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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 1º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 3 I. Direito Processual Civil - Thállius Moraes .............................................................................................................................. 3 • Competência Relativa ........................................................................................................................................................ 3 • Competência Absoluta ....................................................................................................................................................... 3 • Modificação da Competência ............................................................................................................................................. 3 • Regras Gerais Sobre os Recursos .................................................................................................................................... 4 2º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 5 I. Direito Civil - Lilian Novakoski ................................................................................................................................................ 5 • Das Pessoas ...................................................................................................................................................................... 5 • Obrigações ........................................................................................................................................................................ 5 • Contratos ........................................................................................................................................................................... 6 • Família ............................................................................................................................................................................... 7 • Sucessões ......................................................................................................................................................................... 7 • Gabarito ............................................................................................................................................................................. 7 3º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 8 I. Direito Constitucional - Adriano Marcon ................................................................................................................................. 8 • Controle de Constitucionalidade ........................................................................................................................................ 8 4º BLOCO ........................................................................................................................................................................................... 9 I. Direito Empresarial - Luis Faller ............................................................................................................................................. 9 • Empresário......................................................................................................................................................................... 9 • Contratos Mercantis ........................................................................................................................................................... 9 • Títulos de Crédito ............................................................................................................................................................. 10 5º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 12 I. Direito Trabalho - Marcel Rizzo ............................................................................................................................................ 12 • Aviso Prévio ..................................................................................................................................................................... 12 • Pagamento das Verbas Rescisórias (Art. 477/CLT) ........................................................................................................ 12 • Verbas Rescisórias Incontroversas (Art. 467/CLT) .......................................................................................................... 13 6º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 15 I. Direito Administrativo - Robson Fachini ............................................................................................................................... 15 • Administração Pública ..................................................................................................................................................... 15 • Princípios Fundamentais da Administração Pública ........................................................................................................ 16 • Poderes Administrativos .................................................................................................................................................. 17 • Atos Administrativos ........................................................................................................................................................ 17 • Contratos Administrativos ................................................................................................................................................ 18 • Parcerias Público Privadas .............................................................................................................................................. 19 • Bens Públicos .................................................................................................................................................................. 20 • Intervenção do Estado na Propriedade Privada e no Domínio Econômico ...................................................................... 20 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 7º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 23 I. Direito Processual Penal - Wallace França .......................................................................................................................... 23 • Espécies de Prisões Processuais .................................................................................................................................... 23 • Prisão em Flagrante ......................................................................................................................................................... 23 • Controle Jurisdicional .......................................................................................................................................................24 • Prisão Temporária ........................................................................................................................................................... 24 • Prisão Preventiva ............................................................................................................................................................. 25 8º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 27 I. Direito Penal - Marcela Carrion ............................................................................................................................................ 27 • Novidades Legislativas .................................................................................................................................................... 27 • Penal Geral ...................................................................................................................................................................... 28 • Penal Especial ................................................................................................................................................................. 29 9º BLOCO ......................................................................................................................................................................................... 