurso
para cargo público. 
Esse entendimento foi aplicado, inclusive, 
recentemente, conforme Informativo nº 580, que assim veiculou:
INFORMATIVO Nº 580 
TÍTULO: Forças Armadas: Limite de Idade para Concurso de
Ingresso e Art. 142, § 3º, X, da CF - 2 
PROCESSO: RE - 600225 
ARTIGO 
A Min. Cármen Lúcia, relatora, negou provimento ao recurso
por entender que, tendo a Constituição Federal determinado,
em seu art. 142, § 3º, X, que os requisitos para o ingresso
nas Forças Armadas são os previstos em lei, com referência
expressa ao critério de idade, não caberia regulamentação
por meio de outra espécie normativa. Considerou, por
conseguinte, não recepcionada pela Carta Magna a expressão
“e nos regulamentos da Marinha, do Exército e da 
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Aeronáutica”, contida no art. 10 da Lei 6.880/80, que dispõe
sobre o Estatuto dos Militares (“Art. 10 O ingresso nas Forças 
Armadas é facultado mediante incorporação, matrícula ou
nomeação, a todos os brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei e nos regulamentos da
marinha, do exército e da aeronáutica.”.). Afirmou ser 
inquestionável a prerrogativa das Forças Armadas de instituir
por regulamento de cada Força, e até mesmo nos editais de
concursos, os procedimentos relativos a todo o certame.
Aduziu que o conteúdo definido constitucionalmente como
sendo objeto de cuidado a ser levado a efeito por lei haveria
de ser desdobrado, de forma detalhada, nos atos
administrativos, tais como os regulamentos e editais.
Observou, contudo, que esses atos não poderiam inovar nos
pontos em que a legislação não tivesse estatuído. Registrou,
ainda, que, no item específico relativo à definição dos
limites de idade, a fixação do requisito por 
regulamento ou edital, categoria de atos 
administrativos, esbarraria, inclusive, na Súmula 14 do 
STF (“Não é admissível, por ato administrativo, 
restringir, em razão da idade, inscrição em concurso 
para cargo público.”). RE 572499/SC, rel. Min. Cármen
Lúcia, 25.3.2010. (RE-572499) 
Vale destacar que a Constituição Federal estabeleceu a
necessidade de reserva de vagas aos portadores de necessidades
especiais, tendo, nesse aspecto, remetido à lei para regulamentar tal
disposição. 
Desse modo, a Lei nº 8.112/90, em seu artigo 5º, §3º,
estabeleceu que até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas
nos concursos públicos serão reservadas aos portadores de 
necessidades especiais.
Deve-se atentar para o fato de que se ocorrer fração,
na fixação do percentual, deverá ser arredondado o número de vagas 
para o próximo inteiro. Por exemplo, um concurso estabelece 19
vagas e 10% são destinadas aos portadores de necessidades 
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especiais. Assim, teríamos 1,9 (um inteiro e nove décimos), ou seja,
apenas uma vaga? Não. Teríamos duas vagas destinadas a PNE, eis
que se arredonda sempre para o próximo número inteiro. 
Ademais, vale lembrar que no plano federal, o Decreto 
3.298/99, em seu artigo 37, trouxe previsão de que no mínimo 5%
(cinco por cento) das vagas serão destinadas aos candidatos
portadores de necessidades especais, conforme o seguinte: 
Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o
direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de
condições com os demais candidatos, para provimento de
cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência
de que é portador. 
§ 1º O candidato portador de deficiência, em razão da 
necessária igualdade de condições, concorrerá a todas 
as vagas, sendo reservado no mínimo o percentual de 
cinco por cento em face da classificação obtida.
§ 2º Caso a aplicação do percentual de que trata o parágrafo
anterior resulte em número fracionado, este deverá ser
elevado até o primeiro número inteiro subseqüente. 
É de se observar, ademais, que, de acordo com a
Constituição, os cargos públicos também podem ser acessíveis aos
estrangeiros, na forma da lei. 
Para tanto, a Lei nº 8.112/90, em seu art. 5º, §3º,
estabelece que “as universidades e instituições de pesquisas
científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos
com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo
com as normas e procedimentos desta Lei”. 
Do Provimento 
Provimento é o ato de preencher cargo público. Com
efeito, há duas formas de provimento, o denominado originário, ou 
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seja, quando o agente não tem vínculo anterior com o cargo a ser
ocupado, e o provimento derivado, quando há um vínculo anterior. 
O derivado poderá ser vertical (elevação funcional) ou
horizontal (mudança de cargo do mesmo nível). 
Assim, conforme disposto no art. 8º da Lei nº 
8.112/90, são formas de provimento: a) nomeação; b)
promoção; c) readaptação; d) reversão; e) aproveitamento; f)
reintegração; e, g) recondução. Vejamos: 
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - ascensão;(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
IV - transferência; (Execução suspensa pela RSF nº 46, de
1997) (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
A nomeação é a única forma de provimento originário,
todas as demais são provimentos derivados. 
Nomeação é a indicação de uma pessoapara ocupar
um cargo público, podendo ser de provimento efetivo, que se dará
em virtude de aprovação em concurso público de provas ou provas e
títulos, ou, comissionado, que é de livre nomeação e exoneração. 
A nomeação é sempre ato administrativo unilateral
que não gera, por si só, qualquer obrigação para o servidor, mas sim
o direito subjetivo para que esse formalize seu vínculo com a
Administração, por meio da posse. 
