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Desafio Profissional CRAS Entrevista (2periodo)

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15
Centros de Educação a Distância (CEAD)
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
DESAFIO PROFISSIONAL 
DISCIPLINAS NORTEADORAS: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social II; Psicologia e Serviço Social I; A Organização Social no Brasil; Antropologia Aplicada ao Serviço Social; Direito e Legislação.
Rio De Janeiro, RJ	
Junho / 2016
AUTOR – JONEY COLLIN DOS ANJOS SILVA 
DESAFIO PROFISSIONAL 
DISCIPLINAS NORTEADORAS: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social II; Psicologia e Serviço Social I; A Organização Social no Brasil; Antropologia Aplicada ao Serviço Social; Direito e Legislação.
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Educação a Distância - CEAD da Universidade Anhanguera UNIDERP, como requisito parcial para obtenção de nota nas disciplinas de Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social II;Psicologia e serviço social I; a Organização Social no Brasil;Antropologia Aplicada ao Serviço Social; Direito e Legislação.
Tutora EaD: Kheila Soares
Rio De Janeiro, RJ	
Junho / 2016
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 –TERRITORIALIZAÇÃO DE CRAS........................................................................4
3 –MAPEAMENTO SOCIAL ......................................................................................6
4 – ATUAÇÃO PROFISSIONAL NO CRAS................................................................8
5 – COMPARATIVO HISTÓRICO DA PROFISSÃO.................................................10
6 – ACOMPANHAMENTO/MONITORAMENTO DAS AÇÕES NO SERVIÇO SOCIAL .....................................................................................................................12
7– CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................14
REFERÊNCIAS .........................................................................................................16
1. INTRODUÇÃO
O serviço social foi criado junto ao movimento capitalista, diante da necessidade de mão de obra especializada para o trabalho, e foi marcado por um conjunto de problemas nas quais visavam métodos para prender ou escravizar os operários a fim de obtenção de maiores lucros.
Mediante esse problema, no Brasil, o Serviço social buscou afirmar-se historicamente como uma pratica assistencial.
A idéia desta época, onde a ação visava alterar os costumes dos trabalhadores, ainda que sua base fosse a atividade assistencial; mas a principal atuação era o fim político “reforçando a mutua colaboração entre capital e trabalho”. (IAMAMOTO, 2004, p.20).
É comum sempre nos depararmos com assuntos em torno de temas como o desenvolvimento social e estes se tornaram objetos de reflexões das mais diversas categorias dos profissionais que possuem um misto de valores que prezam por uma sociedade mais equilibrada com base no respeito ao ser humano sendo ele possuidor de direitos e deveres. Pensando no caso do Cadastro Único, concebê-lo como uma mera ferramenta informacional é ainda mais difícil. Uma análise superficial já revela que há escolhas e posições políticas – algumas mais, outras menos salientes – embutidas nesse sistema
A avaliação é retomada a partir dos eixos básicos e clássicos, ou seja, da eficiência, eficácia e efetividade sendo discutida como uma exigência atual da sociedade, tanto em organizações públicas como em não-governamentais
Esse desenvolvimento se encontra ameaçado pela ideologia capitalista neoliberal por somente prezar a busca incessante do lucro e a acumulação de capital. Para que esse ciclo permaneça “vicioso” é necessário que uma massa da população permaneça na pobreza e na alienação não respeitando a natureza e os recursos naturais buscando apenas satisfazer seus interesses não levando em conta a necessidade de todo um grupo que ele vive.
