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RESUMO INFLAMAÇÃO

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Ludmila Godinho MEDXXI
Resumo Patologia – Prova I
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS: INFLAMAÇÃO AGUDA E CRÔNICA
Os processos inflamatórios fazem parte do envolvimento de diversas doenças. E também é importante para percebermos a doença, mediante sinais característicos da inflamação (dor, calor, edema, rubor). Sem a inflamação, as infecções poderiam passar despercebidas, ferimentos poderiam nunca cicatrizar e os tecidos injuriados poderiam ficar com permanentes feridas infeccionadas.
INTRODUÇÃO
Sinonímia: inflamação ou flogose (região edemaciada e quente).
- Agente flogístico: causa flogose (é um agente pró-inflamatório)
Conceito: é uma reação dos tecidos a um agente agressor caracterizada morfologicamente pela saída de líquidos e de células do sangue para o interstício.
O processo inflamatório é um mecanismo de defesa associado ao reparo do dano tecidual -> estado de alerta (necessário para o combate do patógeno)!
- Ao mesmo tempo em que a inflamação destrói, dilui e retira os agentes injuriantes, muitas vezes danificando tecidos normais, ela põe em movimento uma série de eventos que tentam curar o tecido danificado. O reparo se inicia durante a inflamação, mas alcança a conclusão usualmente depois dela, por meio de regeneração.
A resposta inflamatória coordena as reações dos vasos sanguíneos, leucócitos (principalmente) e proteínas plasmáticas para alcançar esse objetivo.
CAUSAS DA INFLAMAÇÃO
Agentes biológicos: bactérias, fungos, vírus e protozoários, etc.
Agentes químicos: drogas (aspirina) e reagentes químicos.
Agentes físicos: queimadura solar, traumatismo, cálculos renais.
Reações imunológicas: hepatite autoimune, lúpus eritematoso.
Necrose: infarto do miocárdio, hepatites virais, etc.
COMPONENTES DO PROCESSO INFLAMATÓRIO
Especialização dos mastócitos em macrófagos (quando chegam no seu local de ação) e produção de proteínas e interleucinas (agentes pró-inflamatórios), que provocam fenômenos irritativos vasculares e que recrutam mais células de defesa para o local de lesão para tentar reparar aquele dano. Isso é o que permite a visualização dos sinais cardinais de inflamação.
Sinais cardinais de inflamação: Calor, rubor (reação vascular, grande quantidade de eritrócitos que causa a hiperemia), tumor (edema) e dor (agente álgico – provoca dor) 
- O SI imune aciona alguns agentes que são importantes para combater o agressor: liberam substâncias que promovem vasodilatação (porque nessa região teremos um fluxo sanguíneo muito maior) para termos mais células de defesa naquele local (recrutamento de células sanguíneas, principalmente leucócitos, que passam do lúmen do vaso para os tecidos). Quando aumentamos a permeabilidade dos vasos, também há liberação de um pouco de plasma, causando o edema).
- As células de defesa liberam substancias que atraem mais células imunes para combater o patógeno (Citocinas e interleucinas).
- Em decorrência dessa reação vascular, irritativa, etc, podem ocorrer: calor naquela região, vermelhidão na pele (hiperemia), formação de tumor (edema), dor (porque são liberados mediadores químicos que atuam também em nociceptores que estão naquela região, e quando ativados eles desencadeiam o processo doloroso) e perda da função do tecido (total ou parcial – no fígado, esse tecido pode se recuperar, mas outros tecidos não tem esse processo de regeneração, então há o aparecimento de tecido fibrótico).
CITOCINAS
Produzidas durante as fases de ativação e efetora da imunidade inata e adaptativa.
É um evento rápido e atuam sobre vários tipos celulares diferentes.
Podem ser enquadradas em diferentes categorias, como as da IL (interleucinas) e TNFalfa (fator de necrose tumoral) que provocam vários efeitos: Febre, sonolência, baixa de apetite, choque (problemas hemodinâmicos), efeitos endoteliais (adesão leucocitária, síntese de PGI e PGE, aumento da atividade coagulante, produção de mais ILs), proliferação de fibroblastos, síntese de colágeno e colagenase, proteases e secreção de mais citocinas.
IL e TNF alfa fazem aumentar a produção de moléculas de adesão (necessárias para a ativação do leucócito)
QUIMIOCINAS
São Citocinas quimiotáticas (promovem quimiotaxia).
