Buscar

Apostila Mancais Rolamento USIMINAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 155 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 155 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 155 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

GENERALIDADES 
 
2 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 2 de 155 
 
 
Índice 
 
Assunto Pagina 
Ajuste de rolamentos separáveis 71 
Ajustes e Tolerâncias 35 
Arranjos de rolamentos 46 
Caixas de mancal 61 
Designação de rolamentos 24 
Desmontagem 89 
Direções de carga 4 
Folga interna 20 
Gaiolas 17 
Lubrificação 49 
Manuseio de rolamentos 66 
Montagem a frio em eixos cilíndricos 67 
Montagem de rolamentos com furo cônico 75 
Prefixo FAG 144 
Prefixo NSK 121 
Prefixo NTN 129 
Prefixo SKF 98 
Prefixo ZKL 139 
Sufixos FAG 146 
Sufixos NSK 124 
Sufixos NTN 134 
Sufixos SKF 102 
Sufixos ZKL 141 
Tipos de corpos rolantes 3 
Tipos de rolamentos 5 
Tolerância para rolamentos 23 
3 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 3 de 155 
 
Tipos de corpos rolantes 
 
Os rolamentos são classificados em rolamentos de esferas ou rolamentos de rolos, 
dependendo do tipo de corpo rolante empregado para transmitir a carga. Como as 
esferas transmitem a carga através de uma pequena área de contato, definindo então 
um contato pontiforme com a pista, as mesmas terão que suportar cargas tão 
elevadas como os rolos, que tem um contato linear com as pistas. Por outro lado, o 
atrito de rolamento será menor num rolamento de esferas que num rolamento de 
rolos. 
 
 
 
 
 
 
Os rolamentos de rolos podem ter rolos cilíndricos, rolos esféricos ou rolos cônicos 
 
 Esferas - Cargas normais e leves, alta rotação; 
 
Rolos cilíndricos - Cargas normais e pesadas, médias e altas rotação; 
 
 
Rolos cônicos - Cargas combinadas, menores rotações; 
 
 
Rolos esféricos simétricos – Altas cargas, menores rotações, permite 
desalinhamentos. 
 
Rolos esféricos assimétricos - Altas cargas radiais e axias, permite 
desalinhamentos. 
 
A maioria dos fabricantes considera cargas leves aquelas que não superam 7% da 
capacidade de carga dinâmica do rolamento, cargas normais as compreendidas entre 
7% a 15% e elevadas as que superam 15%. 
4 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 4 de 155 
 
Direções de cargas 
 
Radial 
 
Os tipos de rolamentos construídos para suportar cargas atuando 
perpendicularmente ao eixo, são chamados de rolamentos radiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Axial 
 
Os rolamentos projetados para suportar cargas que atuam na direção do eixo, são 
chamados rolamentos axiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muitos tipos de rolamentos radiais são capazes de suportar também cargas 
combinadas, formadas de cargas radiais e axiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 5 de 155 
 
Tipos de rolamentos 
 
 
Fixo de esferas 
 
O rolamento rígido de esferas é sem dúvida o tipo mais comum de rolamento. As 
esferas são relativamente grandes e correm em pistas de forma de canal. Isto 
possibilita ao rolamento suportar cargas radiais e axiais. O rolamento pode trabalhar 
em altas rotações e é de lubrificação e inspeção relativamente simples. 
 
Para aplicações onde não se pode haver contaminação ou onde a relubrificação é de 
difícil acesso, estes rolamentos são fornecidos com placas de blindagem ou vedação 
 
Placas de blindagem 
 
Vários tipos diferentes de placas (ou blindagem) são usadas. A mais simples é a 
placa de proteção metálica, que é encaixada numa ranhura do anel externo e forma 
um vão estreito com um ressalto na face lateral do anel·interno. 
 
 
 
6 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 6 de 155 
 
Placas de vedação 
A placa de vedação consiste de uma lâmina de aço e um lábio de borracha sintética 
que toca no anel interno formando um vedador de contato. A placa de vedação 
protege melhor o rolamento que a placa de blindagem, mas o atrito criado entre o 
lábio de borracha e o anel interno diminui o limite de rotação em 1/3.Estes rolamentos 
podem trabalhar em temperaturas de até 100ºC dependendo do tipo da borracha 
aplicada na Os rolamentos com duas placas de proteção ou vedação são 
preenchidos com a quantidade correta de graxa quando são fabricados, e 
consequentemente não necessitam de uma relubrificação. 
 
Os tipos de blindagem, vedação, limite de temperatura de aplicação são definidos 
pelos sufixos dos fabricantes. 
 
Fixo de uma carreira de esferas com anel externo esférico 
 
O anel externo tem a superfície externa esférica, que em combinação com um 
alojamento apropriado, pode compensar um desalinhamento inicial do eixo que 
ocorra durante a montagem. Estes rolamentos possuem o anel interno alongado com 
um dispositivo de trava de forma a facilitar a fixação no eixo. As tolerâncias do furo do 
anel interno são seleciona das de modo que o rolamento possa ser montado em 
eixos fabricados com uma faixa relativamente larga de tolerâncias. Estes rolamentos 
são usados em uma gama de máquinas onde as exigências de precisão de giro não 
são tão severas. O rolamento é feito com o mesmo grau de precisão que os outros 
rígidos de esferas, mas o método de fixação não possui a mesma precisão de 
centralização se comparado a um rolamento montado com aperto normal no eixo. 
 
 
Estes rolamentos podem acomodar inclinações de até 2,5º de acordo com a série. 
7 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 7 de 155 
 
Fixos de Duas Carreiras de Esferas 
 
Os rolamentos rígidos de duas carreiras de esferas têm um grande número de 
esferas em cada carreira. Eles possuem um rasgo de entrada para introdução das 
esferas. O grande número de esferas dá a estes rolamentos uma alta capacidade de 
carga radial. Por outro lado, sua capacidade de carga axial é baixa devido ao rasgo 
de entrada. 
 
 
 
 
 
 
 
Contato angular de uma carreiras de Esferas 
 
Os rolamentos de uma carreira de esferas de contato angular, mostram grandes 
similaridades com os rolamentos rígidos de uma carreira de esferas. A diferença é 
que as pistas são inclinadas entre si formando um ângulo de contato. 
Consequentemente, este rolamento pode suportar em um sentido cargas axiais mais 
altas que um rolamento rígido de esferas de igual tamanho. Entretanto, não pode ser 
solicitado no sentido oposto, já que não há pistas desse lado para suportar as cargas. 
Isto significa que um rolamento de esferas de contato angular não pode ser usado 
sozinho, ele sempre tem de ser aplicado com um outro que suporte carga axial no 
sentido oposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os rolamentos de uma carreira de esferas de contato angular são fabricados com 
ângulo de contato de 15º, 25º e 40°, o que influencia na sua capacidade de suportar 
cargas axiais. 
 
Os rolamentos de uma carreira de esferas de contato angular são frequentemente 
montados lado a lado. Eles podem ser dispostos de três modos diferentes: 
8 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 8 de 155 
 
Costa a costa “O” 
 
Cargas radiais e cargas axiais em ambos os sentidos podem ser suportadas. 
Como a distância entre os centros da linha de carga é grande, são adequados 
para solicitações com cargas de momento. 
 
 
Face a face “X” 
Cargas radiais e axiais em ambos os sentidos podem ser suportadas. 
Em comparação com o tipo costaa costa, a distância entre os centros da linha de 
carga é pequena, de forma que a capacidade de suportar cargas de momento é 
inferior. 
 
 
Tandem 
Cargas radiais e cargas axiais em apenas um sentido podem ser suportadas. Como 
suporta as cargas axiais com duas peças, é usada quando a carga em um sentido 
é grande. 
 
Folga interna e Pré-carga 
Para os rolamentos de contato angular combinados, especifica-se a folga interna 
axial. Para determinadas aplicações, onde necessitam evitar a vibração na direção 
axial e garantir a precisão do conjunto, os rolamentos são usados com aplicação da 
pré-carga, ou seja, os rolamentos são aplicados numa condição que há uma tensão 
interna de maneira que fique com folga negativa. 
A folga ou pré-carga (que poderá ser extra-leve, leve, média ou pesada) é obtida 
apertando-se axialmente o par, até que as faces laterais dos anéis interno ou dos 
anéis externos estejam pressionadas uma contra a outra. 
9 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 9 de 155 
 
Contato angular de duas carreiras de Esferas 
 
O rolamento de duas carreiras de esferas de contato angular tem características 
similares a dois rolamentos de uma carreira de esferas de contato angular montados 
na posição "O". Certas aplicações consistem em apenas um desses rolamentos. 
 
Rolamentos de Quatro Pontos de Contato 
 
Os rolamentos de quatro pontos de contato são rolamentos de uma carreira de 
esferas de contato angular que têm suas pistas de tal forma arranjadas que podem 
suportar cargas axiais em ambos os sentidos. Os rolamentos de quatro pontos têm o 
anel interno composto de duas partes e podem portanto ser fabricados com um 
grande número de esferas, daí sua alta capacidade de carga e a particularidade de 
operarem melhor sob cargas predominantemente axiais. 
 
