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Matéria completa direito penal. 1ª á 14ª semana. COM ANOTAÇÕES

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SPA, RJ, 15/02/2016.
DIREITO PENAL II
* CONCURSOS DE PESSOAS
CONCEITO: Se dá quando duas ou mais pessoas concorrem para a pratica de uma mesma infração penal.
* ESPÉCIES DE CONCURSO DE PESSOAS 
Concurso Necessário de Pessoas, se refere aos crimes que só podem ser praticados em concurso de pessoas. Ex art. 288 do CP, Associação Criminosa, Associarem-se mais, de três pessoas, em quadrilha ou bando, para fim de cometer crimes.
Concurso Eventual de Pessoas, se refere aos crimes que podem ser praticados por uma só pessoa mais que eventualmente são praticados em concursos. Ex Furto, roubo, estupro etc.
* AUTORIA 
Teorias que explicam o conceito de autor:
Teoria do Domínio Final do Fato, o autor é aquele que detém o domínio do crime, é aquele que planeja, idealiza a pratica criminosa. Ex para essa teoria um mandante intelectual do crime mesmo sem executa-lo será o autor.
Teoria Objetiva-Formal, o autor é somente aquele que realiza o verbo típico. Ex para essa corrente o autor é aquele que mata, o que planejou o homicídio, mas não o executou é participe. 
* REQUISITOS PARA O CONCURSO DE PESSOAL 
Pluralidade de Agentes e Pluralidades de Condutas, exige-se pelo menos a pratica de duas condutas que podem ser, duas condutas principais e o que lhe vara a coautoria ou uma conduta principal e a outra acessória, o que levará um autor e um participe.
Relevância Causal de Cada Conduta, para que o agente responda pelo resultado a sua conduta tem que de alguma forma ter contribuído para ele. Ex “A” empresta uma faca para “B” matar “C”, “B” mata “C” com veneno. Nesse caso não há concurso de pessoas entre “A” e “B” porque a conduta de “A” nada contribuiu para morte de “C”.
Liame Subjetivo, é o vínculo psicológico que unem os agentes para a pratica da infração penal. Ex “A” e “B” resolvem matar “C”, porém um desconhecem a conduta do outro, ambos efetuam disparo contra “C”, mas só “A” acerta o tiro letal, como não há vinculo psicológico entre eles não há concurso de pessoas e cada um responderá pelo resultado que produziu. “A” homicídio e “B” tentativa de homicídio. Seria diferente se entre os agentes houve-se o vínculo psicológico, porque independentemente de quem efetuou o tiro letal ambos responderiam por homicídio consumado.
Identidade de Infração Penal para todos os Agentes Art. 29 do CP, art. 29 do CP, Do Concurso de Pessoas, Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade, § 1º Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço. § 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. 
Conforme art. 29 do CP, quem que de qualquer forma concorrer para um crime, incide nas penas a ele cominadas, (OBS: traz a teoria monista). Neste art. 29 do CP o Código Penal, adotou como regra a Teoria Monista para o concurso de pessoas, uma vez que não há um crime para o autor e outro diferente para o participe, todos respondem pelo mesmo crime.
* EXCEÇÕES PLURALISTAS “A TEORIA MONISTA DO CONCURSO DE PESSOAS”
Desvio subjetivo de conduta ou também chamado cooperação dolosamente distinta, Art. 29 § 2º do CP, art. 29 do CP, Do Concurso de Pessoas, Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade, § 2º Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave. Pode ocorrer que um dos participantes queira praticar crime menos grave do que foi praticado pelo outro. Ex 1 “A” e “B” combinam a pratica e um furto, mas na execução do crime “B” pratica um roubo, a solução jurídica nesse caso é que “A” responda pelo furto e “B” pelo roubo. Ex 2 O art. 124 do CP, Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento, provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque. É o crime de gestante que faz aborto nela mesmo ou que consente que o terceiro nela faça o aborto, mas o terceiro que realizou o aborto com o consentimento da gestante responde pelo art. 126 do CP. Art. 126 do CP, Provocar aborto com o consentimento da gestante.
* ESPÉCIE DE AUTORIA 
Autoria Direta ou Imediata, é quando o agente executa diretamente a conduta descrita do tipo penal.
Autoria Indireta ou Mediata, autor mediato é aquele que se vale de outra pessoa que atua sem vontade ou sem consciência, que lhe serve como instrumento para a pratica da infração penal. Ex 1 O agente se vale de inimputável por doença mental para pratica de um crime. Ex 2 Coação moral irresistível, vamos supor que um gerente de Banco subtrai dinheiro do cofre porque está com filho ameaçado de morte por sequestradores, o gerente de Banco não responderá pelo furto por estar em coação moral irresistível, os sequestradores é que responderão pelo furto por autor mediato.
Erro Provocado por Terceiro, vamos supor que uma enfermeira seja levada a erro por um médico e acabe injetando um liquido letal matando um paciente, a enfermeira por nada responderá, porque agiu em erro e o médico será o autor mediato do homicídio.
Autoria Colateral, se dá quando duas ou mais pessoas dirigem suas condutas para um mesmo resultado, sem, no entanto, haver nelas vinculo psicológico, ou seja, uma desconhece a conduta da outra. A solução jurídica para a autoria colateral é que cada um responde isoladamente pelo resultado que produz.
Autoria Incerta, se dá quando a autoria não se consegue identificar de quem partiu o tiro letal. Ex “A” e “B” sem vínculo psicológico entre eles atiram contra “C”, o cadáver de “C” apresenta uma única perfuração, a polícia não consegue identificar de quem partiu o tiro que matou “C”, a solução jurídica será baseada no princípio ‘INDUBIO PRÓ RÉU”, portanto ambos responderam por tentativa de homicídio.
* PARTICIPAÇÃO 
Formas de Participação: 
Induzimento, o participe faz nascer na cabeça do autor a ideia de praticar o crime.
Instigação, o participe fomenta (estimular, incentivar, despertar o interesse) a ideia que o autor já tem de praticar o crime.
Auxilio Material, Ex: participe empresta a arma para que seja cometido o homicídio.
* TEORIA ACERCA DA PARTICIPAÇÃO 
A teoria adotada é a da acessoriedade limitada que significa que para que o participe responda pelo crime a conduta do autor tem que ser típica e ilícita não importando se ele é ou não culpável.
Participação da Participação ou em Cadeia, também chamada de participação em cadeia, “A” induz “B” a induzir “C” a matar “D”, “A”, “B” e “C” responderam pelo homicídio.
Participação Sucessiva, ocorre quando o mesmo participe concorre para conduta principal com mais de uma forma de participação. Ex induz a matar e empresta a arma do crime.
* COMUNICABILIDADE DAS CIRCUNSTANCIAS E ELEMENTARES DO CRIME 
Elementar de um crime é um dado essencial para a existência da figura típica se retirada a elementar, desaparece o crime, serve para aumentar ou diminuir a pena.
AS CIRCUNSTANCIAS PODEM SER:
De Caráter Pessoal ou Subjetivo, que são aquela circunstância que dizem respeito ao agente e a motivação do crime. Ex Reincidência.
