ou terceirizado. Outras decisões a tomar dizem respeito à extensão do programa a todos os empregados ou apenas a um grupo-piloto, deixando para expandir-se mais tarde. Um ponto importante é confirmar se os benefícios serão igualmente flexibilizados ou se a flexibilização vai variar em função de fatores como salário, senioridade e estrutura familiar. Todas essas informações devem ser tomadas de acordo com as informações obtidas no começo do projeto” (BOOG e BOOG, 2002, p.406) 33 Todo processo de mudança, uns saem ganhando e outros perdendo. Para que a implantação seja bem sucedida, é importante verificar, sobretudo que empregados, eventualmente, sairiam perdendo com ele, além de identificar qual abordagem será usada em relação a eles. O empregador deve avaliar todos os riscos potenciais associados com a implantação de um programa flexível. Dependendo do projeto o risco poderá ser tanto neutro quanto maior que na situação atual. Antes de tomar a decisão final, a gerência precisa decidir se as vantagens potenciais de um programa flex são suficientemente grandes para superar qualquer aumento potencial de risco para a organização. O projeto apropriado do programa pode reduzir muito a aumento desse tipo de risco. “Em relação à administração do programa, atualmente existem ferramentas que reduzem o trabalho operacional do flex, pois são adaptadas às necessidades dos empregadores” (Boog e Boog, 2002, p. 408). 3.10 Horário Flexível Quando o assunto é motivação e conflito interno a empresa pode resolver diretamente os problemas, mas quando existem preocupações externas a empresa deve entender que nem sempre é possível conseguir tempo para resolve problemas pessoais. No entanto, algumas empresas já adotam a filosofia de que, em determinados momentos, é muito mais vantagem deixar o colaborador resolver seu problema pessoal o mais rápido possível. Assim ele poderá ficar tranqüilo e desempenhar sua tarefa com rendimento satisfatório e o benefício que permite isto é o horário flexível. O horário flexível reflete diretamente na qualidade de vida das pessoas, pois os profissionais podem resolver problemas pessoais e evitar, com isso, estresse diário. Todo esse trabalho, de adoção do horário flexível, é realizado com base na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que exige saber a que horas o colaborador entrou e saiu da empresa, e para isto a empresa pode se utilizar uma ferramenta eletrônica que pode ficar disponível no site da empresa, pois na prática existe uma quantidade certa de horas para 34 o trabalho e aquele que não alcançar este limite terá que compensar a horas não trabalhada ou sofrerá descontos diretamente no seu salário. Quem recorre ao horário flexível precisa avisar com antecedência o momento em que estará ou não presente na empresa, para que o andamento dos trabalhos não seja comprometido. Portanto, é extremamente importante que todo este processo deva ser acompanhado pela área de RH da empresa. 4.1 Benefícios Legais Hoje, alguns benefícios como, férias, 13° salário, vale-transporte, insalubridade e creche, são benefícios que foram conquistados ao longo de vários anos pelos brasileiros e que se tornaram obrigatórios pela Legislação Trabalhista. Quando as empresas oferecem benefícios espontâneos a exemplo do auxilio alimentação, auxílio moradia, planos de saúde ou previdência privada ela acredita que seja imprescindível oferecer estes benefícios principalmente aqueles funcionários de baixa renda, pois no nosso país existem muitas carências nas áreas de saúde, educação e transporte. Para que as empresas começassem a enxergar os benefícios como uma ferramenta tiveram que mudar a cultura paternalista que existia antes, abandonado a ideia de que os benefícios são apenas uma obrigação legal do empregador, passando-se a encara-los como uma necessidade vital da empresa para atrair e reter os talentos existentes no mercado de trabalho. As organizações recebem constante pressão dos sindicatos, que a cada ano, incluem mais um benefício nas convenções coletivas. Na atualidade, as pessoas buscam empresas onde possam trabalhar e crescer profissionalmente, oferecendo planos de carreira porque querem ser reconhecidas por seus valores e desempenho. Estes trabalhadores procuram espaço para a criatividade e precisam de oportunidades para discutir suas avaliações. Neste contexto surge a importância da área de treinamento, uma vez que é dentro dela que o funcionário desenvolve-se e se prepara para novos desafios. Por diversos motivos, a área de benef´cios da empresa deve estar enfocada no desenvolvimento de programas de prevenção do uso de drogas e de álcool, apoio para doenças cardiovasculares e diabetes, programas de ginástica, horário flexível, disponibilização de facilidades para o trabalho virtual, treinamento 35 via internet de forma a minimizar os custos advindos da falta de prevenção nos planos de saúde e incremento da qualidade de vida. 4.2 Encargos Sociais e Trabalhistas Os segmentos que mais empregam em nosso país estão limitados a uma legislação que encarece muito o trabalho, enquanto cresce o déficit de empregos formais disponíveis. O novo cenário engloba o aumento considerável das inovações em tecnologia organizacional e a introdução de novas tecnologias incorporadas em bens, fortemente redutoras do uso do trabalho, que vêm diminuindo a competitividade. Neste cenário o Brasil tem a desvantagem de ser um país onde os encargos sociais e trabalhistas, agravam fortemente o custo da mão de obra. Um dos maiores problemas é o excesso de mão de obra disponível face à oferta de emprego. Este é também o maior problema sócio econômico que o Brasil enfrenta: o da falta de emprego para os brasileiros que necessitam para sua sobrevivência física e desejam, para sua sobrevivência psíquica, ser cidadãos economicamente ativos. Os custos indiretos do trabalho abrangem os encargos sociais e os encargos trabalhistas. 4.3 Encargos Sociais São taxas e contribuições pagas pelo empregados para financiamento das políticas que beneficiam de forma indireta o trabalhador. Incluem-se como seguridade e Previdência Social: • INSS ou PSS – Plano de Seguridade Social do Servidor Público; • FGTS, PIS/PASEP; • Salário- educação – emprego no setor privado empresarial; • Sistema S – emprego no setor privado empresarial. Seguridade e Previdência Social: 36 “ A Seguridade Social compreende um conjunto de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social” (Dias, 2005). A previdência social, mediante contribuição, atenderá, nos termos da lei, a cobertura de eventos de doença, invalidez, morte, incluída os resultantes de acidente do trabalho, velhice e reclusão, a ajuda à manutenção dos dependentes dos segurados de baixa renda, a proteção à maternidade, especialmente à gestante, a proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário e a pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao conjugue ou companheiro e dependentes. Segundo as informações disponíveis no site do Ministério do Trabalho não há encargos previdenciários para as empresas optantes pelo Simples. As empresas optantes pelo Simples têm a taxa de 20% sobre folhe de pagamentos. FGTS- Fundo de Garantia por Tempo de Serviço: É constituído pelos saldos das contas vinculadas e outros recursos a ele incorporados. Para isto, são recolhidos 8% sobre a remuneração paga aos trabalhadores que devem ser aplicados