	
2.TERRITORIALIZAÇÃO DE CRAS
O CRAS é uma unidade pública estatal localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada ao atendimento socioassistencial de famílias. É o principal equipamento de desenvolvimento dos serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica, que possibilita, em geral, o primeiro acesso das famílias aos direitos socioassistenciais e, portanto, à proteção social. Estrutura-se, assim, como porta de entrada dos usuários da política de assistência social para a rede de Proteção Básica e referência para encaminhamentos à Proteção Especial. Nesse sentido, as principais atuações do CRAS, é de prestar serviços continuados de Proteção Social Básica de Assistência Social para famílias, seus membros e indivíduos em situação de vulnerabilidade social, por meio do PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família) tais como: acolhimento, acompanhamento em serviços socioeducativos e de convivência ou por ações socioassistenciais, encaminhamentos para a rede de proteção social existente no lugar onde vivem e para os demais serviços das outras políticas sociais, orientação e apoio na garantia dos seus direitos de cidadania e de convivência familiar e comunitária. O CRAS atua também na prevenção de situações de risco no território onde vivem famílias em situação de vulnerabilidade social apoiando famílias e indivíduos em suas demandas sociais, inserindo-os na rede de proteção social e promovendo os meios necessários para que fortaleçam seus vínculos familiares e comunitários e acessem seus direitos de cidadania. É por meio do CRAS que a proteção social da assistência social se territorializa e se aproxima da população, reconhecendo a existência das desigualdades sociais e a importância presença de políticas sociais para reduzir essas desigualdades, pois previnem situações de vulnerabilidade e risco social, bem como identificam e estimulam as potencialidades locais, modificando a qualidade de vida das famílias que vivem nessas localidades
	A proteção básica é destinada a prevenção de riscos sociais e pessoais por meio da oferta de programas, projetos serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza; privação (ausência de renda, precária ou nulo acesso aos serviços públicos); fragilização dos vínculos afetivos (discriminação etária, étnicas de genero ou de deficiência)
	Percebe-se, que apesar de todas as dificuldades para que se efetive a política de assistência social no país, existe alguns esforços por parte de diversos segmentos da sociedade brasileira no sentido de superar o caráter emergencial, foi dado à assistência social nos seus primórdios e acabaram por contribuir com ações fragmentadas, paternalistas e excludentes, acarretando resultados que pouco ou nada modificaram o quadro da exclusão e da pobreza no Brasil. Todos esses esforços contribuíram para que a Assistência Social se efetivasse como “direito do cidadão e dever do Estado”, possibilitando assim que as ações da área de assistência social ganhassem continuidade, sistematicidade e cientificidade, através da implantação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). É dentro deste contexto que o SUAS, se constitui como possibilidade concreta de responder aos muitos desafios que, ao longo da trajetória de exclusão social no país, foram colocados para assistência social, mas que, infelizmente, não foram possíveis de serem enfrentadas de forma significativa devido às questões políticas e econômicas que sempre se sobrepuseram sobre o social. Ressalta-se que a Assistência Social, enquanto um “campo concreto de acesso a bens e serviços pela população pauperizada” (SPOSATI et al., 2003, p.20), torna-se uma estratégia que contribui juntamente com outras políticas sociais no processo de superação e rompimento das diversas expressões da questão social reinantes em nosso país. 
	
3. MAPEAMENTOSOCIAL
	
	O Programa Bolsa Família (PBF), tem levado muitos a estudos, teses, dissertações, debates entre outros nos quais o Cadastro único (Cadúnico) é apresentado como uma ferramenta viabilizante aos beneficiários do PBF, e outros programas. Com data de lançamento de 2003 o PBF é um Programa de Transferência de renda condicionada (PTRC), uma política de distribuição de renda que é utilizado como base em países em desenvolvimento, principalmente os da América Latina. O PBF tem como base 3 itens: a transferência monetária que promove o alivio imediato da probreza; as condicionalidades que reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação saúde e assistência social e o compromisso do poder público em oferecer esses serviços; e as ações e programas complementares que objetivam o desenvolvimento das familidas de modo que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade.
Não obstante, a expertise em identificar as populações extremamente pobres num território de proporções continentais e tão heterogêneo é um dos êxitos do programa que o leva inclusive a ser destaque internacional. Em relatório da ONU, o Programa foi indicado como exemplo de sucesso a ser seguido por outros países (UNPD, 2014). A respeito desse relatório, a presidenta Dilma Rousseff em discurso oficial referiu-se ao PBF como uma tecnologia social: “Sim, nós construímos a tecnologia social mais avançada do mundo" e ainda comentou a possibilidade de transferência dessa tecnologia para outros países: “exportamos para o mundo uma tecnologia social capaz de combater a fome” (O ESTADO DE SÃO PAULO, 2013). 
	Dada a importância do Cadastro Único, tem se a hipótese que ele é mais do que uma ferramenta, é uma infraestrutura na qual escolhas e relações imbricadas no seu funcionamento influenciam diretamente no desenho e na execução das políticas sociais em todos os níveis da administração pública (federal, estadual e municipal). É uma tecnologia “viva” e em constante construção junto com novos marcos legais e institucionais das políticas sociais e com muito trabalho dos cadastradores e gestores municipais que atuam na “ponta” do PBF.