Rolamento Autocompensador de Esferas 
 
Este rolamento possui duas carreiras de esferas com uma pista esférica comum ao 
anel externo. Esta última característica dá sua propriedade autocompensadora. Isto 
significa que o rolamento pode suportar um pequeno deslocamento angular no eixo 
em relação à caixa. Um desalinhamento angular desta espécie pode surgir como um 
resultado da deflexão de eixo, desnivelamento na base, ou erros de montagem. O 
desalinhamento angular permissível varia de 1,5º a 3º de acordo com o tamanho e 
série dos rolamentos. O rolamento pode suportar cargas axiais leves como também 
cargas radiais. 
 
10 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 10 de 155 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os rolamentos autocompensadores são necessários em aplicações nas quais o eixo 
é suportado por rolamentos em caixas separadas, uma vez que não é possível 
alinhar as caixas com suficiente precisão para prevenir inclinação dos rolamentos. 
Estes rolamentos usualmente têm furos cônicos e são montados sobre buchas de 
fixação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rolos Cilíndricos 
 
Os rolos dos rolamentos de rolos cilíndricos são guiados por flanges incorporados do 
anel interno ou externo. O anel com flanges e a gaiola retêm os rolos, formando um 
conjunto que pode ser separado do outro anel. A característica separável destes 
rolamentos facilita a montagem e desmontagem em certos casos. Os rolamentos de 
rolos cilíndricos podem suportar elevadas cargas radiais, mas possuem uma limitada 
capacidade de carga axial, pelo fato de que as faces dos rolos cilíndricos transmitem 
a carga axial deslizando contra os flanges. 
 
 
N NU NJ NJ NUP 
11 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 11 de 155 
 
O rolamento de uma carreira de rolos cilíndricos é fabricado em vários tipos, 
possuindo várias disposições diferentes dos flanges. Se o rolamento está sujeito a 
uma carga axial somente em um sentido, emprega-se um tipo com três flanges (NJ) 
sendo o flange do anel interno usado para o posicionamento axial. Se o rolamento se 
destina a suportar axiais em ambos os sentidos, então deverá ser usado um anel de 
encosto (tipo HJ) ou um flange postiço (tipo NUP). 
 
 
Rolos Cilíndricos de duas carreiras 
 
Os rolamentos de duas carreiras de rolos cilíndricos, são usados em 
máquinas operatrizes e laminadores. Os rolamentos para máquinas 
operatrizes são fabricadas com uma precisão maior que a dos 
rolamentos normais. 
 
Agulhas 
 
Sobre o ponto de vista construtivo, os rolamentos de agulhas se assemelham aos 
rolamentos de rolos cilíndricos. As dimensões dos rolos e o método de guiá-Ios são 
as características diferentes entre esses dois tipos de rolamentos. O diâmetro dos 
rolos tipo agulha é pequeno, geralmente de 1,5mm a 5mm e o comprimento é 
normalmente 2,5 vezes o seu diâmetro. 
 
Os rolamentos de agulhas são fabricados em vários tipos diferentes e são indicados 
para aplicações cujo espaço radial é reduzido de agulhas são usados disponível é 
muito pequeno, os rolamentos de agulhas são usados sem o anel interno ou sem os 
dois anéis, ou seja, apenas urna gaiola de agulhas. As gaiolas de agulhas são 
constituídas de agulhas presas por uma gaiola, que trabalham em pistas usinadas no 
eixo e na caixa. 
12 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 12 de 155 
 
Rolos Cônicos 
 
Os rolamentos de rolos cônicos têm um grande número de aplicações na indústria 
mecânica, e em particular na área automobilística. Em um rolamento de rolos cônicos 
a linha de ação de carga sobre o rolo forma um ângulo com o eixo do rolamento. 
Estes rolamentos são particularmente recomendados quando agem cargas 
combinadas (radial e axial). 
 
 
 
 
 
 
Os rolamentos são do tipo separável, isto é, o anel externo (capa) e o anel interno 
com a gaiola e os corpos rolantes (cone) podem ser montados separadamente. Os 
rolamentos de rolos cônicos são sempre montados em pares, por suportarem cargas 
axiais somente em um sentido. Devido a pista ser de contato angular, surge uma 
carga axial sempre que uma carga radial for aplicada neste rolamento (carga axial 
induzida). 
 
Autocompensador duas carreiras de Rolos 
 
O rolamento autocompensador de rolos tem duas carreiras de rolos e uma pista 
esférica comum no anel externo. 
O rolamento pode suportar tanto cargas radiais como axiais. A propriedade de auto-
alinhamento do rolamento autocompensador de rolos é usada para compensar 
deflexões usado para permitir movimentos predeterminados do eixo. O 
desalinhamento angular permissível com os rolamentos autocompensadores de rolos 
varia de 1º a 2,5º, de acordo com a série de rolamento escolhido. 
 
 
 
 
 
 
13 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 13 de 155 
 
 
Uma grande quantidade de rolamentos autocompensadores de rolos são produzidos 
como furo cônico, com conicidade padrão de 1:12 ou 1:30, que facilita a montagem e 
desmontagem por meio de buchas de fixação, buchas de desmontagem ou 
diretamente em assentos cônicos do eixo. 
os rolamentos montados sobre buchas de fixação não podem ser empregados para 
aplicações que requerem grande precisão. 
 
Autocompensador de uma carreira de rolos 
 
Os rolos autocompensadores de uma carreira de rolos não são tão largamente 
empregados como os rolamentos de duas carreiras. Os rolos são simétricos e em 
forma de barril. Este rolamento pode resistir a elevadas cargas radiais, mas apenas a 
moderadas cargas axiais.Axiais de esferas de escora simples 
 
Os rolamentos axiais de esferas de escora simples, possuem uma carreira de 
esferas, mantida em posição por uma gaiola e dois anéis com pistas circulares de 
pouca profundidade. 
 
O anel de eixo tem um furo um tanto menor que o anel de caixa e é posicionado pelo 
eixo. O anel de caixa tem um diâmetro externo um tanto maior que o anel de eixo. O 
rolamento pode suportar carga axial em apenas um sentido e não resiste a cargas 
radiais. 
 
 
 
 
 
 
14 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 14 de 155 
 
Os rolamentos axiais não podem ser empregados em conjunto com mancais de 
deslizamento, pois a folga destes mancais pode aumentar em operação e então o 
rolamento axial ficaria sujeito a carga radial. Isto conduziria uma falha prematura da 
gaiola. 
 
Axiais de esferas de escora dupla 
 
Os rolamentos axiais de esferas de escora dupla consistem de duas carreiras de 
esferas e dois anéis fixos ao alojamento. O anel central tem pistas nos dois lados e 
dessa maneira pode suportar cargas nos dois sentidos. O eixo deve apoiar-se no 
anel central e os outros dois anéis ficam no alojamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rolamentos axiais com placa e contra placa esférica são utilizados para minimizar 
efeitos de pequenos desvios na montagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Axiais de esfera de contato angular 
 
Os rolamentos axiais de esferas de contato angular, têm duas carreiras de esferas e 
suportam cargas axiais em ambos os sentidos. O rolamento pode ser usado em 
rotações mais altas que as dos rolamentos axiais de esferas de escora simples. 
 
 
 
 
 
 
15 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 15 de 155 
Os rolamentos axiais de esferas de contato angular, são usados principalmente em 
combinação com os rolamentos de duas carreiras de rolos cilíndricos em fusos e 
árvores de máquinas operatrizes. 
 
Axiais Autocompensadores de Rolos 
 
Os rolamentos axiais autocompensadores de rolos são usados para altas cargas 
axiais. A pista esférica dá a propriedade de autocompensação ao rolamento. O 
rolamento pode suportar elevadas cargas radiais tão bem quanto as axiais 
 
Os rolamentos axiais autocompensadores de rolos são usados em muitas aplicações 
tais como: pontes móveis, guindastes, eixos propulsores e turbinas. 
 
Buchas de Fixação 
 
Bucha de fixação é a bucha de espessura fina, fendida que é posicionada sobre o 
eixo. Tem superfície externa cônica, que serve de assento ao rolamento. A bucha 
possui uma seção para receber a porca de fixação. Esta porca é usada para deslocar 
o rolamento na bucha até que esta se prenda firmemente no eixo. 
 
A bucha de fixação é geralmente empregada quando os rolamentos devem ser 
montados em eixos lisos. 
Bucha de Desmontagem 
 
A bucha de desmontagem, como a bucha de fixação, é fendida mas não possui 
nenhuma porca para empurrar o rolamento sobre ela. A bucha de desmontagem, ao 
contrário, é empurrada entre o eixo e o rolamento por meio de uma porca 
posicionada no eixo. 
16 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 16 de 155 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para se retirar a bucha de desmontagem, uma porca apropriada é posicionada na 
seção rosqueada da bucha e apertada contra o rolamento até que a bucha se solte. 
 
17 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 17 de 155 
 
Gaiola 
 
As gaiolas têm uma influência considerável na adequação dos rolamentos. Suas 
principais finalidades são 
Manter os corpos rolantes a uma distância apropriada um do outro e evitar contato 
direto entre corpos rolantes vizinhos para manter mínimo o atrito e, 
conseqüentemente, a geração de calor 
Manter os corpos rolantes uniformemente distribuídos ao redor da circunferência 
completa para proporcionar uma distribuição uniforme da carga e um funcionamento 
silencioso e regular 
Orientar os corpos rolantes na zona descarregada para melhorar as condições de 
rolagem do rolamento e evitar danos por movimentos deslizantes 
Reter os corpos rolantes quando os rolamentos são do tipo separável e um anel de 
rolamento é removido durante a montagem ou desmontagem 
 
Tipos de gaiolas 
As gaiolas são feitas de chapa de latão ou aço prensado (gaiolas prensadas) ou 
então são maciças e usinadas (gaiolas usinadas). O latão é o material geralmente 
empregado em gaiolas usinadas, mas também outros materiais como o aço ou ferro 
fundido nodular são às vezes usados para este propósito. As gaiolas de certos 
rolamentos são feitas de plástico, nylon ou plástico fenólico reforçado. 
 