Algumas são transitoriamente produzidas em resposta ao estímulo inflamatório e promovem o recrutamento dos leucócitos para os locais de inflamação.
Outras são constitutivamente produzidas em tecidos e funcionam para organizar diferentes tipos celulares em diferentes regiões anatômicas dos tecidos. 
Em ambas as situações, as quimiocinas podem ser expostas em altas concentrações ligadas aos proteoglicanos na superfície das células endoteliais e na matriz extracelular.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DO PROCESSO INFLAMATÓRIO
Inflamação AGUDA:
Caracteriza-se como uma resposta rápida a um agente agressor (0-48 horas)
Há exsudação (sai do plasma para o interstício) de fluido e proteínas do plasma (edema) e há migração de mediadores de defesa (leucócitos, proteínas plasmáticas, anticorpos) do hospedeiro ao local da lesão.
A exsudação pode ser do tipo fibrinosa (deposição de fibrina), serosa (acúmulo de fluido plasmático ou de células mesoteliais) purulenta (com formação de abscessos, formado por neutrófilos, necrose liquefativa e fluido de edema) ou ulcerativa (perda de tecido necrótico inflamado)
Ocorre por meio de 3 passos:
Alterações no calibre vascular que levam a dilatação vascular (histamina e NO) e aumento do fluxo sanguíneo (a perda de fluido e o diâmetro aumentado do vaso, mais tarde, levam à lentificação do fluxo sanguíneo, concentração de hemácias em pequenos vasos e viscosidade aumentada do sangue (causando estase/congestão vascular) causando eritema e calor). 
Mudanças estruturais na microcirculação (contração das células endoteliais, deixando espaços entre elas, mediado por histamina, bradicinina, leucotrienos, neuropeptídeo, substância P e muitos outros mediadores químicos.) que permitem o extravasamento de leucócitos (primeiro aderem ao endotélio e depois extravasam) e proteínas plasmáticas para o interstício (causando edema).
Acúmulo de leucócitos (os leucócitos mais importantes são os neutrófilos e macrófagos, que são responsáveis por fagocitose, destruindo bactérias e eliminando tecido necrótico) no foco da injúria e sua ativação para eliminar o agente agressor.
- Obs.: quando fortemente ativados, os leucócitos podem induzir dano tecidual e prolongar a inflamação, porque os produtos dos leucócitos que destroem os micróbios e tecidos necróticos também podem danificar os tecidos normais do hospedeiro.
Mecanismo de ativação de leucócitos: 
Na luz: marginação (devido a lentificação do fluxo sanguíneo, os leucócitos adotam posições periféricas no vaso), rolamento (os leucócitos se ligam ao endotélio, se desligam e ligam novamente, mediado pelas selectinas) e adesão ao endotélio (os leucócitos finalmente se aderem em algum local, por ação das integrinas). 
O endotélio vascular no seu estado normal não ativado não se liga às células circulantes ou impede sua passagem. Na inflamação, o endotélio é ativado e pode se ligar aos leucócitos, para ocorrer sua saída dos vasos sanguíneos.
Migração através do endotélio e parede do vaso.
Migração nos tecidos em direção aos estímulos quimiotáticos.
Suscintamente:
Os leucócitos expressam selectinas que se ligam ao endotélio, mas com baixa afinidade, sendo rompidas facilmente com o fluxo sanguíneo. Com isso, eles começam a rolar sobre a superfície endotelial, diminuindo a velocidade, podendo então se ligar mais fortemente ao endotélio, com mediação das integrinas (promovem uma adesão mais forte do neutrófilo às células endoteliais, facilitando a entrada dos neutrófilos nos tecidos. O sistema de coagulação é ativado e a malha de fibrina é produzida, para poder manter os neutrófilos naquele local e para funcionar como barreira física para que as bactérias e fungos não passem aquela barreira e atinjam a corrente sanguínea).
Moléculas de adesão podem ser: imunoglobulinas, selectinas, integrinas e glicoproteínas do glicocálice.
Obs.:Os macrófagos teciduais, mastócitos e células endoteliais que encontram os micróbios e tecidos mortos respondem secretando várias citocinas, como o fator de necrose tumoral (TNF), a interleucina-1 (IL-1) e quimiocinas (citocinas quimioatraentes).
As Quimiocinas entram no vaso sanguíneo e se ligam aos proteoglicanos das células endoteliais, sendo expressadas em sua superfície. São essas Quimiocinas que ao se ligarem ao leucócito vão ativá-los, cessando o processo de rolamento.
