Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tabela Periódica QUÍMICA A Ciência Central 9ª Edição Química Geral I Profª. Livia Carneiro • Em 1800, 31 elementos químicos conhecidos; • Em 1865, 63 elementos químicos conhecidos; • Em 2002, haviam 115 elementos conhecidos, atualmente são 118 elementos conhecidos. • A maior parte dos elementos foram descobertos entre 1735 e 1843. • Como organizar os diferentes elementos de forma que possamos fazer previsões sobre elementos não descobertos? O desenvolvimento da Tabela Periódica O desenvolvimento da Tabela Periódica • Ordenar os elementos de modo que reflita as tendências nas propriedades químicas e físicas. • A primeira tentativa (Mendeleev e Meyer) ordenou os elementos em ordem crescente de massa atômica. • Faltaram alguns elementos nesse esquema. Exemplo: em 1871, Mendeleev observou que a posição mais adequada para o As seria abaixo do P, e não do Si, o que deixou um elemento faltando abaixo do Si. Ele previu um número de propriedades para este elemento. Em 1886 o Ge foi descoberto. As propriedades do Ge se equiparam bem à previsão de Mendeleev. O desenvolvimento da Tabela Periódica O desenvolvimento da Tabela Periódica Tabela periódica de Mendeleev • Raios X – Moseley • Em 1913, dois anos após Rutherford propor o modelo atômico do átomo, um físico inglês, Moseley, desenvolveu o conceito de números atômicos. • Moseley determinou as frequencias de raios X emitidas à medida que diferentes elementos eram bombardeados com elétrons de alta energia. • Cada elemento produz raios X de frequencia única, que aumenta com o aumento da massa atômica. • Moseley distribuiu as frequencias de raios-X em ordem atribuindo um número inteiro exclusivo para cada elemento, chamado número atômico. O desenvolvimento da Tabela Periódica Tabela Periódica Longa • A tabela periódica pode ser utilizada como um guia para as configurações eletrônicas. • O número do periodo é o valor de n. • Os grupos 1A e 2A têm o orbital s preenchido. • Os grupos 3A -8A têm o orbital p preenchido. • Os grupos 3B -2B têm o orbital d preenchido. • Os lantanídeos e os actinídeos têm o orbital f preenchido. Configurações eletrônicas e a tabela periódica Configurações eletrônicas e a tabela periódica Metais de transição • Depois de Ar, os orbitais d começam a ser preenchidos. • Depois que os orbitais 3d estiverem preenchidos, os orbitais 4p começam a ser preenchidos. • Metais de transição: são os elementos nos quais os elétrons d são os elétrons de valência. Configurações eletrônicas Lantanídeos e actinídeos • Do Ce em diante, os orbitais 4f começam a ser preenchidos. • Observe: La: [Kr]6s25d1; alguns lantanídeos apresentam configuração eletrônica envolvendo elétrons 5d, em virtude de as energias dos orbitais 4f e 5d serem muito próximas. • Os elementos Ce -Lu têm os orbitais 4f preenchidos e são chamados lantanídeos ou elementos terras raras. • Os elementos Th -Lr têm os orbitais 5f preenchidos e são chamados actinídeos. • A maior parte dos actinídeos não é encontrada na natureza. Configurações eletrônicas De acordo com a distribuição eletrônica, os elementos químicos podem ser classificados em representativos, de transição e de transição interna. Representativos são elementos cuja distribuição eletrônica termina em “s” ou “p”. Exemplos: Magnésio - 12Mg: 1s 2 2s2 2p6 3s2 Silício - 14Si: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p2 Arsênio - 33As: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p3 Transição são elementos cuja distribuição eletrônica termina em “d”. Exemplos: Escândio - 21Sc: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d1 Cromo - 24Cr: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d4 ....4s1 3d5 Cobre - 29Cu: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d9 ....4s1 3d10 Alguns elementos de transição não seguem as regras de distribuição eletrônica: aqueles que terminam em d4 ou d9 apresentam promoção de um elétron do subnível “s” anterior para o subnível “d”, resultando, respectivamente, as configurações s1 d5 e s1 d10. Transição interna são elementos cuja distribuição eletrônica termina em “f”. Exemplos: Urânio 92 57U 238 : 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f4 Transição interna (f) Transição interna (f) (s2) R ep re se n ta ti vo s (s ) G . n o b re s ( p 6 ) Distribuição dos elementos químicos na TP Representativos (p) H Transição (d) Exemplos 1. Lítio (Li) está no 2o período. Portanto, possui dois níveis de energia. 