	Dessa forma, sugerimos uma abordagem do Cadastro Único sob a perspectiva dos Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia, mais especificamente dos Estudos de Infraestrutura (EI). Os autores dos EI assumem que as metodologias tradicionais de desenvolvimento de sistemas são frequentemente baseadas em um conjunto de ideias racionalistas e mecanicistas sobre os artefatos e a infraestrutura. Esse tipo de metodologia pressupõe que tarefas devem ser automatizadas e bem-estruturadas, a área de atuação bem-compreendida, e que os requisitos do sistema podem ser determinados formalmente por uma avaliação das necessidades feita a priori. Caso essa metodologia seja seguida corretamente, o sucesso e a aderência ao sistema são garantidos; falhas podem ser atribuídas à falta de clareza e organização de ideias ou à teimosia do usuário. Não por acaso os manuais de Management Information Systems3 (Sistema de Informações Gerenciais) dedicam boa parte a técnicas de como superar a resistência das pessoas que eventualmente farão uso dessas tecnologias (STAR & RUHLEDER, 1994).
A decisão de unificar todos esses programas tem origem nas discussões sistematizadas no Relatório do Grupo de Transição¹ FHC-Lula em 2002 e de discussões posteriores que diagnosticaram os seguintes problemas acerca da fragmentação dos programas sociais: 
“(...) pulverização de recursos; elevado custo administrativo; superposição de público-alvo; competição entre ministérios; ausência de coordenação e de perspectiva intersetorial no combate à pobreza e desigualdade; descaso pela existência de programas similares nos estados e municípios; ausência de reflexão sobre “portas de saída”; fragilidades e incompreensões acerca do Cadastro Único; desconsideração com estados e municípios na gestão das políticas públicas de combate à pobreza” (FONSECA & ROQUETE, 2005, p.130).
¹ Após a vitória de Lula para a Presidência em 2002, um arranjo político entre o Governo FHC e a aliança vencedora (PT-PL) permitiu a constituição de um governo de transição (Medida Provisório nº 76), no qual uma equipe formada por membros do PT e por colaboradores da campanha de Lula, assumiu a responsabilidade de apresentar um diagnóstico dos órgãos do Executivo e dos problemas e condições para enfrentá-los nas principais áreas do governo federal. 
Haviam, portanto, várias ferramentas de cadastramento, as maiores eram os do Bolsa Escola (CADBES), o do Bolsa Alimentação (CADBAL) e o Cadastro Único para os demais programas do governo federal. Se o município possuía um programa próprio, existia ainda mais um cadastro. Portanto havia um cenário de concorrência interburocrática entre os ministérios que coordenavam cada um seu próprio programa e esses programas, por sua vez, eram cegos às experiências de transferência de renda estaduais e municipais.
	
4. ATUAÇÃO PROFISSIONAL NO CRAS
	O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) tem papel estratégico por ser a porta de entrada do sistema, essa situação deve desencadear mudanças fundamentais e contribuir de forma efetiva na coordenação e articulação das políticas sociais no âmbito do território de sua abrangência, na inserção dos usuários dos serviços da Assistência Social e demais políticas, e ainda na proposição de novos serviços e programas. (GOMES,2007)
	O Serviço Social no CRAS, tem por finalidade acompanhar as famílias referenciadas a ele, realizar as articulações com a rede socioassistencial presente no seu território de abrangência, bem como realizar os encaminhamentos necessários a esta rede. O Serviço Social deve atuar juntamente a outros profissionais, compondo uma equipe multiprofissional e interdisciplinar.