Transmigração/diapedese: a migração dos leucócitos do vaso sanguíneo para o tecido lesionado ocorre principalmente nas vênulas pós-capilares. As Quimiocinas se ligam aos leucócitos aderentes e os estimulam a passar do vaso para os locais de injúria (onde as Quimiocinas estão sendo produzidas, devido ao gradiente químico produzido por elas - quimiotaxia), sendo aderidos ao tecido conjuntivo pelas integrinas.
A natureza do infiltrado de leucócitos varia com a idade da inflamação (neutrófilos até 24h e monócitos até 48h – tem maior resistência e se transformam em macrófagos para realizar fagocitose- e linfócitos – produção de anticorpos).
 Uma vez que os leucócitos (neutrófilos e monócitos) tenham sido recrutados para o local da infecção ou para a célula morta, eles têm que ser ativados para realizar suas funções. As respostas dos leucócitos consistem em dois passos sequenciais de eventos: (1) reconhecimento dos agentes agressores, os quais liberam sinais que (2) ativam os leucócitos para ingerir e destruir os agentes agressores e amplificar a reação inflamatória.
Os leucócitos expressam vários receptores que reconhecem vários tipos de estímulo externo e liberam os sinais ativadores (receptores para Citocinas, para opsoninas (receptor fagocítico), para produtos microbianos (Toll-like) e acoplados a proteína G).
O reconhecimento dos receptores pelos micróbios induz várias repostas nos leucócitos, ativando vias de sinalização que são disparadas nos leucócitos, resultando em aumento no Ca2+ citosólico e ativação de enzimas tais como proteína cinase C e fosfolipase A 2. 
As respostas funcionais que são mais importantes para a destruição dos micróbios e outros agentes lesivos são a fagocitose e a morte intracelular.
FACOCITOSE:
A fagocitose envolve três passos sequenciais dentro dos neutrófilos e macrófagos 
reconhecimento e ligação da partícula a ser ingerida pelo leucócito.
ingestão, com subsequente formação do vacúolo fagocítico.
- há englobamento (por opsoninas, por meio de pseudópodes) e fusão dos lisossomas com vesículas fagocíticas
morte ou degradação do material ingerido.
- pelas enzimas lisossômicas, EROs e ERNs
Neutrófilos e macrófagos liberam microbicidas que não distinguem entre célula microbiana e célula hospedeira, atacando as duas, lesando células boas do indivíduos, gerando doenças agudas e crônicas.
Defeitos:
Defeitos genéticos dos ligantes das integrinas e selectinas que causam deficiências tipos 1 e 2 na adesão dos leucócitos. O principal problema clínico em ambos são as infecções bacterianas recorrentes.
As principais anormalidades dos leucócitos são a neutropenia (diminuição no número de neutrófilos), degranulação defeituosa, e morte microbiana atrasada.
Os leucócitos contêm os grânulos gigantes, que parecem ser o resultado de fusão aberrante do fagolisossoma.
Doença granulomatosa crônica, que é caracterizada por defeitos na morte bacteriana e torna os pacientes suscetíveis a infecção bacteriana recorrente. Resulta de defeitos herdados nos genes que codificam componentes da fagócito oxidase (que gera o radical livre). Há reação inflamatória crônica rica em macrófagos que tenta controlar a infecção quando a defesa inicial dos neutrófilos é inadequada. Isto frequentemente leva a coleções de macrófagos ativados que englobam os micróbios, formando agregados chamados de granulomas.
Supressão da medula óssea: tumores, radiação e quimioterapia = impedem a produção de leucócitos. 
Diabetes, neoplasias malignas, sepse, diálise crônica = impedem adesão e quimiotaxia.
Causas da inflamação aguda: 
- Infecções virais, bacterianas, fúngicas e parasitárias)
- Necrose, trauma, injúria física e química, hipóxia, corpos estranhos, doenças autoimunes
Pode ter 3 resultados : resolução, cicatrização por fibrose, ou inflamação crônica.
Quando a inflamação aguda é bem-sucedida na eliminação dos agentes agressores, a reação reduz-se, mas se a resposta falha em limpar os agentes invasores, ela pode progredir para a fase crônica.