3Li: 1s 2 2s1 2. Cobalto (Co) está no 4o período. Portanto, possui quatro níveis de energia. 27Co: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d7 Nos grupos A estão os elementos representativos, em que o número de elétrons do último nível é o número do grupo. Exemplos 12Mg: 1s 2 2s2 2p6 3s2 Grupo 2A 1. O magnésio (Mg) está no 3o período. Portanto, possui três níveis de energia e pertence ao grupo 2 A. Grupo 5A 2. O Arsênio (As) está no 4o período. Portanto, possui quatro níveis de energia e pertence ao grupo 5A. 33As: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p3 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d10 4s2 4p3 Nos grupos B estão os elementos de transição, cuja soma do número de elétrons “s” e “d” é o número do grupo. 1. Escândio (Sc) está no 4o período. Possui quatro níveis de energia. 21Sc: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d1 2. Cromo (Cr) está no 4o período. Portanto, possui quatro níveis de energia. 24Cr: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d5 Grupo 3B Grupo 6B Exemplos Nos grupos cuja soma é 8, 9 ou 10, os elementos têm propriedades muito semelhantes e são agrupados em uma tríade: grupo 8B. Cobalto - 27Co: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p2 4s2 3d7 Exemplo Grupo 8B Nos grupos 11 e 12, os elementos têm subnível “d” completo e pertencem aos grupos 1B e 2B. Cobre - 29Cu: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d10 Grupo 1B Exemplo No grupo 8A estão os gases nobres Argônio - 18Ar: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 Exemplo Nos grupos 3B do 6º e do 7º períodos estão os elementos de transição interna. Cério – 58Ce: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f2 Exemplo Grupo 3B De acordo com algumas propriedades, os elementos químicos podem ser classificados em metais, não- metais, semimetais (metaloides). Hidrogênio Metal Semimetal Não-metal TABELA PERIÓDICA Características Químicas: Tendência a formar cátions (Íons Positivos). Características Físicas: Possuem Brilho Metálico. Possuem cor entre acinzentado e prateado, com exceção do ouro (dourado) e cobre (avermelhado). METAIS Características Físicas: A 25 oC e 1 atm são sólidos, exceção do Hg (líquido). Possuem estruturas cristalinas definidas (ccc, cfc, hc). Cúbica de corpo centrado - ccc Cúbica de face centrada -cfc Hexagonal compacta - hc São bons condutores de eletricidade e calor. Características Físicas: São maleáveis e dúcteis. NÃO - METAIS São 11 elementos: C, N, P, O, S, Se, F, Cl, Br, I e At. Características Químicas Tendência a formar ânions (Íons Negativos). Características Físicas Não possuem Brilho (exceção I2(s) e Cgrafite); A 25 oC e 1 atm são sólidos, líquidos e gasosos; Não são bons condutores de calor e de eletricidade (exceção do Cgrafite); Possuem Ponto de Fusão menor do que os metais (exceção Cdiamante, PF 3570 oC). SEMIMETAIS São 7 elementos: B, Si, Ge, As, Sb, Te e Po. Características Químicas Podem formar cátions ou ânions, conforme a situação. Características Físicas Possuem pouco brilho ; A 25 oC e 1 atm são sólidos; São semicondutores. HIDROGÊNIO Combina com metais, não-metais e semimetais. Nas condições ambientes é um gás extremamente inflamável. GASES NOBRES Apresentam grande estabilidade química. Nas condições ambientes são gases. HYDROS= ÁGUA e GENES= GERADOR • Força de atração entre o núcleo e os elétrons mais externos: – Carga nuclear efetiva; – Tamanho de átomos e íons; – Energia de ionização; – Afinidade eletrônica. Para entender as propriedades dos átomos... • Considere uma molécula diatômica simples. • A distância entre os dois núcleos é denominada distância de ligação (raio ligante). • Se os dois átomos que formam a molécula são os mesmos, metade da distância de ligação é denominada raio covalente do átomo. • Raio não-ligante (vandder Waals): para determinar o tamanho dos átomos. Tamanho dos átomos e dos íons Tendências periódicas nos raios atômicos • Como uma consequência do ordenamento na tabela periódica, as propriedades dos elementos variam periodicamente. • O tamanho atômico varia consistentemente através