De Caráter Objetiva, são aquelas que se diz respeito aos meios ou modo de execução do crime. Ex homicídio qualificado pelo meio cruel.
* Art. 30 do CP, Circunstâncias incomunicáveis, Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Conclusão, as circunstâncias de caráter pessoal não se comunicam ao coautor ou participe. Ex “A” e “B” praticam juntos de um homicídio, “A” é reincidente e “B” não, só “A” terá a pena agravada pela reincidência.
Conclusão, os elementares de caráter pessoal se comunicam ao coautor ou participe, desde que, ingresse na esfera de conhecimento esse elementar. Ex 1 um particular pratica um crime próprio do funcionário público com ele, caso o particular tenha conhecimentoque está aderindo a conduta do funcionário público, responderá pelo crime funcional. Ex 2 um terceiro auxilia uma mãe a matar o próprio filho ciente que ela está em estado puerperal tanto a mãe quanto o terceiro responderam por infanticídio.
SPA, RJ, 22/02/16.
DIREITO PENAL II
* SEMANA 2
* CONCURSO DE CRIMES
*CONCEITO: Se dá quando o agente mediante uma ou mais ações pratica dois ou mais crimes.
*SISTEMAS ADOTADOS PELO CÓDIGO PENAL PARA APLICAÇÃO DA PENA NO CASO DE CONCURSO DE CRIMES
Sistema do Cumulo Material, o juiz fixa a pena de cada crime cometido e depois soma.
Obs.: Art. 75 do CP, estabelece que o máximo de tempo de cumprimento de pena é de 30 anos, o que não impede uma condenação com pena superior, inclusive porquê os benefícios penais serão calculados com base na pena total e não com base na pena unificada em 30 anos, Sumula 715 do STF.
* Art. 75 do CP, O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. 
* Sumula 715 do STF, A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do CP, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como livramento condicional ou regime mais favorável de execução.
Sistema de Exasperação da Pena, nesse sistema o juiz pega a pena do crime mais grave e sobre essa pena acrescenta um percentual.
* ESPÉCIES DE CONCURSO DE CRIMES (Art. 69 do CP, aplica-se o Sistema do Cumulo Material)
Concurso Material ou Real, Art. 69 do CP, quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela, se dá quando o agente mediante mais de uma ação ou omissão pratica dois ou mais crimes. (Pluralidade de ações e pluralidade de crimes).
* A doutrina divide o Concurso Material em:
Homogêneo, quando há pluralidade de ações e pluralidade de crimes idênticos. Sempre praticado em várias ações.
Heterogêneos, a pluralidade de ações e pluralidades de crimes diferentes. Ex. estuprou e depois a matou.
No concurso material quer homogênea ou heterogênea, aplica-se o sistema do cumulo material, ou seja, as penas serão somadas, Art. 69 do CP.
Espécie Concurso Formal ou Ideal, Art. 70 do CP, quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não; aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até a metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Se dá quando o agente mediante uma única ação pratica dois ou mais crimes, há unidade de ação e pluralidade de crimes.
O Concurso Formal, pode ser homogênea se houver unidade de ação e pluralidade de crimes idênticos ou heterogêneo, quando há unidade de ação e pluralidade de crimes diferentes.
* O Concurso Formal ele apresenta ainda outra divisão:
Concurso Formal Perfeito ou Próprio, o agente tem um único designo mas acaba produzindo dois ou mais crimes. Ex. querendo chegar sedo em casa o agente empreende velocidade excessiva perde a direção atropela e mata cinco pessoas.
Concurso Imperfeito ou Impróprio, é aquele que resulta de desígnio autônomos (o agente mediante a uma só ação provoca vários resultados. Ex o carcereiro juga veneno na panela da sopa e consegue matar os 10 presos). Art. 70 do CP, quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não; aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até a metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
No Concurso Formal Perfeito, aplica-se o sistema da exasperação da pena, o agente responde pela pena de um crime só, se diferentes a mais grave, acrescida de 1/6 até a 1/2. 
No Concurso Formal Imperfeito, como o agente tinha vontade dirigida aos vários resultados o legislador resolveu adotar o sistema do cúmulo material somando a pena de cada crime cometido pelo agente.
* Art. 129, § 6º do CP, Lesão corporal, ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem, § 6º Se a lesão é culposa: pena, de 02 (dois) meses a um ano.
* Art. 70, P.Ú do CP, quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não; aplica-se a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até a metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior, P.Ú. não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código.
Obs.: Concurso Material benéfico Art. 70, P.Ú. do CP, ao aplicar o sistema da exasperação da pena, se o juiz perceber que a pena do agente ficou maior do que ficaria se fosse somada, o juiz deve aplicar o sistema do cúmulo material para beneficiar o condenado.
SPA, RJ 24/02/16.
DIREITO PENAL II
* CONTINUAÇÃO
Crime Continuado ou Continuidade Delitiva:
Requisito para o Crime Continuado Art. 71 do CP, quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Pluralidade de ações; mas não pode ser crimes diferentes;
Da mesma espécie, o agente pratica crimes da mesma espécie;
Para os Tribunais Superiores crimes da mesma espécie são os previstos no mesmo tipo penal, podendo ser consumado e tentado simples e qualificado.
Condições Semelhantes de Tempo, a jurisprudência intende que para o reconhecimento do crime continuado, não pode passar tempo superior a 30 dias entre um crime e outro.
Condições Semelhantes de Lugar, a jurisprudência entende que pode haver continuidade delitiva, se os crimes forem praticados até as cidades vizinhas.
Condições Semelhantes de Execução do Crime, o modo de executar o crime tem que ser semelhante. Ex o agente sempre age sozinho, o instrumento do crime é o mesmo.
Unidade de Resolução, a doutrina intende que além dos requisitos objetivos acima expostos, se for necessário o requisito subjetivo que o agente desejar desde o início praticar os crimes em continuidade, os crimes praticados resultam de um só plano criminoso. Ex bandidos descobrem que a Polícia Militar está em greve na Região dos Lagos, então 4 elementos fortemente armados, subtrai uma agencia de um Banco em cabo Frio, segue para São Pedro da Aldeia subtrai uma outra agencia bancária, e retornam para o Rio de Janeiro.
* TEORIA ADOTADA PELO CÓDIGO PENAL PARA O CRIME CONTINUADO,
É a teoria da ficção jurídica, na verdade o crime continuado são vários crimes mas para o legislador eles constituem um crime só, por que os subsequentes são considerados como se fosse continuação do primeiro.
* O Crime Continuado pode ser: 
Genérico, aquele que não é especifico ou especifico, que é aquele previsto no Art. 71, P.Ú do CP, que exige os seguintes requisitos: 
* Art. 71, P.Ú do CP, nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o Juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.
* Requisitos:
Praticados contra vítimas diferentes;Os crimes são dolosos;
Cometidos com violência ou grave ameaça a pessoa.
Tanto no crime continuado genérico quanto no especifico, aplica-se o sistema da exasperação da pena o juiz aplica a pena de um só dos crimes cometido e acresce sobre essa pena um percentual.