FENOMENOS DA INFLAMAÇÃO
Agente inflamatório = agente flogístico
Fenômenos irritativos = prurido, vermelhidão pela liberação de mediadores
Mediadores = agentes pró-inflamatórios 
Fenômenos vasculares = vasodilatação
Fenômenos exsudativos = extravasamento de plasma, possibilitando a migração de células do vaso para o tecido lesado – interstício-, causa edema).
- É muito importante a utilização de fármacos anti-inflamatórios, pois, se, por algum motivo, nosso corpo não conseguir conter que a inflamação evolua, ela evoluirá causando degeneração e perda de função daquele tecido.
FENÔMENOS IRRITATIVOS
São modificações provocadas pelo agente inflamatório (irritativo porque produz ou carrega PAMP) que resultam na liberação de mediadores químicos responsáveis pelos fenômenos subsequentes da inflamação.
Mediadores químicos promovem vasodilatação, ou seja, o lúmen vascular fica maior (as junções das células epiteliais ficam mais frouxas) havendo aumento da permeabilidade vascular na microcirculação local e aumento da quantidade de sangue, essenciais para a diapedese (passagem de células do sistema imune e proteínas plasmáticas, como a fibrina). 
Mediadores de ação rápida (liberados assim quando há o contato com o agente agressor): histamina e serotonina.
Mediadores de ação prolongada: proteínas plasmáticas (cininas, coagulação (IMPORTANTE PORQUE PRECISA CONTER O VASO PARA PROTEGER DE PROCESSOS HEMORRÁGICOS, JÁ QUE O VASO ESTÁ DILATADO PARA A SAÍDA DE CÉLULAS DE DEFESA), complemento) e prostaglandinas (agentes pró inflamatórios).
À medida que o corpo percebe que tem muito agente pró-inflamatório, o organismo faz down- regulation (diminui a produção de agentes pró-inflamatórios e diminui a expressão dos receptores pro-inflamatórios H1) 
Up-regulation: à medida que o corpo percebe que tem muito agente pró-inflamatório, o organismo (aumenta a produção de agentes anti-inflamatórios e aumenta a expressão dos receptores anti-inflamatorios H2)
Macrófagos e mastócitos são os tipos mais importantes de céulas.
Mastócitos: reagem a trauma físico, produtos microbianos etc. Liberam histamina, leucotrienos, enzimas e Citocinas que contribuem para a inflamação.
Macrófagos: reagem a agentes microbianos. Liberam Citocinas para inflamação aguda.
Mediadores de inflamação
Propriedades:
Mediadores são gerados a partir de células ou de proteínas plasmáticas
Mediadores ativos são produzidos em resposta a vários estímulos
Um mediador pode estimular a liberação de outros mediadores
Os mediadores variam em seus alcances de alvos celulares
Uma vez ativados e liberados da célula, a maioria desses mediadores tem curta meia-vida
HISTAMINA:
Principais fontes: Mastócitos, basófilos e plaquetas
Funções: Vasodilatação das arteríolas, permeabilidade vascular (das vênulas) aumentada, ativação endotelial
Primeiro mediador a ser liberado na inflamação presente nos grânulos dos mastócitos e liberadas por degranulação (libera outros mediadores também) em resposta a variados estímulos (trauma, frio, calor, ligação de anticorpos aos mastócitos, proteínas liberadoras de histamina produzida pelos leucócitos, citocinas etc) 
Efeitos vasoativos devido a ligação a receptores H1 acoplados a Gq nas células endoteliais microvasculares.
Quando se liga à H2, ativa proteína Gs e vai ocorrer a ativação de canais de potássio.
Os receptores H1 podem ser expressos em vasos, mas é no intestino que tem em maior quantidade. Os receptores H2 estão no vaso.
Celulas NK, endoteliais também liberamhistamina
Neurotransmissores excitatórios: aspartato, glutamato.
Neurotransmissores inibitórios: GABA e glicina
BRADICININA: 
Injúria, hipóxia, inflamação e baixo pH originam cininogênio (proteínas de alto peso molecular), que dá origem a Bradicinina. Ela, quando sofre ação da cinase 1, perde um resíduo de arginina (a bradicinina vira uma cinina de menor peso molecular) e esse metabólito é responsável por atuar através de receptores B1 gerando um processo de hiperalgesia (dor intensa). A hiperalgesia é característica dos processos inflamatórios, quando apenas o toque gera dor. 
A bradicinina atua em vários locais. 
O receptor B1 tá envolvido com os processos inflamatórios. 
O receptor B2 está envolvido em produção de prostaglandinas, atuação em músculo liso, mastócitos e etc.
