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09 Filosofia do Direito Marx

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Prof. Jorge Freire Póvoas
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Marx
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Marx
 Economista, Filósofo e Socialista alemão, Karl Marx (1818 – 1883) nasceu em Trier e morreu em Londres. 
 A Filosofia Marxista compõe-se do Materialismo Dialético e do Materialismo Histórico. 
 Podemos entender como Matéria, os fatores Econômicos, Sociais e Técnicos 
 O Materialismo Marxista é Dialético uma vez que considera os fenômenos materiais processos possíveis de mudança.
 A consciência, não é conseqüência passiva da ação da matéria, por isso pode reagir sobre aquilo que a determina. 
 O conhecimento liberta o homem por meio da ação deste sobre o mundo, possibilitando inclusive a ação revolucionária de mudança.
 O Materialismo Histórico é a explicação da História por fatores Materiais, ou seja, Econômicos, Sociais e Técnicos. 
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Marx
 Marx inverte o processo do senso comum que pretende explicar a história pela intervenção divina. 
 Para o marxismo, no lugar das idéias, estão os fatos materiais. No lugar dos heróis está a luta de classes. 
 Para Marx, embora possamos tentar compreender e definir o homem pela consciência, pela linguagem, pela religião, o que fundamentalmente o caracteriza é a forma pela qual reproduz suas condições de existência. 
 A sociedade, para Marx, se estrutura em 2 níveis: a Infra-estrutura e a Superestrutura. 
 A Infra-estrutura constitui a base econômica, pois engloba as relações do homem com a natureza e as relações dos homens entre si, no esforço de produzir a própria existência. 
 Como exemplo do que está na Infra-estrutura, nós temos as relações do trabalho. 
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Marx
 A Superestrutura para Marx é constituída:
 a) pela estrutura jurídico-política representada pelo Estado e pelo Direito; 
 b) pela estrutura ideológica referente às formas da consciência social, tais como a Religião, as Leis, a Educação, a Literatura, a Filosofia, a Ciência, a Arte, etc. 
 Na Superestrutura ocorre a sujeição ideológica da classe dominada, cuja Cultura e modo de vida reflete as idéias e os valores da classe dominante.
 A relação de exploração repercute na relação de dominação política, estando o Estado a serviço da classe dominante.
 A Infra-estrutura determina a Superestrutura, vejamos como:
 A moral medieval valoriza a coragem e a ociosidade da nobreza ocupada com a guerra. Já na Idade Moderna, com o advento da burguesia, o trabalho é valorizado e, conseqüentemente, critica-se a ociosidade 
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Marx
 Para estudar uma sociedade não se deve partir do que os homens dizem ou pensam, e sim da forma como produzem os bens materiais necessários à sua vida. 
 É analisando o contrato que os homens estabelecem com a natureza para transformá-la por meio do trabalho e as relações entre si, que se descobre como eles produzem sua vida e suas idéias. 
 No entanto, essas determinações não podem nos fazer esquecer do caráter dialético de toda determinação. Ou seja, ao tomar conhecimento das contradições, o homem pode agir de formam ativa sobre aquilo que o determina. 
 Ao analisar o ser social do homem, ou sua Práxis, Marx desenvolve uma nova Antropologia, segundo a qual não existe uma "natureza humana" idêntica em todo tempo e lugar. 
 O existir humano decorre do agir, pois o homem se autoproduz à medida que transforma a natureza pelo trabalho. Se o trabalho é uma ação coletiva, a condição humana depende da sua existência social. Assim, o trabalho é um projeto humano. 
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Marx
 Práxis é a ação humana de transformar a realidade. É a união dialética da teoria e da prática. Ao mesmo tempo que a consciência é determinada pelo modo como os homens produzem a sua existência, também a ação humana é projetada, refletida, consciente. 
 As relações fundamentais de toda sociedade humana são as relações de produção, que revelam a maneira pela qual os homens usam as técnicas e se organizam por meio da divisão do trabalho social. 
 Modo de Produção é a maneira pela qual as forças produtivas se organizam em determinadas relações de produção num dado momento histórico.
 As forças produtivas só podem se desenvolver até certo ponto, pois ao atingirem um nível por demais avançado, entram em contradição com as antigas relações de produção, que se tornam inadequadas. 
 Surgem as divergências e a necessidade de uma nova divisão de trabalho. A contradição aparece como luta de classes.
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Marx
 O movimento dialético, pelo qual a História se faz, tem um motor: a Luta de Classes, que é o confronto entre duas classes antagônicas, lutando por seus interesses de classe. 
 No Capitalismo, a relação se faz entre o burguês, que é o detentor do capital, e o proletário que nada possui e só vive porque vende sua força de trabalho. 
 O sistema capitalista consiste na produção de mercadorias (Mais-valia). Mercadoria é tudo o que é produzido não tendo em vista o valor de uso mas tem por objetivo o valor de troca, a venda do produto. 
 Para sobreviver, o trabalhador vende ao capitalista a única mercadoria que possui, sua capacidade de trabalho. 