No crime continuado genérico o percentual varia de 1/6 a 2/3.
No crime continuado específico a pena pode ser aumentada até o triplo.
SPA, RJ, 29/02/16.
DIREITO PENAL II
* SEMANA 3
* TEORIA DA SANÇÃO PENAL
Sanção Penal, é o gênero que comporta duas espécies; Pena e Medida de Segurança.
* PENA
* ESPÉCIE DE PENA
Privativa de Liberdade;
Restritivas de Direito;
Pena de Multa.
* Art. 59 do CP, O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
* FINALIDADE DA PENA
O Código Penal, adotou a teoria mista, eclética ou conciliatória no que diz respeito a finalidade da pena, pôs conforme Art. 59 do CP, a pena tem dupla finalidade, retribuir o mal injusto causado pelo infrator da lei penal, (caráter retributivo da pena), e prevenir evitando a pratica de novas infrações penais (caráter preventivo da pena).
* PRINCIPIOS DA PENA
Princípio da Legalidade da Pena, Art. 5º, XXXIX da CF/88, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes; XXXIX, não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Não há pena, senão através de lei.
Princípio da Anterioridade, Art. 5º, XXXIX da CF/88, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes; XXXIX, não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Para que seja aplicada uma pena a uma pessoa a lei que a comina já estava em vigor, quando da pratica do ato.
Princípio da Personalidade da Pena, Art. XLV da CF/88, Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes; XLV, nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. A pena não poderá passar da pessoa do condenado. A obrigação civil de reparar o dano causado é o perdimento de bens se transmite aos herdeiros do condenado que faleceu no limite do patrimônio que recebeu.
A pena de Multa, não paga pelo condenado falecido ainda que seja considerada dívida de valor é pena, portanto a obrigação de pagá-la não se transmite aos herdeiros.
Princípio da Inderrogabilidade da Pena, a pena não pode deixar de ser aplicada pelo juiz, salvo quando a própria lei prevê a possibilidade de o juiz deixar de aplicar a pena. Ex Art. 121, § 5º do CP, Matar alguém, § 5º, na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências de a infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. Exceção a este Princípio.
Princípio da Humanidade da Pena, Art. 5º, XLIX da CF/88, odos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes; XLIX, é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral. A Constituição impede, pena de morte salvo em caso de guerra declarada, pena de caráter perpétua, pena de trabalhos forçados, penas cruéis e de banimentos. 
SPA, RJ, 02/03/16.
DIREITO PENAL II
* SEMANA 4
* REINCIDÊNCIA: Art. 63 do CP, Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior.
Se dá quando a pessoa pratica um fato criminoso após ter sido condenado por sentença transitada e julgada, pela prática de outro fato anteriormente cometido. Ex o agente praticou um roubo em 1-/01/00, foi condenado por sentença transitada e julgada em 20/03/02, e em 10/04/02 praticou um homicídio nesse caso será reincidente.
* NATUREZA JURÍDICA DA REINCIDÊNCIA: Art. 61, I do CP, circunstancias agravantes, São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime. I, a reincidência.
É agravante genérica.
* PRESCRIÇÃO DA REINCIDÊNCIA: Art. 64, I do CP, para efeito de reincidência, I, não se prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação.
Conforme o Código Penal adotou o sistema da temporariedade da reincidência, ou seja, passados mais de cinco anos do término do cumprimento da pena, se o agente vier a cometer novo delito, ele será considerado primário, pôs ocorreu a prescrição da reincidência.
* INCOMUNICABILIDADE DA REINCIDENCIA: Art. 30 do CP, Circunstância incomunicáveis, não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Conforme a reincidência é uma circunstância de caráter pessoal logo não se comunica ao coautor ou participe.
* MAUS ANTECEDENTES:
São condenações transitada e julgada, que geram reincidências. Ex João pratica o roubo em 10/01/2000, dois dias depois 12/01/2000, João pratica um homicídio, em 20/03/05 ele é condenado por sentença transitada e julgada por roubo anteriormente cometido, quatro meses depois é o julgamento pelo crime de homicídio. Pergunta-se, ele será reincidente? Ele terá maus antecedentes?
R 1, não será reincidente, por que quando ele cometeu o homicídio, não havia o transitado e julgado da sentença penal condenatória pelo crime de roubo cometido.
R 2, No entanto João terá maus antecedentes, por que na ocasião do julgamento pelo homicídio ele já tinha na sua folha penal uma sentença condenatória transitada e julgada que não gerava reincidência.
OBS: Sumula 444 do STJ, é vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.
* PESQUISA:
 Vamos supor que João tenha praticado um roubo, tenha sido condenado definitivamente cumpriu integralmente sua pena e seis anos após o término do cumprimento da pena, João venha a praticar um novo roubo. Vimos que essa condenação anterior não pode mais ser considerada para efeito de reincidência, por que houve a prescrição. Essa condenação anterior pode ser usada como maus antecedentes?
Publicado 16 de Setembro, 2015
Maus antecedentes depois de cinco anos da pena cumprida?
 
 
Por Luiz Orlando CarneiroBrasília
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal julgou que não pode ser considerada como mau antecedente a condenação por um crime cuja pena foi cumprida ou extinta cinco anos antes do cometimento do novo crime.
A decisão foi tomada pelo STF ao julgar o habeas corpus (HC 126.315), impetrado em janeiro último pela Defensoria Pública da União, contra julgado do Superior Tribunal de Justiça que restabelecera pena mais gravosa imposta a um condenado.
A maioria que deferiu o habeas corpus, restabelecendo decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi formada pelos ministros Gilmar Mendes (relator), Dias Toffoli e Celso de Mello. Ficaram parcialmente vencidos os ministros Teori Zavascki e Cármen Lúcia.
A discussãose deu em torno do inciso 1 do artigo 64 do Código Penal, segundo o qual, para efeito de “reincidência”, não prevalece condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a cinco anos. Contudo, o STJ entendera que tal período de tempo afasta somente os efeitos da reincidência, não tendo relação com a avaliação dos chamados maus antecedentes.
O julgamento tinha se iniciado em março deste ano, mas foi suspenso por pedido de vista da ministra Cármen Lúcia, depois dos votos de Gilmar Mendes e de Dias Toffoli pela concessão da ordem. Para o relator, o prazo de cinco anos tem a capacidade de nulificar a reincidência de forma que não possa mais ter influência em condenação posterior. Ou seja, não se pode admitir que se atribua à condenação o “status de perpetuidade”.
No voto-vista proferido na sessão desta terça-feira, a ministra Cármen Lúcia afirmou que nem todos os atos anteriores em matéria penal praticados pelo réu podem ser utilizados para a caracterização de maus antecedentes.
Para ela, em cada caso há de se verificar “a razoabilidade do aproveitamento da condenação para caracterizar maus antecedentes, tendo em vista a individualidade do ser humano e os atos por ele praticados, os quais serão submetidos à apreciação do Poder Judiciário”.
