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Tipicidade apostila 3

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4º Tipicidade
Conceito de tipo: Postulado básico do princípio da Reserva Legal, onde a CF consagra a expressamente o principio que rege “ñ há crime sem lei anterior que a defina, nem pena sem prévia cominação legal” (Art. 5º XXXIX) fica outorgado à lei relevante tarefa de definir, isto é, de descrever os crimes. É o tipo penal que realiza e garante o princípio da reserva legal. Consiste na descrição abstrata da conduta humana feita pormenorizadamente pela lei penal e correspondente a um fato criminoso (tipo incriminador). O tipo é , portanto, como um molde criado pela lei, em que está descrito o crime com todos os elementos, de modo que as pessoas sabem que só comentarão algum delito se vierem a realizar uma conduta idêntica à constante do modelo legal. 
Portanto tipo é o de modelo descritivo das condutas humanas criminosas, criado pela lei penal, com a função de garantia do direito de liberdade.
 Composto dos seguintes elementos:
Núcleo: designado por um verbo – Ex: matar, ofender etc.
Referências a certas qualidades exigidas, em alguns casos, para o sujeito ativo: Ex: funcionário público, mãe
Referências do sujeito passivo: Ex: alguém, recém-nascido etc.
Objeto Material: Ex: coisa alheia móvel, documento etc.
 Obs: em alguns casos, confunde – se com o próprio sujeito passivo Ex: no homicídio, o elemento ‘alguém’ é o objeto material e o sujeito passivo.
Referência ao lugar, tempo, ocasião, modo de execução, meios empregados e, em alguns casos, ao fim especial visado pelo agente.
Espécies de tipo:
Permissivos ou justificadoras; são os que descrevem as causas de exclusão da ilicitude (CP art.23)
Incriminadoras;
Explicativas;
 Estrutura do tipo:
 Rubrica: assinatura ou autentificarão de algo dando relevância para tal coisa 
 Ex: esta assim no CP Homicídio simples > Rubrica
 Art. 121 Matar algum
 Logo toda vez que vem com o nome em cima do artigo é uma Rubrica, nome dado ao crime
 Preceito Primário: Descrição da conduta 
 Ex: ‘’ ‘’ Art.121 Matar alguém
 ● Elementares: são dados fundamentais da configuração do crime. Se forem apagados se transformam em outro crime ou até mesmo desaparece um crime.
Ex: ‘’ ‘’ Seria toda a descrição do Art.121, sem ele desapareceria o crime
 Preceito Secundário: Sansão penal 
Ex: ‘’ ‘’ A sansão do Art.121 seria Pena de reclusão 6 a 20 anos
 ●Dados Circunstâncias: os que ficam abaixo do CAPUT, acima são considerados questões elementares
 OBS:( CAPUT): Referência ao enunciado de um determinado artigo, Caput vem do latim significa cabeça 
Ex: de D. Circunstâncias Art. 121 §1° Homicídio Privilegiado > 1/6 a 1/3; §2° Homicídio Qualificado 12 a 30 
 Norma penal em branco: quando está faltando o verbo (obs: todo tipo penal tem um verbo)
 
Conceito de Tipicidade: Enquadramento, amoldamento ou integral correspondência de uma conduta praticada no mundo real ao modelo descritivo constante da lei(tipo penal).
Para que a conduta humana seja considerada crime, é necessário que se ajuste a um tipo legal. Temos, pois, de um lado, uma conduta da vida real e, de outro, o tipo legal de crime constante da lei penal. A tipicidade consiste na correspondência entre ambos.
Adequação Típica: encaixe da conduta ao tipo previsto na lei
 TIPICIDADE X ADEQUAÇÃO TÍPICA
Existe divergências, a TIPICIDADE é uma tipicidade formal, resultante da comparação entre tipo e o aspecto exterior da conduta, sem análise da vontade ou finalidade do agente, na A. TIPICA ela vai além, investigando se houve vontade, para só então efetuar o enquadramento, assim para adequação a T. finalista exige o comportamento doloso ou culposo, e a teoria social, além disso, a vontade de produzir um dano socialmente relevante. 
Ex: Tício mata a vitima por caso fortuito ou força maior; tipicidade existe, porque ele matou alguém, e é exatamente isso o que está escrito no art. 121 caput do CP; não haverá contudo adequação típica, ante a ausência de dolo ou culpa
 Entendemos que não há utilidade em se fazer essa distinção. Consideramos, portanto, tipicidade e adequação típica conceitos idênticos. Com isso, em nada se alteram os efeitos jurídicos: se não há dolo ou culpa, não existe conduta, e sem conduta não se fala em tipicidade (ou adequação típica), porque esta pressupõe aquela.
Adequação Típica Componentes:
Subordinação Imediata ou Direta: tipo previsto em lei sem necessidade de nenhuma outra norma
Subordinação Mediata ou Indireta: não há um perfeito encaixe da conduta praticada para com a prevista na 
lei necessitando de uma norma auxiliadora para realizar a adequação caso contrario, pode ocorrer impunidade
Ex: Caio atira na vitima, mas ela não morre apenas tentativa, não se encaixa no art.121, pois a tentativa é uma norma auxiliar (de extensão) tentativa art. 14 I (consumado ) e II (tentado)/ Art.121;14 (II);29 CP
DOLO
Conceitos Dolo(Art.18 I): vontade de praticar a conduta bem como assumir o risco da ocorrência do resultado
 Teorias:
Vontade ( Dolo Direto): ocorre quando o agente pratica a conduta querendo diretamente atingir o resultado.
Representação: o agente diante a causa da conduta consegue visualizar o resultado o qual sinceramente ele não que produzir, mas mesmo assim ele continua com a conduta 
Ex: numa via permitida velocidade máxima de 60 km/h o individuo passa a 80 km/h
Assentimento (Dolo eventual): durante a conduta o agente consegue visualizar o resultado e não se importa com a ocorrência dele continuando com a conduta 
Ex: excesso de velocidade numa via que era para andar a 60 e anda a 80, ele vê um monte de gente na frente no bar, ele não quer saber se pode ocorrer um acidente.
Espécie de Dolo: 
Natural: é o dolo da T.FINALISTA. É dolo que é analisado no momento da conduta.
Normativo: é o dolo da teoria NATURALISTA. É o dolo estudado na CULPABILIDADE (não é analisado na culpa)
Direto ou Determinado: é aquele que comete o crime (praticar o crime, o verbo, que roubar, matar)
Pode ser chamado pela T. da Vontade
Indireto ou indeterminado: é o dolo na T. EVENTUAL. 
 CARACTERISTICAS:
Visualização do resultado;
A imprudência, ou seja, não se importa com a ocorrência
 >Durante a prática da conduta o agente visualiza, prevê a ocorrência do resultado e mesmo assim continua com a conduta não se importando com o resultado
Ex: Embriaguez, pode se considerado se atender os 2 elementos de risco; Beber, passar o sinal vermelho; beber e dirigir em excesso de velocidade.
Alternativa: o agente não se importa com o resultado especifico, qualquer resultado vale a pena. Ex: ferir ou matar.
Dolo Perigo: é o dolo onde o agente expõe o bem jurídico protegido ao um dano. Divide-se em crime de perigo concreto e crime de perigo abstrato;
Dolo Geral : é aquele onde o agente pratica uma conduta e acreditando que o resultado já ocorreu pratica uma 2º conduta para exaurimento (esgotar todas as possibilidades), mas neste momento é que ele atinge o resultado
Ex: Tício da tiro em Caio, Tício acha que ele morreu, pega o corpo e joga no rio, logo a policia acha o corpo e na pericia percebe que ele morreu afogado
CULPA
Conceitos de Culpa: é o elemento normativo da conduta. A culpa é assim chamada porque sua verificação necessita de um prévio juízo de valor, sem o qual não se sabe se ela está ou não presente. 
Quebra do dever objetivo de cuidado a pessoa não quer atingir o resultado
Resultado involuntário;
Reversibilidade - reversível
Quebra do Dever – objetivo de cuidado
Conduta
Modalidades:
Imprudência: ato de agir perigosamente, um comportamento de precipitação, de falta de cuidado
 Ex: Rua 60km/h passa acima de velocidade
Negligência: ato de ignorar, fingir que não tem importância ou simplesmente deixa pra lá
Ex: andar de carro com o pneu careca
Imperícia: é a inabilitação técnica, ignorância, inexperiência ou inabilidade sobre a arte ou profissão que pratica
Ex: vejo pessoal caída no chão de um acidente, pego e o coloco no meu carro, logo ele pode pior;
Ex2: entre todos estar sem carteira, com os pneus carecas e alta velocidade
Graus de culpa: 
GRAVE;
LEVE;
LEVÍSSIMA.
Dos Tipos de Culpa
 Culpa inconsciente: é aquela onde o agente durante a quebra do dever de cuidado não prevê a ocorrência do resultado, embora o mesmo seja completamente previsível.
Ex: está praticando uma conduta, ele não prevê, não passa na cabeça dele o resultado.