32 I. Ética - Lilian Novakoski ........................................................................................................................................................ 32 • Direitos dos Advogados ................................................................................................................................................... 32 • Infrações e Sanções Disciplinares ................................................................................................................................... 33 • Processo Disciplinar ........................................................................................................................................................ 34 • Incompatibilidade e Impedimentos ................................................................................................................................... 34 • Disposições Éticas e Outros Temas ................................................................................................................................ 35 10º BLOCO ....................................................................................................................................................................................... 36 I. Direito Tributário - Fernando Andrade .................................................................................................................................. 36 • Da Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário ...................................................................................................... 36 • Do Pagamento Indevido .................................................................................................................................................. 37 11º BLOCO ....................................................................................................................................................................................... 39 I. Direito Processual do Trabalho - Thállius Moraes ................................................................................................................ 39 • Provas .............................................................................................................................................................................. 39 • Intimação de Testemunhas .............................................................................................................................................. 39 • Competência Territorial .................................................................................................................................................... 40 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. DIREITO PROCESSUAL CIVIL - THÁLLIUS MORAES • COMPETÊNCIA RELATIVA Ela é estabelecida em razão do valor ou do território. Busca preservar o interessa das partes, assim, não pode ser pronunciada de ofício pelo magistrado (em regra), devendo ser provocada pelo réu. Exceção: Cláusula de eleição de foro em contrato de adesão - O Juiz a declara nula e remete o processo para o juízo de domicílio do réu. Art. 112 do CPC - Parágrafo único. A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de domicílio do réu. Arguida através de exceção de incompetência relativa, no prazo da defesa (15 dias), sob pena de preclusão e consequente prorrogação da competência. Art. 114 do CPC. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar na forma do parágrafo único do art. 112 desta Lei ou o réu não opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais. Assim, quando o autor ingressar com a ação em foro que não possui a competência territorial para aquela demanda, cumpre ao réu arguir essa irregularidade no prazo da contestação. Caso ele não o faça, ocorrerá a prorrogação da competência e esse foro se tornará então competente para julgar a demanda (o réu não poderá mais arguir a incompetência relativa, o foro que era incompetente, tornou-se competente em virtude da inércia do réu). Atenção que a prorrogação da competência ocorre apenas nas hipóteses de competência relativa. • COMPETÊNCIA ABSOLUTA Fundada em razões de ordem pública, assim pode/deve ser reconhecida de ofício pelo Juiz. Pode ser arguida por todos os sujeitos processuais. Pode ser deduzida a qualquer momento no processo, mas caso o réu não o faça no prazo da contestação (através de preliminar) ou na primeira oportunidade em que couber falar nos autos, será responsabilizado pelo pagamento das custas. Pode ser feito de qualquer forma e não apenas através de peça autônoma de exceção de incompetência. Uma vez reconhecida, somente os atos decisórios serão nulos, sendo os autos remetidos para o juízo competente (os demais atos são aproveitados). Pode ser reconhecida até mesmo após o trânsito em julgado, por meio de Ação Rescisória. Cuidado que no caso de reconhecimento da incompetência absoluta, o processo não é extinto sem julgamento do mérito, ele será remetido para o juízo competente. CPC - Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção. §1º - Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos, a parte responderá integralmente pelas custas. §2º - Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz competente. • MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA A competência em razão do valor e do território poderá ser modificada pela Conexão (duas ou mais ações com objeto ou causa de pedir comum) ou Continência (identidade de partes e de causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras). Nesses casos o Juiz (de ofício ou mediante requerimento) poderá ordenar a reunião desses processos para que sejam decididos simultaneamente. A competência em razão do território ou do valor também podem ser alteradas por convenção das partes, sendo que o foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes (mas a competência em razão da matéria e hierarquia - absoluta - é inderrogável por convenção das partes). MODIFICAÇÃODA COMPETÊNCIA - APENAS NO CASO DE COMPETÊNCIA RELATIVA (TERRITÓRIO/VALOR) Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. • REGRAS GERAIS SOBRE OS RECURSOS A desistência de qualquer recurso: Pode ser feita a qualquer tempo Não precisa de anuência do recorrido ou dos litisconsortes RENÚNCIA AO DIREITO DE RECORRER -> NÃO PRECISA DE ACEITAÇÃO DA OUTRA PARTE. A parte não poderá recorrer quando aceitar a decisão, de forma expressa ou tácita (prática de algum ato, sem reserva alguma, incompatível com o direito de recorrer). Não cabe recurso dos despachos. A parte que quiser recorrer pode impugnar a sentença no todo ou em parte. Prazo -> 15 dias para interposição e contrarrazões: Apelação Embargos infringentes Recurso Ordinário Recurso Especial Recurso Extraordinário Embargos de divergência Quando um dos litisconsortes interpor recurso, ele aproveita aos outros, salvo se seus interesses forem distintos ou opostos. Tratando-se de solidariedade passiva, o recurso de um devedor aproveita aos demais, quando as defesas opostas ao credor lhes forem comum. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. DIREITO CIVIL - LILIAN NOVAKOSKI • DAS PESSOAS 1. Domicílio é o lugar onde a pessoa natural estabelece a sua residência com ânimo definitivo; no caso de pessoas jurídicas, o domicílio será, por exemplo, a respectiva capital para os Estados, e o Distrito Federal, no caso da União. Considerando o tema, assinale a alternativa correta de acordo com o que dispõe o Código Civil. a) Os contratantes poderão, no caso de contrato escrito, estabelecer onde serão exercidos e cumpridos os direitos e obrigações nele discriminados. b) Considera-se domicílio do preso o lugar onde estabeleceu sua última residência. c) Nas obrigações concernentes às atividades profissionais da pessoa natural com domicílio certo, este será unicamente a sua residência. d) Para todos os atos praticados em quaisquer dos estabelecimentos da pessoa jurídica, considera-se como domicílio a sua sede, excluindo-se qualquer outro. e) Considera-se sem domicílio a pessoa natural que não tenha residência habitual. Caso tenha mais de uma residência, onde viva alternadamente, será considerado domicílio o endereço mais antigo. 