- Principal componente responsável pela dor
- É acoplada a Beta 1 e Beta 2 
PROSTAGLANDINAS: 
Principais fontes: Mastócitos e Leucócitos
Ações: Vasodilatação, dor e febre
É um metabólito do ácido araquidônico
São produzidas pela ação das 2 ciclo-oxigenases (COX-1 e COX-2)
As mais importantes na inflamação são a PGE 2, PGD2, PGF2α, PGI2 (prostaciclina) e o TXA2 (tromboxano), cada qual derivado pela ação de uma enzima específica em um intermediário da via.
PGE2, PGI2 e PGD2 promovem vasodilatação por atuarem sinergicamente com outros vasodilatadores inflamatórios, como a histamina, bradicinina e NO.
Não aumentam diretamente a permeabilidade capilar, porém potencializam este efeito da histamina e da bradicinina. De forma semelhante, eles por si só não produzem dor, mas potencializam o efeito da bradicinina ao sensibilizar as fibras C aferentes (DOR NEUROGÊNICA).
São produzidos em maior quantidade conforme a necessidade tecidual. 
Prostaglandinas E (EX: PGE2) são também pirogênicas -> centro de regulação da temperatura.
Mecanismo:
Fosfolipase A é responsável por quebrar um fosfolipídio de membrana liberando um metabólito, que é o ácido araquidônico, usado pela COX (Cox 1, 2 e 3) e LOX (lipo-oxigenases).
Cada prostaglandina formada tem uma função: dor, regulação temperatura corporal, etc. 
PGE2: citoprotetora das mucosas; pirogênica (promove febre, pois atua no hipotálamo)
LEUCOTRIENOS: 
Principais fontes: Mastócitos e Leucócitos
Ações: Permeabilidade vascular aumentada, quimiotaxia, adesão e ativação de leucócito
Produzidos a partir da LOX-5 (lipoxigenase)
Causam agregação e adesão das células ao endotélio vascular, geração de EROs e liberação de enzimas lisossômicas.
Os leucotrienos C4, D4 e E4 (LTC4, LTD4, LTE4) que contêm cisteinil, causam intensa vasoconstrição (broncoespasmo (importante na asma)), liberação de ERO, liberação de enzimas lisossomais, liberação de quimiocinas e permeabilidade vascular aumentada.
São mais potentes que a Histamina em aumentar a permeabilidade vascular das vênulas
Mecanismo:
se liga ao receptor, ativa Gq, que ativa a fosfolipase C, que PIP2 em DAG e IP3 e todo aquele mecanismo visto em fármaco, que gera mecanismos excitatórios, havendo broncoconstrição (asma e DPOC), liberação de espécies restivas de oxigênio (importância: combate ao patógeno), liberação de componentes lisossomais de leucócitos e liberação de quimiocininas.
É o influxo de cálcio na célula pelo mecanismo de proteína G que promove a contração.
ÓXIDO NÍTRICO (NO): 
Principais fontes: Endotélio e macrófagos
Função: Relaxamento de músculo liso vascular, morte dos micróbios
É uma espécie reativa de nitrogênio e oxigênio, mas seus efeitos benéficos ultrapassam os efeitos maléficos.
Existem 3 tipos: NOsintase endotelial; NOsintase neuronal; Nosintase induzida (somente em processo inflamatório)
Ele reduz a adesão de plaquetas para não obstruir o fluxo durante o processo inflamatório
Promove o processo de vasodilatação, aumentam a permeabilidade vascular. 
Ele pode interagir com outros reativos de oxigênio causando a citotoxidade no patógeno. 
Ele é produzido pela NOsintase através da citrulina e L-arginina. 
Produzido não somente pelas células endoteliais, mas também por macrófagos e alguns neurônios no cérebro.
ANTI-INFLAMATÓRIOS
Fármacos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): Inibem COX-1 e COX-2, inibindo a síntese de prostaglandina (Ex.: indometacina, aspirina e ibuprofeno)
COX-1 é responsável pela produção de prostaglandinas que estão envolvidas em ambas as funções, inflamatória e hemostática (p. ex., balanço de fluido e eletrólitos nos rins, citoproteção no trato gastrointestinal). 
COX-2 gera as prostaglandinas que estão envolvidas somente nas reações inflamatórias (tem estrutura um pouco diferente da COX1, é maior, por isso, moléculas maiores se ligam a ela, e não conseguem se ligar na COX 1).