da tabela periódica. • Ao descermos em um grupo, os átomos aumentam. • Ao longo dos períodos da tabela periódica, os átomos tornam- se menores. Existem dois fatores agindo: • Número quântico principal, n, e • a carga nuclear efetiva, Zef. Tendências periódicas nos raios atômicos • A carga nuclear efetiva é a carga “sentida” por um elétron em um átomo polieletrônico. • A carga nuclear efetiva não é igual à carga no núcleo devido ao efeito dos elétrons internos. • Uma boa aproximação para o cálculo da Carga Nuclear Efetiva pode ser: Zef = Z – S , sendo que S é o número de elétrons internos, ou da camada de blindagem. A carga nuclear efetiva, agindo em um elétron, é igual ao número de prótons no núcleo, Z, menos o número médio de elétrons, S, que está entre o núcleo e o elétron em questão. Carga nuclear efetiva • À medida que o número quântico principal aumenta (ex., descemos em um grupo), a distância do elétron mais externo ao núcleo aumenta. Consequentemente, o raio atômico aumenta. • Ao longo de um período na tabela periódica, o número de elétrons mais internos mantém-se constante. Entretanto, a carga nuclear aumenta. Conseqüentemente, aumenta a atração entre o núcleo e os elétrons mais externos. Essa atração faz com que o raio atômico diminua. Tendências periódicas nos raios atômicos • O tamanho do íon é a distância entre os íons em um composto iônico. • O tamanho do íon também depende da carga nuclear, do número de elétrons e dos orbitais que contenham os elétrons de valência. • Os cátions deixam vago o orbital mais volumoso e são menores do que os átomos que lhes dão origem. • Os ânions adicionam elétrons ao orbital mais volumoso e são maiores do que os átomos que lhe dão origem. Tendências nos tamanhos dos íons • Para íons de mesma carga, o tamanho do íon aumenta à medida que descemos em um grupo na tabela periódica. • Todos os membros de uma série isoeletrônica (têm o mesmo número de elétrons) • Quando a carga nuclear aumenta em uma série isoeletrônica (número de elétrons constantes), os íons tornam-se menores : Aumentando a carga nuclear O2- > F- > Na+ > Mg2+ > Al3+ Diminuindo o raio iônico Tendências nos tamanhos dos íons • Facilidade com que os elétrons podem ser removidos de um átomo. É a energia mínima necessária para remover um elétron de um átomo ou íon gasoso isolado em seu estado fundamental. Energia de ionização • A primeira energia de ionização, I1, é a quantidade de energia necessária para remover o primeiro elétron de um átomo gasoso: Na(g) Na+(g) + e- • A segunda energia de ionização, I2, é a energia necessária para remover um elétron de um íon gasoso: Na+(g) Na2+(g) + e- • Quanto maior a energia de ionização, maior é a dificuldade para se remover o elétron. Energia de ionização Variações nas energias de ionização sucessivas • Há um acentuado aumento na energia de ionização quando um elétron mais interno é removido. Energia de ionização Tendências periódicas nas primeiras energias de ionização • A energia de ionização diminui à medida que descemos em um grupo. • Isso significa que o elétron mais externo é mais facilmente removido ao descermos em um grupo. • À medida que o átomo aumenta, torna-se mais fácil remover um elétron do orbital mais volumoso. • Geralmente a energia de ionização aumenta ao longo do período. • Ao longo de um período, Zef aumenta. Consequentemente, fica mais difícil remover um elétron. Energia de ionização • São duas as exceções: a remoção do primeiro elétron p e a remoção do quarto elétron p. Ex: berílio e boro; nitrogênio e oxigênio. Configurações eletrônicas de íons • Cátions: os elétrons são primeiramente removidos do orbital com o maior número quântico principal, n: Li (1s2 2s1) Li+ (1s2) Fe ([Ar]3d6 4s2) Fe3+ ([Ar]3d5) • Ânions: os elétrons são adicionados ao orbital com o mais baixo valor de n disponível: F (1s2 2s2 2p5) F (1s2 2s2 2p6) Energia de ionização • A afinidade eletrônica é o oposto da energia de ionização. • A afinidade eletrônica é a alteração de energia quando um átomo gasoso ganha um elétron para formar um íon gasoso: Cl(g) + e- Cl-(g) DE = -349 kJ/mol (exotérmica) • A afinidade eletrônica pode ser tanto exotérmica (como o exemplo acima) quanto endotérmica: Ar(g) + e- Ar-(g) DE > 0 Afinidades eletrônicas Afinidade eletrônica em kJ/mol
Compartilhar