Ex2: andar de carro na rua de 60 km/h e andar a 62 km/h ira atropelar algum. Não se passou pela cabeça por estar em baixa velocidade
 Culpa Consciente: é aquela onde o agente no momento da conduta consegue prevê a ocorrência do resultado. Entretanto acredita sinceramente que o resultado jamais ocorrera, mas ocorre.
Ex: dirigir em excesso de velocidade incompatível com o local pode ocorre acidente, mas o carro e novo eu sou um bom motorista
Ex2: cadeira quebrada no 3°andar quer descer até o lixo no térreo, às 11h30min quando todo mundo esta saindo para almoçar jogo à cadeira pela janela para facilitar o trabalho, só que acho que não vai acerta ninguém, mas acaba acertando alguém. 
 DOLO EVENTUAL X CULPA CONSCIENTE
 No Dolo Eventual “não importo”, na Culpa Consciente “não assume a culpa por achar sinceramente que não ocorre o resultado”.
 Os dois do momento da conduta prevê a ocorrência do resultado.
 
 Culpa Imprópria: da espécie de culpa na verdade é uma forma de erro, ocorre quando o agente prática uma conduta sobre uma forma de erro (falsa noção da realidade), onde ele quer produzir um resultado doloso, mas pela ocorrência do eu erro responde pelo crime de forma culposa.
Ex: Tício está em casa, onde sua família está viajando, logo este sozinho em casa, 23h00hrs alguém pula o murro, ele pega a arma, quando vê o vulto ele atira, quando ele vai ver é seu irmão que voltou de viajem mais cedo que pulou o murro porque tinha esquecido a chave. Considerando pelo tiro doloso ele será acusado de crime culposo.
 Crimes Qualificados pelo resultado (Preterdoloso)
Entendimento:
São aqueles onde o agente prática uma conduta inicialmente doloso menos grave produzindo um resultado mais grave a titulo de culpa. Também é chamado de crime PRETERDOLOSO onde temos DOLO no ANTECEDENTE e CULPA no CONSEQUENTE. A CULPA sempre produz um resultado MAIS GRAVE.
 Ex: lesão dolosa seguida de morte (pretedoloso)
 (Dolo) + (Culpa) 
 Ex2: tortura que resulta a morte
 (Dolo) + (Culpa)	
 Ex3: estrupo que resulta a morte (art. 213 §2º)
 (Dolo) + (Culpa)
ERRO
 Conceito de Erro : falsa noção da realidade
Espécie:
Erro de Tipo: recai sobre o fato típico, sobre as questões elementares (formam o tipo penal)
Ex: agente comete o crime pelo engano, não quer cometer o crime
Ex: Pega o código de outra achando que era dele pelo fato de ser igual
 O cara erra, putz errei, vacilo que dei 
Erro de Proibição: menor condição de saber que aquela conduta é criminal
 Isso é crime? Isso penalmente relevante?
 Erro de Tipo Espécies 
Erro de tipo Essencial: é o erro relevante na configuração do crime, o agente só comete o crime porque está em erro.
Elementares (no código caput)
INVENCIVEL / ESCUSÁVEL / DESCULPÁVEL
Ex: rapaz que aponta uma arma para um homem fardado, você chega por traz e da uma paulada no rapaz , o fardado foge, só que na verdade era o contrário, o bandido estava fardado. 
 Qualquer um erraria diante esse caso
Ex: o policial sobe da favela anoite vê o elemento com uma suposta arma na mão e atira quando vai ver é uma furadeira
 Características
Consequência Penal: Exclui a culpa
VENCÍVEL/ INESCUSÁVEL/ INDESCULPÁVEL 
 Erro que poderia ser rejeitado, ser o agente tivesse mais cautela, prudência, calma
Ex: domingo, 12:00hrs Mévio esperando a sua família chegar, então lá pra 13:00 alguém pula o murro Mévio por instinto atira e quando vai ver e um primo seu. 
 Características:
 Consequência Penal: Culpa imprópria
Erro de Tipo Acidental: (Dados Circunstâncias, incisos) – o agente mesmo em erro responde normalmente pelo erro.
Erro Sobre o Objeto: é o erro onde o agente confundi um objeto pelo outro
Ex: Tício está no sinal esperando, ele visto que Caio que para no sinal com um Rolex, Tício o rouba, quando vai vender ao atravessador descobre que é falso. Ele acha que é original, mas não é.
 Consequência Penal: responde normalmente pelo crime
Erro Sobre a Pessoa: ocorre quando o agente querendo atingir uma pessoa (vitima virtual) se confunde e atinge 3° pessoa (vitima efetiva) acreditando que está atingindo a pessoa pretendida (virtual)
 Ex: Tício que mata Caio, então ele o espera, ele sabe que todo dia Caio passa 8:00 naquele beco, quando da 7:58 passa Mévio, pelo fato de esta escuro ele acredita ser Mévio 
˟˟˟Obs: o agente responde pela morte da vítima efetiva como se tivesse acertado a vitima virtual, isso é de EXTREMA IMPORTÂNCIA. 
 Existe o aumento da pena caso ele tenha matado a esposa, pai etc.(ascendentes, descendentes);
 Se ele quer matar a esposa, mas acaba mantando um colega, ele responde como se tivesse matado a esposa;
 Se ele mata o pai achando que era o colega que queria, a sua pena não é aumentada, responde pelo colega;
Erro Na Execução( Aberratio Ictus = Erro na pontaria; Desvio do Golpe)
 Nesta situação o agente não confundi as pessoas ele sabe quem ele quer atingir entretanto, por erro de pontaria acaba atingindo pessoa diversa.
Unidade Simples ou Resultado Único: quando atingi só a 3° pessoa, a vitima virtual não é atingido. 
 PESSOAL X PESSOAL
Ex: briga no bar, onde o sujeito sai atirando fere um monte de pessoa mas não acerta o que queria (pessoal agente virtual)
Unidade Complexa ou Resultado Duplo: atira atingindo o virtual mais os outros aplicam – se a pena formal de crimes soma - se todos os casos.
Ex: atingi 1 e também atinge mais 6. – Ele responde por todos os crimes, aplica- se o art. 70 do CP, Concurso Formal de Crimes.
 B2. Unidade Complexa ou Resultado Duplo: o agente, além de atingir a vitima visada, acerta 3ºpessoal. Embora a expressão ‘’resultado duplo ‘’ possa, à primeira vista, sugerir que apenas duas pessoas sejam atingidas (a vítima pretendida e o terceiro), significa que dois resultados foram produzidos: o desejado e um outro não querido , pode compreender mais de uma pessoa.
Ex: é o caso do sujeito que, pretendo pôr fim ao seu devedor impontual, efetua diversos disparos de metralhadora em sua direção, matando, mas também acertando outras 15 pessoas que casualmente passavam por ali. O resultado foi duplo: querido e o outro não previsto (lesão e morte de várias pessoas)
Consequência: aplica- se a regra do concurso formal, impondo – se a pena do crime mais grave, aumentando de 1/6 até metade. O acréscimo varia de acordo com numero de vitimas atingido por erro.
Resultado Diverso do Pretendido (Aberratio Criminis) : ocorre quando o agente querendo atingir uma coisa, acaba de atingir uma pessoal, ou vice-versa
Ex: Caio compra uma BMW, para provocar o vizinho ele estaciona na calçada dele,
o vizinho com inveja pega uma pedra para acerta o carro, quando atira a pedra Maria passa de bike e acerta ela.
 PESSOA X COISA
Unidade Simples ou Resultado Único: quando se tem uma vítima efetiva, e a vitima virtual não é atingida. Quando se atinge somente uma 3° pessoa 
Ex: Tício entra no bar e quer atingir Caio, o tiro atinge Mévio
 B. Com unidade complexa ou resultado duplo: atingidos tanto o bem visando quanto um diverso. 
Ex: Tício que apenas acerta o vidro, quando atira a pedra ele acerta o vidro mais a pessoa que estava por trás dele
Consequência: aplica – se a regra do concurso formal, com a pena do crime, mais grave aumentada de 1/6 até de acordo com o numero de resultado diverso produzido.
 Obs: se o resultado previsto como culposo for menos grave ou se o crime não tiver modalidade culposa, não se aplica a regra da aberratio criminis, previsto no art.74 do CP. Ex: o agente atira na vitima e não a acerta (tentativa branca), vindo, por erro, a atingir uma vidraça; aplicada a regra, a tentativa branca de homicídio ficaria absorvido pelo dano culposo, e, como este não e previsto no CP comum, a conduta é considerada atípica. O dano culposo não teria forças para absorver uma tentativa de homicídio , mesmo porque ele nem sequer constitui crime.
Erro Sobre o Nexo Causal ou “aberratio causae”(Dolo geral) ou( Erro sucessivo)
Conceito: ocorre quando o agente, na suposição de já ter consumado o crime, realiza nova conduta, pensando tratar- se de mero exaurimento , atingindo desse momento , a consumação 
Ex: quando o fato se consuma em dois atos, sobre cuja significação se equivoca o autor, ao crer que o resultado se produzira já em razão do primeiro ato, quando na verdade, ele vem a acontecer pelo segundo, destinado a ocultar o primeiro. Depois de estrangular a vítima, o autor, crendo que ela esta morta, enforca-a para simular um suicídio, todavia fica comprovado que a vitima na verdade morreu em razão do enforcamento. Responde por um só homicídio doloso consumado.