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Posse é ato jurídico bilateral de investidura do
servidor no cargo. Importante salientar que somente haverá posse no
provimento originário, ou seja, por nomeação. 
O prazo para o nomeado tomar posse é de trinta
dias, improrrogáveis, contados da nomeação, ressalvando-se as
seguintes hipóteses de licenças e afastamento, quando o prazo será
contado a partir do término do impedimento. 
Art. 81, inc. I Licença em virtude de doença em pessoa da família
Art. 81, inc. III Licença para prestar serviço militar obrigatório 
Art. 81, inc. V Licença capacitação
Art. 102, inc. I Férias, 
Art. 102, inc. IV Treinamento regularmente instituído ou pós-graduação
stricto sensu 
Art. 102, inc. VI Júri e outros serviços obrigatórios por lei
Art. 102, inc. VIII, “a” Licença gestante, adotante e paternidade
Art. 102, inc. VIII, “b” Licença para tratamento de saúde 
Art. 102, inc. VIII, “d” Licença em virtude de acidente em serviço ou doença
profissional 
Art. 102, inc. VIII, “e” Licença capacitação
Art. 102, inc. VIII, “f” Convocação para serviço militar
Art. 102, inc. IX Deslocamento por remoção
Art. 102, inc. X Participação em competição representando o país 
A lei permite que a posse se dê mediante procuração
específica, ou seja, que seja exclusiva no sentido de outorgar poderes
ao terceiro para proceder à investidura no cargo em nome do
nomeado, nos termos do art. 13, §3º, que assim dispõe: 
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo
termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado,
que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer
das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração
específica. 
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Acaso o nomeado não tome posse no prazo fixado,
torna-se sem efeito o ato de nomeação. 
Com a posse abre-se o prazo quinzenal (15 dias)
para o empossado entrar em exercício. 
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do
cargo público, de modo que não poderá ser conferido a terceiro (é
personalíssimo). Não entrando o empossado em exercício no prazo
legal será exonerado. No caso de função de confiança o exercício,
em regra, coincide com a data da designação e acaso não se entre
em exercício torna-se sem efeito a designação. 
Os servidores têm jornada de trabalho com duração
máxima semanal de quarenta horas, devendo observar o limite
mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias. 
As demais formas de provimento são derivadas. A
vertical é a promoção, a horizontal é a readaptação, as outras são por
reingresso. 
Readaptação é a investidura de servidor, ocupante de
cargo efetivo, em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental. 
Aqui se aplica ao servidor estável ou não, e sempre é
precedida de inspeção médica, pois se o servidor for julgado incapaz
será aposentado. 
A readaptação deverá observar o seguinte: atribuições
condizentes com sua limitação; habilitação exigida para o cargo;
mesmo nível de escolaridade e equivalência de vencimentos. 
Reintegração é o retorno, ou investidura, do servidor
estável ao cargo anteriormente ocupado em razão de ter sido
invalidada, por decisão administrativa ou judicial, sua demissão. 
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O servidor reintegrado terá direito ao ressarcimento de
todas as vantagens durante o período de seu afastamento. 
Se o cargo que ocupava tiver sido transformado em
outro, voltará para o cargo objeto da transformação. Se extinto,
ficará em disponibilidade. 
Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo
anteriormente ocupado em decorrência de inabilitação em estágio
probatório ou por reintegração do anterior ocupante. 
Aproveitamento é o retorno do servidor posto em
disponibilidade e, por isso, estável, a cargo de atribuições e
vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
Reversão é o retorno à atividade do servidor
aposentado. Ocorre nos casos de aposentadoria por invalidez quando
Junta Médica declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria, ou
por aposentadoria voluntária, no interesse da administrativa, e desde
que não tenha ocorrido há mais de cinco anos, sendo o servidor
estável quando em estava na ativa, havendo cargo vago, e ter
ocorrido a solicitação de retorno. 
Promoção é a elevação funcional do servidor dentro de
uma carreira, ou seja, é a passagem de um servidor de uma
categoria/classe para outra. 
Assim, por exemplo, Delegado de Polícia de terceira
categoria, sendo promovido, por antiguidade ou merecimento, para
Delegado de Polícia de segunda categoria, depois, primeira e, por fim,
para a categoria especial. 
É importante destacar que a Lei nº 8.112/90 trazia a
previsão da ascensão e da transferência, duas formas que eram tidas
por inconstitucionais, já que violavam o princípio da acessibilidade
por meio de concurso público. 
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A ascensão era a modalidade de provimento por
transposição ou verticalidade, de modo que o indivíduo tinha acesso a
outro cargo, de nível superior ao que ocupava, sem concurso público.
Referida modalidade foi revogada pela Lei nº 9.527/97, pois estava
suspensa pelo STF que certamente a declararia inconstitucional. 
Na transferência o servidor passava de um cargo para
outro em órgãos ou entidades distintas. Por também ser
inconstitucional, foi objeto de revogação pela Lei nº 9.527/97. 
Vacância 
A vacância é o ato administrativo pelo qual o cargo
público fica vago, em razão de exoneração, demissão, aposentadoria,
promoção, falecimento, posse em outro cargo inacumulável,
conforme estabelece o art. 33, que assim dispõe: 
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
I - exoneração; 
II - demissão; 
III - promoção; 
IV - ascensão; (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
V - transferência (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VI - readaptação; 
VII - aposentadoria; 
VIII - posse em outro cargo inacumulável; 
IX - falecimento. 
