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DIREITOS FUNDAMENTAIS 1. Conceito Os direitos fundamentais são direitos de suma importância que consubstanciam a dignidade humana e es- tão previstos em um ordenamento jurídico. Os direitos humanos são inerentes ao homem, então os direitos hu- manos adotam o posicionamento que esses direitos são inaptos aos seres humanos. Não basta ser um direito de suma importância, mas também deve estar positivado em uma constituição. 2. Características I. Universalidade: no que tange a sua abrangência, seus destinatários, a tendência dos direitos fundamen- tais é a universalidade, na medida em que todos têm direitos, não apenas os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil. Além disso, inclusive pessoa jurídica pode ser destinatária de direitos fundamentais. II. Inalienabilidade: os direitos fundamentais não comportam alienação, ou seja, não são de caráter patri- monial, portanto, não podem ser vendidos, doados ou cedidos. III. Indisponibilidade: também são indisponíveis e irrenunciáveis, de modo que uma pessoa não pode abrir mão de um direito fundamental, podendo ser inclusive oposto contra o titular do direito. Excepcionalmente, se admite uma relativização temporária e parcial dos direitos fundamentais. IV. Imprescritibilidade: os direitos fundamentais não se extinguem pelo decurso do tempo, seu uso ou desu- so. O tempo é um fator irrelevante para o exercício dos direitos fundamentais. V. Historicidade: reflete a revolução histórica de um povo, sendo condizente com a realidade na qual o cida- dão está inserido. VI. Relatividade: não existem direitos absolutos, até porque o princípio da unidade proíbe, segundo o qual a- firma que a constituição é um sistema coerente e harmônico, de forma que em abstrato não há conflito real entre as normas. Todavia, a incidência de mais de uma norma constitucional pode gerar um conflito no caso concreto. É o chamado conflito entre princípios fundamentais. VII. Proporcionalidade: a proporcionalidade consiste em ser justo, dando a cada um o que é seu. A adequa- ção, a necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito são subprincípios da proporcionalidade. 3. Eficácia Quando os direitos fundamentais surgiram, percebe-se que houve uma separação do direito público do di- reito privado. O direito público, fundado na Constituição, servia para reger o Estado e o direito privado era funda- do no Código Civil. A incidência dos direitos fundamentais nas relações entre indivíduo e estado é chamada de eficácia vertical. Sob a dimensão objetiva, os direitos fundamentais são considerados valores que devem ser respeitados por todos, tanto por civis como pelo legislador, judiciário, etc. A eficácia horizontal pode ser entendida sob duas teorias, a ineficácia, que é adotada nos EUA e a ineficácia indireta, oriunda da Alemanha, segundo a qual os direitos fundamentais são aplicáveis desde que regulados por uma norma. Temos, ainda, os países que adotam a eficácia horizontal direta, como é o caso do Brasil, Portugal, Espanha, entre outros. 4. Teoria dos 4 status de Jellinek - Passivo: em um primeiro momento, o indivíduo não é visto pelo Estado como um sujeito de direitos, mas só se relaciona com o Estado com obrigações e deveres; - Negativo: o indivíduo se coloca na posição de exigir uma não atuação por parte do Estado; - Positivo: o indivíduo pode exigir prestações do Estado; - Ativo: possibilidade de participar ativamente do processo político do Estado e atuar nas escolhas feitas.
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