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A ENFERMAGEM E A HUMANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO Ana Paula Ingred Queiroz Lucimar Lima Maura Rosana Marilene Silva Humanização e ética “Humanizar o quê? Por acaso não somos humanos?” (Auxiliar de Enfermagem de uma UBS da SMS-SP) Humanizar os serviços soava como um insulto. a reação dos trabalhadores foi a mais variada possível ficava clara a importância de trazer tal discussão para o campo da Saúde. Segundo Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Humanização (PNH). 1. Implementar gestão descentralizada e participativa 2. Assegurar ampliação de acesso, cuidado integral e resolutivo 3. Organizar a atenção e oferta de cuidados a partir da implementação de equipes multiprofissionais com métodos e instrumentos de orientação do trabalho 4. Propiciar participação e valorização dos trabalhadores no processo e gestão do trabalho 5. Promover Educação Permanente dos trabalhadores 6. Assegurar direitos dos usuários, controle social e ações de promoção à saúde no âmbito hospitalar 7. Adequar áreas físicas (seguindo o conceito de ambiência nos pro- 60 A Cultura Institucional da Humanização jeitos arquitetônicos e provisão de recursos materiais e insumos) 8. Promover qualificação e otimização a partir de instrumentos sistemáticos de avaliação” Humanização se fundamenta no respeito e valorização da pessoa humana, e constitui um processo que visa à transformação da cultura institucional, por meio da construção coletiva de compromissos éticos e de métodos para as ações de atenção à Saúde e de gestão dos serviços A humanização é um tema tratado dentro das disciplinas dos cursos da saúde, mas frequentemente é abordada de forma superficial e periférica Trata-se de algo bem mais complexo e bem mais diretamente ligado ao exercício da Enfermagem do que as ideias de “ser bonzinho”, “ser educado” e “agradar ao paciente” que trazem nas suas associações ao tema e traduzem preconceito e descaso com o que mal conhecem. Humanização foi desenvolvendo conceitos e tecnologias para sua aplicação tanto no campo das relações profissionais-pacientes, quanto no campo da gestão, chegando à forma de política pública na Saúde. A humanização propõe a construção coletiva de valores que resgatem a dignidade humana na área da Saúde e o exercício da ética, aqui pensada como um princípio organizador da ação. O agir ético, neste ponto de vista, se refere à reflexão crítica que cada um de nós, profissional da saúde, tem o dever de realizar, confrontando os princípios institucionais com os próprios valores, seu modo de ser e pensar e agir no sentido do Bem... A humanidade é identificada ou evidenciada principalmente pelo cuidado. Pois cuidar designa amor, amizade, cura. Pode-se dizer, então, que a cura não se dá unicamente pelo técnico-curativo, mas principalmente pelo sentimento universal de amizade e amor, expressos no cuidado. Daí não ter como deixar de cuidar, ou vir a tornar-nos robôs, pois seria ir contra a própria natureza. O que parece ocorrer, entretanto, é o gradativo esquecimento dessa humanidade. Surge, então, o neologismo "humanização" para encarar o processo de desumanização. Portanto, "humanização" ou "cuidado humanizado" mais sugerem um meio de suavizar as conseqüências do sistema do que o cuidado propriamente dito. Portanto, deve-se transcender a fragmentação do cuidado desde a formação dos profissionais de saúde, pois ainda existem profissionais que carecem de conhecimentos e preparo para realizar um trabalho multidisciplinar e humano, superando a teoria dos programas ministeriais. Assim, as instituições de saúde devem estimular o cuidado humanizado como fator indispensável no cotidiano de quem cuida, além de promover programas institucionais sobre o tema. “DO CAMINHO PERCORRIDO AINDA TEMOS MUITO QUE PERCORRER…” Referências Bibliográficas RIOS, Izabel Cristina. “Caminhos da Humanização Na Saúde” (2009). Disponível em: http://pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/CAMINHOS_DA_HUMANIZACAO_NA_SAUDE.pdf Acesso em: 06/06/2016. RIOS, Izabel Cristina. “Humanização: a Essência da Ação Técnica e Ética nas Práticas de Saúde” (2009). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbem/v33n2/13.pdf Acesso em: 06/06/2016
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