	[...]o perfil do/a assistente social para atuar na política de Assistência Social deve afastar-se das abordagens tradicionais funcionalistas e pragmáticas, que reforçam as práticas conservadoras que tratam as situações sociais como problemas pessoais que devem ser resolvidos individualmente.” [...](BRASÍLIA, 2011, p. 18)
Devido as condições existentes de trabalho, nem sempre consegue-se colocar em pratica tais normas: a) Defesa intransigente dos direitos socioassistenciais; b) Compromisso em ofertar serviços, programas, projetos e benefícios de qualidade que garantam a oportunidade de convívio para o fortalecimento de laços familiares e sociais; c) Promoção aos usuários do acesso a informação, garantindo conhecer o nome e a credencial de quem os atende; d) Proteção à privacidade dos usuários, observado o sigilo profissional, preservando sua privacidade e opção e resgatando sua história de vida; e) Compromisso em garantir atenção profissional direcionada para construção de projetos pessoais e sociais para autonomia e sustentabilidade; f) Reconhecimento do direito dos usuários a ter acesso a benefícios e renda e a programas de oportunidades para inserção profissional e social; g) Incentivo aos usuários para que estes exerçam seu direito de participar de fóruns, conselhos, movimentos sociais e cooperativas populares de produção; h) Garantia do acesso da população a política de assistência social sem discriminação de qualquer natureza (gênero, raça/etnia, credo, orientação sexual,classe social, ou outras), resguardados os critérios de elegibilidade dos diferentes programas, projetos, serviços e benefícios; i) Devolução das informações colhidas nos estudos e pesquisas aos usuários, no sentido de que estes possam usá-las para o fortalecimento de seus interesses; j) Contribuição para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os usuários, no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados. 
(2006, p.13). (NOB-RH/SUAS 2006)
 	Conforme Monteiro (2011), em pesquisa realizada, identifica que essas condições impactam de forma significativa na atuação do profissional de Serviço Social e demais integrantes da equipe, destacando que “as condições e meios de trabalho, caracterizadaspela inadequação na estrutura física, recursos materiais insuficientes, ausência de transporte que viabilize aproximação maior com as famílias, [...] quanto articulação com a rede” (2011, p.4), limita o exercício profissional, contribuindo para ações pontuais. Diante disto, a importância do profissional ter clareza sobre seu objeto de intervenção, tendo como posse de atuação o projeto ético-político profissional, para que não se atenha a problematizar apenas as condições de trabalho, e sim sua prática profissional. Além de educação e capacitação permanente para os profissionais, para que se supere as práticas assistencialistas, paternalistas e preconceituosas, conforme Monteiro (2011, p.8) “neste sentido é mister resgatar o caráter teleológico do trabalho, bem como o compromisso assumido pela categoria profissional pela luta intransigente dos direitos da classe trabalhadora”.De acordo com Iamamoto (2009, p.17) “exige um profissional culturalmente versado e politicamente atento ao tempo histórico; atento para decifrar o não dito, os dilemas implícitos no ordenamento epidérmico do discurso autorizado pelo poder;”. As ações são constituídas a partir do esclarecimento das tendências do movimento da realidade, decodificando suas manifestações sobre o qual incide a ação profissional. (IAMAMOTO, 2009).
Diante disto, entendemos que exige um profissional, conforme Iamamoto (2009, p.25) “que tenha competência para propor, para negociar com a instituição os seus projetos, para defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e atribuições profissionais”. Portanto, apesar de obstáculos presentes no campo de atuação, é importante superá-los para que se realiza as ações profissionais, e buscar as condições adequadas e necessárias para o exercício profissional.
5. COMPARATIVO HISTÓRICO DA PROFISSÃO
	A revolução industrial, associada ao desenvolvimento do capitalismo, interferiu diretamente na conjuntura sócio-econômica do país, assim como no desenvolvimento do Serviço Social como profissão.
	O espírito capitalista empreendedor e aventureiro, ao mesmo tempo racional e disciplinado, não são os elementos cruciais do mesmo, sendo na verdade o modo de produção capitalista e as relações sociais que lhes são próprias, determinantes da ruptura entre o capital e o trabalho e entre os homens como membros de classes sociais que passam a se diferenciar a partir da posse privada e dos meios de produção.
	A revolução de 30, sob o governo getulista, criou condições para o desenvolvimento do estado burguês, estabelecendo uma quebra política, econômica e social com o estado oligárquico, sendo que o modelo econômico agro-exportador cede lugar para o industrial. Sendo então necessário criar uma legislação social que viesse atender parte das reivindicações pelos trabalhadores, pois a elite se sentia ameaçada pelas manifestações operárias e passaram a aceitar o estado como árbitro entre na luta entre capital e trabalho.
	Incapaz de enfrentar a crise política o Estado começou a se preocupar com possíveis tensões e quebra da paz. A partir de então a questão social passou a ser reconhecida como legítima e foram atribuídas soluções políticas.