Os rolamentos com gaiolas prensadas podem ser usados na maioria das aplicações. 
A gaiola prensada deixa um ótimo espaço para a graxa lubrificante e pode resistir a 
altas temperaturas. 
18 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 18 de 155 
 
Posição 
 
A posição relativa da gaiola quanto ao centro do rolamento, é dada pelos corpos 
rolantes ou pelos próprios anéis de rolamento. Consequentemente as gaiolas são 
classificadas em: 
 
Gaiolas centradas nos corpos rolantes 
Aplicadas em médias e baixas rotações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gaiolas centradas no anel interno ou externo 
 
Facilitar penetração lubrificação e permite altas rotações em gaiolas metálicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Materiais 
 
Vários são os materiais de que são feitos os separadores. A diversificação do 
material, está ligado diretamente ao diâmetro médio do rolamento, e ao número de 
rotações do equipamento em que trabalha este rolamento 
 
Nylon centrada nos corpos rolantes - Pelo fato de ser mais leve do que as gaiolas de 
aço, não é tão afetada pelas forças centrífugas. O pequeno coeficiente de atrito 
nylon-aço proporciona baixas temperaturas de trabalho. 
 
Latão usinado centrada nos corpos rolantes - Associa-se a um bom balanceamento 
dinâmico um baixo coeficiente de atrito. 
 
Latão usinado centrada no anel externo, região para onde é bombeado o lubrificante, 
possui pequeno coeficiente de atrito e balanceamento perfeito. 
19 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 19 de 155 
 
Plástico fenólico reforçado com fibras centrada no anel interno - Levíssima, baixo 
coeficiente de atrito e ainda, centragem efetiva, o que impede oscilações radiais. 
 
Para que um rolamento atinja rotações superiores ao seu limite é necessário não só 
uma gaiola especial, mas também folga interna maior e uma melhoria nas condições 
de lubrificação, refrigeração e precisão dos componentes associados (eixo e caixa). 
20 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 20 de 155 
Folga 
radial 
Folga 
axial 
 
Folga Interna 
 
A folga interna do rolamento é definida como a distância total através da qual um anel 
do rolamento pode se mover em relação ao outro na direção radial (folga radial 
interna) ou na direção axial (folga axial interna). 
 
 
 
 
 
 
 
A folga radial interna é um fator importante no desempenho satisfatório do rolamento. 
 
Fatores que influenciam na folga interna 
Geralmente um dos anéis do rolamento tem que estar firmemente fixado no eixo ou 
na caixa. Às vezes isto é feito em ambos os anéis.Dessa forma, o anel interno será expandido e o anel externo será comprimido numa 
certa proporção. Conseqüentemente o espaço disponível para os corpos rolantes 
diminuirá quando o rolamento for montado 
 
 
 
 
 
 
 
O rolamento deve ter uma folga interna maior antes da montagem a fim de evitar que 
os corpos rolantes sejam comprimidos quando o rolamento for montado na máquina. 
21 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 21 de 155 
 
Diferença de temperatura entre os anéis dos rolamentos 
 
Quando um rolamento é posto em serviço, a temperatura dos anéis e corpos rolantes 
aumenta. Se estes componentes não se mantêm a uma temperatura uniforme, eles 
terão diferentes graus de dilatação, o que também influenciará na folga interna do 
rolamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Magnitude de carga ou interferência 
O ajuste de interferência de um anel interno do rolamento em seu assento será 
afrouxado com uma carga cada vez maior, já que o anel se deformará. Sob a 
influência de carga rotativa, o anel pode começar a arrastar. O grau de interferência 
deve, portanto, estar relacionado à magnitude da carga, ou seja, quanto mais pesada 
a carga, particularmente se for uma carga de choque, maior será o ajuste de 
interferência necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de folga radial 
 
Os rolamentos com folga interna diferente da Normal, são usados em casos onde as 
condições de operação exigem que ambos os anéis sejam montados com 
interferência ou quando as condições de temperatura são excepcionais. Um ajuste 
deslizante no eixo ou uma temperatura mais alta no anel externo podem por exemplo, 
exigir uma folga menor que a Normal. Ajuste interferente em ambos os anéis, ou 
ajuste interferente no eixo ou temperatura muito elevada no anel interno exigem em 
geral folga maior que a Normal. 
22 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 22 de 155 
 
C1 - Folga menor que C2 
C2 - Folga menor que a Normal 
 Folga normal 
C3 - Folga maior que a Normal 
C4 - Folga maior que C3 
C5 - Folga maior que C4 
 
As folgas radiais são especificadas para cada tipo de rolamento e devem ser 
verificadas de acordo com as tabelas dos mesmos. 
23 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 23 de 155 
 
Tolerâncias para rolamentos 
As tolerâncias e os limites dimensionais e a precisão de giro dos rolamentos são 
especificados pelas normas ISSO 492/199/582. As tolerâncias e os limites estão 
definidos nos itens como os seguir relacionados. 
 
As tolerâncias dos rolamentos são normalizadas em termos de classes conforme o 
estreitamento da tolerância, deste modo, além da classe normal da ISO, de acordo 
com o aumento da precisão, há a classe 6X (para rolamentos de rolos cônicos), a 
classe 6, a classe 5, a classe 4 e a classe 2, sendo a classe 2 a de mais alta precisão 
da ISO. 
 
A precisão nas dimensões e na forma, assim como a exatidão de giros dos 
rolamentos, foram normalizados pela ISO incluem tolerâncias mais estreitas, por 
exemplo as correspondentes às classes de precisão P6 e P5. 
Para aplicações tais como fusos de máquinas ferramentas ainda são fabricados 
rolamentos em uma precisão ainda maior (classes de precisão P4, SP, UP, PA97 e 
PA9) 
As tolerâncias se dividem em: 
 
Tolerâncias dimensionais 
São os ítens necessários quando da instalação dos rolamentos em eixos ou 
alojamentos 
Diâmetro do furo, externo e largura; 
Diâmetro dos circulos inscrito e circunscrito dos rolos; 
Dimensão de chanfro; 
Variação de largura; 
Furo cônico. 
 
Precisão de giro 
São os itens necessários para restringir os desvios das partes girantes 
Desvio radial dos anéis interno e externo; 
Desvio axial dos anéis interno e externo; 
Desvio lateral do anel interno; 
Inclinação da superfície externa do anel externo; 
Variação da espessura da pista do anel interno. 
24 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 24 de 155 
 
Designação de rolamentos 
 
As designações dos rolamentos consistem em combinações de algarismos e/ou 
letras, cujo significado não é imediatamente evidente. Portanto, o sistema de 
designação da para rolamentos será descrito e o significado das designações 
complementares mais comuns será explicado. Tipos de rolamento muito específicos, 
como rolamentos de seção rígida, rolamentos giratórios ou rolamentos lineares, não 
são abordados. Essas designações diferem, às vezes consideravelmente, do sistema 
descrito aqui. 
 
As designações dos rolamentos são dividias em dois grupos principais: designações 
para rolamentos padrões e designações para rolamentos especiais. Rolamentos 
padrões são rolamentos que normalmente possuem dimensões padronizadas, 
enquanto os rolamentos especiais possuem dimensões especiais determinadas pelas 
exigências dos usuários. 
 
A designação completa pode consistir em uma designação básica com ou sem uma 
ou mais designações complementares. A designação completa do rolamento, ou 
seja, a designação básica com as designações complementares, é sempre marcada 
na embalagem do rolamento, enquanto a designação marcada no rolamento pode, às 
vezes, estar incompleta, por exemplo, por razões de fabricação. 
 
As designações básicas 
Identificam o tipo, modelo básico e imensões máximas padrões de um rolamento. 
 
As designações complementares 
Identificam componentes do rolamento, variantes que tenham um modelo e/ou 
característica(s) que sejam de alguma forma diferentes do projeto básico. 
 
As designações complementares podem vir antes da designação básica (prefixos) ou 
depois (sufixos). 
 
Os significados de prefixos e sufixos variam de acordo com os fabricantes, mesmo 
que os rolamentos apresentem características similares. 
25 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 25 de 155 
 
Plano de dimensões e designação de rolamentos 
 
Os rolamentos padronizados pela ISO, observam os padrões de dimensões externas 
abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Radiais de esferas Rolamentos de Axial de escora simples 
e de rolos rolos conicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Axial de escora dupla Axial autocompensador de rolos 
 
Quando se projeta um rolamento é possível variar suas dimensões dentro de uma 
certa faixa. Um rolamento para um dado diâmetro de eixo pode ser fabricado com 
várias medidas de diâmetro externo. A largura do rolamento pode variar do mesmo 
modo. É possível fabricar rolamentos largos ou estreitos como também rolamentos 
de alta ou baixa seção 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 26 de 155 
 
Todos os rolamentos padrões possuem uma designação básica de características, 
que geralmente consiste em 3, 4 ou 5 algarismos ou em uma combinação de letras e 
algarismos. Os algarismos e combinações de letras e algarismos possuem o seguinte 
significado: 
O primeiro algarismo ou a primeira letra ou combinação de letras identifica o tipo de 
rolamento. 
 