No caso concreto, a ministra votou pela concessão parcial da ordem, e foi acompanhada pelo ministro Teori Zavascki. Já o ministro Celso de Mello seguiu os votos anteriores do relator Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
TÓPICOS: 
GILMAR MENDES, MAUS ANTECEDENTES, STF
SPA, RJ, 07/03/16.
DIREITO PENAL II
Ocorrendo a prescrição da Reincidência, pode ser considerada para efeitos de Maus Antecedentes. Ex João praticou um roubo em 2000, foi condenado e terminou de cumprir a sua pena em 2006, em 2013 ele pratica um estupro, como o novo crime foi praticado decorrido mais de 5anos do termino do cumprimento da pena. Como ele praticou o crime depois de mais de 5 anos; houve a prescrição da pena.
Essa condenação transitada e julgada vai valer como Maus Antecedentes?
R 1: Primeira Corrente do STJ, O art. 64-1 do CP, se refere a prescrição da reincidência, e não à prescrição de maus antecedentes. Logo ocorrendo a prescrição da reincidência o condenado será primário mais portador de maus antecedentes.
R 2: Segunda Corrente é do STF, A ideia do legislador quando criou a prescrição da reincidência, foi de apagar da vida do indivíduo os crimes do passado, sobretudo, quando houve o cumprimento da pena por esse mesmo motivo a condenação anterior, quando passado mais de 5 anos do término do cumprimento da pena, não pode ser considerada como maus antecedentes.
* SISTEMAS DE APLICAÇÃO DA PENA (OU DOSEMETRIA DA PENA).
O Código Penal, adotou o Sistema Trifásico de Aplicação da Pena (Art. 68 do CP, a pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento). 
Primeira Fase, O juiz fixara a pena-base, levando-se em conta o art. 59 do CP, O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. Que traz as chamadas circunstanciais judiciais.
Segunda Fase, Nesta fase o juiz fixara a pena intermediaria levando em conta as agravantes e atenuantes.
Terceira Fase, nesta fase o juiz fixa a pena definitiva, levando-se em conta a causa de aumento e diminuição de pena.
Obs.: IMPORTANTES
Qualificadora, é quando o legislador aumenta os limites em abstrato da pena, ele cria uma pena nova aumentando o patamar mínimo, e/ou máximo da pena.
 Ex 1, Furto Simples art. 155 caput do CP, Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. Pena de 01 (um) à 04 (quatro) anos. 
 Ex 2, Furto Qualificado art. 155, § 4º do CP, Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, § 4º, Pena é de reclusão de 02 (dois) a 8 (oito), e multa se o crime for cometido. Pena de 2 a 8 anos.
Já às causas de aumento da pena ocorrem quando o legislador estabelece um percentual de aumento e não uma pena nova maior. Ex art. 155, § 1º, Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, § 1º, A pena aumenta-se de um terço. Se o crime á praticado durante o repouso noturno. 
A presença de uma qualificadora tem que ser analisada pelo juiz antes de começar o processo de aplicação da pena, por que ele precisa ter o patamar mínimo e máximo para aí sim entrar no sistema trifásico.
Na primeira fase da dosimetria da pena, o juiz está obrigado a partir da pena mínima legal.
Princípio da Vedação (“BIS IN IDEM”), é o Princípio que impede a dupla valoração de uma mesma circunstância, ou seja, uma única circunstância não pode ser utilizada duas vezes, quer para favorecer ou para prejudicar o réu. Ex uma mesma condenação transitado e julgado, não pode ser usado para efeito de reincidência e de maus antecedentes.
* PRIMEIRA FASE DA DOSIMETRIA DA PENA (Art. 59 do CP, O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime).
Obs., Como vimos nessa primeira fase, o juiz parte do mínimo legal, quando mais circunstâncias judiciais forem desfavoráveis ao réu, mais ele aumenta a pena sendo que nesta fase ele não pode ir além do máximo legal.
Pergunta: Quais são as circunstancias judiciais a serem analisadas nesta primeira fase?
SPA, RJ, 09/03/16.
DIREITO PENAL II
* PRIMEIRA FASE DAS CIRCUSNTÂNCIAS JUDICIAIS DO Art. 59 do CP
Primeira Circunstância Culpabilidade do Agente, é o grau de reprovabilidade da conduta do agente;
Segunda Circunstância Antecedentes, serão considerados maus antecedentes as condenações transitado e julgado que não geram reincidência;
Terceira Circunstancia Conduta social, é o comportamento do condenado perante a sociedade;
Quarta Circunstância Personalidade do Agente, é o perfil psicológico do condenado, obs. Uma forte corrente intende que o juiz, só pode aumentar a pena com base no perfil psicológico, se respaldado em laudo pericial favorável.
Quinta Circunstancia Motivos do Crime, o que leva a pessoa praticar o crime;
Sexta Circunstancias do Crime, é o meio de execução utilizado pelo agente para praticar o crime;
Sétima Circunstancia Consequência do crime, o dano que causo a vítima;
Oitava Circunstancia Comportamento da Vítima, o juiz analisa se o comportamento da vítima influenciou na pratica do crime;
* SEGUNDA FASE DA DOSIMETRIA DA PENA
Nessa fase o juiz analisará a presença das agravantes genéricas, que estão previstas nos arts. 61 e 62 do CP, e as atenuantes genéricas que estão previstas nos arts. 65 e 66 do CP.
Nessa fase o juiz parte da pena base e quanto mais agravantes presentes mais aumenta a pena base.
Sendo que nesta fase também não pode ultrapassar o máximo legal.
* CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES
* Art. 61 do CP, são circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime, 
I - A reincidência;
II – Ter o agente cometido o crime;
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, de outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei especifica;
g) com abuso de poder ou violaçãode dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão;
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.
* AGRAVANTES NO CASO DE CONCURSO DE PESSOAS
* Art. 62 do CP, A pena será ainda agravada em relação ao agente que:
I – Promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais;
II – Coage ou induz outrem à execução material do crime;
III – instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não punível em virtude de condição ou qualidade pessoal;
IV – Executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
* CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTES 
* Art. 65 do CP, São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
I – Ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença;
II – O desconhecimento da lei;
III – ter agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
* Art. 66 do CP, a pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.
Obs.: Pode acorrer homicídio duplamente ou triplamente qualificado.
As qualificadoras do homicídio são também agravantes genéricas. O juiz para levar a pena do homicídio da forma simples que é de 06 a 20 anos, para a forma qualificada que é de 12 a 30 anos, ele só precisa de uma qualificadora, se tiverem outros elas serão utilizadas como agravantes nessa 2ª fase da dosimetria a pena.
SPA, RJ, 14/03/16.
DIREITO PENAL II
* ATENUANTES 
Após as análises das agravantes, o juiz deve analisar a presença de atenuantes genéricas que são as previstas nos art. 65 e 66 do CP.
* Art. 65 do CP, São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
I – Ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença;
II – O desconhecimento da lei;
III – ter agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
* Art. 66 do CP, a pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.
* Concurso de Circunstâncias Agravantes e Atenuantes, Art. 67 do CP, no concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstancias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. 
