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Antijurid causa de justificacao

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ANTIJURIDICIDADE:
Antijuridicidade e injusto:
Damásio de Jesus entende que não há diferença entre antijuridicidade e injusto, mas outros doutrinadores entende que sim, que Antijuridicidade é a contradição da ação com uma norma jurídica. Injusto é a própria ação valorada antijuridicamente. O injusto é a forma de conduta antijurídica propriamente: a perturbação arbitrária da posse, o furto, a tentativa de homicídio etc. A antijuridicidade é uma qualidade dessa forma de conduta, mais precisamente a contradição em que se encontra com o ordenamento jurídico.
ANTIJURIDICIDADE FORMAL E MATERIAL:
FORMAl: É a contradição da ação com o mandamento da norma jurídica;
MATERIAL: constitui na lesão produzida pelo comportamento humano que fere o interesse jurídico protegido, isto é, além da contradição da conduta praticada com a previsão da norma, é necessário que o bem jurídico protegido sofra a ofensa ou a ameaça potencializada pelo comportamento desajustado. A lesão do bem jurídico supõe um dano para a comunidade que justifica a caracterização do delito como “comportamento socialmente danoso”. 
Porém, não se justifica um conceito de antijuridicidade formal em contradição a um conceito material de ilicitude. A primeira confunde-se com a tipicidade, pois a contradição entre o comportamento humano e a lei penal se exaure no primeiro elemento do crime que é o fato típico. A locução antijuridicidade formal não indica uma outra espécie de ilicitude (antijuridicidade), mas é, apenas, um modo de exprimir um dos elementos do fato típico (a tipicidade). Dizer que um fato apenas porque adequado a um modelo legal, é formalmente antijurídico constitui erro, pois somente se tomou por base a tipicidade, não a valoração da conduta em face do direito protetor do interesse. Daí a razão de se afirmar que a antijuridicidade formal é a tipicidade e a antijuridicidade material é a própria antijuridicidade.
CAUSAS DE EXCLUSÃO DE ANTIJURIDICIDADE:
Introdução:
Requisitos objetivos e subjetivos de justificação:
Subjetivo: não bastam os elementos objetivos da causa de justificação, deve existir também o conhecimento que age com a justificativa. Ex. Prisão do desafeto, desconhecendo que contra ele tem mandado de prisão. O sujeito atira em seu inimigo que se encontra atrás de uma moita e ao chegar perto percebe que ele estava estuprando uma mulher.
Causas supralegais de exclusão da antijuridicidade; 
São causas de justificação não previstas na legislação penal. A lacuna da previsão legislativa pode ser suprida pelos processos de auto-integração da lei penal. Existem condutas consideradas justas pela consciência social que não se encontram acobertadas pelas causas de exclusão da antijuridicidade. Assim, não há crime aplicando-se uma causa supralegal de exclusão da ilicitude. Tratando-se a disposição de norma penal não incriminadora e havendo lacuna no ordenamento jurídico extrapenal, é permitido ao intérprete lançar mão da analogia, dos costumes e dos princípios gerais de direito. A base legal se encontra no art. 4º da LINDB. Como o legislador não pode prever todas as hipóteses em que as transformações produzidas pela evolução ético-social de um povo passam a autorizar ou permitir a realização de determinadas condutas, inicialmente proibidas, deve-se, em princípio, admitir a existência de causas supralegais de exclusão da antijuridicidade (recurso metajurídico), em que pese alguma resistência oferecida por parte da doutrina. No ordenamento jurídico penal brasileiro, pode-se destacar o consentimento do ofendido como causa supralegal de exclusão da ilicitude. O consentimento justificante poderá existir, quando decorrer de vontade juridicamente válida do titular de um bem disponível. O consentimento do titular de um bem jurídico disponível afasta a contrariedade à norma jurídica, ainda que eventualmente a conduta consentida venha a se adequar a um modelo abstrato de proibição. Ex. crimes de cárcere privado (148), furto (155), dano (163) etc.