Os dois algarismos seguintes identificam a série de dimensões ISO; o primeiro 
algarismo indica a série de larguras ou alturas (dimensões B, T ou H, 
respectivamente), e o segundo, a série de diâmetros externos (dimensão D). 
A combinação de uma série de diâmetros com uma série de larguras ou alturas échamada de uma série de dimensões. 
A série de dimensões 02, por exemplo, indica a série de larguras 0 e a série de 
diâmetros 2. Do mesmo modo a série de dimensões 13 indica a série de larguras (ou 
alturas) 1 e a série de diâmetros 3, e assim por diante. 
27 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 27 de 155 
 
Quadro demonstrativo do plano de designação de rolamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
0 – Contato angular de duas carreiras de esferas; 
1 - Autocompensadores de esferas; 
2 - Autocompensadores de rolos (radiais e axiais); 
3 - Rolos cônicos; 
4 - Fixo de duas carreiras de esferas; 
5 - Axiais de esferas 
6 - Fixo de uma carreira de esferas; 
7 – Contato angular de uma carreira de esferas; 
8 - Axiais de rolos cilíndricos; 
N - Rolos cilíndricos; 
Uma segunda letra e, às vezes, uma terceira são usadas para identificar a 
configuração dos flanges, por exemplo, NJ, NU, NUP; designações de rolamentos de 
rolos cilíndricos de duas ou várias carreiras sempre começam com NN. 
QJ - Esferas de quatro pontos de contato. 
28 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 28 de 155 
 
Dicas para interpretação da série do rolamento 
 
Dica 1 Para os rolamentos que começam com o algarismo 2. 
 
A Rolamentos que tem três algarismos em sua série, são rolamentos auto-compensadores 
de rolos. 
ex: 22220 222 = Série do rolamento 20 = Número do furo 
 
B Rolamentos que tem dois algarismos em sua série, são rolamentos auto-compensadores 
de esferas, que tem o algarismo do tipo omitido. 
ex: 2220 ( 1 )22 = Série do rolamento 20 = Número do furo 
 
Dica 2 Para os rolamentos que começam com o algarismo 3. 
 
A Rolamentos que tem três algarismos em sua série, são rolamentos de rolos cônicos. 
ex: 30315 303 = Série do rolamento 15 = Número do furo 
 
B Rolamentos que tem dois algarismos em sua série, são rolamentos de contato angular 
com duas carreiras de esferas, que tem o algarismo do tipo omitido. 
ex: 3315 ( 0 )33 = Série do rolamento 15 = Número do furo 
 
Dica 3 Para os rolamentos que começam com o algarismo 5. 
A Rolamentos que tem tres algarismos em sua série, são rolamentos axiais de esferas 
ex: 51115 511 = Série do rolamento 15 = Número do furo 
 
B Rolamentos que tem dois algarismos em sua série, são rolamentos de contato angular 
com duas carreiras de esferas, que tem o algarismo do tipo omitido. 
ex: 5515 ( 0 )55 =Série do rolamento 15 = Número do furo 
 
Dica 4 Os rolamentos que possuem apenas dois algarismos em sua série e não começam 
com 2 , 3 e 5 tem a sua série de largura omitida. 
Exemplos : 
 
6410 = 6(0)410 7312 = 7(1)312 1216 = 1(0)216 
 
4215 = 4(2)215 NU410 = NU(0)410 QJ322 = QJ(0)322 
29 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 29 de 155 
 
Dicas para definição do furo do rolamento 
 
Dica 1 
 
Diâmetro de furo 01 mm a 09 mm 
 
 
X X Y 
 
 
 
diâmetro do furo é igual ao número 
 
Dica 2 
 
Diâmetro de furo 10 mm a 17 mm 
 
X X Y Y X X X Y Y 
 
 
 
 
YY = 00 diâmetro do furo é 10 mm 
 01 diâmetro do furo é 12 mm 
 02 diâmetro do furo é 15 mm 
 03 diâmetro do furo é 17 mm 
 
Dica 3 
 
Diâmetro de furo 20 mm a 480 mm 
 
X X Y Y X X X Y Y 
 
 
 
 
diâmetro do furo = YY x 05 
Dica 4 
 
Diâmetro de furo igual a 500 mm e acima 
 
X X / Y Y Y X X X / Y Y Y 
 
 
 
 
Onde: / YYY = diâmetro do furo 
 
 
Numero do 
furo 
Série do 
rolamento 
Numero do 
furo 
Série do 
rolamento 
Numero do 
furo 
Série do 
rolamento 
Numero do 
furo 
Série do rolamento 
Numero do 
furo 
Série do 
rolamento 
Numero do 
furo 
Série do rolamento 
Numero do 
furo 
Série do rolamento 
30 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 30 de 155 
 
 
 
31 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 31 de 155 
 
 
 
 
32 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 32 de 155 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 33 de 155 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 34 de 155 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 35 de 155 
 
Ajustes e Tolerâncias 
 
Os rolamentos devem ser fixados, conforme a sua função, sobre os eixos ou na caixa 
em direção radial, axial ou tangencial. A fixação radial e tangencial normalmente é 
obtida por aderência, ou seja, por ajuste interferente dos anéis. Em sentido axial os 
rolamentos, via de regra, são presos por porcas, pelas tampas das caixas ou dos 
eixos, anéis distanciadores ou anéis de retenção. 
 
Fixação radial dos rolamentos 
 
Ao selecionar um ajuste, os fatores discutidos nesta seção deverão ser considerados, 
juntamente com as diretrizes gerais fornecidas. 
 
Condições de rotação 
As condições de rotação referem-se ao anel do rolamento sendo considerado em 
relação à direção da carga. Existem, essencialmente, três condições diferentes: 
"carga rotativa", "carga estacionária" e "direção da carga indeterminada". 
 
Carga rotativa ocorre quando o anel do rolamento gira e a carga é estacionária, ou 
quando o anel é estacionário e a carga gira, de modo que todos os pontos da pista 
são submetidos à carga no curso de uma revolução. Cargas altas que não giram mas 
oscilam, como por exemplo, aquelas que agem em rolamentos de haste de conexão, 
são geralmente consideradas cargas rotativas. 
 
Carga estacionária ocorre se o anel do rolamento for estacionário e a carga também 
for estacionária, ou se o anel e a carga girarem à mesma velocidade, de modo que a 
carga seja sempre direcionada para a mesma posição na pista. Nessas condições, 
um anel de rolamento não girará, normalmente, em seu assento. Portanto, o anel não 
precisa necessariamente ter um ajuste de interferência, a menos que este seja 
necessário por outros motivos. 
 
Direção de carga indeterminada representa cargas externas variáveis, cargas de 
choque, vibrações e cargas desbalanceadas em máquinas de alta velocidade. Isso 
faz surgir alterações na direção da carga, que não podem ser descritas com exatidão. 
Quando a direção da carga for indeterminada e particularmente onde cargas altas 
estão envolvidas, é desejável que os dois anéis tenham um ajuste de interferência. 
36 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 36 de 155 
Para o anel interno, o ajuste recomendado para uma carga rotativa é normalmente 
utilizado. 
 
No entanto, quando o anel externo tiver que estar livre para se mover axialmente na 
caixa e a carga não foralta, um ajuste com uma folga maior que a recomendada para 
uma carga rotativa poderá ser utilizado. 
37 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 37 de 155 
 
Definição entre carga rotativa e carga fixa 
Cinética do 
rolamento 
Exemplo Esquema 
Espécie 
de carga 
Ajuste 
O anel interno 
do rolamento 
gira; 
 
O anel externo 
do rolamento 
permancece 
imóvel; 
 
A direção da 
carga 
permanece 
invariavel. 
Eixo carregado 
com um peso. 
 
Carga 
rotativa 
sobre o 
anel 
interno 
 
 
e 
 
 
Carga fixa 
sobre o 
anel 
externo. 
Anel interno 
com 
interferencia 
O anel interno 
do rolamento 
permance 
imóvel; 
 
O anel externo 
do rolamento 
gira; 
 
A direção da 
carga gira com 
o anel externo. 
Cubo de roda 
com 
desbalanceame
nto. 
Desbalanceamento 
Anel externo 
deslizante 
O anel interno 
do rolamento 
permancece 
imóvel; 
 
O anel externo 
do rolamento 
gira; 
 
A direção da 
carga 
permanece 
invariavel. 
Roldana de 
cabo de aço de 
ponte rolante; 
 
Rolete correia 
transportadora. 
 
Carga fixa 
sobre o 
anel 
interno. 
 
 
e 
 
 
Carga 
rotativa 
sobre o 
anel 
externo 
Anel interno 
deslizante 
O anel interno 
do rolamento 
gira; 
 
O anel externo 
do rolamento 
permancece 
imóvel; 
 
A direção da 
carga gira com 
o anel interno. 
Centrífuga; 
 
Peneira 
vibratória. Desbalanceamento 
Anel externo 
com 
interferencia 
38 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 38 de 155 
 
Grau de interferência requerido para um anel de rolamento 
A interferência de um anel de rolamento é tanto maior quanto maior for a carga 
aplicada devido às deformações plásticas do anel. Por conseguinte o grau de 
interferência deve ser selecionado de acordo com a Magnitude da carga, Folga 
interna do rolamento, Condições de temperatura, Requisitos de precisão de giro, 
Projeto e material do eixo e da caixa, Facilidade de montagem e desmontagem, 
Deslocamento do rolamento sem anel interior fixo. 
 