Pode haver concurso entre agravantes e atenuantes, nesse caso a presença de um agravante, pode ser anulada pela presença de uma atenuante, salvo se uma for preponderante sobre outra e o legislador no art. 67 do CP, estabelece que são circunstancias preponderantes a quem dizem respeito a personalidade do agente a motivação do crime e a reincidência. Ex o agente é reincidente e reparou o dano do crime que praticou. Nesse caso a reincidência é uma circunstância preponderante, portanto a agravante não será anulada pela atenuante.
* TERCEIRA FASE CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DE PENA
Nesta fase o juiz analisa as causas de aumento e de diminuição de pena que existem na parte geral e na parte especial do Código Penal.
Nesta Terceira e Última fase o juiz pode elevar a pena além do máximo legal ou aquém do mínimo legal.
* Art. 68 do CP, P.Ú do CP, Calculo da pena, a pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstancias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.
No caso concreto pode haver várias causas de aumento ou diminuição de pena da parte geral nesse caso o juiz tem que aplicar todos os aumentos e/ou diminuições conforme art. 68, P.Ú do CP, caso exista várias causas de aumento ou de diminuição prevista na parte especial.
O juiz pode limitar-se a um só aumento ou uma só diminuição, mas ele tem que escolher a causa que mais aumente ou a que mais diminua.
SPA, RJ, 16/03/16.
DIREITO PENAL II
* SEMANA 6
* ESPÉCIE DE PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE
Reclusão; 
 Crime
Detenção;
Prisão Simples; exclusiva das Contravenções Penais.
Obs. A prisão simples, é exclusiva das Contravenções Penais.
* Reclusão e Detenção Art. 33 do CP, A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média;
b) regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado;
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto;
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (Incluído pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003).
* REGIMES DE CUMPRIMENTOS DA PENA
Art. 33 do CP, A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. Fechado, Semiaberto e Aberto.
Obs. O juiz após aplicar a pena ele terá que definir sobre o regime inicial de cumprimento da pena.
 Se o crime for punido com reclusão o condenado poderá iniciar no regime fechado, semiaberto ou aberto.
 Se o crime for punido com detenção, o regime inicial pode ser o semiaberto ou aberto.
* REGRAS PARA FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA PARA CONDENADO A PENA DE RECLUSÃO (Art. 33, § 2º do CP) 
* Art. 33 do CP, A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
§ 2º - As penasprivativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: 
1ª Regra, condenação superior a oito (08) anos, o regime inicial obrigatório é o fechado;
2ª Regra, se a condenação for superior a quatro (04) anos mais não excede a oito (08) o regime inicial será o semiaberto;
3ª Regra, se a pena for igual ou inferior a quatro (04) o regime aberto;
4ª Regra, se o condenado for reincidente o regime inicial será o fechado.
5ª Regra, pode o juiz determinar um regime de cumprimento de pena mais gravoso do que a quantidade da pena aplicada permite, mas ele tem que fundamentar com base na circunstância judiciais do Art. 59 do CP, Sumula 710 do STF.
* Art. 59 do CP, O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime.
* Súmula 719 do STF, A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea. 
SPA, RJ, 21/03/16.
DIREITO PENAL II
* REGRAS PARA FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA PARA CONDENADOPOR CRIME PUNIDO POR DETENÇÃO
Regra, se a pena imposta na condenação for superior a 04 anos, o regime inicial será o semiaberto;
Regra, se a pena imposta for igual ou inferior a 04 anos o regime inicial poderá ser o aberto;
Regra, reincidente o regime inicial será o semiaberto.
Regra, caso a condenação seja a uma pena igual ou inferior a 4 anos, mas as circunstancias jurídicas do art. 59 do CP, forem desfavoráveis, o juiz pode determinar o regime inicial semiaberto, mas terá que fundamentar.
* PROGRESSÃO DE REGIME 
É a passagem do apenado de um regime mais rigoroso para um menos rigoroso, desde que preenchido os requisitos legais.
A nossa legislação não admite a chamada progressão por salto, que seria ir do regime fechado direto para o aberto.
* REQUISITOS PARA PROGRESSÃO DE REGIME (LER)
Lei de Execuções Penais, Lei nº 7.210/84, Art. 112, A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.
Requisito Objetivo, cumprir 1/6 da pena;
Requisito Subjetivo, ostentar bom comportamento carcerário.
* PROGREÇÃO DE REGIME PARA CONDENADO POR CRIME HEDIONDO E TRÁFEGO DE DROGAS, TORTURA E TERRORISMO.
Cabe inicialmente observar que trafego de drogas, tortura e terrorismo não são crimes hediondos, mas são a eles equiparados, porquê o tratamento penal é o mesmo.
* Lei 8.072/90, art. 1º, Crimes Hediondos, São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-lei nº 2.848/40 – Código Penal, consumados e atentados.
Os crimes hediondos estão previstos nos Art. 1º da Lei 8.072/90.
Quando a Lei foi criada o Art. 2º, § 1º da lei 8,072/90, proibia a progressão de regime quando estabelecia que os condenados por crimes hediondos e equiparados tenham que cumprir pena em regime (Integralmente Fechados).
Em 2006 o STF declarou essa redação acima inconstitucional, porquê fere o Princípio da Individualização da Pena. Com essa declaração de inconstitucionalidade os criminosos hediondos e assemelhados passaram a ter direito a progressão com base no Art. 112 da LEP, que elixir 1/6 de cumprimento da pena.
Lei 11.464/07, em 2007 através da Lei 11.464/07, foi mudada a redação do art. 2º, § 1º da Lei 8.072/90, de forma a permitir a progressão de regime, exigindo apenas o regime (Inicialmente Fechado).
A Lei 11.464/07, trouxe, no entanto, regras mais gravosas para o condenado por crimes hediondos ou equiparado, progredia de regime que são, cumprir 2/5 da pena se primário ou 3/5 se reincidente.
Quem cometeu um crime hediondo ou assemelhado antes da entrada em vigor da Lei 11.464/07, se sujeita a regra do art. 112 da LEP, para progressão de regime, o que significa que terá que cumprir 1/6 da pena, conforme sumula 471 do STJ e sumula vinculante nº 26 do STF, as regras de cumprir 2/5 da pena se primário e 3q5 se reincidente, só vale para quem cometeu esses crimes após a entrada em vigor da Lei 11.464/07.
O fundamento é o Princípio de Irretroatividade da Lei Penal para prejudicar o réu.
* Art. 112 da LEP. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
§ 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)
* Lei 11.464/07, Art. 1o O art. 2o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 2o 
II - fiança. 
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. 
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. 
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. 
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. ” (NR) 
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
* Sumula 471 do STJ, Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de regime prisional.
* Sumula Vinculante nº 26 do STF, Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico
SPA, RJ 28/03/16.
