Em seguida, é introduzida no re- cipiente uma porção de gelo-seco (CO 2 ). O recipiente é fechado. Após algum tempo, quando todo o gelo-seco passou para a fase gasosa, no- tamos que o mercúrio apresenta um desnível de 19 cm e a situação se estabiliza. Observe para tanto a f igura 2. Despreze o volume do tubo em comparação com o do recipiente. (Hg) (Ar) (Rolha) (Gelo-seco) (Ar + CO2) Figura 1 Figura 2 Δh Todo o processo ocorre à temperatura do meio ambiente (27 °C). Su- pondo-se que o ar e o CO 2 comportem-se como gases perfeitos, que a pressão atmosférica normal valha 76 cm Hg e que a constante univer- sal dos gases perfeitos valha 0,082 atm · L / mol · K, o número de mols aproximado de CO 2 existente no recipiente é: a) 0,002. c) 0,2. e) 20. b) 0,02. d) 2. Resolução: De acordo com a Lei de Dalton (lei das pressões parciais), o desnível ob- servado foi proporcionado pelo CO 2 introduzido no recipiente. Assim, usando a Equação de Clapeyron, temos: p V = n R T, em que: p = 19 cm Hg = 0,25 atm T = 27 °C = 300 K então: 0,25 · 2 = n · 0,082 · 300 ⇒ n � 0,02 mol Resposta: b 99 (ITA-SP) Estime a massa de ar contida em uma sala de aula. Indi- que claramente quais as hipóteses utilizadas e os quantitativos estima- dos das variáveis empregadas. Resolução: Uma sala de aula típica deve ter área do piso igual a 50 m2 e pé direito (altura) de 3,0 m. Assim: V = 50 · 3,0 (m3) V = 150 m3 Considerando o ar um gás perfeito, vem: p V = n R T Adotando: p 0 = 1 atm R = 0,082 atm L/mol K T = 27 °C = 300 K M ar = (30%)O 2 + (70%)N 2 = 29,2 · 10–3 kg V = 150 m3 = 150 · 103 L Equação de Clapeyron: p V = n R T Temos: 1 · 150 · 103 = m 29,2 · 10–3 · 0,082 · 300 ⇒ m � 178 kg Resposta: 178 kg 87Tópico 4 – Gases perfeitos 100 (Fuvest-SP) Um cilindro de oxigênio hospitalar (O 2 ), de 60 li- tros, contém, inicialmente, gás a uma pressão de 100 atm e tempe- ratura de 300 K. Quando é utilizado para a respiração de pacientes, o gás passa por um redutor de pressão, regulado para fornecer oxi- gênio a 3 atm, nessa mesma temperatura, acoplado a um medidor de fluxo, que indica, para essas condições, o consumo de oxigênio em litros/minuto. Assim, determine: a) o número N O de mols de O 2 , presentes inicialmente no cilindro; b) o número n de mols de O 2 , consumidos em 30 minutos de uso, com o medidor de fl uxo indicando 5 litros/minuto. c) o intervalo de tempo t, em horas, de utilização do O 2 , mantido o fl u- xo de 5 litros/minuto, até que a pressão interna no cilindro f ique reduzida a 40 atm. Note e adote: Considere o O 2 como gás ideal. Suponha a temperatura constante e igual a 300 K. A constante dos gases ideais R � 8 · 10–2 litros · atm/K Resolução: a) Usando-se a Equação de Clapeyron, temos: p V = n R T 100 · 60 = N o · 8,0 · 10–2 · 300 ⇒ No = 250 mols b) A vazão de um certo volume V de gás através da válvula, em um intervalo de tempo Δt, é φ = VΔt ⇒ V = φ Δt Aplicando-se a Equação de Clapeyron no gás que passa pela válvu- la nos 30 minutos, vem: p V = n R T p φ Δt = n R T 3 · 5 · 30 = n · 8,0 · 10–2 · 300 ⇒ n = 18,75 mols onde n representa o gás utilizado, que saiu pela válvula. c) Cálculo de Δn: p 0 n o = p 2 n 2 ⇒ 100 250 = 40 n 2 ⇒ n 2 = 100 mols Assim: Δn = N o – n 2 = 250 – 100 ⇒ Δn = 150 mols Na válvula, temos: p φ Δt = Δn R T Portanto: 3 · 5 · Δt = 150 · 8,0 · 10–2 · 300 ⇒ Δt = 240 min ou 4,0 h Respostas: a) 250 mols; b) 18,75 mols; c) 4,0 h 101 Numa prova de laboratório, um professor de Física pegou três recipientes, A, B e C. Colocou em um deles hidrogênio, em outro, neô- nio, e, no que restou, dióxido de carbono, todos a 27 °C. Forneceu aos alunos duas tabelas, sendo uma dos mols dos referidos gases e outra associando a velocidade média quadrática das partículas do gás com o recipiente portador. Tabela I Gás Mol (g) H2 2,0 Ne 20 CO2 44 Tabela II Recipiente Velocidade média quadrática das partículas A 412 m/s B 1 936 m/s C 612 m/s Identif ique o gás contido em cada recipiente. Dado: 3R = 25 J/K · mol Resolução: T = M 3R v2 Sendo T = (27 + 273) K = 300 K, vem: 300 = M 25 · v2 ⇒ M v2 = 7 500 Para o H 2 , temos: 2 · 10–3 v2 = 7 500 ⇒ v H2 � 1 936 m/s H 2 está no recipiente B. Para o Ne, temos: 20 · 10–3 v2 = 7 500 ⇒ v Ne � 612 m/s Ne está no recipiente C. Para o CO 2 , temos: 44 · 10–3 v2 = 7 500 ⇒ v CO2 � 412 m/s CO 2 está no recipiente A. Respostas: A ⇒ CO 2 ; B ⇒ H 2 ; C ⇒ Ne