As tolerâncias de furo e diâmetro externo de rolamentos métricos são padronizadas 
internacionalmente. O ajuste desejado é conseguido selecionando apenas as 
tolerâncias para o eixo e a caixa através do sistema de tolerâncias ISO. 
Apenas uma faixa limitada de campos é considerada para ajustes de rolamento. 
O diagrama abaixo, mostra a posição destes campos em relação à tolerância padrão 
do furo e do eixo 
 
39 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 39 de 155 
Seleção de ajustes 
Ajustes do rolamento com eixo 
Condições de Carga 
Aplicações 
(Referências) 
Diâmetro do eixo 
Símbolos 
de 
tolerância 
Notas 
N° Conteúdo 
Rolamentos de 
esferas 
Rolamentos de 
rolos 
cilíndricos, 
rolamentos de 
rolos cônicos 
Rolamentos de 
rolos esféricos 
Rolamentos radiais com furos cilíndricos 
1 
Carga do anel 
externo em 
rotação 
O anel interno 
deve se mover 
facilmente no eixo 
Rodas sobre eixo 
estacionário 
Todos os diâmetros de eixo 
g6 
 
 
Use g5 e h5 onde se exige 
precisão 
2 
O anel interno não 
necessita se 
mover facilmente 
no eixo 
Polias tensoras 
Roldanas de 
cordas 
h6 
3 
Carga do anel 
interno em 
rotação ou carga 
indeterminada 
Carga leve 
(≤ 0,70C) 
(2) 
 Carga variável 
Artigos elétricos 
Máquinas de 
precisão 
Máquinas 
operatrizes 
Bombas 
Sopradores 
Veículos de 
transporte 
Incl. -18 - - h5 
 
Acima. del. 
Incl. 18 -100 
Incl. -40 Incl. -40 j6 
100-200 
Acima. del. 
Incl. 40-140 
Acima. del. 
Incl. 40-100 
k6 
- 140-200 100-200 m6 
4 
Carga Normal 
 
Aplicações de 
rolamentos em 
geral, Turbinas, 
Bombas, Motores 
de tamanho 
médio e grande, 
Eixo principal de 
motores, 
Máquinas de 
madeira, 
Engrenagens 
-18 - - j5 
 
18-100 -40 -40 k5 
100-200 40-100 40-65 m5 
- 100-140 65-100 m6 
- 140-200 100-140 n6 
- 200-400 140-280 p6 
- - 280-500 r6 
- - 500- r7 
5 
Carga pesada 
 (> 0,15C) (
2) 
Carga de choque 
Material rolante, 
Veículos 
industriais, 
Motores de 
tração, Máquinas 
de construção, 
Britadeiras 
- 50-140 50-100 n6 
Necessidade de folga 
maior do que normal 
- 140-200 100-140 p6 
- - 140-200 r6 
- - 200-500 r7 
6 
Carga axial 
central 
Combinações de 
rolamentos de 
todos os tipos 
Todos os diâmetros de eixo j6 
Rolamento radial com furo cônico e bucha 
7 
Carga axial central 
Combinações de 
rolamentos em 
geral, Material 
rolante Todos os diâmetros de eixo 
h9/IT5 
IT5 e IT7 significam que o 
desvio do assento de sua 
verdadeira forma 
geométrica, i.e. redondeza 
e conicidade, devem estar 
dentro das tolerâncias de 
IT5 e IT7, respectivamente. 
8 
Eixos de 
transmissão 
h10/IT7 
9 Carga axial central Todos os diâmetros de eixo j6 
 
10 
Carga combinada 
 
 
 
Carga do anel 
interno 
estacionária 
- j6 
11 
Carga do anel 
interno em 
rotação ou carga 
indeterminada 
 
200 Incl. k6 
Acima del. Incl. 200 - 400 m6 
400- m6 
 
1. Aplicável a eixos de aço sólidos 
2. C é a capacidade de carga básica e está no quadro de dimensões do rolamento. 
)2(








0,15C
0,07C










esférico
rolosdeaxiais
Rolamentos
40 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 40 de 155 
 
Tolerância para diâmetro dos eixos 
Diâmetro 
nominal mm Diâmetro 
do furo 
dm 
e6 g5 g6 h4 h5 h6 h7 h9 h10 j5 
J6 
Diâmetro 
nominal (mm) 
Acima 
de 
Incl. 
JS5 
> 500 
Acima 
de 
Incl. 
3 6 
0 
-8 
-20 
-28 
-4 
-9 
-4 
-12 
0 
-4 
0 
-5 
0 
-8 
0 
-12 
0 
-30 
0 
-48 
+3 
-2 
+6 
-2 
3 6 
6 10 
0 
-8 
-25 
-34 
-5 
-11 
-5 
-14 
0 
-4 
0 
-6 
0 
-9 
0 
-15 
0 
-36 
0 
-58 
+4 
-2 
+7 
-2 
6 10 
10 18 
0 
-8 
-32 
-43 
-6 
-14 
-6 
-17 
0 
-5 
0 
-8 
0 
-11 
0 
-18 
0 
-43 
0 
-70 
+5 
-3 
+8 
-3 
10 18 
18 30 
0 
-10 
-40 
-53 
-7 
-16 
-7 
-20 
0 
-6 
0 
-9 
0 
-13 
0 
-21 
0 
-43 
0 
-70 
+5 
-84 
+9 
-4 
18 30 
30 50 
0 
-12 
-50 
-66 
-9 
-20 
-9 
-25 
0 
-7 
0 
-11 
0 
-16 
0 
-25 
0 
-52 
0 
-84 
+6 
-5 
+11 
-5 
30 50 
50 80 
0 
-15 
-60 
-79 
-10 
-23 
-10 
-29 
0 
-8 
0 
-13 
0 
-19 
0 
-30 
0 
-52 
0 
-100 
+6 
-7 
+12 
-7 
50 65 
65 50 
80 120 
0 
-20 
-72 
-94 
-12 
-27 
-12 
-34 
0 
-10 
0 
-15 
0 
-22 
0 
-35 
0 
-74 
0 
-120 
+6 
-9 
+13 
-9 
80 100 
100 120 
120 180 
0 
-25 
-85 
-110 
-14 
-32 
-14 
-39 
0 
-12 
0 
-18 
0 
-25 
0 
-40 
0 
-87 
0 
-140 
+7 
-11 
+14 
-11 
120 140 
140 160 
160 180 
180 250 
0 
-30 
-100 
-129 
-15 
-35-15 
-44 
0 
-14 
0 
-20 
0 
-29 
0 
-46 
0 
-115 
0 
-185 
+7 
-13 
+16 
-13 
180 200 
200 225 
225 250 
250 315 
0 
-35 
-110 
-142 
-17 
-40 
-17 
-49 
0 
-16 
0 
-23 
0 
-32 
0 
-52 
0 
-130 
0 
-210 
+7 
-16 
± 16 
250 280 
280 315 
315 400 
0 
-40 
-125 
-161 
-18 
-43 
-18 
-54 
0 
-18 
0 
-25 
0 
-36 
0 
-57 
0 
-140 
0 
-230 
-7 
-18 
± 18 
315 355 
355 400 
400 500 
0 
-45 
-135 
-175 
-20 
-47 
-20 
-60 
0 
-20 
0 
-27 
0 
-40 
0 
-63 
0 
-155 
0 
-250 
+7 
-20 
± 20 
400 450 
450 500 
41 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 41 de 155 
 