Aspirina não se liga a nenhuma COX, por tanto, diminui a produção de tromboxanos, que são responsáveis pela agreagação plaquetária, por isso ela afina o sangue, ou seja, não forma coágulos ou trombos
AINES inibem de forma não seletiva a COX (inibem as 2). A COX-1 tem efeitos tanto inflamatórios quanto constitutivos (promovem a produção de prostaglandinas, que funcionam como protetoras da mucosa gástrica). Se houver inibição da COX-1, não haverá regulação constitutiva, ou seja, não haverá produção de prostaglandinas, portanto, acarretará a formação de úlceras gástricas. 
Inibição seletiva da COX-2 (ex.: Nimesulida, celecoxibe) pode causar doenças cardiovasculares (trombose), pois inibem a produção de prostaciclinas que causam vasodilatação, mas permitem a produção de tromboxanos pela COX-1, que causam agregação plaquetária.
AINEs não bloqueiam LOX. 
Asmáticos não podem usar AINES, pois, se inibir a COX, vai sobrar muito ácido araquidônico para a LOX, causando vasoconstrição (broncoconstrição), o que agrava ainda mais a asma. 
Deve-se tratar asmáticos com corticoides (Medicamentos que inibem a fosfolipase, não havendo, portanto, ativação nem de COX e nem de LOX, portanto não há nem vasoconstrição nem vasodilatação). 
Por isso, usa-se a bombinha com sabultamol, pois tem efeito local, somente no pulmão (brônquios), se o Salbutamol for usado sistemicamente causa taquicardia. 
- Corticoides causa retenção hídrica, pois ele também atua em canais de sódio.
FENÔMENOS VASCULARES
São modificações hemodinâmicas e reológicas da microcirculação comandadas pelos mediadores liberados durante os fenômenos irritativos. 
Hiperemia, aumento do fluxo sanguíneo local e sensação de calor na região afetada. Ocorrem através, principalmente, da liberação da histamina, prostaglandinas, NO. PGE2, PGI2 e PGD2 promovem vasodilatação porque atuam sinergicamente com outros vasodilatadores, como a histamina.
As principais modificações são:
Vasodilatação arteriolar (iniciadas pela histamina, substância P nos neurônios, bradicinina e prostaglandinas e mantida por leucotrienos. PAF – fator de agregação plaquetaria – e coagulação). Como consequência, há aumento do fluxo sanguíneo e hiperemia, depois que os capilares aumentam, o leito capilar aumenta, e a velocidade do sangue diminui (pode causar hipóxia tecidual e formar trombos, o que agravam a circulação).
As veias maiores se contraem e as menores se dilatam, aumentando o fluxo na microcirculação. Então, os mediadores aumentam a permeabilidade vascular e começa-se a exsudação.
FENÔMENOS EXSUDATIVOS
São fenômenos complexos e variados, caracterizados pela saída de elementos do sangue – plasma e células – do leito vascular para o interstício (edema). 
Geralmente, exsudação plasmática procede a exsudação celular.
Exsudação plasmática:
Começa nas fases iniciais da hiperemia e continua durante todo o processo inflamatório. 
Depende do aumento da permeabilidade vascular.
Exsudato rico em proteínas: inflamações fibrinosas
Exsudato pobre em proteínas: inflamações serosas
Formação de edema, pois a circulação linfática fica sobrecarregada.
Possibilita a saída de anticorpos e de complemento (que tem ações inibidora, lítica e opsonizadora sobre microrganismos)
O fibrinogênio exsudado polimeriza-se e forma um suporte sólido de fibrina que favorecea migração de leucócitos, além de representar uma barreira à invasão de microrganismos.
Permite a saída de proteínas com ação inibidora sobre proteases (antiproteases) e removedora de radicais livres, reduzindo o potencial lesivo da inflamação.
Vasoconstrição nas extremidades do local (veias e artérias aferentes e eferentes – isso faz com que o sangue da região central fique ali mais tempo, o que permite a formação de hemoconcentrado, permitindo maior passagem de sangue e maior permeabilidade). 
- Modificação reológica: alteração da quantidade de fluxo sanguíneo.
Exsudação celular: 
A exsudação de leucócitos é o fenômeno mais característico da exsudação.
OBS.: Os leucócitos saem dos vasos por processo ativo, enquanto hemácias e plaquetas o fazem de modo passivo (através de lesões existentes na parede vascular).
