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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS
UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE DIREITO
DANIELLE LAÍS DA SILVA
PARCERIA PÚBLICO - PRIVADA
SÃO LEOPOLDO
2016
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1 qUESTÃO 
A União comprometeu-se a ampliar a oferta de vagas em presídios federais, necessitando construir novas unidades e dotá-las dos serviços necessários. Tendo em vista que não possui recursos alocados no orçamento para fazer frente às despesas, decidiu buscar na iniciativa privada ajuda para tanto. Pretende utilizar, como modalidade contratual para a consecução de tais objetos, a parceria público-privada - PPP, disciplinada pela Lei federal no 11.079/2004. A PPP, de acordo com a legislação federal, estabelece uma série de requisitos e condições à sua implantação. Considerando o texto abaixo, bem como a Lei nº 11.079/04, quais são estas exigências e se, do ponto de vista jurídico, é viável ou não a contratação de PPPs. 
1.1 REQUISITOS
A questão problema proposta acima faz referência a Lei nº 11.079/04 na qual estipula alguns requisitos básicos para que haja eficácia na contratação público privado.
O art. 4º e seus parágrafos trazem as diretrizes que devem ser seguidas:
Eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade;
Respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incumbidos da sua execução;
Indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado;
Responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;
Transparência dos procedimentos e das decisões;
Repartição objetiva de riscos entre as partes;
Sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria.�
Além disto o art. 5º também traz outros requisitos:
O prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados, não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventual prorrogação;
As penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado em caso de inadimplemento contratual, fixadas sempre de forma proporcional à gravidade da falta cometida, e às obrigações assumidas;
A repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária;
As formas de remuneração e de atualização dos valores contratuais;
Os mecanismos para a preservação da atualidade da prestação dos serviços;
Os fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do parceiro público, os modos e o prazo de regularização e, quando houver, a forma de acionamento da garantia;
Os critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado;
A prestação, pelo parceiro privado, de garantias de execução suficientes e compatíveis com os ônus e riscos envolvidos, observados os limites dos §§ 3o e 5o do art. 56 da Lei no 8.666/93, e, no que se refere às concessões patrocinadas, o disposto no inciso XV do art. 18 da Lei no 8.987/95;
O compartilhamento com a Administração Pública de ganhos econômicos efetivos do parceiro privado decorrentes da redução do risco de crédito dos financiamentos utilizados pelo parceiro privado;
A realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o parceiro público reter os pagamentos ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades eventualmente detectadas.
O cronograma e os marcos para o repasse ao parceiro privado das parcelas do aporte de recursos, na fase de investimentos do projeto e/ou após a disponibilização dos serviços, sempre que verificada a hipótese do § 2o do art. 6o desta Lei.�
Bem como tudo o que está previsto na lei 8.987/95.
  Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
        I - ao objeto, à área e ao prazo da concessão;
        II - ao modo, forma e condições de prestação do serviço;
        III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
        IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas;
        V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária, inclusive os relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão do serviço e conseqüente modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações;
        VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço;
        VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas de execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la;
        VIII - às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária e sua forma de aplicação;
        IX - aos casos de extinção da concessão;
        X - aos bens reversíveis;
        XI - aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à concessionária, quando for o caso;
        XII - às condições para prorrogação do contrato;
        XIII - à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao poder concedente;
        XIV - à exigência da publicação de demonstrações financeiras periódicas da concessionária; e
        XV - ao foro e ao modo amigável de solução das divergências contratuais.�
1.2. RESOLUÇÃO
Em relação ao caso em específico deve-se salientar que está é uma medida já bem difundida em nosso país, onde ocorrerá na modalidade de concessão administrativa já que se trata de uma obra pública. Desta forma, se for respeitado os itens acima citados será viável a possibilidade da construção deste presidio bem como da realização dos serviços que serão necessários. 
Por fim, para dar mais veracidade é necessário acrescentar um Projeto de Lei de nº 513/11 no qual estabeleceria as possibilidades e as necessidades dos serviços que devem contem em de estabelecimentos prisionais, como no caso.
A título de curiosidade é necessário informa que em 2010 houve a decisão de se construir o primeiro presídio em nosso estado, por meio da união entre o Governo de Estado e a Prefeitura de Canoas, para que assim fosse realizada com ajuda privada a construção, bem como que fosse auxiliada em todas as demais prioridades. Tendo sua construção inaugurada em 1º de março de 2016, contado com locais para trabalho, bem como estudo.
Esta função é tão importante e fundamental que é um meio de facilitar e aprimorar a possiblidade de favorecer que reinserção de preso com a sociedade. Anteriormente ao nosso Estado somente Minas Gerais e Pernambuco haviam realizado a privatização do presidio por meio da PPP’S.
� PLANALTO. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l11079.htm>. Acesso em: 15 maio 2016.
� PLANALTO. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l11079.htm>. Acesso em: 15 maio 2016.
� PLANALTO. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm >. Acesso em: 15 maio 2016.

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