Tolerância para diâmetro dos eixos 
Diâmetro 
nominal mm 
k4 k5 k6 m5 m6 n6 p6 r6 r7 
Diâmetro 
nominal (mm) 
Acima 
de 
Incl. 
Acima 
de 
Incl. 
3 6 
+9 
+1 
+9 
+1 
+12 
+1 
+16 
+4 
+20 
+4 
+16 
+8 
+20 
+12 
+23 
+15 
+27 
+14 
3 6 
6 10 
+5 
+1 
+7 
+1 
+10 
+1 
+12 
+6 
+15 
+6 
+19 
+10 
24 
+15 
+28 
+19 
+34 
+19 
6 10 
10 18 
+6 
+1 
+9 
+1 
+12 
+1 
+15 
+7 
+18 
+7 
+23 
+12 
+29 
+18 
+34 
+23 
+41 
+23 
10 18 
18 30 
+8 
+2 
+11 
+2 
+15 
+2 
+17 
+8 
+21 
+8 
+28 
+15 
+35 
+22 
+41 
+28 
+49 
+28 
18 30 
30 50 
+9 
+2 
+13 
+2 
+18 
+2 
+20 
+9 
+25 
+9 
+33 
+17 
+42 
+26 
+50 
+34 
+59 
+34 
30 50 
50 80 
+10 
+2 
+15 
+2 
+21 
+2 
+24 
+11 
+30 
+11 
+39 
+20 
+51 
+32 
+41 +60 +41 +71 50 65 
+43 +62 +43 +73 65 50 
80 120 
+13 
+3 
+18 
+3 
+25 
+3 
+28 
+13 
+35 
+13 
+45 
+23 
+59 
+37 
+51 +73 +51 +86 80 100 
+54 +76 +54 +89 100 120 
120 180 
+15 
+3 
+21 
+3 
+28 
+3 
+33 
+15 
+40 
+15 
+52 
+27 
+68 
+43 
+63 +88 
+63 
+103 
120 140 
+65 +90 
+65 
+105 
140 160 
+68 +93 
+68 
+108 
160 180 
180 250 
+18 
+4 
+24 
+4 
+33 
+4 
+37 
+17 
+46 
+17 
+60 
+31 
+79 
+50 
+77 
+106 
+77 
+123 
180 200 
+80 
+109 
+80 
+126 
200 225 
+84 
+113 
+84 
+130 
225 250 
250 315 
+20 
+4 
+27 
+4 
+36 
+4 
+43 
+20 
+52 
+20 
+66 
+34 
+88 
+56 
+94 
+126 
+94 
+146 
250 280 
+98 
+130 
+98 
+150 
280 315 
315 400 
+22 
+4 
+29 
+4 
+40 
4 
+46 
+21 
+57 
+21 
+73 
+37 
+98 
+62 
+108 
+144 
+108 
+165 
315 355 
+144 
+150 
+114 
+171 
355 400 
400 500 
+25 
+5 
+32 
+5 
+45 
+5 
+50 
+23 
+63 
+23 
+80 
+40 
+108 
+88 
+126 
+166 
+126 
+189 
400 450 
+132 
+172 
+132 
+195 
450 500 
 
42 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 42 de 155 
 
Ajustes do rolamento com a caixa 
Condições de Carga 
Aplicações (referência) Símbolo de Tolerância Notas 
N° Direção carga Conteúdo 
Rolamentos Radiais 
1 
Carga do anel 
externo em 
rotação 
Cargas pesadas em rolamentos 
em caixas de parece fina; 
Cargas de choque pesado. 
Rolamento da roda do cubo da 
roda dianteira; 
Roda do guindaste. 
P7 
O anel externo é fixado 
axialmente 
2 Cargas normais e pesadas 
Rolamento de esferas do cubo 
da roda, 
Rolamentos de eixo de manivela 
N7 
3 Cargas leves e variáveis 
Correias de transporte, 
Roldanas de corda, 
Polias de tensão M7 
4 
Carga 
Indeterminada 
Cargas de choque pesadas Motores de tração 
5 
Rotação precisa, desejável sob 
cargas leves 
Rolamentos de Esferas 
dianteiras, eixos de retífica, 
rolamentos fixos para 
compressor centrifugo de alta 
velocidade 
K6 
6 Cargas normais e pesadas 
Motores elétricos, 
Bombas, 
Rolamentos para eixos de 
manivela, Engrenagens de 
grande tamanho e alta 
velocidade, 
Soprador 
K7 
 
7 Cargas normais e leves 
J7 
O anel externo. Em principio, se 
move axialmente. 
Emprega-se ocasionalmente uma 
caixa bi-partida 
8 
Cargas do 
anel interno 
em rotação 
Cargas de choque 
Material rolante, veículos 
industriais, máquinas de 
construção, britadeiras 
9 
Rotação precisa, desejável sob 
cargas normais e leves 
Rolamentos de esfera traseiras 
para eixo de retifica, rolamentos 
livres compressores centrifugas 
de alta velocidade 
J6 
O anel externo se move 
axialmente 
10 Cargas de todos os tipos 
Aplicações dos rolamentos em 
geral 
H7 ou G7 
O anel externo se move com 
facilidade axialmente 
Algumas vezes a caixa é bi-
partida 
11 Cargas normais e leves 
Engrenagens 
Mancais 
H8 
12 
Aumento da temperatura do anel 
interno por meio do eixo 
Secadores de papel 
Rolos para mesas rolantes 
G7 
13 
Rotação precisa e alta rigidez, 
desejável sob cargas variáveis 
Rolamentos 
de rolos 
cilíndricos 
para eixos 
principais de 
máquinas 
operatrizes 
D ≤ 125mm M6 
O anel externo se fixa axialmente 250 ≥ D > 125 N6 
D > 250 P6 
 
14 
Cargas axiais centrais 
Rolamentos de esferas axiais 
Folga acima de 0,25 
Em geral 
15 H8 Precisão desejável 
16 
Rolamentos axiais de rolos 
esféricos, 
Rolamentos de rolos cônicos 
Anel externo dá uma 
folga em direção radial 
A carga radial é recebida por 
outros rolamentos 
17 
Cargas 
Combinadas 
Cargas do anel externo 
estacionário 
Rolamentos axiais de rolos 
esféricos 
J7 
 
18 
Anel externo em rotação ou carga 
indeterminada 
K7 Em geral 
19 M7 
Carga radial relativamente 
pesada 
 
1 Aplicável a caixas de ferro ou aço fundido. Para caixas de ligas leves, deve ser empregado um ajuste mais 
apertado do que o acima especificado. 
43 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 43 de 155 
 
Tolerância para diâmetros do furos 
Diâmetro nominal 
mm 
Diâmetro 
externo Dm 
F7 G7 H6 H7 H8 
J6 J7 
Diâmetro nominal 
(mm) 
Acima de Incl. 
JS6 > 
500mm 
JS7 > 
500mm 
Acima de Incl. 
10 18 
0 
-8 
+34 
+16 
+6 
+24 
0 
+11 
0 
+18 
0 
+27 
-5 
+6 
-8 
+10 
10 18 
18 30 
0 
-9 
+41 
+20 
+7 
+28 
0 
+13 
0 
+21 
0 
+33 
-5 
+8 
-9 
+12 
18 30 
30 50 
0 
-11 
+50 
+25 
+9 
+34 
0 
+16 
0 
+25 
0 
+39 
+6 
+10 
-11 
+14 
30 50 
50 80 
0 
-13 
+60 
+30 
+10 
+40 
0 
+19 
0 
+30 
0 
+46 
-6 
+13 
-12 
+18 
50 80 
80 120 
0 
-15 
+71 
+36 
+12 
+47 
0 
+22 
0 
+35 
0 
+54 
-6 
+16 
-13 
+22 
80 120 
120 150 
0 
-18 +83 
+43 
+14 
+54 
0 
+25 
0 
+40 
0 
+63 
-7 
+18 
-14 
+26 
120 150 
150 180 
0 
-25 
150 180 
180 250 
0 
-30 
+96 
+50 
+15 
+61 
0 
+29 
0 
+46 
0 
+72 
-7 
+22 
-16 
+30 
180 250 
250 315 
0 
-35 
+108 
+56 
+17 
+69 
0 
+32 
0 
+52 
0 
+81 
-7 
+25 
-16 
+36 
250 315 
315 400 
0 
-40 
+119 
+62 
+18 
+75 
0 
+36 
0 
+57 
0 
+89 
-7 
+29 
-18 
+39 
315 400 
400 500 
0 
-45 
+131+68 
+20 
+83 
0 
+40 
0 
+63 
0 
+97 
-7 
+33 
-20 
+43 
400 500 
 
44 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 44 de 155 
 
Tolerância para diâmetros do furos 
Diâmetro nominal 
mm 
K6 K7 M5 M6 M7 N5 N6 N7 P6 P7 
Diâmetro nominal (mm) 
Acima de Incl. Acima de Incl. 
10 18 
-9 
+2 
-12 
+6 
-12 
-4 
-15 
-4 
-18 
0 
-17 
-9 
-20 
-9 
-23 
-5 
-26 
-15 
-29 
-11 
10 18 
18 30 
-11 
+2 
-15 
+6 
-14 
-5 
-17 
-4 
-21 
0 
-21 
-12 
-24 
-11 
-28 
-7 
-31 
-18 
-35 
-14 
18 30 
30 50 
-13 
+3 
-18 
+7 
-18 
-5 
-20 
-4 
-25 
0 
-24 
-13 
-28 
-12 
-33 
-8 
-37 
-21 
-42 
-17 
30 50 
50 80 
-15 
+4 
-21 
+9 
-19 
-6 
-24 
-5 
-30 
0 
-28 
-15 
-33 
-14 
-39 
-9 
-45 
-26 
-51 
-21 
50 80 
80 120 
-18 
+4 
-25 
+10 
-23 
-8 
-28 
-6 
-35 
0 
-33 
-18 
-38 
-16 
-45 
-10 
-52 
-30 
-59 
-24 
80 120 
120 180 
-21 
+4 
-28 
+12 
-27 
-9 
-33 
-8 
-40 
0 
-39 
-21 
-45 
-20 
-52 
-12 
-61 
-36 
-68 
-28 
120 180 
180 250 
-24 
+5 
-33 
+13 
-31 
-11 
-37 
-8 
-46 
0 
-45 
-25 
-51 
-22 
-60 
-14 
-70 
-41 
-79 
-33 
180 250 
250 315 
-27 
+5 
-36 
+16 
-36 
-13 
-41 
-9 
-52 
0 
-50 
-27 
-57 
-25 
-66 
-14 
-76 
-47 
-88 
-36 
250 315 
315 400 
-29 
+7 
-40 
+17 
-39 
-14 
-46 
-10 
-57 
0 
-55 
-30 
-62 
-26 
-73 
-16 
-87 
-51 
-98 
-41 
315 400 
400 500 
-32 
+8 
-45 
+18 
-43 
-16 
-50 
-10 
-63 
0 
-60 
-33 
-67 
-27 
-80 
-17 
-95 
-55 
-108 
-45 
400 500 
500 630 
-44 
0 
-70 
0 
- 
-70 
-26 
-96 
-26 
- 
-88 
-44 
-144 
-44 
-122 
-78 
-148 
-78 
500 630 
630 800 
-50 
0 
-80 
0 
- 
-80 
-30 
-110 
-30 
- 
-100 
-50 
-130 
-50 
-138 
-88 
-168 
-88 
630 800 
800 1000 
-56 
0 
-90 
0 
- 
-90 
-34 
-124 
-34 
- 
-112 
-56 
-146 
-56 
-156 
-100 
-190 
-100 
800 1000 
1000 1250 
-66 
0 
-105 
0 
- 
-106 
-40 
-145 
-40 
- 
-132 
-66 
-171 
-66 
-189 
-120 
-225 
-120 
1000 1250 
1250 1600 
-78 
0 
-125 
0 
- 
-126 
-48 
-173 
-48 
- 
-156 
-78 
-203 
-78 
-218 
-140 
-265 
-140 
1250 1600 
1600 2000 
-92 
0 
-150 
0 
- 
-150 
-58 
-208 
-58 
- 
-184 
-92 
-242 
-92 
-262 
-170 
-320 
-170 
1600 2000 
2000 2500 
-110 
0 
-175 
0 
- 
-178 
-68 
-243 
-68 
- 
-220 
-110 
-285 
-110 
-305 
-195 
-370 
-195 
2000 2500 
45 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 45 de 155 
 