DIREITO PENAL II
OBS: O STF já declarou incidentalmente, a Inconstitucionalidade do art. 2º, § 1º da Lei 8.072/90, já com a nova redação da Lei 11.464/07, que exige o regime inicial fechado para o condenado pelo crime hediondo e equiparado, no Princípio da Individualização da Pena, por tanto um condenado por esses crimes, podem começar no Regime Fechado, Semiaberto ou Aberto, dependendo dos requisitos do art. 33 do CP, A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.
* PROGRESSÃO DE REGIME NOS CRIMES PRATICADOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
* Art. 33, § 4º do CP, A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado,com os acréscimos legais. (Incluído pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003).
Como esses crimes não estão no rol dos crimes hediondos, a progressão dos crimes se dará após 1/6 do cumprimento da pena, além do bom comportamento carcerário, mais a partir de novembro de 2003, foi acrescentado o parágrafo 4º do art. 33 do CP, que passou a exigir mais um requisito que é a reparação do dano causado ou a devolução do produto do ilícito com os acréscimos legais.
OBS: Vimos que a regra é que inadmissível a progressão por salto, porém excepcionalmente o STJ já decidiu que no caso do apenado adquirir o direito de progredir para o regime semiaberto, e lhe é negada a transferência por falta de vaga, a ineficiência do Estado não poderia prejudicar o réu, nesse caso o apenado iria do Regime Fechado direto para o Aberto no aguardo da vaga.
 Essa decisão tem como Fundamento os Princípios da Dignidade da Pena, da Dignidade Humana, e Individualização da Pena. 
Com base nos mesmos Fundamentos o STJ já decidiu que, se não há vaga em casa de Albergado para o condenado progredir de Regime ele deverá ir para prisão domiciliar no aguardo da vaga.
* PROGRESSÃO DE REGIME
É a volta do condenado para o regime mais rigoroso por ter descumprido as condições impostas para a permanência em um regime melhor.
A progressão por salto é admissível.
* DETRAÇÃO PENAL
É o direito que o apenado tem de abater na sua pena o tempo que ele ficou provisoriamente preso.
* REMIÇÃO PENAL
O Art. 126 da Lei 7.210/84, O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011).
§ 1º A contagem do tempo para o fim deste artigo será feita à razão de 1 (um) dia de pena por 3 (três) de trabalho.
§ 1o A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de: (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 2º O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente, continuará a beneficiar-se com a remição.
§ 2o As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 3º A remição será declarada pelo Juiz da execução, ouvido o Ministério Público.
§ 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 7o O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
§ 8o A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011)
É o direito que o apenado tem de abater na sua pena os dias de trabalho (no caso do Regime Fechado ou Semiaberto) ou os dias de estudo (em qualquer dos três regimes).
Na seguinte proporção, para cada três dias trabalhados abate 1 dia na pena.
Para cada 12 horas de estudo dividida pelo menos em 3 dias abate 01 (um) dia na pena.
SPA, RJ, 30/03/16.
DIREITO PENAL II
* SEMANA 7
* PENAS ALTERNATIVAS
São penas que tem o objetivo de evitar a pena de prisão para as condenações a penas pequenas, que no CP são às Restritivas de Direitos e de Multa.
* PENAS RESTRITIVA DE DIREITO Art. 43 do CP
Art. 43 do CP. As penas restritivas de direitos são: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
I - Prestação pecuniária; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
II - Perda de bens e valores; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
III - limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
IV - Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
V - Interdição temporária de direitos; (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
VI - Limitação de fim de semana. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 25.11.1998)
* CARACTERISTICAS DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
1º - A pena fixada na sentença não pode ser superior a 04 anos salvo nos crimes culposos, por quê nestes cabem a substituição independentemente da quantidade da pena aplicada;
2º - O crime não pode ter sido cometido com violência e grave ameaça contra a pessoa;
3º - O réu não pode ser reincidente em crime doloso. O reincidente não doloso terá direito a substituição desde que o juiz intenda que é socialmente recomendado e a reincidência não tenha se operado pela pratica do mesmo crime;
4º - As circunstancias jurídicas do art. 59 do CP, tem que ser favoráveis ao condenado.
* PRAZO PARA CUMPRIMENTO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITO
Em regra, é o mesmo tempo da pena de prisão antes da substituição, com exceção da pena de prestação pecuniária e perdimentos de bens.
* Art. 44, § 4º do CP, As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 4º A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
* CONVERÇÃO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITO EM PENA DE PRISÃO
Conforme art. 44, § 4º do CP, se houver o descumprimento injustificado da pena restritiva de direito, o condenado volta a cumprir a pena de prisão fixada.
Na sentença abatido o tempo da pena restritiva de direito da cumprida, respeitando o mínimo de 30 dias de prisão.
SPA, RJ, 04/04/16.
DIREITO PENAL II
* PENA RESTRITIVA DE DIREITO E A LEI DE DROGAS (LEI 11.343/06)
* LEI 11.343/06, Art.33, § 4º, Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.
Proíbe expressamente que um condenado por tráfico de drogas tenha a sua pena de prisão substituída por restritiva de direito,mas o STF já declarou a inconstitucionalidade dessa proibição e o Senado Federal através da resolução nº 05/12, já suspendeu a execução dessa proibição com base no Princípio da Individualização da Pena, portanto um condenado por trafego de drogas poderá ter sua pena de prisão substituída por Restritiva de Direito, desde que presente os requisitos do Art. 44 do CP.
* Art. 44 do CP - As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: 
* LEI MARIA DA PENHA E SUBSTITUIÇÃO DA PENA DE PRISÃO POR RESTRITIVA DE DIREITO (LEI 11.340/06)
* LEI 11.340/06, Art. 17, Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal ; e dá outras providências.
Art.17, É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa.
Não proíbe a conversão da Pena de Prisão e restritiva de Direito em uma forma geral, mas proíbe essa substituição a pena de pagamento de sexta básica ou qualquer outra prestação pecuniária ou quando a substituição importar apenas em pena de multa.
* PENA DE MULTA (Art. 44, § 2º do CP)
* Art. 44, § 2º do CP, Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998)
§ 2o Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. (Incluído pela Lei nº 9.714, de 1998)
A pena de multa, ela pode ser aplicada cumulativamente com a de prisão, isoladamente ou pode ser substitutiva a de prisão, conforme Art. 44 e 44, § 2º do CP.
* CRITÉRIO PARA FIXAÇÃO DA PENA DE MULTA (Art. 49 do CP)
* Art. 49 do CP - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
O Critério para Fixação da Pena de Multa, é chamado de Dias-multa, e se dar da seguinte maneira.
O juiz estabelece a quantidade de Dias-multa que será no mínimo de 10 (dez) e no máximo 360 (trezentos e sessenta) Dias-multa.
O juiz fixa o valor de cada dia-multa que será no mínimo 1/30 um trigésimo do salário mínimo vigente na época do crime (fato) e no máximo 5 vezes este salario.
O juiz multiplica a quantidade de dias-multa pelo valor de cada dia-multa.
* Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940
* Art. 60 do CP - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação econômica do réu. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Multa substitutiva
§ 2º - A pena privativa de liberdade aplicada, não superior a 6 (seis) meses, pode ser substituída pela de multa, observados os critérios dos incisos II e III do art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Obs.: conforme art. 60 do CP, na fixação da pena de multa, o juiz deve levar em conta principalmente a situação econômica do réu, podendo inclusive aumenta-la até o triplo em virtude da sua situação econômica ela for ineficaz.