	[...] Embora a questão social não fosse mais considerada uma questão de polícia, ela não foi alcançada a questão de política maior que merecesse a mesma atenção que o governo dispensava à área econômica. Na verdade a política social brasileira desse período, não obstante encampada pelo Estado, funcionava, no mais das vezes, como uma espécie de zona cinzenta, onde se operavam barganhas populistas entre o estado e parcelas da sociedade onde a questão social era transformada em querelas reguladas jurídica e administrativamente, logo, despolitizada. (POTYARA A. P. PEREIRA, 2002 P. 130)
	Na atual reforma sindical e trabalhista do governo, que vem disfarçada sob o leque da necessidade, da modernidade ou da justiça social, mas com um objetivo claro: atender acima de tudo aos interesses do capital em seu estágio globalizado. As declarações provenientes de figuras de alto escalão eliminam qualquer dúvida fazendo com que o espírito capitalista venha a tona.
	Enquanto a constituição de 30 buscava conter a classe trabalhadora nos marcos legais aceitáveis para o pleno desenvolvimento da industrialização capitalista no país, hoje, seguindo as necessidades da “modernidade”, busca-se reformar o antigo estatuto jurídico para inserir a classe trabalhadora no quadro do capitalismo globalizado.
	No atual capitalismo global, o mercado macroeconômico está sob pressão da classe mais baixa fazendo abrir alternativas de mudanças, onde há uma combinação das políticas sociais com os serviços sociais de fortalecimento dos usuários, a fim de exigir e garantir direitos. Dentro deste contexto é importante a produção técnica e científica dos profissionais da área, que já realizaram vários encontros de pesquisa nos últimos anos.
Com o movimento de reconceituação, fio desenvolvido uma crítica as formas de intervenção profissional, tanto nos âmbitos de ação quanto aos seus métodos de atuação. Isso se deus pelo caráter reprodutor das relações sociais que o serviço social detinha. A consciência de um exercício profissional marginal e segmentado não pode produzir impacto importante nem na profissão nem numa perspectiva mais ampla de transformação social, por isso, a necessidade de um novo projeto profissional que estivesse vinculado a um projeto político coletivo novo, visto que a atuação profissional deve ser sempre situada no contexto das relações sociais concretas de cada sociedade (ANIUAS, 1986, P.69).
	O “Serviço Social Crítico” vem redimensionando radicalmente a imagem social da profissão, sendo reconhecido como área de produção de conhecimento interativa com as ciências sociais e participando expressivamente na formulação das políticas sociais, dispondo de certa hegemonia na produção teórica do campo profissional resultante de forte investimento na pesquisa.
	Atualmente o Serviço social tem compromisso com os valores e princípios definidos pelo Código de Ética, buscando a superação da ordem burguesa, e uma direção social que implica na defesa dos direitos sociais conquistados e sua ampliação, sendo o horizonte a autonomia e a emancipação, ampliação da cidadania, diminuição da desigualdade social, etc. Enfim, formular propostas que façam frente a questão social sendo solidárias ao modo de vida daqueles que a vivenciam como sujeitos que lutam por uma vida digna, sendo um dos caminhos para atingir tais objetivos. A busca de conhecimento e informação é imprescindível, pois um profissional alienado numa sociedade tão dinâmica e desigual, pode levar a uma prática conservadora da ordem dominante.
6. ACOMPANHAMENTO/MONITORAMENTO DAS AÇÕES NO SERVIÇO SOCIAL
“(...) um dos maiores desafios que o Assistente Social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não só executivo". (IAMAMOTO; 2001:20)
	A discussão sobre a avaliação de programas e projetos sociais vem obtendo relevância em passado recente, contrariamente às avaliações de política econômica, as quais estão há longo tempo em cena, com produções teórico-metodológicas significativas, tendo alcançado o status, inclusive, de disciplina acadêmica. Na área social a preocupação com a avaliação vem se ampliando, fato constatado pelo número crescente de publicações relacionadas ao tema.
	As demandas por avaliação, portanto, estarão presentes em praticamente todos os atos normativos que regulam a reorganização do processo de planejamento federal, nas orientações metodológicas e técnicas, nos manuais de instrução. No Decreto 2 829, de 29 de outubro de 1998, encontramos: Art. 5.: Será realizada avaliação anual de consecução dos objetivos estratégicos do Governo Federal e dos resultados dos Programas, para subsidiar a elaboração de lei de diretrizes orçamentáriasde cada exercício. (GARCIA, 2001, p.49). Um esclarecimento prévio ao leitor quanto ao sentido conferido à avaliação neste texto se faz necessário. Assim, importa ressaltar que a avaliação é abordada como um processo flexível e dinâmico, pautado na sele- ção de procedimentos e indicações compatíveis com as necessidades de cada situação. (OLIVEIRA, 1988).