Processo de ativação dos leucócitos (pag.3)
O tipo de exsudato (quais tipos de células vão sofrer diapedese) depende do tipo de quimiocina.
- A importância dos processos vasculares de exsudação é promover o aumento do teor do conteúdo de células PMN no local da inflamação.
ACÚMULO DE LEUCÓCITOS
Os leucócitos se acumulam no foco inflamatório seguindo uma sequência cronológica característica:
Neutrófilos: processo inicial, degradação de corpo estranho e bactérias, degradação de tecido necrótico, liberação de enzimas e radicais livres.
Monócitos: processo tardio, maior resistência, diferenciam-se em macrófagos e realizam fagocitose.
Linfócitos (produção de anticorpos).
- No pus, encontramos basicamente neutrófilos.
FENÔMENOS ALTERNATIVOS E RESOLUTIVOS
Durante o desenvolvimento da resposta inflamatória, surgem mecanismos anti-inflamatórios complexos que neutralizam o efeito dos mediadores pró-inflamatórios.
Fenômenos alternativos:
São degeneração e necrose produzidos por ação direta (sendo a partir deles que se desenvolve o processo de inflamação) ou indireta (a inflamação que leva a necrose) do agente inflamatório.
Em inflamações, resultam principalmente de trombose na microcirculação, da atividade de produtos das células do exsudato ou de fenômenos imunitários. 
Em algumas inflamações, necrose é componente comum e muito importante na doença (p. ex., tuberculose).
Lesão tecidual induzida por leucócitos é feita por meio de:
Enzimas lisossomais dos grânulos
Espécies reativas de oxigênio
Espécies reativas de nitrogênio.
Fenômenos resolutivos:
A inflamação cessa não só com a diminuição da quantidade de mediadores químicos, mas também com mecanismos anti-inflamatórios que neutralizam os efeitos dos fatores pró-inflamatórios.
Os fenômenos de resolução começam nas fases iniciais do processo inflamatório e deles depende sua progressão, com cura em tempo variável ou cronificação (tornam-se crônicas porque os mecanismos de eliminação da causa fracassaram ou porque surgem fenômenos de autoagressão imunitária, sendo os mecanismos de resolução são ineficientes.)
Uma inflamação crônica, principalmente de natureza infecciosa, não se cura porque: 
Os mecanismos pró-inflamatórios estão parcialmente inibidos pelos mecanismos anti-inflamatórios, diminuindo a eficácia na eliminação do agente, que persiste irritando e mantendo a inflamação (houve inibição antes da eliminação do agente agressor).
Os mecanismos anti-inflamatórios estão ineficientes, permitindo ação exagerada dos mediadores pró-inflamatórios, o que favorece a eliminação do agressor mas também aumenta a probabilidade de autoagressão imunitária.
Existem mecanismos locais e sistêmicos.
Produção de tromboxanos (TXA) e fator de agregação plaquetária (PAF)
TXA2: responsável por provocar vasoconstrição e agregação plaquetária, reestabelecendo a homeostasia na microcirculação local (inflamação aguda). 
Também temos a utilização de fármacos que inibem as enzimas ciclooxigenases que produzem as prostaglandinas: são os AINES. 
Ou também podemos usar os corticoides: possuem uma estrutura mais lipofílicas e, consequentemente, ela atravessa a membrana celular. Quando atravessa a membrana se liga a um receptor de corticoide no citoplasma, que atravessa a membrana nuclear e atua diretamente no DNA. Então, podem inibir a expressão de fosfolipase (como a fosfolipase A, por exemplo), ou seja, inibe o início da cascata. Ele também pode estimular a produção de lipoxinas, que inibem as prostaglandinas.
Inflamação CRÔNICA:
A inflamação crônica tem duração maior (dias, semanas, meses).
Presença de macrófagos, linfócitos, plasmócitos e etc. e proliferação de vasos sanguíneos (angiogenese).
Fibrose e necrose tissular (cicatrização) acontecem quando a inflamação não é reparada.
Ocorre quando os estímulos passam a ser persistentes (quando há persistência do agente agressor ou há processos autoimunes) ou resposta de baixa intensidade. Portanto, quando o SI não vence o processo inflamatório, há lesão tecidual intensa, levando a perda de função desse tecido.
Principais causas:
Infecções persistentes (tuberculose, sífilis, entre outras)
Exposição prolongada a agentes tóxicos
Autoimunidade
Caracterizado pela natureza do agente agressor, a extensão da lesão.