Estabilidade x Vitaliciedade 
A Lei nº 8.112/90 não estabelece qualquer garantia de
vitaliciedade ou inamovibilidade para servidores públicos. Tais
garantias estão previstas constitucionalmente para algumas carreiras,
consideradas típicas de Estado, tal como a magistratura, membros do
Ministério Público (promotores de justiça, procuradores da República) 
e para Defensores Públicos.
Para os servidores públicos, ocupantes de cargos 
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efetivos,a Lei nº 8.112/90, nos moldes preconizados pela
Constituição Federal (art. 41), possibilita a estabilidade no serviço
público, após três anos de efetivo exercício. 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo
exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público 
São requisitos para a estabilidade que o servidor tenha
sido aprovado em concurso público, nomeação para cargo público
efetivo, ter três anos de efetivo exercício do cargo (conforme
entendimento do STF e STJ), bem como ter realizado e ter sido
aprovado na avaliação especial de desempenho por comissão 
instituída para essa finalidade.
Direitos e Vantagens 
Conforme estabelece o art. 40 do RJU, vencimento é a
retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor
fixado em lei. E, a remuneração, de acordo com o art. 41, é o
vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias 
permanentes estabelecidas em lei.
O servidor público além do vencimento poderá perceber
indenizações, gratificações e adicionais, conforme art. 49 que assim
estabelece: 
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor
as seguintes vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
No entanto, as indenizações não se incorporam ao
vencimento ou provento para qualquer efeito, incorporando-se
apenas as gratificações e adicionais, conforme art. 49, §§1º e 2º do 
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RJU. 
Indenizações 
a) Ajuda de custo (arts. 53 a 57) 
É destina-se a compensar as despesas de instalação do
servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova
sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. 
A Administração assume, ainda, as despesas de
transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, 
bagagem e bens pessoais.
Valor máximo: 3 meses de remuneração. 
O servidor é obrigado a restituir a ajuda de custo
quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo
de 30 dias. 
b) Diárias (arts. 58 e 59) 
A Lei nº 8.112/90, conforme art. 58, dispõe que o
servidor que se afastar, em caráter eventual e transitório, para outro
ponto do território nacional ou do exterior, a serviço fará jus a 
passagens e diárias, nestes termos:
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em
caráter eventual ou transitório para outro ponto do território
nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias
destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária
com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme
dispuser em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
É importante salientar que as diárias serão concedidas,
com base em regulamento, por dia de afastamento, sendo devida
pela metade no caso de não haver pernoite fora da sede. 
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§ 1º A diária será concedida por dia de afastamento, sendo
devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite
fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as
despesas extraordinárias cobertas por diárias.(Redação dada
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
§ 2º Nos casos em que o deslocamento da sede constituir
exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a
diárias. 
Assim, quando não houver o afastamento da sede não
serão devidas as diárias, ficando o servidor obrigado a devolvê-las,
no prazo de cinco dias, conforme o art. 59, do RJU, que assim
estabelece: 
Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da
sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las
integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. 
De igual forma, quando se tratar de região
metropolitana, aglomerados urbanos ou microrregiões, ou seja,
municípios limítrofes também não serão devidas as diárias, conforme 
o art. 58, §3º, que assim dispõe:
§ 3º Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar
dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou
microrregião, constituídas por municípios limítrofes e
regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado
mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência
dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se
estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em
que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os
afastamentos dentro do território nacional. (Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97) 
c) Indenização de transporte (art. 60) 
É devida ao servidor que realiza serviços externos 
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utilizando meio de transporte próprio.
Gratificações 
a) Pelo exercício de função de direção, chefia e
assessoramento. 
É o acréscimo à remuneração que ocorre pelo exercício 
de cargo comissionado (DAS).
b) gratificação natalina 
Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a
que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no
respectivo ano, sendo fração igual ou superior a 15 (quinze) dias 
considerada como mês integral para efeito de cálculo (art. 63).
Adicionais 
a) adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas
ou penosas 
Insalubridade: devido ao servidor que, em razão de
suas funções, está em constante contato com substâncias ou
elementos que podem, em longo prazo, provocar deterioração de sua
saúde. 
Periculosidade: é pago ao servidor que coloca em 
risco sua integridade física em razão do exercício de suas funções.
Os adicionais de insalubridade e de periculosidade não
podem ser recebidos cumulativamente. 
Penosidade: pago aos servidores em exercício em
zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida 
(penosas) o justifiquem.
d) adicional pela prestação de serviço extraordinário 
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O serviço extraordinário é remunerado com acréscimo
de 50% em relação à hora normal de trabalho (art. 73). O limite 
máximo de horas-extras permitido é de 2 horas por jornada (art. 74).
e) adicional noturno (art. 75) 
É devido pela prestação de serviço no horário
compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas da manhã do dia
seguinte. 
O adicional compreende o acréscimo de 25% sobre o
valor da hora paga pelo mesmo serviço exercido em horário diurno,
considerando-se hora noturna de 52min e 30s. 
O adicional de serviço noturno é calculado
cumulativamente com o adicional de serviço extraordinário (se for o
caso de o serviço noturno ser extraordinário). 
f) adicional de férias 
Corresponde a 1/3 (um terço) da remuneração do
período das férias. No caso de o servidor exercer função de direção,
chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a 
respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional.