	A avaliação é um elemento básico do planejamento e traduz a possibilidade de se tomar decisões que superem soluções erráticas e não fundamentadas, elevando-se o grau de racionalidade de tais decisões. Os processos avaliativos, entretanto, ainda hoje são encarados, no mais das vezes, como procedimentos burocráticos, custosos, ameaçadores e de caráter administrativo e financeiro (a famosa e conhecida “prestação de contas”)
	Evidencia-se, então, ser de fundamental importância dispor de clara e precisa visão da finalidade do valor que se busca alcançar com uma determinada ação ou realização, para que se possa instituir critérios aceitáveis com os quais estas serão avaliadas. Mais ainda, é igualmente fundamental ter clareza do objetivo mesmo da avalia- ção, que aspectos do valor, da ação, da realização estarão sendo aferidos, pois as decisões que as validam ou as corrigem podem se dar em espaços distintos (legal, técnico, administrativo, político, etc.), e requerer informações e abordagens também distintas. (GARCIA, 2001, p.13).
	O monitoramento da gestão pública responde ao seguinte princípio elementar: não se pode conduzir com eficácia se o dirigente não conhece de maneira contínua e a mais objetiva possível os sinais vitais do processo que lidera e da situação na qual intervém. Um sistema de informações casuístico, parcial, assistemático, atrasado, inseguro, disperso e sobrecarregado de dados primários irrelevantes, é um aparato sensorial defeituoso que limita severamente a capacidade de uma organização para sintonizar-se com os processos concretos, identificar os problemas atuais e potenciais, avaliar os resultados da ação e corrigir oportunamente os desvios com respeito aos objetivos traçados. (MATUS, 1996, p. 2).
	Conseqüentemente, a avaliação se apresenta como a atividade que busca descobrir as surpresas, conhecer o porquê dos erros e dos acertos, reforçar ou criticar a teoria do problema e do programa, para melhorar a qualidade e a direcionalidade da ação governamental. (GARCIA, 2001).
	Concluindo, Ressalta-se a importância de se apreender a avaliação e o monitoramento como ferramentas preciosas, das quais deve-se tirar proveito sempre que estiver em jogo grandes demanadas e escassos recursos ou então, interesse em dar visibilidade a ação pública.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	O Assistente Social é o mais bem capacitado profissionalmente para atuar junto as propostas desta nova política, atendendo as mazelas da sociedade, visando impactar favoravelmente na melhoria da qualidade de vida e na direção de um bem estar global, tanto que em sua origem tinha papel imprescindível de corrigir abusos e atenuar rebeliões.
	No Brasil, o Assistente Social inicialmente se encaixava na idéia de estabelecer a ordem, a moral ou a higiene, com o processo de expansão e consolidação do modo de produção capitalista, com a vinda das crises políticas, sociais e econômicas, o profissional é convocado para contribuir na articulação da harmonia social na relação Estado/sociedade.
	Devido a uma gama de saberes necessários a categoria profissional de Serviço Social tem o desafio constante de produzir e reconstruir crítica à teoria num intuito de superar limites e estabelecer coerência em sua matriz teórica que metodologicamente supere tanto o formalismo do empirismo (conjunto de conhecimentos adquiridos mediante aprendizagens pessoais, se preocupando em aplicar de modo pratico), e o ecletismo (junção de várias propostas, sem criticas ao modo funcionalista, fenomenológica e dialética).
	É dentro desse contexto que estamos inseridos como profissionais do Serviço Social, lutando por uma sociedade mais justa, com valores e ideais respeitados, através dessa profissão que é imprescindível para o coletivo e o Estado de Bem-Estar ou Seguridade Social. Entretanto, de um ponto de vista mais pessoal, o exercício do serviço social é uma estrada de mão dupla, ou seja, o profissional ao agir em prol de pessoas que necessitam de algum tipo de ajuda tende a se sentir valorizado e útil em poder amenizar o problema de alguém alheio a ele. Poder ajudar pessoas que não tiveram, talvez, a mesma sorte ou oportunidade que ele teve, pode trazer sentimentos de gratidão e satisfação, já que está doando seu tempo e seus esforços para um bem maior, ali ele pode perceber que seus problemas talvez não sejam tão grandes quanto aparentam ou que não são impossíveis de serem resolvidos. Em suma a prática do assistente social consiste em um processo de prover indivíduos de conhecimentos e experiências culturais que os tornam aptos a atuar e transformar o meio em que vivem ao assumir o Projeto Ético Político os assistentes sociais assumiram também a luta contra a ordem social vigente, estando sempre comprometidos em atuar na contra corrente, criando bases e caminhos direcionados à transformação. Sendo assim, o Projeto Ético Político além de norte e referência para os assistentes sociais, permite a estes profissionais compreenderem sua prática, no sentido da transformação coletiva e na promoção de mudanças, avançando de forma qualitativa a prioridade na atuação nas demandas. 
REFERÊNCIAS
Rigo, Rosângela. A Erosão do Serviço Social Tradicional no Brasil publicado 4/12/2008 Consultado em http://www.webartigos.com, dia 03/03/2016
Faleiros, Vicente de Paula. Metodologia e Ideologia do Trabalho Social, Editora Cortez, 10ª ed. São Paulo – 2007.
Pires, Sandra Regina de Abreu. O Instrumental Técnico na Trajetória Histórica do Serviço Social Pós-Movimento de Reconceituação. Consultado dia http://www.ssrevista.uel.br/c-v9n2_sandra.htm, dia 30/04/2016.
Yazbek, Maria Carmelita. Os fundamentos do Serviço Social na Contemporaneidade. 
(texto escrito para o curso de especialização lato sensu em serviço social: Direitos Sociais e Competências profissionais. CFESSABEPSS 2009 – pesquisado em 15/03/2016.
osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/18_OSQ_25_26_Amador.pdf, dia 04/02/2016
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282013000200003 , dia 04/02/2016
http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/Juridica/article/viewFile/463/457; servicosocialss.blogspot.com; libertas.ufjf.emnuvens.com.br/libertas/article/viewFile/1855/1304, dia 09/03/2016
NOBRE
Mª Elisa Cleía Pinheiro Rodrigues. 
Desafio Profissional de Fundamentos 
Históricos e Teóricos-Metodológicos do Serviço Social I e Formação Social, 
econômica e política do Brasil
[Online]. Valinhos, 2014, p. 01-07. Disponível em: www.anhanguera.edu.br/cead
Acesso em: jul. 2014
http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/a-importancia-do-servico-social-5429004.html
http://www.polemica.uerj.br/8(3)/artigos/contemp_5.pdf
ASSISTENTE SOCIAL: ética e direitos – coletânea de leis e resoluções, CRESS, 7ª Região/RJ, junho/2006.
http://nandaseso.blogspot.com.br/
http://www.unifoa.edu.br/cadernos/edicao/05/51.pdf
IAMAMOTO, Marilda Vilela. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social: ensaios críticos. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2004.
MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social: identidade e alienação. 16ªed. São Paulo: Cortez, 2011. 
MARQUES, Rosa Maria (Orgs.). Formação econômica do Brasil. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
NETTO, José Paulo. Ditadura e Serviço Social - uma análise do Serviço Social no Brasil pós-64. São Paulo: Cortez, 1991.
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Projeto Plano Plurianual 2000-2003, Projeto de Lei do PPA, v. I, p. 25, 1999. _____. MP/SPI. PPA 2000: Manual de Elaboração e Gestão. Brasília, abr. 1999. _____. Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. Cadernos MARE, vol.1-13. Brasília: MARE,1998. CARVALHO, M.C.B. – Avaliação de Projetos Sociais, Treinamento de Gestores Sociais. Capacitação Solidária. Brasilla. 1998. _____. Avaliação Participativa: uma escolha metodológica. MELO RICO E. (Org). Avaliação de Políticas Sociais: uma questão em debate. São Paulo: Cortez, 1998.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 
Para que você possa realizar as atividades solicitadas no desafio profissional, segue abaixo importantessites parapesquisa que abordam as temáticas tratadas.Realize leituras atenta do seu caderno de atividades das disciplinas norteadoras do desafio profissional, pois elas trazem conceitos que contribuirão com a realização de seu desafio profissional.
Cartilha do CRAS
http://www.parnaiba.pi.gov.br/sedesc/dmdocuments/CARTILHA_CRAS_FINAL.pdf
PNAS/2004
http://www.assistenciasocial.al.gov.br/sala-de-imprensa/arquivos/PNAS.pdf/view
Site do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social)
http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social

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