2. Sobre pessoas jurídicas, é correto afirmar que: a) os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade limitada não são pessoas jurídicas de direito privado. b) é vedado ao Poder Público negar reconhecimento ou registro dos atos constitutivos das organizações religiosas, sendo permitido, porém, determinar as formas de organização, estruturação interna e funcionamento. c) a qualidade de associado é intransmissível, não podendo o estatuto dispor de forma contrária. d) após a constituição de uma fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor tem a faculdade de não transferir- lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados. e) os atos dos administradores, exercidos nos limites dos poderes determinados nos atos constitutivos, obrigam a pessoa jurídica. • OBRIGAÇÕES 3. Utilizando-se das regras afetas ao direito das obrigações, assinale a alternativa correta. a) Quando o pagamento de boa-fé for efetuado ao credor putativo, somente será inválido se, em seguida, ficar demonstrado que não era credor. b) Levando em consideração os elementos contidos na lei para o reconhecimento da onerosidade excessiva, é admissível assegurar que a regra se aplica às relações obrigacionais de execução diferida ou continuada. c) Possui a quitação determinados requisitos que devem ser obrigatoriamente observados, tais como o valor da dívida, o nome do pagador, o tempo e o lugar do adimplemento, além da assinatura da parte credora, exigindo-se também que a forma da quitação seja igual à forma do contrato. d) O terceiro, interessado ou não, poderá efetuar o pagamento da dívida em seu próprio nome, ficando sempre sub- rogado nos direitos da parte credora. 4. Assinale a afirmativa incorreta. a) Nas obrigações de dar, o Estado poderá fazer que se cumpra por meio de sub-rogação, tomando a coisa do patrimônio do devedor e a entregando ao credor. b) Nas obrigações de fazer de natureza fungível, há possibilidade de substituição da prestação do devedor, pela de terceiro, às expensas daquele. c) Nas obrigações de fazer de caráter infungível, é obrigatório o pedido cominatório, cujo meio é a imposição de pena pecuniária com caráter punitivo. d) A astreinte deve ser compatível e suficiente para que o devedor se sinta constrangido a cumprir a obrigação que firmou. e) A medida coercitiva nas obrigações de fazer não substitui o cumprimento da obrigação, sendo considerada medida de apoio. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 5. Com relação ao pagamento, analise as afirmativas a seguir. I. Terceiros não interessados podem pagar a dívida em seu próprio nome, desde que esteja vencida. II. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, a não ser que seja substancialmente mais valiosa. III. O pagamento cientemente feito a credor incapaz de quitar não vale, a não ser que o devedor prove que o pagamento efetivamente reverteu em benefício do credor. Assinale: a) se todas as afirmativas estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se somente a afirmativa III estiver correta. • CONTRATOS 6. Nos contratos, os indivíduos devem observar os princípios da probidade e boa-fé. A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato. Nesse contexto, assinale a alternativa correta, de acordo com o Código Civil. a) As partes não podem, em qualquer hipótese, reforçar, diminuir ou excluir responsabilidade pela evicção. b) As cláusulas resolutivas, expressas ou tácitas, operam- se de pleno direito. c) Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes poderá exigir, antes de cumprida sua obrigação, o implemento da do outro. d) Admite-se que a herança de pessoa viva possa ser objeto de contrato. e) Nos contratos de adesão são nulas de pleno direito as cláusulas ambíguas ou contraditórias. 7. Sônia, maior e capaz, decide doar, por instrumento particular, certa quantia em dinheiro em favor se seu sobrinho, Fernando, maior e capaz, caso ele venha a se casar com Leila. Sônia faz constar, ainda, cláusula de irrevogabilidade da doação por eventual ingratidão de seu sobrinho. Fernando, por sua vez, aceita formalmente a doação e, poucos meses depois, casa-se com Leila, conforme estipulado. No dia seguinte ao casamento, ao procurar sua tia para receber a quantia estabelecida, Fernando deflagra uma discussão com Sônia e lhe dirige grave ofensa física. A respeito da situação narrada, é correto afirmar que Fernando: a) não deve receber a quantia em dinheiro, tendo em vista que a doação é nula, pois deveria ter sido realizada por escritura pública. b) deve receber a quantia em dinheiro, em razão de o instrumento de doação prever cláusula de irrevogabilidade por eventual ingratidão. c) não deve receber a quantia em dinheiro, pois dirigiu grave ofensa física à sua tia Sônia. d) deve receber a quantia em dinheiro, em razão de ter se casado com Leilae independentemente de ter dirigido grave ofensa física a Sônia. 8. No contrato de transporte sobressai o princípio: a) da boa-fé. b) da transparência. c) do equilíbrio pelo valor da tarifa. d) da confiança. e) da segurança. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. • FAMÍLIA 9. A respeito do instituto do casamento, analise as afirmativas a seguir. I. Os pais, tutores ou curadores podem revogar a autorização até à data da celebração do casamento. II. Quando injusta, a denegação do consentimento, pode ser suprida pelo juiz. III. Será permitido, excepcionalmente, o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. • SUCESSÕES 10. Com relação ao direito sucessório, assinale a afirmativa correta. a) O cônjuge sobrevivente, mesmo se constituir nova família, continuará a ter direito real de habitação sobre o imóvel em que residiu com seu finado cônjuge. b) A exclusão por indignidade pode ocorrer a partir da necessidade de que o herdeiro tenha agido sempre com dolo e por uma conduta comissiva. c) A deserdação é forma de afastar do processo sucessório tanto o herdeiro legítimo quanto o legatário. d) Os efeitos da indignidade não retroagem à data da abertura da sucessão, tendo, portanto, efeito ex nunc. • GABARITO 1 - A 2 - E 3 - B 4 - C 5 - E 6 - C 7 - E 8 - E 9 - E 10 - A Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. DIREITO CONSTITUCIONAL - ADRIANO MARCON • CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 1. Objetivo: Assegurar a supremacia da CF. 2. A inconstitucionalidade pode ser material ou formal. 3. Parâmetro ou “bloco de constitucionalidade”: normas primárias, com fundamento direto na CF. 4. Controle de constitucionalidade difuso ou concentrado. 5. 5.1. ADI • Declara a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal, estadual ou distrital; • Legitimados ativos; • PGR; • AGU; • Decisão: quórum de 8 Ministros do STF/voto de 6 Ministros do STF; • Eficácia contra todos e efeito vinculante. 5.2. ADO • Tornar efetiva disposição constitucional de eficácia limitada, diante da omissão do legislador ou do administrador; • Legitimados ativos; • PGR; • AGU*; • Sentença tem caráter mandamental. 5.3. ADC • Confirmar a constitucionalidade de lei federal ou nacional; • Legitimados ativos; • PGR; • AGU*; • Decisão promove a desconstituição de todas e qualquer decisão (administrativa ou judicial) contrária ao dispositivo declarado constitucional. 5.4. ADPF • Controle da constitucionalidade de ato do Poder Público que viole “preceito fundamental”; • “preceito fundamental”; • Legitimados ativos; • PGR; • AGU*; • Ação Subsidiária; • A decisão fixa as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. DIREITO EMPRESARIAL - LUIS FALLER • EMPRESÁRIO Art. 966, CC - Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único - Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Art. 971, CC - O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. Art. 982, CC - Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (Art. 967); e, simples, as demais. Parágrafo único - Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. 