Benefícios da Seguridade Social 
a) Auxílio-natalidade (art. 196): O auxílio-natalidade é devido à
servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente
ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de
natimorto, e caso de parto múltiplo será acrescido de 50% por cada
nascituro. 
b) Salário-família: O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao
inativo, por dependente econômico, devendo o valor ser estabelecido
em lei. 
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Férias 
O servidor faz jus a 30 dias de férias anuais, após
completar 12 meses de efetivo exercício. Podem ser parceladas em
até três etapas, a requerimento do servidor, no entanto, a concessão 
do parcelamento é discricionária.
Podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, 
no caso de necessidade do serviço.
Para o primeiro período aquisitivo de férias serão
exigidos 12 meses de exercício (art. 77, § 1º). 
O pagamento da remuneração das férias será efetuado
até 2 dias antes do início do respectivo período (art. 78). 
As férias somente poderão ser interrompidas por
motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para
júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço 
declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade (art. 80).
Licenças 
a) Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família 
Doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos
filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva
às suas expensas e conste do seu assentamento funcional. 
Somente será concedida se o servidor comprovar
indispensável sua assistência direta e essa não puder ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação
de horário. 
É vedado ao servidor o exercício de atividade
remunerada durante o período da licença. 
O período máximo de licença será de 150 dias, sendo 
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que os primeiros trinta dias a licença será remunerada. Os trinta dias
seguintes poderão ser de licença remunerada, dependendo essa
prorrogação de parecer de junta médica oficial. O restante (90 dias) 
não serão remunerados.
O período de licença remunerada é contado como
tempo de serviço apenas para efeito de aposentadoria e 
disponibilidade (art. 103, II).
b) Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge 
Para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi
deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou
para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e
Legislativo. 
A licença será por prazo indeterminado e sem
remuneração e o período de fruição não é computado como tempo de 
serviço para qualquer efeito.
c) Licença para o Serviço Militar 
Ao servidor convocado para o serviço militar será
concedida licença, na forma e condições previstas na legislação
específica. 
Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 dias,
sem remuneração, para reassumir o exercício do cargo. 
O período de licença é considerado como de efetivo 
exercício (art. 102, VIII, “f”).
d) Licença para Atividade Política 
O servidor poderá obter licença durante o período que
mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato
a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a
Justiça Eleitoral. Esse período não é computado como tempo de 
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serviço, será sem remuneração.
Também poderá obter a licença a partir do registro da
candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, com a
remuneração do cargo efetivo. 
Nessa hipótese, a remuneração somente será paga pelo
período de três meses. Caso o período entre o registro da candidatura 
e o décimo dia seguinte ao da eleição supere três meses, o servidor
poderá permanecer de licença, mas sem direito à remuneração. Esse
período de licença será computado como tempo de serviço apenas 
para efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 103, III).
e) Licença para Capacitação 
Após cada cinco anos de efetivo exercício, não
acumuláveis, o servidor poderá, no interesse da Administração,
afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva
remuneração, por até três meses, para participar de curso de 
capacitação profissional.
Trata-se de ato discricionário, não gerando direito
adquirido. Não devendo ser confundido com a licença prêmio, pois
esta foi extinta. 
O período de licença para capacitação é considerado
como de efetivo exercício para efeito de contagem do tempo de
serviço. 
f) Licença para Tratar de Interesses Particulares 
O servidor poderá requerer licença para tratar de
interesses particulares, sem remuneração, que poderá durar até três
anos e pode ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor 
ou no interesse do serviço.
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É vedada, no entanto, para servidor em estágio 
probatório. Sendo, ademais, ato discricionário da Administração.
O período de licença, evidentemente, não é computado
como tempo de serviço para qualquer efeito. 
g) Licença para o Desempenho de Mandato Classista 
O servidor poderá obter licença para desempenho de
mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito
nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade 
fiscalizadora da profissão.
Será de forma não remunerada, sendo, no entanto, ato
vinculado, ou seja, obrigatória a concessão. 
A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser
prorrogada, no caso de reeleição, por uma única vez. 
O tempo de fruição da licença é computado como de
efetivo exercício para todos os efeitos, exceto para efeito de
promoção por merecimento (art. 102, VIII, “c”). 
h) Licença para Tratamento de Saúde 
O servidor poderá obter licença para tratamento de sua
própria saúde. Trata-se de licença remunerada. 
O prazo máximo contínuo de licença para tratamento
de saúde é de 24 meses. 
O período de licença é computado como tempo de
efetivo exercício até o limite de vinte e quatro meses, cumulativos ao
longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de 
provimento efetivo.
A partir de 24 meses, cumulativos ao longo de todo o
tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento 
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efetivo, o período de licença será considerado como tempo de serviço
apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade. 
i) Licença à Gestante, à Adotante e Licença-Paternidade 
Gestante: 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem 
prejuízo da remuneração. Podendo ser prorrogado por mais 60 dias.
O direito à licença pode ser exercido pela servidora a
partir do primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação
por prescrição médica. No caso de nascimento prematuro, a licença 
terá início a partir do parto.
Adotante: (a) 90 dias se a criança tiver até 1 ano de
idade; ou (b) 30 dias se a criança tiver mais de 1 ano de idade, que
também poderá ser prorrogado, conforme o seguinte: 
Art. 1o Fica instituído, no âmbito da Administração Pública
federal direta, autárquica e fundacional, o Programa de
Prorrogação da Licença à Gestante e à Adotante. 
Art. 2o Serão beneficiadas pelo Programa de Prorrogação da
Licença à Gestante e à Adotante as servidoras públicas
federais lotadas ou em exercício nos órgãos e entidades
integrantes da Administração Pública federal direta,
autárquica e fundacional. 
§ 1o A prorrogação será garantida à servidora pública que
requeira o benefício até o final do primeiro mês após o parto
e terá duração de sessenta dias. 
§ 2o A prorrogação a que se refere o § 1o iniciar-se-á no dia
subseqüente ao término da vigênciada licença prevista no
art. 207 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ou do
benefício de que trata o art. 71 da Lei no 8.213, de 24 de
julho de 1991. 
§ 3o O benefício a que fazem jus as servidoras públicas 
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mencionadas no caput será igualmente garantido a quem
adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de
criança, na seguinte proporção: 
I - para as servidoras públicas em gozo do benefício de que
trata o art. 71-A da Lei nº 8.213, de 1991: 
a) sessenta dias, no caso de criança de até um ano de idade; 
b) trinta dias, no caso de criança de mais de um e menos de
quatro anos de idade; e 
c) quinze dias, no caso de criança de quatro a oito anos de
idade. 
II - para as servidoras públicas em gozo do benefício de que
trata o art. 210 da Lei nº 8.112, de 1990: 
a) quarenta e cinco dias, no caso de criança de até um ano
de idade; e 
b) quinze dias, no caso de criança com mais de um ano de
idade. 
§ 4o Para os fins do disposto no § 3o, inciso II, alínea “b”, 
considera-se criança a pessoa de até doze anos de idade
incompletos, nos termos do art. 2o da Lei no 8.069, de 13 de
julho de 1990. 
Paternidade: Pelo nascimento ou adoção de filhos, o
servidor terá direito à licença-paternidade, remunerada, de 5 dias
consecutivos. 
Os períodos de gozo das licenças descritas nesse tópico
consideram-se como de efetivo exercício para efeito de contagem do 
tempo de serviço (art. 102, VIII, “a”).
j) Licença por Acidente em Serviço 
Se do acidente em serviço resultar invalidez
permanente do servidor, será ele aposentado com proventos
integrais, não importa quanto tempo tenha de serviço. 
Se, ao término de 24 meses, o servidor for considerado
inapto para o serviço, será aposentado por invalidez permanente com 
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proventos integrais.
A prova do acidente deve ser feita no prazo de 10 dias,
prorrogável quando as circunstâncias o exigirem. 
Afastamentos e concessões 
Afastamentos: (1) Afastamento para Servir a Outro
Órgão ou Entidade (art. 93); (2) Afastamento para Exercício de
Mandato Eletivo (art. 94); Afastamento para Estudo ou Missão no
Exterior (art. 95) 
Concessões: 
Conforme o art. 97 da Lei nº 8.112/90, sem qualquer
prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço, por 1 (um) dia,
para doação de sangue; por 2 (dois) dias, para se alistar como
eleitor; por 8 (oito) dias consecutivos em razão de: 
a) casamento; 
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e
irmãos. 
Deveres e Responsabilidades do Servidor 
Os deveres estão previstos no art. 116 do RJU, que
estabelece o seguinte: 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,
ressalvadas as protegidas por sigilo; 
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b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito
ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do
patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade
administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso
de poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso
XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada
pela autoridade superior àquela contra a qual é
formulada, assegurando-se ao representando ampla
defesa. 
Proibições 
Além dos deveres, a Lei nº 8.112/90 estabelece um rol
de proibições, que conforme art. 117, são os seguintes: 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
qualquer documento ou objeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de
documento e processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no
recinto da repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de
sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
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VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se
a associação profissional ou sindical, ou a partido político;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função
de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o
segundo grau civil; 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade
privada, personificada ou não personificada, exercer o
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
grau, e de cônjuge ou companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de
qualquer espécie, em razão de suas atribuições; 
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
estrangeiro; 
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em
serviços ou atividades particulares; 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao
cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis
com o exercício do cargo ou função e com o horário de
trabalho; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando
solicitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput
deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela
Lei nº 11.784, de 2008 
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou
indiretamente, participação no capital social ou em sociedade 
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cooperativa constituída para prestar serviços a seus
membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares,
na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre
conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 
Penalidades 
Ao servidor público poderá ser aplicada as seguintes
penalidades: Advertência;
 Suspensão; 
 Demissão; 
 Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
 Destituição de cargo em comissão; 
 Destituição de função comissionada. 
A demissão será aplicada no caso de faltas graves, ou
seja, de acordo com o art. 132 da Lei nº 8.112/90, nos casos de: 
 Crime contra a administração pública, ficando o servidor
impedido de retornar ao serviço público federal, 
 Abandono de cargo, definido como a ausência intencional do
servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos,
inassiduidade habitual, definida como a falta ao serviço, sem
causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante
o período de doze meses; 
 Improbidade administrativa, ficando o servidor impedido de
retornar ao serviço público federal; 
 Incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
 Insubordinação grave em serviço; 
 Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em
legítima defesa própria ou de outrem; 
 Aplicação irregular de dinheiros públicos, ficando o servidor
impedido de retornar ao serviço público federal; 
 Revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
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 Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional,
ficando o servidor impedido de retornar ao serviço
público federal; 
 Corrupção, ficando o servidor impedido de retornar ao
serviço público federal; 
 Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, se
comprovada má-fé do servidor. A opção do servidor por um dos
cargos até o último dia de prazo para defesa, no processo
administrativo disciplinar sumário instaurado para apuração
dessa irregularidade, configurará sua boa-fé e o servidor será
simplesmente exonerado do outro cargo; 
 Transgressão das proibições enumeradas anteriormente (incisos 
IX ao XVI do art. 117). 