Ex (interessante): sujeito que, pretendendo eliminar a vítima, ministra veneno em sua bebida; no entanto, por equivoco, em vez de veneno coloca açúcar, meio ineficaz para matar uma pessoal normal. A vitima, no entanto, é diabética e vem a falecer. E agora qual a solução? A resposta a duas indagações nos ajuda: o autor quis matar? Sim. E acabou matando? Sim. Então, responde por homicídio doloso consumado. É certo que ele errou na causa, mas tal erro revelou – se irrelevante pois, de um jeito ou de outro ele produziu o resultado pretendido. Mas o meio não era ineficaz? Não, tanto que a vítima morreu. Poder-se-ia objetar que o agente não sabia que a vitima era diabética, porém tal desconhecimento é irrelevante, pois o que interessa é que ele quis o resultado e agiu para produzi – lo. Daí por que o erro sobre nexo causal (aberratio causae) é irrelevante. Não elimina o dolo, nem o resultado.
Erro de Proibição
 Conceito: falsa ordenação jurídica, desconhecimento
Formas:
Invencível: isenta a pena, quando a pessoa não tem menor possibilidade de saber q a conduta é penalmente relevante, quando isso acontece o juiz isenta a pena.
Ex: Rapaz do interior que monta uma casa de prostituição num sobrando. Pelo fato dele mora na roça e quando vai vender seus produtos na cidade ele vai a casa de prostituição acha que esse tipo de empreendimento é licito. Pelo fato de ser completamente leigo ele monta se cabaré achando que sua conduta é licita ate que chega a policia e o prende. 
Vencível: Pouco mais de cautela teria evitado a conduta
 Ex: Holandês que fumo baseado no baseado no Brasil, nos eu país e liberado
	
Descriminantes Putativo: Causa que descrimina ou seja retira a ilicitude(DESCRIMINANTES), imaginada pelo agente(PUTATIVO).
Ex: Tício x Caio. Caio está com agasalho, ele põe a mão por dentro do agasalho, Tício imaginando que iria puxar uma arma, atira contra Caio e o mata, quando vai ver era um celular.
Formas:
● D.P Erro de Tipo:
Vencível: reduz a pena Ex: era dia, luz dava para saber o que iria acontecer
Invencível: isenta Ex: era noite, escuro não dava para ver direito, não saberá ver o que tem na mão dele 
 ● D.P Erro de Proibição:
Vencível: culpa
Invencível: isenta a pena 
TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA
Criado pelo direito alemão, Damásio de jesus
Para esta teoria se o agente cria um risco permitido pelo ordenamento jurídico mesmo querendo um resultado não pode se responsabilizado esse resultado, mesmo que ele ocorra.
Aplicação penal : Risco permitido
 CRIME CONSUMADO
 Conceito: crime finalizado, exaurido onde o verbo foi executado na sua totalidade art. 14§ 1°
 Configuração:
Materiais: com o resultado > precisa do resultado para ter consumação 
Culposo: com o resultado > negligência, onde o crime quebrando o objetivo de cuidado, ele causa um resultado
Mera Conduta: ação ou omissão> aquela que não tem resultado, na hora do comportamento
Formais: ação ou omissão> Ex: extorsão, é um crime quando eu peço art.158
Permanentes: Prolonga no tempo>Ex: menor que sequestra ele tem 17 anos e 10 meses, fica com a vitima 2 meses então ele completa 18, logo ele respondera como maior de idade
Omissivos Próprios: com o resultado> não tem o dever jurídico de agir
Omissivos Impropria: com o resultado> tem o dever jurídico de agir
Qualificado Pelo Resultado: com o resultado mais grave (preterdoloso > dolo antecedente)
Iter criminis = Caminho do crime 
4 etapas:
Cogitação: metalização do crime, prevê a prática do crime > não é punível 
Preparação: praticar atos da conduta > não e punível
Execução: 1º ato capaz a por em perigo o bem jurídico protegido >nessa fase o agente inicia a realização do núcleo do tipo, e crime já se torna punível. Ex: amigo que aponta uma arma para você 
Consumação: todos os elementos que se encontram descritos no tipo penal foram realizados> quanto mais próximo da consumação menor a pena. EX: Tício vai rouba loja mais não leva nada o juiz diminui a pena 
TENTATIVA
Conceito: O agente quer prossegui, mas uma circunstância alheia a impede de prosseguir.
Ex: Caio está roubando uma loja só que dispara o alarme e ele foge sem levar nada. 
Elementos:
1º inicio da execução; 
2° não consumação do crime;
3º circunstancia alheia a sua vontade
Formas:
Perfeita (Crime falho): o agente pratica todos os atos de execução do crime, mas não o consuma por circunstâncias alheias à sua vontade. 
Imperfeita: há interrupção do processo executório; o agente não chega a praticar todos os atos de execução do crime, por circunstâncias alheias à sua vontade. 
Ex: com 5 tiros no revolver ele só usa 2 pois teve uma circunstancia alheia
Não Cabe tentativa:
Culposo;
Preterdoloso;
Contravenção Penal > jogo de bicho;
Omissivos Próprios > ou você se omite ou não 
Habituais > Têm que se reiteradas vezes 
Ex: Casa de prostituição, só funciona um dia então não e crime
 Desistência Voluntária
 (Tentativa abandonada) – art.15 CP
Configuração: é aquela onde o agente inicia o processo de executação do crime e por uma circunstância própria interrompe o processo e desiste de atingir a consumação. Ele pode prosseguir mais não quer
Consequência: só responde pelos seus atos praticados, ele não responde pelo seu dolo, sua intenção.
 Ex: sujeito que entrou na loja para roubar, mas na hora desiste
Arrependimento Eficaz (Tentativa Abandonada): Art.15 CP
 Conceito: é aquela onde o agente encerra o processo de executação do crime antes que ocorra a consumação, ele se arrepende, atua tentando impedir a consumação do crime (tenta salvar a vida) 
 Ex: Tício descarrega sua arma em Caio, acaba sua munição ele se arrepende pega Caio e leva para o hospital.
 OBS: Caio tem que permanecer
vivo para que Tício só responda pelos atos praticados (Lesão Corporal)
Arrependimento Posterior: Art. 16 CP
 Ex: Tício compra TV 60, vizinho entra e rouba, Tício fica triste, assim o vizinho se arrepende e devolve
Requisitos: 
Crime sem violência ou grave ameaça a pessoa;
Restitui o dano ou a coisa até o início do processo penal;
Consequência Penal: ele responde pela pena do crime
Benefício ao agente: quem comete um crime sem violência grave ameaça a pessoal, restitui a coisa a inicio do processo penal. Configurando os requisitos o agente responde pelo crime de pena reduzida 1/3 a 2/3
 CRIME IMPOSSIVEL
 Também chamada de TENTATIVA INIDÔNEA (Não confiável, que esta na ilegalidade) ou
 TENTATIVA INADEQUADA OU QUASE PERFEITA
Ineficácia Absoluta do Meio Empregado: ou o instrumento utilizado para a execução do crime jamais o levarão à consumação 
Ex: Tício pegar arma para matar Caio, quando atirar percebe que está sem munição, logo não vai conseguir
Ex: um palito de dente para matar um adulto; Falsificação grosseira;
Impropriedade Absoluta do Objeto Material: a pessoa ou a coisa sobre que recai a conduta é absolutamente inidônea para a produção de algum resultado lesivo.
Ex: matar um cadáver; Tício vai matar Caio, entra na casa dele e o vê dormindo da 5 tiros no nele, mas Caio já estava morto de ataque fulminante. > Não se pune por nenhuma tentativa.
 
 Classificação de Crimes
C. Comum: qualquer pessoa, a lei não exige nenhum requisito. Ex: homicídio, furto etc.
C. Próprio: só pode ser cometido por determinada pessoa ou categoria de pessoas, como o infanticídio (só a mãe pode ser autora) e os crimes contra a Administração Pública (só o funcionário público pode ser autor). Admite a autoria mediata, a participação e a coautoria. 
C. Mão Própria: só pode ser cometido pelo sujeito em pessoal, como o delito de falso testemunho (art.342)
C. Dano: exige uma efetiva lesão ao bem jurídico protegido para sua consumação (homicídio, furto, dano, etc.)
C. Material: o crime só se consuma com a produção do resultado naturalístico, como a morte, para o homicídio; a subtração, para o furto.
C. Formal: ó tipo não exige a produção do resultado para a consumação do crime, embora seja possível a sua ocorrência. Ex: da ameaça, em que o agente visa intimidar a vítima, mas essa intimidação é irrelevante para a consumação do crime.