1.1. INCAPACIDADE Art. 974, CC - Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. §1º - Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros. §2º - Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos constar do alvará que conceder a autorização. §3º - O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos: I. o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; II. o capital social deve ser totalmente integralizado; III. o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. 1.2. CÔNJUGES Art. 977 - Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória. Art. 978 - O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá- los de ônus real. • CONTRATOS MERCANTIS 2.1. CONTRATO DE COMISSÃO Art. 693, CC - O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente. Art. 694, CC - O comissário fica diretamente obrigado para com as pessoas com quem contratar, sem que estas tenham ação contra o comitente, nem este contra elas, salvo se o comissário ceder seus direitos a qualquer das partes. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Art. 697, CC - O comissário não responde pela insolvência das pessoas com quem tratar, exceto em caso de culpa e no do artigo seguinte (Cláusula del credere). Art. 698, CC - Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere, responderá o comissário solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso em que, salvo estipulação em contrário, o comissário tem direito a remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumido. Art. 706, CC - O comitente e o comissário são obrigados a pagar juros um ao outro; o primeiro pelo que o comissário houver adiantado para cumprimento de suas ordens; e o segundo pela mora na entrega dos fundos quepertencerem ao comitente. Art. 707, CC - O crédito do comissário, relativo a comissões e despesas feitas, goza de privilégio geral, no caso de falência ou insolvência do comitente. Art. 708, CC - Para reembolso das despesas feitas, bem como para recebimento das comissões devidas, tem o comissário direito de retenção sobre os bens e valores em seu poder em virtude da comissão. 2.2. REPRESENTANTE COMERCIAL Art. 1º, Lei nº 4.886/65 - Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego, que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para, transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios. Art. 43, Lei nº 4.886/65 - É vedada no contrato de representação comercial a inclusão da cláusula del credere. Art. 44, Lei nº 4.886/65 - No caso de falência do representado as importâncias por ele devidas ao representante comercial, relacionadas com a representação, inclusive comissões vencidas e vincendas, indenização e aviso prévio, serão considerados créditos da mesma natureza dos créditos trabalhistas. • TÍTULOS DE CRÉDITO Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Observações: Cheque é ordem de pagamento à vista; Cheque é sacado contra banco ou instituição financeira que lhe seja equiparada; O portador não pode recusar pagamento parcial do cheque; Cláusula não à ordem = transferência por cessão civil; Cláusula à ordem = transferência por endosso; O endosso dado em uma Letra de Câmbio após o protesto por falta de pagamento produz apenas os efeitos de uma cessão ordinária de crédito; O Avalista tem responsabilidade solidária; A obrigação do avalista se mantém, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula, exceto se essa nulidade for decorrente de vício de forma; Protesto serve para cobrar os coobrigados. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. DIREITO TRABALHO - MARCEL RIZZO • AVISO PRÉVIO O aviso prévio serve para a outra parte tenha a possibilidade de se preparar para o fim - empregado arrumar outro emprego, e a empresa treinar outro funcionário. Prazo O aviso prévio é de no mínimo 30 dias. Para o aviso proporcional é acrescido 3 dias a cada ano trabalhado, até no máximo 60 dias, resultando num total de 90 dias. Para a o empregado avisar a empresa, o aviso prévio é sempre de 90 dias, segundo posicionamento majoritário. Contagem da proporcionalidade A contagem da proporcionalidade é discutível, havendo dois posicionamentos: Aviso de 33 dias somente após completar 2 anos de contrato e assim sucessivamente. Aviso de 33 após completar o 1º ano de contrato, ou seja, até “11 meses e 29 dias”, aviso de 30 dias, completou 1 ano, aviso de 33. A FGV até agora está “em cima do muro”, pois colocou períodos de trabalho de mais de 21 anos, quando não há dúvida: será de 90 dias (aviso prévio máximo por lei). Mas se ela for cobrar, provavelmente adotará o 2º posicionamento, pois é majoritário e é o adotado atualmente pelo MTE (nota técnica 184/2012). Redução da jornada Quando o empregado recebe aviso prévio, terá sua jornada reduzida, e pode escolher entre: 2 horas a menos por dia. 7 dias ao fim do contrato. Falta do aviso Se a empresa não dá o aviso ao empregado temos duas consequências: A empresa pagará os salários do período do aviso. O período do aviso será integrado no contrato de trabalho. • O TST que esta integração não é para todos os fins, mas somente com relação às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias (súmula 371/TST). Se o empregado não dá o aviso, a empresa pode descontar os salários do período. • PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS (ART. 477/CLT) Prazos Até o 1º dia útil seguinte ao término do contrato: Aviso Prévio trabalhado Término normal do contrato a termo Até o 10º após a comunicação da dispensa: Se não houve aviso prévio Aviso prévio indenizado Se a empresa dispensou o empregado do cumprimento do aviso Se o empregado cumpriu o aviso prévio em casa (OJ 14/SDI-1) Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Se não é respeitado o prazo: O empregador paga ao empregado multa equivalente a 1 salário do empregado. Se o empregado causou a demora não haverá multa. Compensação É possível desde que: Seja no máximo de 1 mês de remuneração do empregado. Verbas de natureza trabalhista. • VERBAS RESCISÓRIAS INCONTROVERSAS (ART. 467/CLT) Se há verbas rescisórias incontroversas, a empresa deve pagá-las até a data de comparecimento à 1ª audiência, sob pena de pagá-las acrescidas de 50%. Esta multa se aplica ao revel (aquele que não compareceu à audiência e não se defendeu), conforme súmula 69/TST. Esta multa do art. 467 não se aplica à União, Estados, DF, Municípios, Fundações e Autarquias. Estabilidades Existem alguns empregados que possuem estabilidade no emprego, ou seja, não podem ser dispensados sem justa causa - eles devem cometer alguma falta para serem dispensados. Inquérito para apuração de falta grave É discutível quais tipos de estabilidades o inquérito, espécie de ação judicial, é necessário para dispensar, sendo certeza absoluta em dois casos: • Estabilidade decenal (para quem a possui). • Dirigente sindical (súmula 379/TST). Aquisição no Aviso prévio Como regra, o empregado não adquiri estabilidade no aviso prévio, por exemplo, quem se candidata para dirigente sindical no período do aviso prévio, não terá estabilidade. Dois casos que são duvidosos é o da grávida e o do acidentado afastado mais de 15 dias. Reintegração A reintegração do estável é possível, mas somente se estiver no período de estabilidade. Se o período tiver terminado, caberá somente a indenização do período. Tipos de Estabilidades As principais estabilidades que podem aparecer na sua prova são: Gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. • Não faz diferença o conhecimento da gravidez. • Mesmo no contrato por prazo determinado. Acidentado afastado mais de 15 dias até 1 ano após o retorno ao emprego. • Mesmo no contrato por prazo determinado. • Durante o afastamento o contrato fica suspenso. Dirigente sindical desde o registro da candidatura até 1 ano após o fim do mandato. • LEIA A SÚMULA 369/TST, ela foi alterada em 2012. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. SUM-369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA I. É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho. II. O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a setedirigentes sindicais e igual número de suplentes. III. O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV. Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. V. O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. Membro eleito da CIPA desde o registro da candidatura até 1 ano após o fim do mandato. • Titulares e suplentes têm estabilidade (súmula 339, I, do TST). • Não é vantagem pessoal (súmula 339, II, do TST). Membro da CCP da eleição, até 1 ano após o fim do mandato (para parte da doutrina é do registro da candidatura). Empregado público Depende de onde trabalha. • Administração Direta, Autárquica e Fundacional tem estabilidade. • Sociedade de Economia Mista (S.E.M) e Empresa Pública (E.P) Não tem estabilidade, nem precisa motivar o ato de dispensa. • Correios (ECT) não tem estabilidade, mas precisa motivar o ato de dispensa. OBS: O STF acabou de julgar que é necessária a motivação da dispensa nas S.E.M e nas E.P, mas tal decisão não valerá para a prova, pois posterior ao edital, sendo que até o momento o posicionamento consolidado do TST era o mencionado acima. EXERCÍCIOS 1. Assinale a opção correta acerca do aviso prévio na CLT e em conformidade com o entendimento do TST. a) A falta de aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, mas nem sempre garante a integração desse período no seu tempo de serviço. b) É indevido o aviso prévio na despedida indireta. c) É incabível o aviso prévio nas rescisões antecipadas dos contratos de experiência, mesmo ante a existência de cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado. d) O valor das horas extraordinárias habituais integra o aviso prévio indenizado. 2. A respeito da estabilidade, assinale a afirmativa correta. a) A estabilidade da gestante dura de 28 dias antes até 92 dias após o parto. b) A estabilidade do membro da CIPA dura da eleição até 1 ano após o término do mandato, servindo para os representantes dos empregados, inclusive suplentes. c) A estabilidade do dirigente sindical dura do registro da candidatura até 1 ano após o término do mandato, servindo para os representantes dos empregados eleitos e seus suplentes, estando limitada ao número de 7 dirigentes sindicais. d) De acordo com o entendimento uniformizado do Tribunal Superior do Trabalho, o empregado poderá adquirir a estabilidade no curso do aviso prévio, pois este integra o contrato de trabalho para todos os efeitos, inclusive pecuniários. GABARITO 1 - D 2 - C Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. DIREITO ADMINISTRATIVO - ROBSON FACHINI • ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Administração Direta: É representada pelas entidades políticas, são elas: União, Estados, DF e Municípios, ou seja, têm capacidade para criar leis. Administração Indireta: É representada pelas entidades administrativas, são elas: Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista. Características das Entidades da Adm. Indireta: Têm personalidade jurídica própria Têm patrimônio e receita próprios. Têm autonomia: • Administrativa; • Técnica; • Financeira. Obs.: não tem autonomia política Finalidade definida em lei Controle do estado Não há subordinação nem hierarquia entre os entes da administração direta e indireta e sim vinculação que se manifesta através da supervisão ministerial realizada pelo ministério ou secretária da pessoa política responsável pela área de atuação da entidade administrativa, tal supervisão tem por finalidade o exercício do denominado controle finalístico ou poder de tutela. Em alguns casos a entidade administrativa pode estar diretamente vinculada à chefia do poder executivo e neste caso, caberá a esta chefia o exercício do controle finalístico de tal entidade. São frutos da descentralização por outorga legal. Técnicas Administrativas Representam os meios utilizados pela Administração Pública para desempenhar as atividades administrativas. Aqui veremos a centralização, descentralização e desconcentração. Preste atenção nas características que distinguem a descentralização da desconcentração, pois estas duas técnicas são cobradas com frequências pelas mais diversas bancas realizadoras de concursos públicos do país. CENTRALIZAÇÃO: A entidade política titular da competência para exercer determinada atividade administrativa, a exerce diretamente através de seus órgãos e agentes. DESCENTRALIZAÇÃO: O Estado desempenha algumas de suas atividades por meio de outras pessoas e não pela administração direta. Assim sendo, a pessoa política titular da atividade, transfere a execução dessa atividade para outra pessoa física ou jurídica. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Tabela Comparativa das Características dos Entes da Administração Pública EAE: Exploração da atividade econômica PSP: Prestação de serviço público. Diferenças entre empresas públicas e sociedades de economia mista Observação: Súmula 517 do STF: As sociedades de economia mista só tem foro na justiça federal, quando a União intervém como assistente ou opoente. • PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Orientam toda a atuação administrativa e não existe subordinação entre princípio a outro e nem hierarquia entre eles, afinal de contas, todos os princípios devem estar presentes em todas as atuações da Administração Pública. Legalidade: Atuação conforme a lei. Impessoalidade: A finalidade da atuação da Administração Pública é o INTERESSE PÚBLICO, sendo assim, é VEDADA A PROMOÇÃO PESSOAL em decorrência da atuação da Administração Pública. Moralidade: É um complemento ao princípio da legalidade, pois nem tudo que é legal é moral, sendo assim, cabe ao agente público o dever de agir com probidade (ética, honestidade, decoro e boa-fé), além disso, a probidade também é exigida do particular que se relaciona com a Administração Pública e a falta de probidade, seja por parte dos agentes públicos ou dos particulares poderá acarretar a prática de improbidade administrativa. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Publicidade: Os atos administrativos devem ser publicados em órgãos oficiais como uma condição de eficácia, ressalvados os atos sigilosos. Essa publicação tem que ser transparente, ou seja, acessível à população. Eficiência: Busca uma melhora no custo benefício da atuação administrativa, mostra uma preocupação com os resultados e traz para os agentes públicos o dever de eficiência (presteza, rapidez, esforço, rendimento funcional). Supremacia dos Interesses Públicos: Os interesses públicos se sobrepõe aos interesses particulares e por isso a Administração Pública tem PODERES (prerrogativas) especiais, úteis e necessários ao atendimento de sua finalidade. Indisponibilidadedo Interesse Público: A Administração Pública não pode abandonar os interesses públicos, o que acarreta na criação dos DEVERES da Administração Pública. Razoabilidade: Adequação entre meios e fins. Proporcionalidade: Veda a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquela estritamente necessária ao alcance do interesse público. Autotutela: A administração pode fazer um controle irrestrito sobre a sua atuação, podendo anular os atos ilegais, revogar os atos discricionários (legais) inconvenientes e inoportunos e convalidar os atos administrativos com defeitos sanáveis. Continuidade dos Serviços públicos: Os serviços públicos não podem ser interrompidos, salvo mediante aviso prévio, por inadimplemento do usuário ou para manutenção da rede de prestação de serviço, ou sem aviso prévio em situações de urgência. Segurança Jurídica: Veda a aplicação retroativa da nova interpretação da norma. • PODERES ADMINISTRATIVOS São prerrogativas conferidas pela lei aos agentes administrativos para que estes possam alcançar os objetivos das suas funções públicas. Decorrem do princípio da supremacia do interesse público. Poder Vinculado: É manifestado nas situações onde a lei determina que quando diante de determinada circunstância de fato e de direito a Administração Pública deve agir sem possibilidade de fazer julgamentos de conveniência e oportunidade administrativa. Poder Discricionário: É manifestado nas situações onde a lei autoriza a Administração Pública a tomar decisões (balizadas pela lei e também pelos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade), podendo fazer juízos de mérito