Prescrição 
A prescrição da ação disciplinar ocorre, a partir da data
em que o fato se tornou conhecido, em: 
a) 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e destituição de cargo em comissão; 
b) 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
c) 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. 
Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-
se às infrações disciplinares capituladas também como crime. 
A abertura de sindicância ou a instauração de processo
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por 
autoridade competente.
Responsabilidades
Conforme dispõe o art. 121 do RJU, o servidor
responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de
suas atribuições. 
Com efeito, a responsabilidade civil decorre de ato 
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omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao
erário ou a terceiros. 
A obrigação de reparar o dano estende-se aos 
sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da
herança recebida. 
A responsabilidade penal abrange os crimes e
contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. 
Vige a independência de instâncias, ou seja, as sanções
civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo
independentes entre si. Todavia, a responsabilidade administrativa
do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a 
existência do fato ou sua autoria.
Da sindicância e do Processo Administrativo Disciplinar
A autoridade que tiver ciência de qualquer
irregularidade estará obrigada a promover a imediata apuração
mediante sindicância, quando se tratar de ilícitos menos grave, ou por
meio de processo administrativo disciplinar, ante a gravidade dos
fatos, sob pena de condescendência criminosa. 
Cabe ressaltar que há duas espécies de sindicância, a
sindicância investigatória que é aquela utilizada para simples
apuração dos fatos (materialidade e autoria) e a sindicância
punitiva, sendo aquela utilizada para punições de menor expressão
(advertência e suspensão até 30 dias). 
Essa é a dicção do artigo 145 da Lei nº 8.112/90 ao
estabelecer que da sindicância poderá resultar em: 
a) arquivamento do processo; 
b) aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de 
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até 30 (trinta) dias; 
c) instauração de processo disciplinar. 
Significa dizer que não constatada qualquer
irregularidade (atipicidade da conduta – ausência de materialidade),
bem como não sendo apurada a autoria, a sindicância deverá ser
arquivada. 
De outro lado, se já se souber da autoria e da
materialidade do fato, determina-se a abertura de sindicância
punitiva, desde que a penalidade seja a advertência ou suspensão. 
Por fim, tendo em vista a gravidade dos fatos ou a
punição em tese a ser aplicada, poderá resultar na abertura de
processo administrativo disciplinar. 
Observe que o processo administrativo disciplinar será
obrigatório, nos termos do art. 146 do RJU, sempre que o ilícito
praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de
suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em
comissão. 
Vê-se, portanto, que não seria a sindicância uma fase
do processo administrativo, ela poderia ensejar sua abertura, tendo
como prazo para conclusão 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado
por igual período, conforme dispõe o art. 145, parágrafo único, do
RJU: 
Art. 145. 
Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não
excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual
período, a critério da autoridade superior. 
O processo administrativo, por outro lado, como
asseverado, é instrumento utilizado para eventual sanção por faltas
mais graves. Nesse sentido, esclarece o artigo 151 do RJU que o
processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: 
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I – instauração 
II - inquérito administrativo
III - julgamento. 
Nesse sentido, teremos as fases de instauração,
mediante publicação do ato que constituir a comissão, inquérito
administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório, e,
por fim, a fase de julgamento. 
A instauração por ser promovida de ofício pela
Administração ou por força de denúncia, que deverá ser formulada
por escrito, devendo conter a identificação e o endereço do
denunciante, devendo ser confirmada a autenticidade. 
Se o fato descrito na denúncia não configurar evidente
infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por
falta de objeto. 
Instauração dá-se pela publicação da portaria de
designação da comissão encarregada de proceder aos trabalhos de
investigação e apresentar um relatório final conclusivo sobre a
procedência ou não das acusações levantadas. 
A comissão disciplinar será composta de três servidores
estáveis designados pela autoridade competente, que terá o prazo de
60 dias, contados da data de publicação do ato que constituir a
comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, a critério da
autoridade instauradora, quando as circunstâncias o exigirem, paraconcluir os trabalhos. 
No inquérito se procederá à tomada de depoimentos,
acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta
de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de
modo a permitir a completa elucidação dos fatos. 
Nessa fase, é assegurado ao servidor acusado o direito
de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de 
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procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e
contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. 
Será promovida a oitiva das testemunhas, que serão
intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da
comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser
anexado aos autos. 
As testemunhas serão inquiridas separadamente e
prestarão depoimento oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito
à testemunha trazê-lo por escrito. 
Assim, concluída a inquirição das testemunhas, a
comissão promoverá o interrogatório do acusado. 
Após tudo isso, e tipificada a infração disciplinar, será
formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a
ele imputados e das respectivas provas, para então ser citado por
mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar
defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista
do processo na repartição. 
É importante destacar que se houver mais de um
indiciado o prazo será comum, de 20 (vinte) dias, contado da data de
ciência do último citado. No caso de citação feita por edital, o prazo
para a defesa será de 15 (quinze) dias, contados da data da última
publicação do edital. 
O prazo para defesa poderá ser prorrogado pelo dobro,
pelo presidente da comissão, caso sejam indispensáveis diligências
para a realização do ato. 
Pode ocorrer, no entanto, do indiciado não apresentar
defesa, o que se denomina revelia. Todavia, não surge nenhuma
presunção legal contra o servidor, ou seja, não equivale à confissão
(verdade material). 
Assim, conforme art. 164, §2º da Lei nº 8.112/90, o 
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indiciado que citada não promover sua defesa será considerado revel
e, diante disso, será nomeado defensor dativo, que deverá ser
ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de
escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
Nesse sentido, O Superior Tribunal de Justiça havia
editado a súmula 343 que determinava a presença de advogado nos
processos administrativos disciplinares em que o réu fosse revel,
considerando trata-se de curadoria de revel. 
Por isso, tal incumbência recairia sobre os Defensores
Públicos que, nos termos da Lei Complementar nº 80/94, têm a
incumbência de realizar a curadoria especial nos termos da lei, tal
como a de revel em processo disciplinar, segundo entendimento do
STJ. No entanto, a súmula do STJ foi cancelada. 
É que o Supremo Tribunal Federal em posição contrária
ao do STJ entendeu que não é necessária a presença de advogado
para patrocinar a defesa de servidor em processo administrativo,
consoante Súmula Vinculante nº 05: 
Súmula Vinculante nº 5 - A falta de defesa técnica por
advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição. 
Bem, após apresentada a defesa, a Comissão irá
elaborar o relatório, que é o último ato da Comissão. Este deverá
sempre ser conclusivo, pela absolvição ou pela punição. 
Caso o relatório conclua pela responsabilidade do
servidor, deverão ser indicados os dispositivos legais ou
regulamentares transgredidos, bem como as circunstâncias
agravantes ou atenuantes. 
Concluído o relatório, o processo é remetido para a
autoridade competente realizar o julgamento, fase final do processo
administrativo disciplinar, sendo a autoridade competente definida
conforme a sanção a ser aplicada. 
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Assim, nas hipóteses de demissão e cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, a penalidade, conforme o Poder,
órgão, ou entidade a que se vincula ou servidor, deverá ser aplicada
pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder
Legislativo, dos Tribunais e pelo Procurador-Geral da República e os
respectivos congêneres em cada esfera. 
Na hipótese de suspensão superior a 30 dias, a
penalidade deverá ser aplicada pelas autoridades administrativas de
hierarquia imediatamente inferior às descritas acima. 
Por fim, no caso de penalidades de advertência e
suspensão de até 30 dias são aplicadas pelo chefe da repartição e
outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou
regulamentos. 
A destituição de cargo em comissão será aplicada pela
autoridade que houver feito a nomeação. 
A autoridade terá prazo de 20 (vinte) dias, contados do
recebimento do processo, para julgamento. Todavia, o
descumprimento não acarreta nulidade. A sua não observância
acarreta somente a volta do curso do prazo prescricional. 
É de se observar que o relatório deverá ser acatado,
salvo se sua conclusão for contrária à prova dos autos. Neste caso, a
autoridade julgadora, motivadamente, poderá agravar ou abrandar a
penalidade proposta ou isentar o servidor de penalidade,
devidamente motivado. 
Da revisão 
A revisão do processo disciplinar é instrumento
destinado a realizar uma reapreciação do julgado. 
Nesse sentido, estabelece o art. 174 do RJU que o
processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido 
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ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias
suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da
penalidade aplicada. 
Vê-se, portanto, que a revisão poderá ser proposta a
qualquer momento, inclusive, poderá ser realizado de ofício. 
Todavia, em caso de falecimento, ausência ou
desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá
requerer a revisão do processo. 
É preciso enfatizar que o ônus da prova cabe ao
requerente no pedido de revisão e desse pedido não poderá resultar
agravamento de penalidade. 
Dito isso, vamos às questões. 
QUESTÕES COMENTADAS 
1. (AFCE – TCU – CESPE/2011) Em sentido estrito, todas as
pessoas que servem ao poder público, de forma transitória ou
definitiva, remuneradas ou não, são consideradas servidores
públicos. 
Comentário: 
Em sentido amplo, servidor público ou agente público é
todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,
emprego ou função nas entidades integrantes da Administração
Pública ou que prestem serviços públicos. 
Contudo, em sentido estrito, servidor público é o
ocupante de cargo público efetivo ou comissionado. 
Gabarito: Errado. 
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2. (TECNICO JUDICIÁRIO – TRE/GO – CESPE/2008) As
pessoas que, nos termos da CF, são contratadas para atender
a necessidade temporária de excepcional interesse público,
por se constituírem em categoria especial de agentes públicos,
não podem ser consideradas servidores públicos em sentido
amplo. 
Comentário:De fato, conforme observado, os servidores ou agentes
temporários são considerados agentes administrativos, ou seja,
servidores públicos em sentido amplo (lato sensu). 
Gabarito: Errado. 
3. (ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MS –
CESPE/2010) As empresas públicas e as sociedades de
economia mista são entidades integrantes da administração
indireta, portanto, aos seus funcionários aplica-se o regime
jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias
e das fundações públicas federais. 
Comentário: 
A CF/88, em seu artigo 39, estabeleceu a
obrigatoriedade da Administração Pública Direta, autárquica e
fundacional de adotar regime jurídico único para seus servidores,
conforme assim expresso: 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de
carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. 
Diante disso, como observado, no âmbito federal, foi 
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editada a Lei nº 8.112/90, que criou o regime jurídico dos servidores
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas
federais, o denominado Regime Jurídico Único (RJU), que,
consoante dispõe o art. 1º: 
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos
Servidores Públicos Civis da União, das autarquias,
inclusive as em regime especial, e das fundações
públicas federais. 
Portanto, tal regime não se aplica às empresas públicas
e as sociedades de economia mista na medida em que o regime de
seus empregados é o contratual (celetista). 
Gabarito: Errado. 
4. (ANALISTA – ECT – CESPE/2011) Os ocupantes de cargo
público ou de emprego público têm vínculo estatutário e
institucional regido por estatuto funcional próprio, que, no
caso da União, é a Lei n.º 8.112/1990. 
Comentário: 
Apenas os ocupantes de cargo público é que têm
vínculo estatutário e institucional regido por estatuto funcional
próprio, que, no caso da União, é a Lei n.º 8.112/1990. 
Gabarito: Errado. 
5. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANTAQ – CESPE/2009) Os
servidores civis das fundações públicas federais são regidos
pelo regime jurídico único. 
Comentário: 
Poderemos ter nas fundações públicas pessoal regido 
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por regime estatutário (fundações de direito público) quanto pelo
regime celetista (fundações públicas de direito privado). 
Por isso, a questão não teria resposta na medida em as
fundações públicas poderão ter ou não servidores, conforme seu
regime jurídico de criação. 
Lembre-se, ademais, que mesmo as fundações públicas
(autarquias) havia a possibilidade de contratar sob o regime celetista
com o advento da EC 19/98, que vigorou até a medida cautelar na
ADI 2135. 
Dessa forma, os servidores que ingressaram a partir do
julgamento da ADI(MC) 2135, sabemos, com certeza, que se
submetem ao regime jurídico único. Todavia, aqueles que
ingressaram entre a EC 19/98 e a ADI podem ser celetistas ou
estatutários, de modo que a questão teria dupla resposta, por isso foi
anulada. 
Gabarito: ** Anulada 
6. (TECNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2008) Acerca da Lei
nº 8.112/90. A referida lei estabeleceu, para algumas
carreiras específicas, denominadas carreiras de Estado, o
direito à vitaliciedade e à inamovibilidade. 
Comentário: 
A Constituição Federal estabeleceu para algumas
carreiras que exerçam função de Estado, ou seja, que exerça parcela
do poder estatal as garantias de inamovibilidade e vitaliciedade. 
Dentre tais carreiras estão à magistratura (juízes) e
membros do Ministério Público (promotores, procuradores da
república) que gozam da vitaliciedade e da inamovibilidade (art.
95, inc. I e II c/c art. 128, inc. I, “a” e “b”, ambos da CF/88). 
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Também aos Defensores Públicos foi conferida a
garantia da inamovibilidade, conforme estabelece o art. 134, §1º,
CF/88. 
Portanto, não foi o regime jurídico dos servidores civis
da União (Lei nº 8.112/90) que estabeleceu referidas prerrogativas,
devendo ser observado, inclusive, que referido regime somente se
aplica supletivamente a tais carreiras. 
Gabarito: Errado. 
7. (TECNICO JUDICIÁRIO – TRE/GO – CESPE/2008) As
funções de confiança podem ser exercidas tanto por
servidores efetivos quanto por aqueles que, mesmo não
detendo vínculo permanente com a administração, trabalham
no serviço público e percebem vantagem pecuniária extra,
paga em virtude do tipo especial de atribuição que
desempenham. 
Comentário: 
As funções de confiança somente podem ser exercidas
por servidores de carreira, ou seja, servidores públicos ocupantes de
cargo efetivo, consoante estabelece o art. 37, inc. V, da CF/88, assim
expresso: 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento 
Gabarito: Errado. 
8. (TECNICO JUDICIÁRIO – TRE/GO – CESPE/2008) Cargo 
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público é o lugar dentro da organização funcional da
administração direta, de suas autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações públicas que,
ocupado por servidor público, tem funções e remuneração
fixadas em lei ou diploma a ela equivalente. 
Comentário: 
Nos termos do art. 3º da Lei nº 8.112/90, cargo público
é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura
organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
De outro lado, conforme a própria Lei nº 8.112/90, art.
2º, estabelece, servidor é pessoa legalmente investida em cargo
público. 
Assim, somente haverá cargos públicos no âmbito da
Administração direta, autárquica e fundacional (fundações públicas de
direito público). Nas demais entidades administrativas, ou seja, nas
fundações públicas de direito privado e nas estatais não teremos
cargos públicos, teremos empregados públicos. 
Gabarito: Errado. 
9. (TECNICO JUDICIÁRIO – TRE/GO – CESPE/2008) Os
ocupantes de empregos públicos são designados empregados
públicos, contratados sob o regime da legislação trabalhista,
ainda que submetidos a todas as normas constitucionais
referentes a requisitos para investidura, acumulação de
cargos e vencimentos. 
Comentário: 
De fato, os empregados públicos são os ocupantes de
empregos públicos, na medida em que são contratados sob o regime
da legislação trabalhista, ainda que submetidos a todas as normas
constitucionais referentes a requisitos para investidura, acumulação 
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de cargos e vencimentos. 
Assim, em que pese o empregado estar submetido a
uma relação contratual, há requisitos estabelecidos
constitucionalmente aplicáveis a cargos, empregos ou funções, tal
como acumulação, acessibilidade e investidura e vencimentos. 
Gabarito: Certo. 
10. (ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO – MS –
CESPE/2010) O ocupante

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