C.de Perigo Abstrato: é aquele onde há uma presunção de que o bem jurídico protegido esteja em perigo. Ex: dirigir embriagado 
C.de Perigo Concreto: é aquele onde só ocorre crime se o bem jurídico protegido efetivamente correr perigo
Ex: dirigir sem carteira ,só se dirigir de maneira perigosa
C. de Mera Conduta: o resultado naturalístico não é apenas irrelevante, mas impossível. É o caso do crime de desobediência ou da violação de domicilio
C. Comissivo: é o praticado por meio da ação, por ex: homicídio( matar)
C. Omissivo Próprio: não existe o dever jurídico de agir, e omitente não responde pelo resultado, mas apenas por sua conduta omissiva(Art. 135 e 269 do CP)
C. Omissivo Impróprio ou Espúrio ou Comissivo por Omissão: o omitente tinha o dever jurídico de evitar o resultado e, portanto, por este respondera (art.13,§ 2º, do CP). Ex: salva vidas que na posição de garantidor, deixa, por negligência, o banhista morrer afogado > Responde por homicídio culposo e não por simples omissão de socorro
C. Instantâneo: consuma – se em um dado instante, sem continuidade no tempo, como, por ex: homicídio
C. Permanente: o momento consumativo se protrai no tempo, e o bem jurídico é continuadamente agredido. Ex: sequestro
C. Instantâneo de Efeitos Permanentes: consuma-se num dado instante, mas seus efeitos se perpetuam no tempo (homicídio )
C. A Prazo: a consumação depende de um determinado lapso de tempo, por ex: art.129 §1º, I, do CP (mais de 30 dias)
C. Principal: existe independentemente de outros (furto)
C. Acessório: depende de outro crime para existir (receptação, favorecimento pessoal, favorecimento real)
Crime Simples: apresenta um tipo penal único (homicídio, lesões corporais etc.) 
C. Complexo: resulta da fusão entre dois ou mais tipos penais (roubo + homicídio= latrocínio; estrupo qualificado pelo resultado = estrupo + homicídio )
C. Progressão Criminosa: é o que para ser cometido necessariamente viola outra norma penal menos grave. Ex: um sujeito, desejando matar vagarosamente seu inimigo, vai lesionando – o (o crime de lesões corporais) de modo cada vez mais grave até a morte. Aplica-se o princípio da consumação, e o agente só responde pelo homicídio (no caso, o crime progressivo)
C. Delito Putativo, Imaginário ou Erroneamente Suposto: o agente pensa que cometeu um crime, mas, na verdade, realizou um irrelevante penal. Ex: mulher pensando estar gravida ingere substância abortiva.
C. Falho: é o nome que se dá à tentativa perfeita ou acabada em que se esgota a atividade executória sem que tenha produzido o resultado. Ex: atirador medíocre que descarrega sua arma de fogo sem atingir a vitima ou sem conseguir mata-la, como pretendia
C.de Dupla Subjetividade Passiva: é aquela que tem, necessariamente, mais de um sujeito passivo, como é o caso do crime de violação de correspondência (art. 151), no qual o remetente e o destinatário são ofendidos
C. Exaurido: é aquele em que o agente, mesmo após atingir o resultado consumativo, continua a agredir o bem jurídico. Não caracteriza novo delito, e sim mero desdobramento de uma conduta já consumada. 
 C. Concurso Necessário: é o que exige pluralidade de sujeitos ativos Ex: rixa- art.137; quadrilha ou bando –art.288; associação ao trafico; etc.
 C. Multitudinário: cometido opor influência de multidão em tumulto (linchamento)
C. a Distância, de Espaço Máximo ou de Trânsito: é aquele em que a execução do crime dá se em uma país e o resultado em outro. Ex: carta bomba; Ex2: o agente escreve uma carta injuriosa em SP e a remete a seu desafeto em Paris. Aplica –se a teoria da ubiquidade, e os dois países são competentes para julgar o crime.
C. Plurilocal: é aquele em que a conduta se em um local e o resultado em outro, mas dentro do mesmo país. Aplica – se a teoria do resultado, e o foro competente é o do local da consumação. Ex: sequestro – sequestra a vitima em uma cidade e o cativeiro é em uma outra cidade. 
 ILICITUDE 
2º ELEMENTO DA T.DO CRIME
 
Conceito: é a contradição entre a conduta e o ordenamento jurídico, pela qual a ação ou omissão típicas tornam-se ilícitas. 
Aplicação: todo fato típico é automaticamente ilícito salvo se alguma causa excluir a ilicitude.
Pode – se assim dizer que todo fato penalmente ilícito é , antes de mais nada, típico. Caráter indiciário: O tipo possui uma função seletiva, segundo a qual o legislador escolhe, dentre todas as condutas humanas, somente as mais perniciosas ao meio social, para defini-las em modelos incriminadores.
Análise por exclusão: partindo do pressuposto de que todo fato típico em principio, também é ilícito, a ilicitude passara a ser analisada a contrario sensu, ou seja, se não estiver presente nenhuma causa de exclusão da ilicitude (legitima defesa, estado de necessidade etc.), o fato será| considerado ilícito passando a construir crime. 
Causas de Exclusão: todo fato típico, em princípio, é ilícito, a não ser que ocorra alguma causa que lhe retire a ilicitude. A tipicidade é um indício da ilicitude. As causas que a excluem pode ser legais, quando previstos em lei, ou supralegais, quando aplicadas analogicamente, ante a falta de previsão legal.
Causas legais:
Estado de necessidade;
Legitima defesa;
Estrito cumprimento do dever legal;
Exercício regular do direito;
 Estado de Necessidade
Conceito: art. 23 e 24 No Estado de Necessidade existem dois mais bens
jurídicos postos em perigo, de modo que preservação de um depende da destruição dos demais.
Ex: navio afunda, 1 bote para 5 pessoas, no mar tem 2 pessoa, só que você só poderá salvar 1 e a outro morrera, logo você não responde pelo crime;
Ex2: dentro do bote esta com 6 pessoas, só que a capacidade máxima e apenas para 5, logo você tira 1 pessoal para salvar você e os demais;
Ex3: se tiver primo e um sr de 80 anos
 se tiver um homem ou uma mulher
Não há distinção em quem salvar em nosso ornamento jurídico, não respondera por crime no Estado de Necessidade.
OBS: nunca sacrificar um bem MAIOR para salvar um bem MENOR
O Estado de Necessidade é uma causa justificante onde o agente sacrifica um bem jurídico para salvar outro, observado certos requisitos:
Ex: médico que escolhe entre 2 pacientes ele só pode escolher 1, logo o outro morre, não responde por nada, pois estava em caso de E. de Necessidade 
 Aquele que atira em caso de necessidade não pode alegar sem dever legal de afastar o perigo 
 Ex: bombeiro vai salvar pessoal, só que na hora de sair ele quer sai 1º que a vitima logo ele respondera por crime
 Requisitos:
Sacrificar o bem alheio;
Para salvar outro próprio ou alheio;
Perigo atual ou Iminente (que está para acontecer dentro de pouco tempo);
Não provocado Dolosamente;
Ex: ponho fogo no cinema, só que na hora de sair tiro uma pessoa para me salvar, nesse caso não pede alegar E. de Necessidade, responde por crime.
Sacrifica um Bem de Valor Menor ou Igual 
Ex: não se pode salvar um animal e deixar uma pessoa
TEORIAS:
UNITÁRIO (ADOTADO PELO CÓDIGO): O E. de Necessidade é sempre causa de EXCLUSÃO DA ILICITUDE, a situação reveste da razoabilidade, ou não há E. de Necessidade. O E. de Necessidade atua como causa justificadora, ou se não é razoável , o fato passa a ser ilícito. 
DIFERENCIADORA OU DA DIFERENCIAÇÃO (ADOTADO PELO CODIDO D.P MILITAR): deve ser feita uma ponderação entres os valores dos bens e deveres em conflito, de maneira que o estado de necessidade será considerado causa de EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE.
Excesso:
Doloso: quis provocar o excesso, Ex: bate o remo na cabeça do individuo;
Culposo: negligente, imperito.
Acidente (erro): falsamente imaginado
 B. LEGÍTIMA DEFESA
Conceito: causa justificante onde o agente atua tão somente para afastar, cessar a agressão justa, usando moderadamente dos meios necessários.
Fundamentos: o Estado não tem condições de oferecer proteção aos cidadãos em todos os lugares e momentos, logo, permite que se defendam quando não houver outro meio.
Natureza Jurídica: causa de exclusão da ilicitude
Requisitos:
Agressão injusta: não autorizado pelo ordenamento jurídico. Só pode usar para afastar, agora se você conseguir neutralizar a conduta ofensiva ilícita do agente e a partir dai você começar a ataca-lo é você é você que ira estar agredindo a pessoa, não será mais da sua parte independente de qualquer caso L. Defesa. 
 Atual ou iminente (vai acontecer);
A direito próprio ou de terceiro;
Repulsa com meios necessários: pode ser aramas de fogo, carro, pedaço de pau e etc.
Uso moderado de tais meios;
Conhecimento da situação justificante: obs: Tício x Caio, Tício vai estrupa Ambrosina, de costas para rua ,Caio o vê e atira em Tício, logo ele respondera por homicídio, mesmo ele ter salvando a vitima ele não sabia disso logo ele ira responder pelo crime.