Excesso nas justificativas:
Decorre do uso imoderado ou desnecessário de determinado meio, que causa resultado mais grave do que o razoavelmente suportável nas circunstâncias. O excesso será doloso quando o agente deliberadamente aproveitar da situação excepcional que lhe permite agir, para impor sacrifício maior do que o estritamente necessário à salvaguarda do seu direito ameaçado ou lesado. 
Excesso doloso – consciente: Configurado o Excesso doloso, responderá o agente dolosamente pelo fato praticado. Percebe-se que numa primeira fase age acobertado por uma descriminante. Numa segunda fase, consciente de que a agressão é injusta já cessou, continua agindo, neste caso, ilicitamente. Se por exemplo após atirar em uma pessoa, quebrando-se 
Excesso culposo – inconsciente: 
consciente: o sujeito responde pelo fato a título de dolo (art. 23, § único)
Excesso nas justificativas
a) escusável:
a) erro de tipo
						b) inescusável:
inconsciente: 
								b) erro de proibição: 
EXCESSO:
		 - doloso: responde pelo resultado a título de dolo
Excesso nas						- Exclui o dolo e a culpa
justificativas				- escusável 
		 - inconsciente: 			
					- inescusável: - exclui o dolo e não a culpa
								( culpa imprópria)
CAUSAS DE EXCLUSÕES DE ANTIJURIDICIDADE:
LEGÍTIMA DEFESA:
REQUISITOS:
agressão injusta, atual ou iminente;
AGRESSÃO só pode ser conduta humana e não de animais.
Se a uma pessoa açula um cão bravio para atacar uma pessoa?
Agressão pode ser ativa ou passiva:
Agressão injusta: contrária ao ordenamento jurídico. A agressão injusta deve ser analisada de forma objetiva, independente da consciência da ilicitude por parte do agressor. Assim admite a excludente contra a conduta de um inimputável.
Admite-se legítima defesa contra quem pratica o fato acobertado por causa de exclusão da culpabilidade: erro de proibição, coação moral irresistível, obediência hierárquica, embriaguez completa; 
Há legítima defesa contra legítima defesa? (legítimas defesa recíprocas)
Não. Se A se encontra em legítima defesa contra B, é porque a conduta deste constitui agressão injusta. Ora, se o comportamento de B é ilícito, não pode ser ao mesmo tempo lícito.
direitos do agredido ou de terceiro, atacado ou ameaçado de dano pela agressão;
repulsa com os meios necessários;
uso moderado de tais meios;
conhecimento da agressão e da necessidade da defesa (vontade de defender-se)
OFENDÍCULAS: obstáculos. Juridicamente significa: aparato para defender o patrimônio, o domicílio ou qualquer bem jurídico de ataque ou ameaça.
Ex. cacos de vidros nos muros; ponta de lança em cercas; corrente elétrica em maçanetas da porta; corrente elétrica em cercas; 
Se o proprietário eletrifica a maçaneta da porta da rua, responde pelo resultado produzido em terceiro que a toque (a título de culpa ou dolo). Se eletrificar a maçaneta de uma porta interna contra ataque de ladrão, encontra-se em legítima defesa. Se o dono de uma fazenda eletrifica a cerca de local onde passam criança, responde pelo resultado causado em algumas delas. Se, satisfeito os requisitos da justificativa, há ferimento em terceiro inocente, trata-se de legítima defesa putativa.
ESTRITITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL:
- dever legal: qualquer obrigação direta ou indireta derivada de lei, decreto, regulamento etc.
	- dentro dos rígidos limites da lei:
	- conhecimento da situação justificante;
	- co-autores no cumprimento da ordem;
Ex: o carrasco que executa uma pena de morte; o policial que prende e encarcera o criminoso.
O art. 292 do CPP diz que os executores poderão usar da força (meios necessários) para quebrar a resistência para se defenderem ou para vencerem a resistência.
	Dois requisitos devem se estritamente observados, para configurar a excludente:
ESTRITO CUMPRIMENTO:
Somente os atos rigorosamente necessários justificam o comportamento permitido.
DEVER LEGAL:
É indispensável que o dever seja legal,isto é, decorra de lei, não o caracterizando obrigações de natureza social, moral ou religiosa.
Esta norma permissiva não autoriza, contudo, que os agentes do Estado possam, amiúde, matar ou ferir pessoas apenas porque são marginais ou estão delinqüindo ou então estão sendo legitimamente perseguidas. A própria resistência do eventual infrator não autoriza essa excepcional violência oficial (ex. matar o preso somente porque ele está fugindo). Se a resistência – ilegítima – constituir-se de violência ou grave ameaça ao exercício legal da atividade de autoridades públicas, configura-se uma situação de legítima defesa, permitindo a reação dessas autoridades, desde que empreguem moderadamente os meios necessários para impedir ou repelir a agressão. Será uma excludente dentro da outra.
Apesar de o destinatário natural dessa excludente de criminalidade serem os agentes públicos, nada impede que possa ser aplicada ao cidadão comum, quando aturar sob a imposição de um dever legal. Ex. o dever que tem os pais de guarda vigilância e educação dos filhos inerentes do CC. Assim, algum constrangimento, sem excesso, praticado no exercício do poder familiar estaria justificado pelo estrito cumprimento do dever legal.
	
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO:
O exercício de um direito, desde que regular, não pode ser, ao mesmo tempo, proibido pelo direito. Regular será o exercício que se contiver nos limites objetivos e subjetivos, formais e materiais impostos pelos próprios fins do Direito.
Qualquer direito público ou privado, penal ou extrapenal, regularmente exercido, afasta a antijuridicidade. Mas o exercício deve ser regular, isto é, deve obedecer a todos os requisitos objetivos exigidos pela ordem jurídica.
- CONCEITO: causa de exclusão da ilicitude que consiste na prerrogativa conferida pelo ordenamento jurídico;
	-ALCANCE: qualquer pessoa pode exercitar um direito subjetivo ou faculdade 
			 prevista em lei;
			 Ex. prisão em flagrante pelo particular;
			 prática de intervenção cirúrgica, art. 146, § 3º, I, CP.
-significado da expressão direito: é empregado no sentido amplo. 
Ex. jus corrigendi do pai de família que deriva do poder familiar”. Regulamentos das associações autorizadas legalmente a funcionar (lesões praticadas nas competições esportivas);
	- Intervenções médicos cirúrgicas: 
		- com o consentimento: E.R.D.
		- sem o consentimento: Estado de necessidade
Se a cirurgia é feita por um médico é caso de exercício regular de um direito. Se é feito por um leigo, será estado de necessidade. Ex. aborto praticado por uma enfermeira para evitar a morte da gestante. O art. 128, I do CP fala em médico.
O MÉDICO exercita uma conduta legítima, não pode resultar em incriminação.
VIOLÊNCIA ESPORTIVA: (boxe, futebol, luta livre)
Se houver obediência as regras do jogo, os seus autores não respondem por crime , encontrando-se acobertados pela excludente do exercício regular de direito, uma vez que é prática autorizada e fiscalizada pelo Estado, pelo seu exercício não constitui fato ilícito.
A conduta do jogador é perfeitamente lícita, pelo que os resultados danosos que acidentalmente ocorrerem também ficam acobertados pela licitude.
DIREITO POSSESSÓRIO: 
Esbulho Possessório: Quando o desforço se realiza após a consumação do esbulho, sem o requisito da atualidade é exemplo de exercício regular de direito. 
Turbação: havendo neste caso a atualidade, trata-se de legítima defesa da propriedade, que para fins penais, nem precisaria vir expressa no Código Civil. Veja-se os artigos 1.210 do CC.
Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
ESTADO DE NECESSIDADE:
Há no estado de necessidade uma colisão de bens juridicamente tutelados causada por forças diversas, como um fato humano, fato animal, acidente ou forças da natureza. Em tais casos para proteger interesse próprio ou alheio, o Direito permite a lesão de outro bem, desde que seu sacrifício seja imprescindível para a sobrevivência daquele. Se há dois bens em perigo de lesão, o Estado permite que seja sacrificado um deles, pois, diante do caso concreto, a tutela penal não pode salvaguardar a ambos.
No Estado de Necessidade, o Direito reconhecendo sua impotência para salvar os bens em perigo, admite que um deles seja sacrificado em benefício do outro, aguardando a solução natural, para proclamá-la legítima.
Ex. tábua de salvação; danos materiais produzidos em propriedade alheia para extinguir um incêndio e salvar pessoas que se encontram em perigo; subtração de alimentos para salvar vidas;
ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE E EXCULPANTE.
O estado de necessidade justificante ou exculpante depende da teoria adotada e em virtude da proporcionalidade do bem sacrificado (ponderação dos bens). 
No Brasil adotamos a teoria unitária, não se admitindo que o bem sacrificado seja de igual ou maior valor que o bem preservado, diante do disposto no parágrafo segundo do art. 24 CP (proporcionalidade dos bens em conflito), dizendo que neste caso haverá uma diminuição de pena (art. 24, § 2º CP). Já na teoria diferenciadora, se o bem sacrificado for de menor valor, fala-se em estado de necessidade justificante e se for de igual ou maior valor, fala-se em estado de necessidade exculpante, adotado pelo código espanhol e alemão.
REQUISITOS:
- Existência de um perigo atual;
- ameaça a direito próprio ou alheio;
DIREITO: Pode ser entendida por qualquer bem jurídico, como a vida, a integridade física, a honra, a liberdade e o patrimônio.
- situação não causada voluntariamente pelo sujeito;
O que não deve ter sido provocado pela vontade do agente não é o resultado, mas a situação de perigo. Assim, é necessário que a própria situação de necessidade tenha sido provocada intencionalmente. A maioria da doutrina admite a possibilidade de invocar-se estado de necessidade tanto nos crimes dolosos como nos crimes culposos, desde que a situação de perigo não tenha sido provocada intencionalmente. Ex. se uma pessoa dirige um veículo acima da velocidade permitida (situação de perigo), imprudentemente não afastará a descriminante. Agora, se ao dirigir em velocidade inadequada havia a intenção de criar a situação perigosa, nessa hipótese, estará afastada a possibilidade de invocar a causa justificante.
- inexistência do dever legal de arrostar o perigo (art. 24, § 1º) 
É da essência de determinadas funções ou profissões o dever de enfrentar determinado grau de perigo, impondo a obrigação do sacrifício, como são exemplos: o policial, o bombeiro, o segurança etc.
Não se confunde aqui com o dever legal do art. 13, § 2º do CP. Assim O garantidor que de outra forma assumiu o compromisso de enfrentar o perigo ou que com o seu comportamento anterior criou o risco de sua ocorrência (art. 13, § 2º, c e c do CP), pode invocar o justificante. Ex. o segurança de um banqueiro que, naufragando a lancha em que viajava, tendo somente um salva-vidas, pode disputá-lo em igualdade de condições.
- inevitabilidade do comportamento lesivo;
Significa que o agente não tem outro meio de evitar o perigo ao bem jurídico próprio ou de terceiro que não praticar o fato necessitado.
Se o conflito de interesse pode ser resolvido de outra maneira, como pedido de socorro a terceira pessoa ou fuga, o fato não fica justificado. É preciso que o único meio que se apresenta ao sujeito para impedir a lesão do bem jurídico seja o cometimento do fato lesivo.
É perfeitamente cabível O ESTADO DE NECESSIDADE DO ESTADO DE NECESSIDADE, vez que nenhum dos titulares tem o dever de permitir a lesão de seu bem jurídico, é perfeitamente possível que suas condutas constituamfatos necessários. Ex. Tábua de salvação.
- inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado (PROPORCIONALIDADE)
Só é possível o estado de necessidade para salvaguardar interesse próprio ou alheio, “cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se”.
É o requisito da PROPORCIONALIDADE entre a gravidade do perigo que ameaçava o bem jurídico do agente e a gravidade da lesão causada. Assim, não se admite a prática de um homicídio para salvaguardar o patrimônio.
No entanto, mais do que a proporcionalidade dos bens em confronto, pretende-se valorar a situação concreta de perigo para aferir a proporcionalidade entre a gravidade do perigo e o bem ameaçado. 
São objetos desse quadro valorativo: 
1) a gravidade da situação do perigo, 
2) as circunstâncias fáticas, 
3) o estado emocional do agente e 
4) a proporcionalidade dos bens em conflito.
Quando o bem sacrificado for de maior valor (art. 24, § 2º), haverá uma minorante.
Causa supralegal de exclusão de culpabilidade: quando o bem de maior valor é sacrificado, havendo uma inexigibilidade de outra conduta. Para a teoria diferenciadora é uma causa exculpante.
TEORIAS: 
Pela teoria unitária entende-se que o fato necessário era excludente da ilicitude quando o bem sacrificado é de menor valor.
teoria diferenciadora, com base na variação de valor dos bens em conflito (balanço dos bens) concluía que o fato necessário era excludente da antijuricidade quando se tratava de interesses jurídicos de valoração desigual, quando igual, excluía a culpabilidade. Nosso CP adotou a teoria unitária (art. 24). Temos só o estado de necessidade justificante.
- conhecimento da situação de fato justificante:
CULPABILIDADE 
	a) é isento de pena: não é culpável quem comete o delito;
	b) receptação: pressupõe receber... crime (produto de crime) art. 180, § 4º CP
	c) culpabilidade é pressuposto da pena e não seu requisito;
	d) responsabilidade objetiva;
1) TEORIA DA CULPABILIDADE:
	a) teoria psicológica;
	b) teoria psicológico-normativa;
	c) teoria normativa-pura;
1.1) TEORIA PSICOLÓGICA:
	- compreende o estudo do dolo e da culpa que são suas espécies;
- esgotando-se em suas espécies DOLO E CULPA, consiste na relação psíquica entre autor e o resultado;
	- tem por fundamento a teoria causal ou naturalística da ação;
	- o dolo é caracterizado pela intenção de o agente produzir o resultado;
1.1.a) ERROS DESTA TEORIA:
- reunir como espécie fenômenos completamente diferentes (dolo: querer; culpa: não querer), como denominador comum- a culpabilidade;
- não conseguir explicar satisfatoriamente a gradualidade da culpabilidade (causas que excluem ou diminuem a culpabilidade, como a embriaguez, onde a presença do dolo é evidente);
	
1.2) TEORIA PSICOLÓGICO-NORMATIVA DA CULPABILIDADE;
- o dolo e a culpa deixam de ser espécie da culpabilidade, de carregar a culpabilidade em si, no seu psiquismo, ele passa a ser o objeto de um juízo de culpabilidade que é emitido pela ordem jurídica;
- São elementos da culpabilidade: 
		
		- DOLO			- consciência da conduta e do resultado;
	- consciência do nexo causal entre a conduta e o result.
		 CULPA			- vontade de praticar a conduta e produzir o resultado
						- consciência da antijuridicidade;
		- o dolo que era puramente psicológico, passa também a ser normativo (dolus malus) porque exigia a consciência da ilicitude;
		- esta teoria, por ser híbrida (psicológica-normativa), cria um problema para o direito penal, a respeito da punibilidade do criminoso habitual ou por tendência. Esse criminoso, em virtude do seu meio social, não tinha essa consciência, necessária à configuração do dolo, porque, de regra, se criava e se desenvolvia em um meio em que determinadas condutas ilícitas eram normais, corretas, eram esperadas pelo seu grupo social;
		- chega-se assim, a uma situação paradoxal, qual seja, a de excluir a culpabilidade exatamente daquele indivíduo que apresenta o comportamento mais censurável.
	1.3) TEORIA NORMATIVA PURA DA CULPABILIDADE:
		- o dolo é retirado da culpabilidade e posto no tipo;
		- é retirado do dolo o elemento normativo que ficando na culpabilidade;
		CARACTERÍSTICAS DO FINALISMO: 
	2) IMPUTABILIDADE: 
	- é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para lhe ser juridicamente imputado a prática de um fato punível;
	- a contrário senso é encontrado no artigo 26 do CP;
	- FUNDAMENTO DA IMPUTABILIDADE:
O homem, sendo um ser livre e inteligente é por isto responsável pelos atos praticados. Sendo livre tem condições de escolher entre o bem e o mal. Escolhendo uma conduta lesiva, deve sofrer as conseqüências de seu comportamento;
	- a imputabilidade deve existir no momento da prática da infração;
	- SISTEMAS:- biológico;- psicológico; - misto;
TRABALHO: pesquisar causas de inimputabilidade na lei 11.343/2006. Art. 45 e 46.
- Causas de inimputabilidade;
2.1) ACTIO LIBERA IN CAUSA (ação livre em sua causa)
	A imputabilidade deve existir ao tempo da prática do fato, de modo que 
	não cabe uma imputabilidade subsequente;
	- quando não estiver são, deve ter o dolo e a culpa ligado ao resultado;
	- se se colocar voluntariamente em estado de embriaguez (pre-ordenado);
3- POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE;
	- há quatro teorias a respeito, variando de acordo com a doutrina adotada;
	1- teoria extremada do dolo;
	2- teoria limitado do dolo;
	3- teoria extrema da culpabilidade; e
	4- teoria limitada da culpabilidade.
	3.1) Teoria Extrema da culpabilidade;
	- com fundamento na teoria finalista da ação e na doutrina da culpabilidade normativa 	pura;
	- A consciência da antijuridicidade não faz parte do dolo, mas sim da culpabilidade;
	- trata-se de um dolo natural;
	3.2) ERRO DE PROIBIÇÃO: (art. 21, § único)
	- FORMAS: Escusável - exclui a culpabilidade
			inescusável	- culpabilidade diminuída
	- erro de proibição e erro de tipo ( efeitos quanto ao dolo e culpabilidade)
	- CASOS DE ERRO DE PROIBIÇÃO:
	 a) Erro de proibição direta: o sujeito sabe o que faz, porém, não conhece a 
	 norma jurídica ou não a conhece bem e interpreta mal.
	 b) Erro de proibição indireta; Suposição errônea da existência de causa de exclusão 
	 a ilicitude não reconhecida juridicamente;
	 c) Discriminantes putativa: o sujeito supõe erroneamente que ocorre uma causa 
	 excludente da ilicitude (erro indireto);
	3.2.a) Erro e ignorância de direito: 
		a) - ignorância de direito: o sujeito desconhece a existência da norma de 
		proibição contida implicitamente na lei penal incriminadora (completo 
		desconhecimento da regra geral);
		b) Erro de direito: há má interpretação do norma de proibição. Ele não
		 desconhece a existência da norma de proibição, mas, incide em erro sobre seu 
		conteúdo (interpreta o dispositivo de forma distorcida);
	- Erro de direito extra-penal ( norma penal em branco)
	3.2.b) suposição errônea da existência de causa Excludente de ilicitude não 
		reconhecida juridicamente;
	3.2.c) descriminante putativa: 
		- é causa de exclusão da ilicitude imaginada peo agente em razão de uma 
		equivocada consideração do limite autorizadores da justificativa;
		- Há uma perfeita noção da realidade, mas o agente avalia equivocadamente os 		limites da norma autorizadora : 
		Ex. um homem que é esbofeteado. Depois, achando que é amparado por uma 
		norma que exclui a ilicitude atira no agressor pelas costas.

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