administrativo, ou seja, juízos de conveniência e oportunidade. Poder Hierárquico: É um poder existe dentro da estrutura orgânica de uma pessoa jurídica da Administração Pública e confere prerrogativas ao superior hierárquico, tais como: ordenar, rever, fiscalizar, anular, revogar, convalidar, aplicar punições e ainda delegar e avocar funções. Poder Disciplinar: É a prerrogativa da Administração Pública de aplicar punições aos servidores públicos e as demais pessoas ligadas à Administração Pública por um vínculo jurídico específico. Poder de Polícia: É a prerrogativa que dispõe a Administração Pública para criar as limitações administrativas, onde visando o bem da coletividade ou do próprio Estado, pode a Administração Pública condicionar, restringir o uso, o gozo de bens, atividades e direitos individuais. Características Poder de Polícia: Do poder de polícia decorre a cobrança de taxas Atributos: Discricionariedade, Autoexecutoriedade e Coercibilidade. • ATOS ADMINISTRATIVOS São manifestações de vontade unilateral da Administração Pública. Elementos: Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto. Atributos: Presunção de Legitimidade, Imperatividade, Autoexecutoriedade e Tipicidade. Desfazimento Anulação: É o desfazimento do ato ilegal, decorre de vício na prática do ato e pode acontecer tanto com os atos vinculados como com os discricionários, a anulação gera efeitos ex-tunc (retroativos) e pode ser feita tanto pela Administração Pública de ofício ou por provocação, como pelo poder judiciário, mas neste último caso, somente por provocação. O direito de a Administração Pública anular atos administrativos eivados de vício de ilegalidade, dos quais decorram efeitos favoráveis para destinatários de boa-fé decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que praticado o ato. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Revogação: É o desfazimento do ato administrativo legal, discricionário (somente, não recai sobre atos vinculados), inconveniente e inoportuno que decorre de um exame de mérito (conveniência e oportunidade) e tem efeitos ex nunc (não retroativos). A revogação somente pode ser feita pelo poder judiciário. • CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Contratos administrativos: Regidos predominantemente por normas de direito público, ou seja, normas de direito privado e normas de direito público (cláusulas exorbitantes). Contratos privados: Regidos integralmente por normas de direito privado. Contratos da administração: São contratos celebrados por um órgão ou entidade da Administração Pública com outra pessoa e regido integralmente por normas de direito privado. CONCEITO Considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Formalismo: Veda o contrato verbal, salvo no caso de pequenas compras (até R$ 4000,00) com pagamento imediato Pessoalidade: Veda a subcontratação, salvo se a administração tiver previsto a hipótese e estipulado limite. Contrato de Adesão: O particular não propõe cláusulas no contrato, somente adere ao contrato estabelecido pelo ente contratante. Cláusulas Exorbitantes: Prerrogativas de direito público da Administração Pública Modificação unilateral do Contrato: Pode ser qualitativa ou quantitativa: • Qualitativa: modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos. • Quantitativa: quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos em Lei (25% para acréscimos ou supressões, no caso de reforma de edifício ou equipamento o limite é 50% para acréscimos e 25% para supressões). Fiscalização do Contrato Aplicação de Punição Ocupação Temporária: Medida cautelar utilizada durante a apuração de faltas contratuais praticadas pelo particular contratada, cuja finalidade é garantir a continuidade da prestação de serviços públicos essenciais. Rescisão unilateral do contrato pela Adm. Pública por culpa do particular ou decorrente de caso fortuito, força maior ou decorrente de razões de interesse público após a ocorrência de fato superveniente a celebração do contrato. EXTINÇÃO DO CONTRATO Conclusão do objeto do contrato Término do seu prazo de duração Anulação do contrato O reconhecimento da nulidade do contrato não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado de boa-fé, por tudo o que este houver executado e por outros prejuízos comprovados. Rescisão do contrato Rescisão unilateral pela Administração Pública ou rescisão por inadimplemento da Administração Pública. SERVIÇOS PÚBLICOS Não existe conceito expresso no ordenamento jurídico de serviços públicos, e a doutrina usa 3 elementos para conceituar uma atividade como serviço público. Elemento material: É uma atividade administrativa que visa à prestação de utilidade ou comodidade material, que possa ser fruível individual ou coletivamente pelos administrados, sejam elas vitais ou secundárias às necessidades da sociedade. Elemento subjetivo / orgânico: A TITULARIDADE do serviço público é EXCLUSIVA do ESTADO. Elemento formal: A prestação do serviço público é submetida a REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. FORMAS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS 1) PRESTAÇÃO DIRETA: é a prestação feita pelo Poder Público, aqui, Poder Público é sinônimo de administração direta e administração indireta, sendo assim, prestação direta é a prestação do serviço público feita pelas entidades da administração direta e também pelas entidades da administração indireta. 2) PRESTAÇÃO INDIRETA: é a prestação do serviçopúblico feita por particulares, mediante delegação da execução por meio de concessão, permissão ou autorização. 2.1. Concessão de Serviço Público: é a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. 2.2. Permissão de Serviço Público: é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. EXTINÇÃO DOS CONTRATOS DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 1) ADVENTO DO TERMO DE CONTRATO 2) ENCAMPAÇÃO: é a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização. 3) CADUCIDADE: é a extinção do contrato em razão da inexecução total ou parcial do contrato por parte da concessionário ou permissionária. 4) RESCISÃO: é a extinção do contrato, de iniciativa do particular, em razão do descumprimento de normas contratuais pelo poder concedente, deve ser precedido de ação judicial especialmente intentada para esta finalidade. 5) FALÊNCIA OU EXTINÇÃO DA EMPRESA CONCESSIONÁRIA OU INCAPACIDADE DO TITULAR, NO CASO DE EMPRESA INDIVIDUAL. • PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS As parcerias público privadas são modalidades específicas de contratos de concessão de serviços públicos. MODALIDADES CONCESSÃO PATROCINADA: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. CONCESSÃO ADMINISTRATIVA: é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. PROIBIÇÕES É vedada à celebração de contratos de parcerias público privadas: Cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais); Cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou Que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. Responsabilidade Civil do Estado A responsabilidade civil do Estado em decorrência da atuação administrativa manifesta-se na obrigação de natureza OBJETIVA (teoria do risco administrativo) que tem o Estado de indenizar os prejuízos sofridos por particulares em decorrência da atuação dos agentes públicos no exercício da função pública independentemente de dolo ou culpa dos agentes públicos. Assegurado o direito de regresso contra o agente público em caso de dolo ou culpa. Submetem-se a esta regra todas as pessoas jurídicas de direito público e as pessoas privadas de direito privado prestadoras de serviços públicos. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. • BENS PÚBLICOS De acordo com o critério da titularidade são bens públicos, os bens das pessoas jurídicas de direito público interno: União, Estados, DF, Municípios, Autarquias e fundações públicas com personalidade jurídica de direito público. Os bens das entidades da administração indireta com personalidade jurídica de direito privado são bens privados: Fundações Públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Os bens das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos (Fundação Pública, Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista, Concessionários e Permissionários da prestação de serviços públicos) são bens privados com características de bens públicos. Características: Os bens públicos são integralmente regidos por um regime jurídico específico, cujas principais características são: imprescritibilidade, impenhoralidade, não onerabilidade e na inalienabilidade relativa. • INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA E NO DOMÍNIO ECONÔMICO Os dois principais fundamentos da intervenção do Estado na propriedade privada é o atendimento da sua função social e também o princípio da supremacia do interesse público. Modalidades LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS: Segundo a ilustre administrativista Maria Sylvia Zanella Di Pietro limitações administrativas são “medidas de caráter geral, previstas em lei com fundamento no poder de polícia do Estado, gerando para os proprietários obrigações positivas ou negativas, com o fim de condicionar o exercício do direito de propriedade ao bem-estar social”. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA: Segundo o ilustre administrativista Hely Lopes Meirelles “servidão administrativa ou pública é ônus real de uso imposto pela Administração à propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário. REQUISIÇÃO: Segundo a doutrina do prof. Hely Lopes Meirelles a “requisição é a utilização coativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público por ato de execução imediata e direta da autoridade requisitante e indenização ulterior, para atendimento de necessidades coletivas urgentes e transitórias”. A requisição é prevista no art. 5º inc. XXV da CF: “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;” OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA: Segundo a doutrina do prof. Hely Lopes Meirelles a “ocupação temporária ou provisória é a utilização transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo Poder Público, para a execução de obras, serviços ou atividades públicas ou de interesse público”. TOMBAMENTO: Pelo tombamento o Poder Público objetiva através da intervenção na propriedade privada a proteção do patrimônio cultural brasileiro. Proteger o patrimônio cultural brasileiro é proteger a propriedade que retrata a memória nacional, os bens de ordem artística, histórica, arqueológica, cultural, científica, turística e paisagística. O tombamento é previsto no art. 216 § 1º da CF: “O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.” Efeitos do Tombamento O tombamento de uma propriedade privada pelo poder público gera os seguintes efeitos: É proibido ao proprietário ou a quem tenha direito de uso sobre o bem tombado destruí-lo, demoli-lo ou mutilá-lo; O proprietário somente poderá repara, pintar ou restaurar o bem após autorização do poder público; O proprietário deve conservar o bem tombado e ainda manter as suas características culturais, e caso não tenha recursos para realizar as obras de conservação do bem, deverá comunicar a situação ao órgão que decretou o tombamento, e este poderá mandar executar as obras necessárias sob as suas expensas; O poder público pode tomar a iniciativa de providenciar as obras necessárias à conservação do bem, independente de provocação do proprietário; Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Em face da alienação onerosa de bens tombados, pertencentes a pessoas naturais ou a pessoas jurídicasde direito privado, a União, os Estados e os Municípios terão, nesta ordem, o direito de preferência. Tal alienação não será permitida, sem que previamente sejam os bens oferecidos, pelo mesmo preço, à União, bem como ao Estado e ao município em que se encontrarem. O proprietário deverá notificar os titulares do direito de preferência a usá-lo, dentro de trinta dias, sob pena de perdê-lo. O ato de tombamento da propriedade não impede o proprietário de gravar livremente a coisa tombada, de penhor, anticrese ou hipoteca; O ato de tombamento não gera direito de indenização ao proprietário. Desapropriação A desapropriação, também chamada de expropriação é conceituada pelo professor Hely Lopes Meirelles como “a transferência compulsória de propriedade particular (ou pública de entidade de grau inferior para a superior) para o Poder Público ou seus delegados, por utilidade ou necessidade pública ou, ainda, por interesse social, mediante prévia e justa indenização em dinheiro, salvo as exceções constitucionais de pagamento em títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, no caso de área urbana não edificada, subutilizada ou não utilizada, e de pagamento em títulos da dívida agrária, por interesse social.” Competências As competências relativas a desapropriação são classificadas em competência legislativa, competência declaratória e competência executória. 1) COMPETÊNCIA LEGISLATIVA: privativa da União (art. 22 inc. II), mas a União pode delegar esta competência aos Estados e ao DF pelo menos quanto as matérias específicas de cada um, tal ato de delegação deve ser formalizado mediante lei complementar. 2) COMPETÊNCIA DECLARATÓRIA: é a competência para declarar um bem de utilidade pública ou de interesse social, o que já manifesta o interesse de realizar a desapropriação do bem. A competência declaratória é pertencente aos entes políticos: União, Estados, DF e Municípios. Exceção: a competência para declarar um bem de interesse social para fins de reforma agrária é privativa da União. 3) COMPETÊNCIA EXECUTÓRIA: é a competência para executar a desapropriação, o que envolve o exercício de todas as atividades relativas a transferência da propriedade privada para o poder público. Esta competência é mais ampla e abrange: • Administração Pública Direta e Indireta • Particulares prestadores de serviços públicos mediante descentralização por delegação (concessionários e permissionários), mas somente se autorizados expressamente em lei ou contrato. Art. 3º - Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato. Procedimento da Desapropriação A desapropriação decorre um procedimento administrativo composto de duas fases: fase declaratória e fase executória. 1) FASE DECLARATÓRIA O poder público declarar o bem de necessidade ou utilidade pública, manifestando a futura vontade de realizar a desapropriação do bem privado e transferi-lo para a sua posse ou para a posse de um particular delegatário de serviço público. Declaração de desapropriação: Decreto do chefe do poder executivo do ente político expropriante (União, Estados, DF e Municípios, conforme o caso) e excepcionalmente a declaração de desapropriação pode ser feita pelo poder legislativo. OBSERVAÇÃO! O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa da desapropriação, cumprindo, neste caso, ao Executivo, praticar os atos necessários à sua efetivação. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Conteúdo da declaração: descrição detalhada do bem a ser desapropriado, finalidade da desapropriação e o dispositivo da lei que autoriza a referida desapropriação. Efeitos da declaração: Declarada a utilidade pública, ficam as autoridades administrativas autorizadas a penetrar nos prédios compreendidos na declaração, podendo recorrer, em caso de oposição, ao auxílio de força policial; É iniciado o prazo para a efetivação da desapropriação: • 5 anos em caso de declaração de utilidade pública; • 2 anos em caso de declaração de interesse social. Caso a desapropriação não seja efetivada mediante acordo ou judicialmente, dentro do prazo estipulado, ocorrerá a caducidade do ato declaratório que não poderá mais ser executado, todavia, após um ano da caducidade do ato declaratório, o poder público poderá expedir novo decreto declarando aquele bem como de utilidade pública ou de interesse social. Deve ser indicado o estado do bem objeto da declaração para fins de fixação do valor da indenização; Súmula 23 STF - “Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra, não o impede a declaração de utilidade pública para desapropriação do imóvel, mas o valor da obra não se incluirá na indenização, quando a desapropriação for efetivada.” 