Excesso: a intenção desnecessária de uma ação inicialmente justificada, presente o excesso, os requisitos das descriminantes deixam de existir, devendo o agente responder pelas desnecessárias lesões causadas ao bem jurídico ofendido.
Espécie de Excesso:
Doloso ou Consciente: ocorre quando o agente, ao se defender de uma injusta agressão, emprega meio que sabe ser desnecessário ou, mesmo tendo consciência de sua desproporcionalidade, atua com imoderação. Ex: para se defender-se de um tapa, o sujeito mata a tiros o agressor ou então, após o primeiro tiro que fere e imobiliza o agressor, prossegue na reação até a morte. 
CONSEQUÊNCIA: constatado o excesso doloso, o agente responde pelo resultado dolosamente.
Culposo ou Inconsciente: ocorre quando o agente, diante do temor, aturdimento ou emoção provocada pela agressão injusta, acaba por deixar a posição de defesa e partir para um verdadeiro ataque, após tem dominado o seu agressor. Não houve intensificação internacional, pois o sujeito imaginava – se ainda sofrendo o ataque, tendo seu excesso decorrido de uma equivocada de apreciação da realidade;
CONSEQUÊNCIA: o agente responderá pelo resultado produzido, a título de culpa
Exculpante: não deriva nem de dolo, nem de culpa, mas de um erro plenamente justificado pelas circunstâncias (legitima defesa subjetiva). 
Conceitos finais:
Leg. Defesa Sucessiva: é a repulsa contra o excesso, o agressor inicial passa a ter l. defesa, quem dá causa aos acontecimentos não pode arguir l. defesa em seu favor, razão pela qual deve dominar quem se excede sem feri-lo. Ex: o estuprador pega a mulher, ela acaba por bater dele, logo o estuprador pode agir em legitima defesa.
Leg. Defesa Putativa: é a errônea suposição da existência da legitima defesa por erro de tipo ou de proibição. Só existe na imaginação do agente, pois o fato é objetivamente ilícito. Ex: Caio x Tício, Tício se aproxima de Caio com a mão por dentro da blusa, Caio pega a arma e atira contra Tício, mas quando vai ver Tício estava com a mão no celular. Consequência: cai na figura do erro.
OBS FINAIS:
 Se estiver em estado de necessidade, a outra não pode defender em legitima defesa.
Ex: Tício vai agredir Caio com um porrete, Mévio é policial Caio pede ajuda a ele, só que ele não vai, então Caio pego a arma dele e atiro em Tício.
 Então em relação ao policial Caio esta em estado de necessidade e ao Tício legitima defesa 
Ex2: cachorro ataca Caio, Caio atira e o mata, logo Caio estará em estado de necessidade.
Salvo quando o animal é usado como o verdadeira arma do crime.
Ex3: cara vai assaltar com cachorro, ele tem domínio sobre ele, logo ele manda atacar a vitima, logo a vitima estará em legitima defesa. 
 
 C. ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
Fundamentos: não há crime quando o agente pratica o fato no “estrito cumprimento do dever legal”(CP, art 23, III, 1ª parte). TRATA-SE DE MAIS UMA EXCLEUNTE DA ILICITUDE. “não se compreende, diz Bettiol, que a ordem jurídica impusesse a alguém o dever de agir e, em seguida, o chamasse a responder pela ação praticada”. 
 Ex: Bombeiro entra e quebra tudo para chegar até a vitima. Ele não respondera por danos pois estava em estrito cumprimento do dever legal.
Conceito: causa justificante impõe o dever de agir a certas pessoas, consequentemente, essas pessoas não pode ser responsabilizadas por eventuais condutas em tese criminosa. Só existe a excludente se à observan-
cia é fiel a lei.
 
 Essa causa de exclusão da ilicitude que consiste na realização de um fato típico, por força do desempenho de uma obrigação imposta por lei.
 
 Ex: o policial que priva o fugitivo de sua liberdade, ao prendê-lo em cumprimento de ordem judicial.
D. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
Fundamento: segundo Graf Zu Dohna, “uma ação juridicamente permitida não pode ser, ao mesmo tempo, proibida pelo direito. Ou, em outras palavras, o exercício de um direito nunca é antijurídico”. 
Conceito: CAUSA DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE que consiste no exercício de uma prerrogativa conferida pelo ordenamento jurídico, caracterizado como fato típico.
 Ex: luta de MMA, não serão presos por danos, porque estão em exercício regular do direito.
O exercício regular de direito é uma causa justificante onde a lei faculta o agente à possibilidade de agir e a observância restrita as normas não configura crime.
 Ex2: competições
esportivas
	
 Ofendículos: são aparatos de defesa da propriedade. Ex: grade, cerca elétrica, cachorro de guarda
Requisitos:
Publicidade: precisa de ter a plaquinha de aviso. Ex: se existe um cão de guarda você tem que colocar uma plaquinha informativa visível no seu murro para que todos saibam;
 Defesa Mecânica Predisposta: aparatos ocultos. Se ele ocultar o OFENDÍCULO, terá que responder por crime (pois cria se uma armadilha) Ex: é o caso do sitiante que instala uma tela elétrica na piscina, de forma bastante discreta, eletrocutando as crianças que a invadem durante a semana. Respondera por homicídio 
Doloso.
Consentimento(permissão; autorização) do ofendido: pode exercer diferentes funções, de acordo com a natureza do crime e suas elementares
Causa de exclusão da tipicidade: quando o consentimento ou dissentimento(não concordar; diferenciar) forem exigências expressas do tipo para aperfeiçoamento da infração penal, a sua presença ou falta terá repercussão direta no próprio tipo. Assumirá, nessa hipótese, a função de causa exclusão da tipicidade. Ex: no crime de furto, somente será possível falar em subtração quando retirado da res furtiva se der contra vontade do possuidor oi proprietário. Se estes consentiram que a coisa seja levada pelo autor, o fato deixara de ser típico, atuando o consentimento como causa geradora de atipicidade. 
 CULPABILIDADE
 3º ELEMENTO DA T.DO CRIME
Conceito: quando diz que “Fulano” foi o grande culpado pelo fracasso da empresa, está atribuído – lhe um conceito negativo de reprovação. A culpabilidade é exatamente isso, ou seja, a possibilidade de se considerar alguém culpado pela prática de uma infração penal. Não se trata de elemento do crime, mas pressuposto de imposição de pena, porque, sendo um juízo de valor sobre o autor de uma infração penal, não se concebe possa, ao mesmo tempo, estar dentro do crime, como seu elemento, e fora, como juízo externo de valor de agente.
 Para censurar quem cometeu um crime, a culpabilidade deve estar necessariamente fora dele. Há portanto, etapas sucessivas de raciocínio, de maneira que, ao se chegar à culpabilidade, já se constatou ter ocorrido um crime. Verifica – se, em primeiro lugar, se o fato é típico ou não; em seguida, em caso afirmativo, a sua ilicitude; só a partir de então, constatada a prática de um delito (fato típico e ilícito), é que se passa ao exame da possibilidade de responsabilização do autor.
 Na culpabilidade afere- se apenas se o agente deve ou não responder pelo crime cometido. Em hipótese alguma será possível a exclusão do dolo e da culpa ou da ilicitude nessa fase, uma vez que tais elementos já foram analisados nas precedentes. Por essa razão, culpabilidade nada tem que ver com o crime, não podendo ser qualificado como seu elemento.
Juízo de reprovação da conduta, se ele tem capacidade de responder pelo crime, se ele deve responder pelo crime.
Nada a ver com culpa (quebra de dever, objetivo de cuidado)
*OBS Cuidado: culpa em sentido amplo é a culpa que empregamos em sentido leigo, significando culpar, responsabilizar, censurar alguém, não devendo ser confundido com a culpa em sentido estrito e técnico, que é elemento do fato típico, e se apresenta sob as modalidades de imprudência, negligência e imperícia) 
Grau de culpabilidade: relativo à dosagem da pena, uma vez constatado a reprovabilidade da conduta, o passo seguinte será a verificação da pena. Quanto mais censurável o fato e piores os indicativos subjetivos do autor, maior será a pena. Para tanto, será imprescindível uma analise do grau da culpabilidade com duplo enfoque: autor e fato. Assim é que, por exemplo, o art. 59 caput, do CP determina que, na dosagem da pena, sejam levados em conta o grau de culpa, a intensidade do dolo, a personalidade, a conduta social, os antecedentes e os motivos do crime, todos os aspectos subjetivos relacionados ao autor, assim como as consequências do crime e o comportamento da vitima afetos à parte objetiva, isto é, 
Teorias:
Teoria Psicológica da Culpabilidade: a culpabilidade é um liame (elemento de ligação) psicológico que se estabelece entre a conduta e o resultado, por meio do dolo ou culpa. O nexo psíquico entre conduta e resultado esgota – se no dolo e na culpa, que passam a constituir, assim, as duas únicas espécies de culpabilidade. 
Dolo ou Culpa;
 
T. Psicológica – Normativa ou Normativa da Culpabilidade: essa teoria exige, como requisito para a culpabilidade, algo mais do que “dolo ou culpa”. Buscava – se uma explicação lógica para situações como a coação moral irresistível, na qual o agente da causa ao resultado com dolo ou culpa, ou é imputável, mas não pode ser punido. Seguintes pressupostos para a culpabilidade:
Imputabilidade;
Dolo ou Culpa;
Exigibilidade de Conduta Diversa;
 Ex: algo parecido com pessoal que viveu toda a sua existência com traficantes de drogas e, por essa razão, vende cocaína como se fosse uma mercadoria qualquer. Para essa teoria não dolo nessa conduta.
T. Normativa Pura da Culpabilidade: Welzel observou que o dolo não pode permanecer dentro do juízo de culpabilidade, deixando a ação humana sem o seu elemento característico, fundamental, que é a intencionalidade, o finalismo.
Ex: o que torna atípico o autoaborto culposo é a falta de dolo na ação praticada culposamente não se subsume, não estivesse no tipo legal do crime. Ora, se o dolo do delito em exame não estivesse no tipo, teríamos de concluir que, para o tipo de delito de autoaborto, é indiferente que a mulher gravida pratique o fato doloso ou culposamente.
 Comprovando que o dolo e a culpa integram a conduta, a culpabilidade passa a ser puramente valorativa ou normativa, isto é, puro juízo de valor, de reprovação, que recai sobre o autor do injusto penal excluída de qualquer dado psicológico. 
Elementos que a compõe: (Elementos da Culpabilidade segundo a teoria do CP)
Imputabilidade;
Potencial Conhecimento Da Ilicitude;
Exigibilidade de Conduta Diversa;
Causas dirimentes: são aquelas que excluem a culpabilidade. Diferem das excludentes, que excluem a ilicitude e podem ser legais e supralegais.
 IMPUTABILIDADE
Conceito: é a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. O agente deve ter condições físicas, psicológicas, morais e mentais de saber que está realizando um ilícito penal. Mas não é só. Além dessa capacidade plena de entendimento, deve ter totais condições de controle sobre sua vontade. Em outras palavras, imputável é apenas aquele que tem capacidade de intelecção sobre o significado de sua conduta, mas também de comando da própria vontade.
Ex: um dependente de drogas tem plena capacidade para entender o caráter ilícito do furto que pratica, mas não consegue controlar o invencível impulso de continuar a consumir a substancia psicotrópica, razão pela qual é impelido a obter recursos financeiros para adquirir o entorpecente, tornando-se um escravo de sua vontade, não podendo, por essa razão, submeter-se ao juízo de censurabilidade.
 A imputabilidade apresenta, assim, um aspecto intelectivo, consistente na capacidade de entendimento, e outro volitivo, que é a faculdade de controlar e comandar a própria vontade. Faltando um desses elementos, o agente não será considerado responsável pelos seus atos. 
 Art.26 Conceito de imputabilidade : ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse.
Elementos:
CAPACIDADE DE ENTENDER O CARATER ILICITO DO FATO;
CAPACIDADE DE AUTODERTRMINAR; (comandar suas ações; seu agir)
Exclusão são quatro: 
Doença mental;
Desenvolvimento metal incompleto (menores de 18 anos); Exculpantes
Desenvolvimento retardado;
Embriaguez completa proveniente de caso fortuito
ou força maior.
 
Critério de aferição da inimputabilidade
Sistema biológico: somente interessa saber se o agente é portador de alguma doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Foi adotado como exceção, no caso dos menores de entendimento e vontade (CP, art. 27). Pode até ser que o menor entenda perfeitamente o caráter criminoso do homicídio, roubo ou estupro, por exemplo, que pratica, mas a lei presume, ante a menoridade que ele não sabe o que faz, adotando claramente o sistema biológico nessa hipótese, estando sujeitos ao procedimento e às medidas socioeducativas previstas no ECA lei n.8.069/90.
Sistema psicológico : este sistema não se preocupa com a existência de perturbação mental no agente, mas apenas se, no momento da ação ou omissão delituosa, ele tinha ou não condição de avaliar o caráter criminoso do fato e de orientar-se de acordo com esse entendimento
Sistema biopsicológico (ADOTADO PELO CP): combina os dois sistemas anteriores, exigindo que a causa geradora esteja previsto em lei e que, além disso, atue efetivamente no momento da ação delituosa, retirando do agente a capacidade de entendimento e vontade. Foi adotado como regra, conforme se verifica pela leitura do art. 26 caput, do CP.
Requisitos de inimputabilidade segundo o sistema biopsicológico
Causal: existência de doença mental ou de desenvolvimento mental incompleto ou retardado, que são as causas previstas em lei.
Cronológica: atuação ao tempo da capacidade de entender ou da capacidade de querer.
Consequencial: perda total da capacidade de entender ou da capacidade de querer.
OBs: somente haverá inimputabilidade se os três requisitos estiverem presentes, à exceção dos menores de 18 anos, regidos pelo sistema biológico.
A prova da inimputabilidade do acusado é fornecida pelo exame pericial.
Diferenciações:
Imputável: os dois elementos (CAPACIDADE AUTODETERMINANTE E CAPACIDADE DE ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DO FATO);
Semi - imputável: discernimento ou autodeterminante reduzido
Sanção: por pena ou medida de segurança
VICARIANTE: só pode ser uma das duas e não a aplicação das duas sanções 
Inimputável: quando falta um dos 2 elementos (CAPACIDADE AUTODETERMINANTE E CAPACIDADE DE ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DO FATO)
Sanção: medida de segurança
 EMBRIAGUEZ 
Conceito: causa capaz de levar à exclusão da capacidade de entendimento e vontade do agente, em virtude de uma intoxicação aguda e transitória causada por álcool ou qualquer substancia de efeitos psicotrópicos, sejam eles entorpecentes (morfina, opio etc.), estimulantes (cocaína) ou alucinógenos (acido lisérgico) . É um agente inibidor.
Fases: 
Macaco (contente): estado eufórico inicial provocado pela inibição dos mecanismos de autocensura. O agente torna-se inconveniente, perde a acuidade visual e tem seu equilíbrio afetado. Ex: contente, excitação, extroversão. 
Leão (agressivo): passado a excitação inicial, estabelece-se uma confusão mental e há irritabilidade, que deixam o sujeito mais agressivo. Ex: irritabilidade, sério, + nervoso
OBS: é onde traz acidente 90%;chega em casa nervoso e bate na família.
Porco (sono): ultima fase, e somente quando grandes doses são ingeridas, o agente fica em um estado de dormência profunda, com perda do controle sobre as funções fisiológicas, o ébrio só pode cometer delitos omissivos 
Espécies
Embriaguez Não Acidental:
Voluntário, doloso ou intencional: quer beber, quer ficar bêbado.
Culposa: não quer ficar bêbado mais está bebendo
OBS: as duas não retira a imputabilidade, logo responde normalmente pelo crime.
Existe embriaguez Completa e Incompleta, a embriaguez não acidental jamais exclui a imputabilidade do agente pois a sua condutada foi uma Ação livre da causa: ou seja, antes de beber, a pessoa era livre para decidir se bebia ou não, se ela escolhe beber, logo respondera pelo seu crime. 
T. da Actio libera in causa: (ações livres da causa), considera-se, portanto, o momento da ingestão da substância e não o da pratica. Ex: um estudante, apos ingerir grande quantidade de álcool, vai participar de uma festividade, na qual completamente embriagado, desfere um disparo de arma de fogo na cabeça de seu colega, matando-o. Passa a bebedeira desesperado, chora a morte do amigo sem se lembra de nada. Neste caso responde pelo crime, pois, embora tivesse perdido a capacidade de compreensão, no momento da conduta delituosa, não pode invocar tal incapacidade momentânea a seu favor, pois, no momento em que ingeria a substância psicotrópica, era plenamente livre para decidir se devia ou não fazê-lo. Pela teoria actio libera in causa, respondera por homicídio doloso, presumindo-se, sem admissão da prova em contrário, que estava sóbrio no momento em que praticou a conduta.
 
Embriaguez Acidental: pode decorrer de caso fortuito ou força maior
Caso fortuito: é toda ocorrência episódica, ocasional, rara, de difícil verificação.
Ex: que o que esta bebendo ira deixar bêbado; alguém que tropeça e cai de cabeça em um tonel de vinho.
Nessas hipóteses, o sujeito nãos se embriagou porque quis, nem porque agiu com culpa.
Força maior: deriva de uma força externa ao agente, que o obriga a consumir drogas. É o caso do sujeito obrigado a ingerir álcool por coação física ou moral irresistível, perdendo, em seguida, o controle sobre suas ações. 
Consequência da embriaguez acidental:
Completa: exclui a imputabilidade, e o agente fica isento de pena
Incompleta: não exclui, mas permite a diminuição da pena em 1/3 a 2/3, conforme o grau de perturbação. 