* Art. 51 do CP, Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de valor, aplicando-se lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição. (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
Conforme art. 51 do CP, a pena de multa não paga, não pode ser convertida em pena de prisão, o agente terá o seu nome escrito na Dívida Ativa da Fazenda Pública e estará sujeito a execução fiscal.
SPA, RJ, 06/04/16.
DIREITO PENAL II
* AÇÃO PENAL
É o direito de pedir ao Estado (JUIZ) a aplicação do direito a um caso concreto.
*Inicialmente vamos dividir a Ação Penal em:
Ação Penal Pública, que é aquela promovida pelo Ministério Público, e a peça inicial é a denúncia;
Ação Penal de Iniciativa Privada, é aquela promovida pela própria vítima, ou por seu representante legal, e a peça inicial é a Queixa.
* AÇÃO PENAL PÚBLICA
Titular Ministério Público, se divide em:
Ação Penal Pública Incondicionada, é aquela em que o Ministério Público, tem que promover a ação penal mesmo contra a vontade da vítima.
É a regra, quando o Legislador estabelece o crime e nada menciona sobre a ação penal, é por quê ela é Pública Incondicionada.
Ação Penal Pública Condicionada a Representação da Vítima ou Seu Representante Legal, o Ministério Público para propor a ação penal depende da representação da vítima, que é a sua manifestação de vontade no sentido de ver o autor processado criminalmente.
* PRAZO PARA REPRESENTAÇÃO
Seis (06) meses a contar da data que a vítima toma conhecimento de quem é o autor do crime. Passado esse prazo ocorre a decadência do direito de oferecer representação, o que acarretara a extinção da punibilidade do autor.
* RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO, Art. 102 do CP
* Art. 102 do CP, A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia. 
A representação será irretratável depois de oferecida a denúncia ao contrário senso a vítima pode desistir da representação anteriormente feita, se o Ministério Público não tiver oferecido a denúncia.
Ação Penal Pública Condicionada a Requisição do Ministro da Justiça, é a exceção e no Código Penal, está prevista no Art. 145, P.Ú do CP, que é nos crimes contra a honra praticado contra o Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro.
* Art. 145, P.Ú do CP, Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3º do art. 140 deste Código.
* PRINCIPIOS QUE REGULAM A AÇÃO PENAL PÚBLICA
Princípio da Obrigatoriedade, sendo hipótese de atuação o Ministério Público, não pode se recusar a propor a ação penal;
Princípio da Indisponibilidade, o Ministério Público não pode desistir da ação já iniciada;
Princípio da Indivisibilidade da Ação Penal, se são vários os autores o Ministério Público, não pode escolher quem ele quer processar, ele terá que processar a todos.
SPA, 11/04/16.
DIREITO PENAL II
* AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA
Titular da Ação Penal de Iniciativa Privada, é a vítima ou se incapaz seu representante legal.
A Peça Inicial, é a Queixa, prazo para oferecimento da queixa, é de 06 meses a contar da data que a vítima toma conhecimento de quem é o autor do crime (Art. 103 do CP, Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia. Passado esse prazo ocorre a (extinção da punibilidade pela decadência do direito de oferecer queixa).
* ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA
Ação Penal Privada Propriamente Dita, o direito de oferecer queixa é da vítima, porém, se ela morrer esse direito se transmite aos herdeiros, ao conjunge, ascendente, descendente ou irmão (Art. 100, § 4º do CP, A ação penal é pública,salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. 
§ 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão).
Ação Penal Privada Personalíssima, o direito de oferecer queixa é exclusivo da vítima se ela morrer extingue a punibilidade do autor, por quê o direito de oferecer a queixa não se transmite aos herdeiros. Ex Art. 236, P.Ú do CP, Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
P.Ú - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública, a vítima pode ingressar em juízo com queixa, se o Ministério Público não oferecer Denúncia no prazo legal, ou seja, o crime é de ação Penal Pública, mas diante da Inercia do Ministério Público que não oferece a denúncia devido no prazo, nasce para a vítima o direito de oferecer queixa. (Art. 100, § 3ºdo CP, A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. 
§ 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.
* PRINCÍPIOS QUE REGEM A AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA
Princípio da Conveniência ou oportunidade, a vítima não é obrigada a ingressar em juízo com a ação penal privada, ela inclusive pode renunciar ao direito de oferecer queixa o que extingue a punibilidade do autor.
Princípio da Disponibilidade, a vítima pode desistir da ação penal que ela mesmo iniciou. 
Princípio da Indivisibilidade da Ação Penal, a vítima não pode em caso de vários autores escolher quem ela quer processar, ou ela processa todos ou nenhum.
SPA, RJ, 27/04/16.
DIREITO PENAL II
AULA 10
*SUSPENÇÃO CONDICIONAL DA PENA (Sursis Art.77 do CP)
Conceito:
A suspensão condicional da execução da pena (sursis) é um instituto de política criminal que se destina a evitar o recolhimento à prisão do condenado, submetendo-o à observância de certos requisitos legais e condições estabelecidas pelo juiz, durante tempo por ele determinado, findo o qual, se não revogada a concessão, considera-se extinta a pena privativa de liberdade. O Sursis é um direito subjetivo do réu, desde que preenchidos os requisitos, o juiz tem que concede-lo.
* REQUISITOS PARA CONCEÇÂO DO SURSIS art.77, cp.
1. A pena aplicada na condenação não pode ser superior a dois ANOS.
2. O reincidente em crime doloso, não tem direito ao benefício, salvo se a condenação pelo crime anterior for a pena de multa.
3. As circunstancia do art.59, cp, devem ser favorável ao réu.
4. O juiz só pode aplicar o Sursis, se não for cabível a substituição da pena de prisão por restritiva de direito. Portanto o sursis é obrigatoriamente a segunda opção do juiz, então, o juiz primeiro analisa os requisitos do art.44 do cp.
Com a introdução desse último requisito, ocorrida em 1998, o sursis praticamente deixou de existir, porque em regra, sempre que o sursis for cabível será também cabível a substituição da pena de prisão por restritiva de direitos e como vimos a substituição prevalecerá, mas, ainda há algumas possibilidades de aplicação do sursis.
Ex. Condenado comete crime doloso praticado com violência ou grave ameaça a pessoa, é primário e a condenação é a uma pena igual ou inferior a dois anos. 
* ESPÈCIE DE SURSIS:
1. Sursis Simples
É cabível quando presentes os requisitos do art.77 do cp, que exige condenação a uma pena não superior a dois anos. 
2. Sursis Etário
É cabível se a condenação for a uma pena não superior a quatro anos se o condenado for maior de setenta anos na data da sentença.
3. Sursis Humanitário
É cabível quando a pena da condenação não for superior a quatro anos e razões de saúde do condenado justifiquem o benefício.
