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Vladimir Correia direitos fundamentais 10

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DIREITOS FUNDAMENTAIS 
1. Conceito 
Os direitos fundamentais são direitos de suma importância que consubstanciam a dignidade humana e es-
tão previstos em um ordenamento jurídico. Os direitos humanos são inerentes ao homem, então os direitos hu-
manos adotam o posicionamento que esses direitos são inaptos aos seres humanos. 
Não basta ser um direito de suma importância, mas também deve estar positivado em uma constituição. 
2. Características 
 
I. Universalidade: no que tange a sua abrangência, seus destinatários, a tendência dos direitos fundamen-
tais é a universalidade, na medida em que todos têm direitos, não apenas os brasileiros e estrangeiros residentes 
no Brasil. Além disso, inclusive pessoa jurídica pode ser destinatária de direitos fundamentais. 
II. Inalienabilidade: os direitos fundamentais não comportam alienação, ou seja, não são de caráter patri-
monial, portanto, não podem ser vendidos, doados ou cedidos. 
III. Indisponibilidade: também são indisponíveis e irrenunciáveis, de modo que uma pessoa não pode abrir 
mão de um direito fundamental, podendo ser inclusive oposto contra o titular do direito. Excepcionalmente, se 
admite uma relativização temporária e parcial dos direitos fundamentais. 
IV. Imprescritibilidade: os direitos fundamentais não se extinguem pelo decurso do tempo, seu uso ou desu-
so. O tempo é um fator irrelevante para o exercício dos direitos fundamentais. 
V. Historicidade: reflete a revolução histórica de um povo, sendo condizente com a realidade na qual o cida-
dão está inserido. 
VI. Relatividade: não existem direitos absolutos, até porque o princípio da unidade proíbe, segundo o qual a-
firma que a constituição é um sistema coerente e harmônico, de forma que em abstrato não há conflito real entre 
as normas. Todavia, a incidência de mais de uma norma constitucional pode gerar um conflito no caso concreto. É 
o chamado conflito entre princípios fundamentais. 
VII. Proporcionalidade: a proporcionalidade consiste em ser justo, dando a cada um o que é seu. A adequa-
ção, a necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito são subprincípios da proporcionalidade. 
 
3. Eficácia 
Quando os direitos fundamentais surgiram, percebe-se que houve uma separação do direito público do di-
reito privado. O direito público, fundado na Constituição, servia para reger o Estado e o direito privado era funda-
do no Código Civil. A incidência dos direitos fundamentais nas relações entre indivíduo e estado é chamada de 
eficácia vertical. 
Sob a dimensão objetiva, os direitos fundamentais são considerados valores que devem ser respeitados por 
todos, tanto por civis como pelo legislador, judiciário, etc. 
A eficácia horizontal pode ser entendida sob duas teorias, a ineficácia, que é adotada nos EUA e a ineficácia 
indireta, oriunda da Alemanha, segundo a qual os direitos fundamentais são aplicáveis desde que regulados por 
uma norma. Temos, ainda, os países que adotam a eficácia horizontal direta, como é o caso do Brasil, Portugal, 
Espanha, entre outros. 
4. Teoria dos 4 status de Jellinek 
- Passivo: em um primeiro momento, o indivíduo não é visto pelo Estado como um sujeito de direitos, mas 
só se relaciona com o Estado com obrigações e deveres; 
- Negativo: o indivíduo se coloca na posição de exigir uma não atuação por parte do Estado; 
- Positivo: o indivíduo pode exigir prestações do Estado; 
- Ativo: possibilidade de participar ativamente do processo político do Estado e atuar nas escolhas feitas.

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