Consiste no combate ao agente inflamatório e reparo.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Presença de mononucleases (macrófagos).
Manutenção dos macrófagos no sítio inflamatório:
Expressão de moléculas de adesão
Proliferação local de macrófagos
Imobilização de macrófagos.
INFLAMAÇÃO GRANULOMATOSA
Quando persistente, o processo inflamatório pode evoluir para uma inflamação granulomatosa, caracterizada pelo acúmulo focal de macrófagos, organizados em agregados celulares (granuloma – em necrose caseosa em pulmões). Os granulomas servem para delimitar a região da infecção e não comprometer a funcionalidade total do órgão.
Aumenta a eficácia na destruição dos patógenos.
Isso pode ser visto, por exemplo, na tuberculose, na lepra e na sífilis.
Ativam linfócitos T que ativam macrófagos
Os macrófagos sofrem modificações estruturais e funcionais para aumentar a eficiência da fagocitose. 
Célula epitelioide: macrófago aumentado de volume, com núcleo alongado, que são transformados em células epitelioides, rodeadas por um colar de leucócitos mononucleares, principalmente linfócitos e ocasionalmente plasmócitos. 
Granulomas mais velhos desenvolvem um anel de envoltos com fibroblastos e tecido conjuntivo.
Célula gigante ou gigantócito: macrófago volumoso com vários núcleos.
OBS: Células gigantes podem apresentar núcleos arranjados em ferradura na periferia.
INFLAMAÇÃO AGUDA X CRÔNICA
Aguda: 
Lesão: infarto, infecções bacterianas, toxinas e trauma 
Alterações vasculares e edema, recrutamento de número exorbitante de neutrófilos (polimorfonucleares (PMN)) e mediadores.
Resolução: Eliminação de estímulos nocivos, de mediadores e células de inflamação aguda, substituição das células prejudicadas e função normal (não há perda de função)
Crônica:
Lesão: infecções viróticas, lesão persistente, doença autoimune
Angiogênese, infiltrado de células mononucleares (macrófagos, linfócitos, basófilos), fibrose
Resolução: Cicatriz (tentativa de reparo da lesão) e perda de função
- No hemograma, podemos ter uma leucocitose por neutrofilia (infecções bacterianas agudas) ou linfocitose (geralmente infecções virais). No entanto, se tiver monocitose, isso me indica um processo de doença crônica.
Anotações:
- Neutrofilia: aumento da concentração de neutrófilos (inflamação aguda) Ex.: apendicite, infecção de garganta, otite
- Neutropenia: diminuição da quantidade de neutrófilos
- Monocitose: (infecções crônicas do tipo bacteriana) ex.: tuberculose
- Monocitopenia (monopenia):
- Linfocitose: (infecções crônicas do tipo viral) 
- Linfocitopenia (linfopenia): (infecções crônicas do tipo viral) ex.: AIDS
- Eosinofilia: (infecção parasitária ou alergias)
- Migração leucocitária:
O processo de migração dos leucócitos do plasma para o local de inflamação ocorre a partir de 3 etapas: marginação, rolamento e adesão. 
O processo de inflamação se dá a partir da vasodilatação,aumento do fluxo sanguíneo e aumento da permeabilidade vascular. Com o processo gradativo de estase venosa que ocorre tempo após o início da inflamação, a velocidade do fluxo sanguíneo diminui gradativamente. Desse modo, os leucócitos assumem posição periférica no vaso sanguíneo (processo de marginação).
As quimiocinas são produzidas por células do SI e promovem a produção de fatores de adesão, como as selectinas e a integrinas. As selectinas vão promover o processo de adesão fraca dos leucócitos à superfície endotelial. É fraca pois o fluxo sanguíneo ainda tem alta velocidade, desfazendo essas ligações, de modo que os leucócitos se aderem ao endotélio, se desligam dele e voltam a se ligar, ou seja, rolando sobre o vaso (processo de rolamento). As quimiocinas vão adentrar no endotélio sendo expressadas na superfície endotelial, se ligando aos leucócitos em rolamento, ativando as integrinas, que são responsáveis pela forte adesão, fazendo com que formem-se fileiras de leucócitos aderidos ao endotélio (processo de adesão). Por ação de gradiente químico formado pelas quimiocinas, os leucócitos são atraídos do vaso sanguíneo para o local injuriado, que é onde há a formação de quimiocinas e, portanto, maior concentração delas.

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