* PERÌODO DE PROVA
 É o tempo que o condenado terá a sua pena suspensa (privativa de liberdade) mediante certas condições.
No sursis simples o período de prova varia de dois a quatro anos o juiz é quem escolhe.
No sursis etário e humanitário, o período de prova varia de quatro a seis anos.
* CONDIÇÔES A SEREM FIXADAS PELO JUÌZ NA SENTENÇA PARA QUE O CONDENADO TENHA DIREITO AO BENEFÌCIO, art. 78, CP
Passado o período de prova sem que tenha ocorrido revogação do sursis, a pena do condenado será extinta.
* REVOGAÇÂO OBRIGATÒRIA DO SURSIS art. 81, cp
I, se o beneficiário for condenado por sentença condenada em jugado pela pratica de crime doloso, não importando se o crime foi praticado antes ou durante o benefício
II, Caso haja o descumprimento da condição imposta no art. 78, §1 CP.
* REVOGAÇÂO FACULTATIVA art.81, I, CP 
Se o condenado descumpre qualquer outra imposição imposta ou ´ré condenado irrecorrivelmente por crime culposo ou contravenção penal o juiz pode decidir se revoga o benefício ou adverte o condenado ou prorrogar o período de prova.
Pode haver também prorrogação do período de prova até o julgamento definitivo, quando o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção.
Passado o período de prova sem que haja revogação do sursis, considera-se extinta a pena privativa de liberdade do condenado. Caso haja revogação do sursis, não se descontando o condenado terá que cumprir a pena privativa de liberdade integralmente fixada na sentença, não se descontando o período de prova.
SPA, RJ, 02/05/16.
DIREITO PENAL II
* AULA 10 Cont.
* SURSIS Art. 77 do CP; A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - O condenado não seja reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de 70 (setenta) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
* Art. 81 do CP; A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - É condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - Frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 3º - Quando facultativa a revogação, o juiz pode, ao invés de decretá-la, prorrogar o período de prova até o máximo, se este não foi o fixado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
*Art. 81, §1º do CP; Revogação facultativa
§ 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
* 81, § 2º do CP. Prorrogação do período de prova
§ 2º - Se o beneficiário está sendo processado por outro crime ou contravenção, considera-se prorrogado o prazo da suspensão até o julgamento definitivo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
*Art. 78, §1º e 2º do CP, durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidaspelo juiz. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48). (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) proibição de frequentar determinados lugares; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 
SPA, RJ 02/05/16.
DIREITO PENAL II
* LIVRAMENTO CONDICIONAL Art. 83 a 90 do CP
No Livramento Condicional, o sentenciado inicia o cumprimento de sua Pena Privativa de Liberdade e posteriormente tem o direito de cumpri o restante de sua pena em Liberdade mediante certas condições. 
Trata-se da antecipação provisória da liberdade mediante certas condições, se difere do Sursis porque nesse o condenado nem chega a iniciar o cumprimento da pena de prisão.
* REQUISITOS PARA O LIVRAMENTO CONDICIONAL Art. 83 do CP
* Art. 83 do CP, O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - Cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - Cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - Comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - Tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
V - Cumprido mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. (Incluído pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
Parágrafo único - Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
No Livramento Condicional o agente fica um certo período sujeito a certas condições, é o chamado período prova que no livramento condicional corresponde ao resto da pena que falta o condenado cumprir, ao contrário do Sursis que vimos que o período de prova dura de 02 a 04 anos, ou no caso do Sursis Humanitário ou Etário de 04 a 06 anos.
* Art. 90 do CP, se até o seu término o livramento não é revogado, considera-se extinta a pena privativa de liberdade.
Passado o período de prova sem revogação, considera-se Extinta a Pena Privativa de Liberdade.
* Art. 85 do CP, A sentença especificará as condições a que fica subordinado o livramento.
Determina que o Juiz na sentença que concede o livramento condicional especificará as condições a que ficará sujeito o beneficiado. (Vide Art. 132, da Lei 7.210/84 da LEP). Art. 132 da LEP, deferido, o pedido, o Juiz especificará as condições a que fica subordinado o livramento.
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as obrigações seguintes:
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for apto para o trabalho;
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação;
c) não mudar do território da comarca do Juízo da execução, sem prévia autorização deste.
§ 2º Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, entre outras obrigações, as seguintes:
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção;
b) recolher-se à habitação em hora fixada;
c) não frequentar determinados lugares.
d) (VETADA) (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010)
* REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA DOLIVRAMENTO CONDICIONAL Art. 86 do CP
* Art. 86 do CP, revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - Por crime cometido durante a vigência do benefício; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - Por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código.
Se o beneficiado for condenado por Sentença Irrecorrível por crime cometido durante a vigência do benefício, ou por anterior.
* Art. 87 do CP, O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade. 
A revogação não é obrigatória mais poderá ocorrer se o beneficiário for condenado por sentença irrecorrível, por crime ou contravenção a pena que não seja privativa de liberdade.
* EFEITOS DA REVOGAÇÃO Art. 88 do CP
* Art. 88 do CP, revogado o livramento, não poderá ser novamente concedido, e, salvo quando a revogação resulta de condenação por outro crime anterior àquele benefício, não se desconta na pena o tempo em que esteve solto o condenado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Revogado o livramento condicional o condenado não terá mais direito ao benefício. Terá o condenado que teve o livramento condicional revogado o direito de abater no restante da pena que falta cumprir o período de prova?
R 1: Depende, se o livramento condicional foi revogado por crime cometido durante o benefício ou porque ele descumpriu as condições impostas pelo juiz, ela traiu o Estado e ao traidor nada, por isso não será abatido o período de prova.
R 2: Caso o condenado tenha o livramento condicional revogado por crime cometido antes do benefício, será descontado o período de prova.
SPA, RJ, 04/05/16.
DIREITO PENAL II
* AULA 11
* MEDIDA DE SEGURANÇA
É a espécie de sanção penal imposta pelo Estado na execução de uma sentença por um fato típico e ilícito praticado por um doente mental.
A sentença que impõem a medida de segurança é denominada Absolutória Imprópria, porque ela absolve mais impõem sanção penal.
* FINALIDADE DA MEDIDA DE SEGURANÇA
A finalidade é exclusivamente preventiva, evitar que o doente mental volte a delinquir.
* SISTEMA RELATIVOS A MEDIDA DE SEGURANÇA
Sistema do Duplo Binário, permite acumulação de pena e medida de segurança.
* SISTEMA VICARIANTE 
Que é adotado pelo nosso ordenamento jurídico. 
Ao Inimputável por doença mental, só pode ser aplicada medida de segurança;
Ao Semi-imputável, pode ser aplicada pena diminuída ou medida de segurança.
* ESPÉCIE DE MEDIDA DE SEGURANÇA Art. 96 do CP
* Art. 96 do CP, As medidas de segurança são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - Sujeição a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Detentiva, é a internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico;
Restritiva, sujeita o doente mental a tratamento ambulatorial.
Conforme Art. 97 do CP, se o fato por ele praticado for previsto como crime punido com pena de reclusão, por exemplo

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