Embriaguez Patológica: é o caso dos alcoólatras e dos dependentes, que se colocam em estado de embriaguez em virtude de uma vontade invencível de continuar a consumir drogas, ou seja, o viciado em álcool e os dependentes de drogas, são equiparando a doença mental para efeitos da imputabilidade. Exclui a imputabilidade(isenção de pena)
Embriaguez Preordenada: o agente embriaga-se com a finalidade de vir a delinquir nesse estado. Não se confunde com a embriaguez voluntária, em que o agente quer se embriagar-se, mas não tem a intenção de cometer crimes nesse estado.
Ele se embriaga para ter coragem para fazer o crime. 
Consequência: além de não excluir a imputabilidade, constitui causa agravante genérica. Aumenta ainda mais a pena se o juiz descobrir.
Transtorno mental transitório e estados de inconsciência como causa excludentes da imputabilidade. Equiparam-se a doença mental o delírio febril, o sonambulismo e as perturbações de atividade mental que se ligam a certos estados somáticos ou fisiológicos mórbidos de caráter transitório. A inconsciência ou transtorno transitório se enquadrados no art. 26 caput, como doença mental, excluem a imputabilidade. Caso contrario nada se altera.
 2º ELEMENTO DA CULPABILIDADE
Potencial conhecimento da ilicitude
Entendimento: é a probabilidade do agente saber da ilicitude de culpa.
 O desconhecimento da lei é inescusável (CP, art. 21º), pois ninguém pode deixar de cumpri-la alegando que não a conhece (LINDB, art. 3º).
Exclusão
 Escusável = desculpável; perdoável 
Erro de proibição inevitável: o agente não tinha como conhecer a ilicitude do fato, em face das circunstâncias do caso concreto.
Ex: individuo que mora no interior que é totalmente leigo, quando vai há cidade vender seus produtos passa no cabaré, o que faz imaginar que aquele tipo de negocio seja licito, uma vez que aquele cabaré que frequenta nunca fechou. Quando ele aluga um quartinho e resolve montar uma casa de prostituição por achar ser licito ele é preso.
 Consequência: se não tinha como saber que o fato era ilícito, inexistia a potencial consciência da ilicitude, logo, esse erro exclui a culpabilidade. O agente fica isento de pena. 
Erro evitável ou inescusável: embora o agente desconhecesse que o fato era ilícito, tinha condições de saber,
dentro das circunstâncias, que contrariava o ordenamento jurídico. 
Consequência: se ele tinha possibilidade, isto é, potencial para conhecer a ilicitude do fato, possuía a potencial consciência da ilicitude. Logo, a culpabilidade não será excluída. O agente não ficara isento de pena, mas, em face da inconsciência atual da ilicitude, terá direito a uma redução de pena 1/6 a 1/3
Exigibilidade de conduta diversa
Entendimento: o ordenamento me exige que tenhamos uma conduta diversa daquela que é criminosa, você não pode justificar um crime pelo fato de precisar de dinheiro para compra alguma coisa.
 NADA JUSTIFICA A PRÁTICA DO CRIME
Causas que levam a exclusão da exigibilidade de conduta diversa:
OBS: se exclui a exibilidade em um evento extremo. Ex: bombeiro em caso extremo tem que matar a vitima para sobreviver (opções excepcionais)
Exclusão:
Coação moral irresistível
Conceito de coação: é o emprego de força física ou de grave ameaça para que alguém faça ou deixe de fazer alguma coisa.
Espécie de coação: coação física (vis absoluta) e coação moral (vis relativa)	
Coação física: consiste no emprego de força
Coação moral: consiste no emprego de grave ameaça 
Espécie de coação moral: 
Irresistível: o coato não tem condições de resistir. Não tem outra conduta a não ser aquela criminosa. Ex: gerente que tem filho sequestrado por bandidos, no qual os bandidos mandam pegar todo dinheiro do banco.
 Resistível: o coato tem condição de resistir
Obediência hierárquica:
Conceito: é a obediência a ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico, tornando viciado a vontade do subordinado e afastando a exigência de conduta diversa.
 Superior x subordinado 
Ilegalidade da ordem, visto que a ordem legal exclui a ilicitude pelo estrito cumprimento do dever legal.
Ordem legal: se o subordinado cumpre ordem legal, está no estrito cumprimento de dever legal. Não prática crime, uma vez que está acobertado por causa de exclusão de ilicitude.
Ex: delegado manda o policial prende Tício alegando que o mandato está na delegacia, só que mais tarde o policial descobre que é mentira. Não responde por crime
 Ordem ilegal: se a ordem é manifestamente ilegal, o subordinado deve responder pelo crime praticado, pois não tinha como desconhecer sua ilegalidade.
Ex: se o delegando manda o policial bater em Tício. Mesmo sendo uma ordem do superior, e uma ação ilícita logo o policial responde por crime.
Supralegais: não é previsto na lei, mas pode acontecer
Ex: mulher que tem 5 filhos, doa um filho para família estrangeira; homem que é preso e manda a mulher levar a droga na cadeia.
 OBS: EXCLUEM A ILICITUDE
 JUSTIFICANTES X EXCULPANTES
 (LEG. DEFESA) (AS QUE EXCLUEM A CULPABILIDADE)
CONCURSO DE PESSOAS 
Conceito: várias pessoas concorrem para o mesmo crime.
Ex: Tício e Caio batem em Mévio	
Consequência penal: responsabilidade para cada pessoa. Analisa a conduta de cada um.
Ex: Tício , Caio e Mévio matam a Ambrosina, logo se aumenta a pena porque e fácil realizar o crime
*cada um pode ter a responsabilidade do crime diferente
AUTOR: aquele que pratica o verbo no tipo
COAUTOR: aquele que auxilia durante o verbo praticado
PARTÍCIPE: aquele que auxilia antes da prática do verbo (Responsabilidade penal: responde pelo crime praticado pelo autor, só que vai ter a pena reduzida 1/6 a 1/3).
Ex: Tício empresta a arma para Mévio, logo ele mata a Ambrosina.
Tem que estar dentro da esfera do conhecimento. Ex: Tício empresta taco de beisebol para Caio, com o taco Caio mata Ambrosina, logo Tício não poderia imaginar que o taco seria usado para matar uma pessoa, não estava na sua esfera de conhecimento. 
CÚMPLICE: autor menos importante, aquele que contribui de modo menos significante para o evento.
 Para Welzel entende que a cumplicidade consiste em prestar ajuda dolosa e a um fato doloso. Pode prestar-se mediante ações concretas ou conselhos, logo também espiritualmente e até mesmo por omissão (a promessa de não denunciar um fato à policia pode ser uma forma de estímulo e, por conseguinte, de cumplicidade). Na cumplicidade o sujeito tem de favorecer o fato principal, ou seja, prestar uma colaboração, como ceder uma gazua a um ladrão, sendo uma conduta acessória, que merece pena atenuada. 
Teorias 
T. Restritiva (Adotada pelo CP): o autor é aquele que prática o verbo do tipo.
T. Extensiva: não há distinção entre autor e participe. Quem pratica o verbo, ou que ajuda a alguém a praticar o verbo, é autor do crime.
OBS: muitas das vezes as teorias são injustas. Ex: Tício manda Caio matar Ambrosina.
 Logo Tício é partícipe terá sua pena do autor reduzida e Caio pega a pena total.
T. Domínio Final(Adotada pelo CP): também e autor do crime quem organiza, planeja, arquiteta, ou seja, possuem um controle da atividade criminosa podendo até mesmo evitar a prática do crime. Ex: dos mandantes.
T. Autoria Funcional(Adotada pelo CP): também é o autor quando o auxilio é prestado durante a prática do verbo do tipo. Ex: Caio, Tício e Mévio vão para roubar um banco. Mévio espera do lado de fora com o carro ligado, Caio e Tício entram no banco. Nesse caso Caio o chefe do bando e Mévio é apenas um peão. Responsabilidade penal: na T. restritiva Mévio seria partícipe, mas Damásio criou a T. autoria funcional, logo Mévio também é autor.
Formas de Participação
Material: auxílio. É a forma de participação material que corresponde à antiga cumplicidade. Considera-se, assim, partícipe aquele que presta ajuda efetiva na preparação ou execução do delito.
Moral: instigação e induzimento
Instigação é reforça uma ideia já existente. O agente já a tem em mente, sendo apenas reforçada pelo partícipe. 
Induzir é fazer brotar a ideia no agente. O agente não tinha ideia de cometer o crime, mas ela é colocada em sua mente.
OBS: animus jocandi (tipo de brincadeira) quando você está a titulo de brincadeira, gozação. Não responde como participação moral. Ex: esposa que chega tarde em casa, amigo fala que ela deveria tomar uma surra(fala na brincadeira) 
Conceito:
Conivência ou participação negativa(“crimen silenti”): participa de forma omissiva, ocorre quando o sujeito, sem ter o dever jurídico de agir, omite-se durante a execução do crime, quando tinha condições de impedi-lo, sem a existência do dever jurídico de agir (CP, art.13 §2°), não configura participação por omissão.
OBS: pode ser uma pessoa partícipe omissiva ser condenada? R: somente se ela tiver o dever jurídico legal de agir
 NATUREZA JURÍDICA DO CONCURSO DE PESSOAS
Teoria Unitária ou monista (em regra é adotada pelo CP)art.29: autor e partícipe possuem responsabilidade penais pelo mesmo crime, ou seja, respondem a responsabilidade penal em relação ao crime é igual, o que muda é quantificação da pena.
T. Dualista (em exceção é adotada): há dois crimes, autor e partícipe respondem por crimes diferentes, ou seja, um crime para o autor e outro para o partícipe. 
T. Pluralista (em exceção é adotada) §2 art.29: cada um dos participantes responde por delito próprio, havendo uma pluralidade de fatos típicos, de modo que cada partícipe será punido por um crime diferente. Ex: quando o partícipe resolve participar da infração menos grave.
Espécies de crimes quanto ao concurso de pessoas
Monossubjetivos ou de Concurso eventual: são aqueles que podem ser cometidos por um ou mais agentes. Constituem a maioria dos crimes previstos na legislação penal, tais como homicídio, furto etc. 
Plurissubjetivos ou de concurso necessário: são os que só podem ser praticados por uma pluralidade de agentes em concurso. É o caso da quadrilha ou bando, da rixa etc.
Espécies de concurso de pessoas
Concurso eventual: por um ou mais agentes. Quando cometidos por duas ou mais pessoas em concurso, haverá coautoria
ou participação , dependendo da forma como os agentes concorrerem para prática do delito, mas tanto uma como outra podem ou não ocorrer sendo ambas eventuais. O sujeito pode cometer um homicídio sozinho, em coautoria com alguém ou, ainda, ser favorecido pela participação de um terceiro que auxilie, instigue ou induza.
Concurso Necessário: pelo menos duas ou mais pessoas. A coautoria é obrigatória, podendo haver ou não a participação de terceiros. Assim, tal espécie de concurso de pessoas reclama sempre a coautoria, mas a participação pode ou não ocorrer, sendo, portanto, eventual. Ex: a rixa só pode ser praticada em coautoria por três ou mais agentes. Entretanto, além deles, pode ainda um terceiro concorrer para o crime, na qualidade de partícipe, criando intrigas, alimentando animosidades entre os rixentos ou fornecendo-lhes arma para a refrega. 
Requisitos do concurso de pessoas
Pluralidade de conduta: no mínimo, duas condutas, quais sejam, duas principais, realizadas pelos autores (coautoria), ou uma principal e outra acessória, praticadas, respectivamente, por autor e participe. Várias condutas praticadas por várias pessoas. Ex: um distrai o guarda, outro desliga o alarme e etc.
Relevância causal: uma conduta auxilia a outra para pratica criminosa todos são relevantes. Ex: enquanto um rouba outro vigia.
 *** c) Liame subjetivo(MUITO IMPORTANTE): é a vontade de aderir a conduta das outras pessoas para pratica criminosa. Essa vontade não precisa ser antes da pratica do crime e a pessoa que está sendo auxiliada não precisa saber.
Ex: Tício e Caio chamam Mévio para bater em Ambrosina( aderir a conduta de outra pessoa “antes”) 
Ex2: Tício e Mévio resolvem bater em Caio, estão batendo no Caio, Rodrigo passa ver Caio batendo em Mévio, logo Rodrigo da uma paulada no Caio. Rodrigo ira responder por concurso.
Ex3: empregada sabe quem tem um ladrão rondando, ela querendo se vingar dos patrões deixa o portão aberto, o bandido passa vê que o portão esta aberto, entra e rouba. Mesmo se o bandido não conhece a empregada ela ira responder por concurso.
 d) Identidade de infração: é a consequência penal. É o meio que a consequência dos 3 itens anteriores.
 Ex: Tício e Mévio querem matar Caio, logo decidem atirar juntos, assim eles responderão por concurso.
Conceito finais:
Autoria colateral: quando 2 ou mais pessoas praticam o verbo do tipo ao mesmo tempo e uma não sabe da outra, ou seja, não LIAME SUBJETIVO. Ex: Tício e Mévio querem matar Caio um espera na viela e outro atrás da parede, sem que um conheça a conduta do outro, atiram simultaneamente em Caio o matando. Responderão um será autor de homicídio consumado e o outro, de homicídio tentado.
Observações:
Se no exemplo acima os dois tivessem a mesma arma, teria que descobrir quem matou 1º para acusar um de homicídio consumado e o outro de homicídio tentado.
Não configura crime de concurso de pessoa porque não tem LIAME SUBJETIVO tem que todos requisitos para configurar concurso.
Autoria incerta: é derivado da autoria colateral, não se sabe quem foi o causador do resultado, ou seja, quando NÃO consegue identificar quem efetivamente praticou o crim . NÃO configura concurso de pessoas. Sabe-se quem realizou a conduta, mas não quem deu causa ao resultado. Pena: mínima.
Ex: Tício e Mévio vão matar Caio, sem um saber da conduta do outro, atiram simultaneamente em Caio. Os dois estavam com arma de mesmo calibre. Nesse caso, aplicando –se o principio do in dubio pro reo, ambos devem responder por homicídio tentado é aplicado a pena mínima.
 AUTORIA MEDIATA 	
Conceito: é aquela onde o agente utiliza uma 3° pessoa para prática criminosa. Está 3° pessoa é utilizada como um verdadeiro instrumento da prática do crime e necessariamente deve se encaixar nas hipóteses abaixo:
Ex: Tício quer matar Mévio só que não quer ‘’sujar as mãos’’, então ele induz o Caio a matar Mévio, falando que Mévio veio de matar e queria sugar o cérebro dele.( Caio tem doença mental). Tício responde como autor mediato, Caio sua imputabilidade é excluída.
Hipóteses: 
Pessoa com doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (menor de idade).
Provocação de erro de tipo:
Essencial;
Escusável (desculpável);
Ex: Tício fala com Caio que Mévio esta vindo o matar, Mévio chega vestido com um casaco e com a mão por dentro dele, logo Caio o mata pensado que este o iria o matar. Logo é Tício que ira responder como AUTORIA MEDIATA e caio no ERRO.
Coação moral irresistível
Ex: Tício ameaça o filho do Caio, que gerente do banco.
Obediência hierárquica
Ex: Delegado manda o PM prender tal pessoa, só que se descobre que o mandato é falso, logo o delegado é autoria mediata e o PM por exigibilidade da conduta diversa.
 COMUNICABILIDADE DE ELEMENTOS E CIRCUNSTÂNCIAS 
ART.30 CP :” não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime”
LEMBRA NO COMEÇO DE TIPICIDADE ESTRUTURA DO TIPO	
Conceitos:
Circunstâncias: são dados acessórios não fundamentais para existência da figura típica, que ficam a ela agregados, com a função de influenciar a pena, mas grave ou menos grave.
Objetivo: relacionam – se ao fato, e não ao agente. Ex: o tempo do crime (noite, de manha, em época festividades); o lugar do crime (local público, ermo, de grande circulação); os meios empregados para prática do crime (mediante arma, veneno, fogo) etc.
Subjetivo: dizem respeito ao agente e não ao fato. Ex: os antecedentes, a personalidade, a conduta social, os motivos do crime etc.
1°regra:
Elementares: sempre se comunicam. Ex: Tício, Mévio, Caio e Ambrosina estão no carro, Caio esta com droga, só que os outros não sabem, logo todos respondem por porte de drogas.
2°regra: 
Circunstância objetiva: só se comunicam se outra pessoa tiver conhecimento. Ex: Tício e Caio vão fazer roubo, Tício pensa não irei levar a arma porque se formos presos ele será aliviado, mas quando chega na delegacia, o delegado pergunta se ele sabia da arma, se le dizer que sim logo ele também respondera pela mesma coisa que Caio. Art. 157 §2º aumento da pena I arma. Se ele não soubesse responderia apenas por 157 – roubo simples 
3°regra:
C. subjetiva: jamais se comunicam, sendo irrelevante se o coautor ou partícipe delas tinha conhecimento. Assim, se um dos agentes é reincidente, por exemplo, tal circunstância não se comunicará, em hipótese alguma, ainda que os demais dela tenham conhecimento. Mesmo sabendo que o agente e reincidente os demais não tem sua pena aumentada.
OBS:
 Tício , Caio e Mévio decidem furtar uma casa, lá dentro descobrem que tem um morador, logo Mévio bate no morador, logo passa de furto para roubo e todos respondem pelo crime.
Exceção Art.29§2º
 Vão furtar a casa, sabem que os donos estão viajando, Tício fica lado de fora vigiando, Mévio e Caio entram, Mévio mata a pessoa que estava lá dentro, logo o Caio e Mévio irão responder por homicídio mesmo não ter matado, pois estavam juntos, logo Tício só respondera pelo furto pois não estava na sua esfera de conhecimento o que acontecia lá dentro. 
Referências
Capez, Fernando; Curso de direito penal, volume 1 parte geral (art.1° a 120º);17.ed.-São Paulo: Saraiva 2013 
Caderno de direito penal, administrada pelo professor.

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