2) FASE EXECUTÓRIA Na fase executória são tomadas todas as medidas necessárias para a transferência da posse do bem para o executor da desapropriação. A finalidade da fase executória é promover a transferência da posse do bem para o poder pública e ainda garantir o pagamento da devida indenização ao particular. A fase executória pode ser realizada amigavelmente pela via administrativa ou pela via judicial. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. DIREITO PROCESSUAL PENAL - WALLACE FRANÇA • ESPÉCIES DE PRISÕES PROCESSUAIS Prisão em Flagrante, Temporária, Preventiva e Domiciliar. Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I. maior de 80 (oitenta) anos; II. extremamente debilitado por motivo de doença grave; III. imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV. gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. • PRISÃO EM FLAGRANTE Dispensa ordem judicial. Constitui medida pré-cautelar, preparatória ou subcautelar. Sujeito Ativo: Qualquer do povo - poderá = exercício regular de um direito. Autoridade policial - deverá - estrito cumprimento do dever legal. Sujeito Passivo: Pessoa presa. Não podem ser presos em flagrante: • Menores de 18 anos (ECA). • Quem presta socorro nos delitos de trânsito. • Diplomatas estrangeiros e seus familiares. • Agentes consulares nos crimes relacionados ao exercício da função. • Presidente da República (somente pode ser preso após transito em julgado). • Membros do Congresso Nacional (Deputados Federais e Senadores da República) - somente no caso de crimes inafiançáveis - apresentado e imediatamente à casa que deliberará sobre a prisão. • Deputados Estaduais - somente no caso de crimes inafiançáveis - Será apresentado e imediatamente à assembleia que deliberará sobre a prisão. • Magistrados e MP - Crime inafiançável - fato comunicado ao órgão superior. • Advogado: Se o crime for por motivo do exercício da profissão - somente poderá ser preso em flagrante em crime inafiançável. • Lei 9.090/95 - se for imediatamente encaminhado ao juizado ou compromisso de comparecer, não se imporá prisão em flagrante. • Flagrantes em crimes de ação penal privada ou condicionada - requerimento da vítima ou representantelegal (representação). • Art. 28 da lei de drogas - não cabe prisão, nem definitiva nem em flagrante. ESPÉCIES DE FLAGRANTE 1. Está cometendo a infração ou acaba de cometê-la - flagrante próprio ou real. Art. 302 do CPP. Considera-se em flagrante delito quem: I. está cometendo a infração penal; II. acaba de cometê-la. 2. Agente é perseguido, logo após, em situação que faça presumir ser o autor da infração - flagrante impróprio ou quase-flagrante. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 3. O agente é encontrado, logo após, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor - flagrante presumido ou ficto. Infrações Permanentes - estará em flagrante enquanto não cessar a permanência. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES Flagrante preparado ou provocado (agente provocador). Súmula 145 STF - Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. Flagrante esperado. Não há a provocação, a autoridade policial apenas espera que o investigado cometa o delito. Flagrante forjado. Implantação de provas falsas. Flagrante postergado, retardado ou diferido (ação controlada). Lei das organizações criminosas: Não há necessidade de autuação judicial - ação controlada descontrolada. Lei de drogas - entrega vigiada: Há a necessidade de autorização judicial e oitiva do MP. Lei de lavagem de capitais - somente se pode postergar a prisão por mandado judicial. • CONTROLE JURISDICIONAL Recebendo os autos o juiz deverá: 1. Relaxar a prisão ilegal. 2. Converter em prisão preventiva caso não caiba medidas cautelares diversas da prisão. 3. Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. Excludentes da ilicitude. • PRISÃO TEMPORÁRIA 1. Imprescindível para as investigações do Inquérito Policial. 2. Indiciado não tem residência fixa ou houver dúvida quanto à identidade. 3. Indícios de autoria ou participação nos crimes (fumus comissi delicti). a) Homicídio doloso. b) Sequestro ou cárcere privado. c) Roubo. d) Extorsão. e) Extorsão mediante sequestro. f) Estupro. g) Epidemia com resultado morte. h) Envenenamento de água potável ou substância alimentícia - qualificado pela morte. i) Quadrilha ou bando. j) Genocídio. k) Trafico de drogas. l) Crimes contra o sistema financeiro. Hediondos. Alteração de produtos para fins terapêuticos Tortura. Terrorismo. Nesses casos, mesmo não estando os crimes previstos na lei da prisão temporária, é cabível a prisão temporária, pois se tratam de crimes hediondos ou equiparados. PRISÃO TEMPORÁRIA DE OFÍCIO Impossível (vai até a denuncia). Prazo: 05 dias. Hediondo: 30 + 30 dias. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. • PRISÃO PREVENTIVA Requisitos: Condições de admissibilidade. Fumus comissi delicti e periculum libertatis. Inadequação ou insuficiência das medidas cautelares diversas da prisão. • Se for possível uma medida cautelar diversa, ela será aplicada, a preventiva é a última ratio. Condições de Admissibilidade: 1. Crimes dolosos punidos com pena máxima superior a 04 anos. 2. Já condenado por outro crime doloso com transito em julgado e no tempo da reincidência (05 anos). 3. Violência doméstica e familiar - art. 129, §9º do CP. - 03 anos. • Mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo, deficiente para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. 4. Dúvida sobre a identidade civil. • Culposo e contravenção. Art. 129, § 9º do CP. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. § 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. Condição negativa de admissibilidade: • Se houver a presença de uma das causas excludentes da ilicitude, não se aplicará a prisão preventiva. Requisitos Cautelares: Fumus comissi delicti (cumulativos). • Prova da existência do crime e indícios de autoria. Periculum libertatis (alternativo). • Garantia da ordem pública e econômica (periculosidade - meio ambiente). • Conveniência da instrução criminal - o acusado que atrapalha na produção de provas. • Assegurar a aplicação da lei penal - risco de fuga. • Descumprimento injustificado das medidas cautelares. Prisão preventiva substitutiva. Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I. Nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II. Se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; III. Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; IV. Revogado Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. MATERIAL COMPLEMENTAR Prisão Especial ou Quartel Local distinto da prisão comum ou cela distinta. 1. Ministros de estado. 2. Governadores ou interventores de Estado ou território o prefeito do DF, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais os vereadores e os chefes de polícia. 3. Os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembleias Legislativas dos Estados. 4. Os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito". 5. Os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarão separadas das que já estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execução penal. Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel da instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das autoridades competentes. Art. 296. Os inferiores e praças de pré, onde for possível, serão recolhidos à prisão, em estabelecimentos militares, de acordo com os respectivos regulamentos. 6. Os magistrados. 7. Os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República. 8. Os ministros de confissão religiosa. 9. Os ministros do Tribunal de Contas. 10. Os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função. 11. Os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. Advogados Sala de Estado Maior, alguns doutrinadores entendem que o direito à sala de estado maior do advogado teria acabado permanecendo tão somente o direito à prisão especial prevista acima (art. 295 CPP). Alojamento coletivo: • Salubridade, aeração, insolação, condicionamento
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