Exemplos de aplicação de tolerâncias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 46 de 155 
 
Arranjos de rolamentos 
 
O arranjo de rolamentos de um componente rotativo de uma máquina, como, por 
exemplo, um eixo, geralmente requer dois rolamentos para suporte e posicionam o 
componente radial e axialmente, com relação à parte estacionária da máquina, como 
uma caixa. Dependendo das considerações de aplicação, carga, precisão de giro 
exigida e custos, os arranjos podem consistir em 
 
Rolamentos sem anel interior fixo e com anel interior fixo 
O rolamento de anel interior fixo em uma extremidade do eixo fornece suporte radial 
e, ao mesmo tempo, fixa o eixo axialmente nas duas direções. Deve ser, portanto, 
fixo, tanto no eixo como na caixa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 47 de 155 
 
O rolamento sem anel interior fixo na outra extremidade do eixo fornece somente 
suporte radial. Também deve permitir deslocamento axial, para que os rolamentos 
não se tensionem mutuamente, ou seja, quando o comprimento do eixo é alterado 
como resultado de expansão térmica 
 
Rolamentos com flutuação 
Os arranjos de rolamentos com flutuação também são fixos transversais e são 
adequados onde as demandas com relação à fixação axial são moderadas, ou onde 
outros componentes no eixo servem para fixá-lo axialmente. 
 
Rolamentos adequados para esse tipo de estrutura são: 
rolamentos fixox de esferas; 
 rolamentos autocompensadores de esferas; 
 rolamentos autocompensadores de rolos. 
 
Nesses tipos de arranjos, é importante que um anel de cada rolamento consiga se 
mover no seu assento, preferivelmente o anel externo na caixa. Um arranjo de 
rolamentos de flutuação pode também ser obtido com dois rolamentos de rolos 
cilíndricos do tipo NJ, com anéis internos de desvio. Nesse caso, o movimento axial 
poderá ocorrer dentro do rolamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 48 de 155 
 
Rolamentos ajustados 
 
Em arranjos de rolamentos ajustados, o eixo está fixo axialmente em uma direção por 
um rolamento e na direção oposta pelo outro rolamento. Esse tipo de arranjo é 
denominado "fixo transversal" e é geralmente utilizado para eixos curtos. Rolamentos 
adequados incluem todos os tipos de rolamentos radiais que podem acomodar 
cargas axiais em pelo menos uma direção, incluindo 
 
rolamentos de esferas de contato angular; 
rolamentos de rolos cônicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 49 de 155 
 
Lubrificação 
Se os rolamentos devem operar de maneira confiável, eles deverão estar 
adequadamente lubrificados para evitar o contato direto de metal com metal entre os 
corpos rolantes, pistas e gaiolas. O lubrificante também inibe o desgaste e protege as 
superfícies do rolamento contra corrosão. A escolha de um lubrificante adequado e 
do método de lubrificação para cada aplicação de rolamentos é, portanto, importante 
assim como a manutenção correta. 
 
Uma ampla gama de graxas e óleos está disponível para a lubrificação de rolamentos 
e existem também lubrificantes sólidos, por exemplo, para condições de temperaturas 
extremas. A escolha de um lubrificante depende principalmente das condições 
operacionais, ou seja, da faixa de temperatura e das velocidades, bem como da 
influência do ambiente ao redor. 
 
Local de aplicação A graxa A óleo 
Sistema de vedação do 
mancal 
Pode simplificar 
Torna-se complexo e 
necessita de inspeção 
periódica 
Velocidade permissível 
Em comparação ao óleo 
o seu valor é de 65 a 
80% 
Aplicável para elevada 
velocidade 
Efeito de resfriamento Não há 
Pode servir como 
condutor de calor 
(quando utilizar o 
sistema por circulação) 
Fluidez do lubrificante Razoável Ótimo 
Reposição dolubrificante Não é fácil fácil 
Filtragem das impurezas Impossível Fácil 
Vazamento do 
lubrificante 
Precário 
Grande, não é aplicável 
no local onde impeça os 
respingos de óleo 
 
 
Lubrificação com graxa 
 
A graxa pode ser utilizada para lubrificar os rolamentos em condições operacionais 
normais na maioria das aplicações. 
 
A graxa é mais vantajosa que o óleo por aderir mais facilmente no arranjo do 
rolamento, especialmente onde os eixos estão inclinados ou estão na vertical, e 
também contribui para vedar o arranjo contra contaminantes, umidade ou água. 
50 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 50 de 155 
 
 
T
a
b
e
la
 c
o
m
p
a
ra
ti
v
a
 d
e
 p
ro
p
ri
e
d
a
d
e
s
 d
e
 g
ra
a
x
a
s
 
51 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 51 de 155 
 
Quantidades excessivas de graxa farão com que a temperatura de funcionamento do 
rolamento aumente rapidamente, especialmente ao trabalhar em velocidades altas. 
Como regra geral, na partida, apenas o rolamento deve estar totalmente preenchido, 
enquanto o espaço livre na caixa deve estar parcialmente preenchido com graxa. 
Antes de operar em velocidade total, deve-se deixar que o excesso de graxa no 
rolamento se acomode ou escape durante um período de funcionamento inicial. No 
final do período de funcionamento inicial, a temperatura de funcionamento cairá 
consideravelmente indicando que a graxa foi distribuída no arranjo do rolamento. 
 
No entanto, onde os rolamentos devem operar em velocidades muito baixas e uma 
boa proteção contra contaminação e corrosão for necessária, é aconselhável 
preencher a caixa completamente com graxa. 
 
Lubrificação inicial nas caixas 
Quantidade de graxa a ser colocado na caixa: 
Até 50 rpm 90% do espaço livre da caixa; 
Abaixo de 50% limite de rotação: 1/2 a 2/3 do espaço livre da caixa; 
Acima de 50% limite de rotação: 1/3 a 1/2 do espaço livre da caixa; 
 
Relubrificaçao 
Quando a renovação do preenchimento de graxa é feita no intervalo de relubrificação 
estimado ou após um determinado número de reabastecimentos, a graxa usada no 
arranjo de rolamentos deve ser completamente removida e trocada por graxa nova. 
 
Para permitir a renovação do preenchimento de graxa, a caixa do rolamento deve ser 
facilmente acessível e aberta. A tampa das caixas de divisão e as tampas de caixas 
de uma única parte geralmente podem ser removidas para que o rolamento fique 
exposto. Depois de remover a graxa usada, a graxa nova deve ser comprimida entre 
os corpos rolantes. Deve-se tomar muito cuidado para que os contaminantes não 
entrem no rolamento nem na caixa ao fazer a relubrificação e a própria graxa deve 
ser protegida. O uso de luvas à prova de graxa é recomendado para evitar reações 
alérgicas na pele. 
 
Quando as caixas estão menos acessíveis, mas são dotadas de bocais de graxa e 
oríficios de saída, é possível renovar completamente o preenchimento de graxa 
relubrificando várias vezes em intervalos próximos, até que se possa considerar que 
toda a graxa velha foi expelida da caixa. Este procedimento exige muito mais graxa 
do que é necessário para a renovação manual do preenchimento de graxa. Além 
disso, este método de renovação tem uma limitação com relação às velocidades 
operacionais: em velocidades altas, levará a aumentos inadequados de temperatura 
causados por agitação excessiva da graxa. 
 
 
52 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 52 de 155 
 
Quantidades adequadas para reabastecimento de um rolamento pela lateral podem 
ser obtidas por Gp = 0,005 D B 
 
 
 
 
 
 
 
 
para o reabastecimento pelo anel interno ou externo do rolamento, por Gp = 0,002 D 
B 
 
 
 
 
 
 
 
 
onde 
Gp = quantidade de graxa a ser adicionada no reabastecimento, g 
D = diâmetro externo do rolamento, mm 
B = largura total do rolamento (para rolamentos axiais, utilize a altura H), em mm. 
 