 Sendo um ser vivo, o trabalhador precisa receber o necessário para a subsistência e reprodução de sua capacidade de trabalho, como alimento, roupa, moradia, criação dos filhos etc. 
 O salário deve corresponder ao custo de sua manutenção e da família.
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Marx
 O operário se distingue dos escravos e dos servos por receber um salário a partir do contrato livremente aceito entre as partes. No entanto, no Capital, Marx explica que a relação de contrato é livre só na aparência e que, na verdade, o desenvolvimento do capitalismo supõe a exploração do trabalho do operário. 
 O capitalista contrata o operário para trabalhar durante um certo período de horas. Mas o trabalhador, estando disponível todo o tempo, na verdade produz mais do que é pago. Essa parte do trabalho excedente que não é paga ao operário serve para aumentar cada vez mais o capital. 
 Marx diz que, ao comprar a força de trabalho, o capitalista “adquire o direito de servir-se dela” Como o operário vendeu sua força de trabalho ao capitalista, todo o valor, ou todo o produto por ele criado pertence ao capitalista, que é dono de sua força de trabalho. 
 Esse tipo de intercâmbio entre o capital e o trabalho é o que serve de base à produção capitalista, ou ao sistema do assalariado, e tem de conduzir, sem cessar, à constante reprodução do operário como operário e do capitalista como capitalista.
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Marx
 Com a descrição da Mais-valia, Marx configura o caráter de exploração do sistema capitalista. De imediato o operário não é capaz de reverter o quadro porque se encontra alienado. 
 Ao desenvolver o conceito de Alienação, Marx rejeita as explicações comuns que aparecem em toda a história da Filosofia, ora com contornos Religiosos, ora Metafísicos ou Morais. 
 A elas opõe a análise das condições reais do trabalho humano e descobre que a Alienação tem origem na vida econômica: quando o operário vende no mercado a força de trabalho, o produto que resulta do seu esforço não mais lhe pertence e adquire existência independente dele. 
 Com o aceleramento da produção, provocado pela crescente mecanização do trabalho (linha de montagem), o operário executa cada vez mais apenas uma parte do produto (trabalho parcelado) e o ritmo do trabalho é dado exteriormente e não obedece ao próprio ritmo natural do seu corpo. 
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Marx
 Se o produto
do trabalho não é fruto de sua vontade, do seu controle, o produtor não se reconhece no que produz. O produto surge como um poder separado do produtor, como realidade soberana e tirânica que o domina e ameaça. 
 O Fetichismo da mercadoria acontece pois ela não é apenas o resultado da relação de produção, mas vale por si mesma, como realidade autônoma e mais ainda, como determinante da vida dos homens.
 A Reificação do homem (res - coisa) acontece quando a mercadoria se “anima”, se “humaniza”, obriga o homem a sucumbir às forças das leis do mercado. A conseqüência é a desumanização do homem. O que faz com que os homens não percebam a Reificação e não reajam prontamente à exploração é a Ideologia. 
 À medida que o modo de produção vai sendo superado, a classe dominante procura retardar a transformação, mantendo a Ideologia, dissimulando as contradições e aparências, apresentando soluções reformistas e impedindo que classes oprimidas formem sua própria consciência de classe.
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Marx
 As idéias, condutas e valores que permeiam a concepção de mundo de uma determinada sociedade, e que representam os interesses da classe dominante, ajudam a manter a dominação das classes dominadas. 
 A Ideologia impede que o proletário tenha consciência da própria submissão, porque camufla a luta de classes quando faz a representação ilusória da sociedade mostrando-a como una e harmônica. 
 Também a Ideologia esconde que o Estado, longe de representar o bem comum, é expressão dos interesses da classe dominante. 
 Marx não dedicou um trabalho específico sobre a análise do Estado. Mas, para ele o Estado é excludente. 
 Talvez isso se deva ao fato dele ter uma concepção negativa do Estado, diferentemente de Hegel, para quem o Estado era considerado o “Deus terreno", onde são superadas as contradições da sociedade civil. 
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Marx
 Para Marx, o Estado não supera as contradições da sociedade civil, mas é o reflexo delas, e está aí para perpetuá-las. Por isso só aparentemente visa ao bem comum, estando de fato a serviço da classe dominante. Portanto, o Estado é um mal que deve ser extirpado.
 Ao lutar contra o poder da burguesia, o proletariado deve destruir o poder estatal, o que não será feito por meios pacíficos, mas pela revolução. No entanto, diferentemente dos anarquistas, Marx não considera viável a passagem brusca da sociedade dominada pelo Estado burguês para a sociedade sem Estado, havendo a necessidade de um período de transição.
 A classe operária, organizando-se num partido revolucionário, deve destruir o Estado burguês e criar um novo Estado capaz de suprimir a propriedade privada dos meios de produção. 
 A esse novo Estado dá-se o nome de “Ditadura do Proletariado”, uma vez que, segundo Marx, o fortalecimento contínuo da classe operária é indispensável enquanto a burguesia não tiver sido liquidada como classe no mundo inteiro.
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