Intervalos de relubrificação 
 
Período de reengraxamento: mesmo nas graxas de altíssima qualidade no decurso 
de sua utilização, decai a sua eficiência, diminuindo o efeito lubrificante, sendo 
necessário um reengraxamento ou troca de graxa. O período de reengraxamento em 
geral está incidado na tabela a seguir. Estas tabelas, somente são aplicáveis para 
temperaturas de rolamentos inferiores a 70° C, para casos de aplicação acima de 70° 
C o período de relubrificação diminuirá para a metade, para cada 15° C de aumento. 
 
53 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 53 de 155 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 54 de 155 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relubrificação contínua 
 
Este procedimento é utilizado quando o intervalo calculado para relubrificação for 
muito curto, por exemplo, devido a efeitos adversos de contaminação, ou quando 
outros procedimentos de relubrificação forem inconvenientes, por exemplo, quando o 
acesso ao rolamento for difícil. 
 
Devido à excessiva agitação de graxa, que pode levar a um aumento de temperatura, 
a lubrificação continua só é recomendada quando as velocidades rotacionais são 
baixas 
 
A lubrificação contínua pode ser conseguida através de lubrificadores automáticos 
multiponto ou de ponto único 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 55 de 155 
 
Lubrificação a óleo 
 
O óleo geralmente é utilizado para lubrificação de rolamentos quando as altas 
velocidades ou temperaturas de funcionamento impedem o uso da graxa, quando o 
calor de fricção ou aplicado precisa ser removido da posição do rolamento ou quando 
componentes adjacentes (engrenagens, etc.) são lubrificados com óleo. 
 
Métodos de lubrificacão a óleo 
 
Banho de óleo 
O método mais simples de lubrificação com óleo é o banho de óleo O óleo, que é 
coletado através dos componentes de rotação do rolamento, é distribuído dentro do 
rolamento e depois derramado de volta para o banho de óleo. O nível de óleo deve 
quase alcançar o centro do corpo rolante inferior quando o rolamento estiver 
estacionário. 
 
 
 
 
 
 
 
Anel de coleta de óleo 
O anel de coleta serve para produzir a circulação do óleo. O anel fica frouxamente 
pendurado em uma bucha no eixo em um lado do rolamento e mergulha no óleo na 
metade inferior da caixa. Conforme o eixo gira, o anel segue e transporta o óleo da 
parte inferior para um canal de coleta. Em seguida, o óleo flui através do rolamento 
de volta para o reservatório na parte inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 56 de 155 
 
Óleo circulante 
A circulação normalmente é produzida com auxílio de uma bomba. Depois que o óleo 
passa pelo rolamento, ele geralmente é depositado em um tanque onde é filtrado e, 
se necessário, resfriado antes de ser retornado ao rolamento. Uma filtragem correta 
estende a vida útil do rolamento. 
 
O resfriamento do óleo permite que a temperatura de funcionamento do rolamento 
seja mantida em um nível baixo.Jato de óleo 
Para uma operação em velocidade muito alta, deve ser fornecida ao rolamento uma 
quantidade de óleo suficiente, mas não excessiva, a fim de proporcionar a 
lubrificação adequada sem aumentar a temperatura de funcionamento mais do que o 
necessário. Um método particularmente eficaz para se conseguir isso é o de jato de 
óleo, onde um jato de óleo sob alta pressão é direcionado na lateral do rolamento. A 
velocidade do jato de óleo deve ser suficientemente alta (pelo menos 15 m/s) para 
penetrar na turbulência que envolve o rolamento rotativo. 
 
 
57 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 57 de 155 
 
Lubrificação por atomização 
Com o método de lubrificação por atomização, também chamado de método de ar 
lubrificado, quantidades precisamente medidas e muito pequenas de óleo são 
direcionadas para cada rolamento individual por ar comprimido. Esta quantidade 
mínima permite que os rolamentos operem em temperaturas inferiores ou em 
velocidades mais altas do que em qualquer outro método de lubrificação. 
 
 
58 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 58 de 155 
 
Seleção do óleo lubrificante 
 
A seleção do óleo é baseada principalmente na viscosidade necessária para 
proporcionar uma lubrificação adequada para o rolamento em sua temperatura de 
funcionamento. A viscosidade do óleo depende da temperatura, tornando-se inferior à 
medida que a temperatura aumenta. A relação viscosidade-temperatura de um óleo é 
caracterizada pelo índice de viscosidade IV. Para a lubrificação do rolamento, são 
recomendados óleos que tenham um índice de viscosidade alto (pouca alteração com 
temperatura) de pelo menos 95. 
 
Para que seja formada uma película de óleo fina o suficiente na área de contato entre 
os corpos rolantes e as pistas, o óleo deve reter uma viscosidade mínima na 
temperatura de funcionamento. A viscosidade cinemática mínima ν1 exigida na 
temperatura de funcionamento para proporcionar uma lubrificação adequada pode 
ser determinada a partir do diagrama abaixo, desde que seja utilizado um óleo 
mineral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 59 de 155 
 
Quando a temperatura de funcionamento for conhecida por experiência ou puder ser 
determinada de outra forma, a viscosidade correspondente na temperatura de 
referência padronizada internacionalmente de 40 °C (ou seja, a classe de viscosidade 
ISO VG do óleo) poderá ser obtida a partir do diagrama abaixo, compilado para um 
índice de viscosidade de 95. 
 
 
60 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 60 de 155 
 
Troca de óleo 
 
A freqüência necessária para a troca de óleo depende principalmente das condições 
operacionais e da quantidade de óleo. 
 
Com a lubrificação de banho de óleo, geralmente é suficiente trocar o óleo uma vez 
por ano, desde que a temperatura de funcionamento não exceda 50 °C e haja pouco 
risco de contaminação. Temperaturas mais altas demandam trocas de óleo mais 
freqüentes, por exemplo, para temperaturas de funcionamento em torno de 100 °C, o 
óleo deve ser trocado a cada três meses. As trocas de óleo freqüentes também são 
necessárias se outras condições operacionais forem árduas. 
 
Com a lubrificação com óleo circulante, o período entre duas trocas de óleo também 
é determinado pela freqüência com que a quantidade de óleo total é circulada e se o 
óleo é ou não resfriado. Geralmente só é possível determinar um intervalo adequado 
por execuções de testes e pela inspeção regular da condição do óleo para ver se ele 
não está contaminado e se não está excessivamente oxidado. O mesmo se aplica à 
lubrificação com jato de óleo. Com a lubrificação por atomização, o óleo só passa 
pelo rolamento uma vez e não é circulado novamente. 
 
61 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 61 de 155 
 
Caixas de mancal SNL 
 
Arranjos de rolamentos livres e bloqueados 
 
Arranjos de rolamentos livres com rolamentos autocompensadores de esferas e 
rolamentos autocompensadores de rolos 
Os assentos dos rolamentos nas caixas são suficientemente largos para permitir o 
deslocamento axial do rolamento. Os assentos são usinados para tolerância G7 de 
maneira que um ajuste com folga para o rolamento seja garantido. 
 
Tipos de arranjos 
 
Não apenas diferentes tipos de rolamento podem ser incorporados em caixas de 
mancal SNL, como também podem ser dispostos de maneiras diferentes: 
 
Rolamentos com furo cônico em uma bucha de fixação e em um eixo liso - caixas 
SNL, séries 5 e 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rolamentos com furo cilíndrico em um eixo escalonado - caixas SNL, séries 2 e 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 62 de 155 
 
Dependendo das dimensões, também é possível abrigar as seguintes combinações 
nas caixas SNL 5 e SNL 6: 
 
Rolamentos com furo cônico em uma bucha de fixação e em um eixo escalonado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rolamentos com furo cônico em uma bucha de desmontagem em um eixo 
escalonado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vedantes para caixas 
 
Vários vedantes padrão podem ser escolhidos para caixas de mancal SNL mas, se 
necessário, também é possível adaptar outros vedantes. Um guia de seleção de 
vedantes pode ser encontrado na matriz. Os vedantes padrão para caixas de mancal 
SNL onde se usa graxa como lubrificante são 
 
Vedantes de quatro retentores; Vedantes de retentor duplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
63 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 63 de 155 
 
 
Vedantes de anel em V; Vedantes de labirinto; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vedantes de taconita para trabalhos pesados com labirinto radial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os vedantes são totalmente intercambiáveis porque nenhuma modificação é 
necessária na caixa. 
 
64 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 64 de 155 
 
TABELA COMPARATIVA 
Tipos e Características de Aplicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 65 de 155 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONTAGEM 
E 
DESMONTAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 Centro de Formação Profissional 
Mancais de rolamentos Página 66 de 155 
 
Montagem 
 
Cerca de 16 % de todas as falhas prematuras nos rolamentos são causadas por montagem 
incorreta ou pelo uso incorreto das técnicas de montagem. Aplicações individuais podem exigir a 
utilização de métodos mecânicos, hidráulicos ou térmicos para se obter uma montagem correta e 
eficiente dos rolamentos. A escolha da técnica de montagem adequada para a sua aplicação o 
ajudará a aumentar a vida útil de seus rolamentos e reduzir os custos resultantes das falhas 
prematuras

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes