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METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS Disciplina: Bioquímica Professora: Livia Schell METABOLISMO GERAL DO NITROGÊNIO O catabolismo dos aminoácidos faz parte do metabolismo do nitrogênio no organismo Entra no corpo principalmente por meio das proteínas da dieta (ex. leite, carne, ovos, soja...) Deixa o organismo como ureia, amônia e outros produtos derivados do metabolismo dos aminoácidos Nitrogênio DEGRADAÇÃO DE PROTEÍNAS A degradação de proteínas e o catabolismo dos aminoácidos pode ocorrer nas seguintes circunstâncias: Após uma refeição rica em proteínas, quando as proteínas são degradadas e os aminoácidos são catabolizados Durante jejum severo, inanição ou diabetes, quando proteínas corporais são quebradas e seus aminoácidos utilizados como fonte de energia DIGESTÃO DAS PROTEÍNAS Os aminoácidos entram nas células por transporte ativo CATABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS O primeiro passo é a remoção do grupo α-amino Por transaminação seguida de desaminação oxidativa α CATABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS α Amônia α-cetoácido (esqueleto carbonado) Pode ser excretada na urina, porém a maior parte é utilizada na síntese de ureia Os α-cetoácidos são convertidos em intermediários comuns de vias metabólicas produtoras de energia Grupos amino e o esqueleto carbônico entram em vias separadas TRANSAMINAÇÃO A transaminação é a transferência do grupo α-amino do aminoácido para um α-cetoglutarato Forma um α-cetoácido e o glutamato Catalisada por uma família de enzimas: Aminotransferases Encontradas no citoplasma das células em todo o organismo, especialmente do fígado, rins, intestino e músculo Atuam na degradação e síntese de aminoácidos DESTINOS DO GLUTAMATO Doador de grupo amino para a síntese de aminoácidos não-essenciais Desaminação oxidativa DESAMINAÇÃO OXIDATIVA Na desaminação oxidativa, ocorre a liberação do grupo amino do glutamato na forma de amônia livre Catalisada pela glutamato-desidrogenase Ocorre principalmente no fígado e no rim Fornece α-cetoácidos e amônia glutamato-desidrogenase DESAMINAÇÃO OXIDATIVA Parte da amônia livre é excretada na urina, porém a maior parte é utilizada para a síntese de ureia (que é menos tóxica) no fígado Via mais importante para a eliminação do nitrogênio do organismo TRANSPORTE DE AMÔNIA PARA O FÍGADO A amônia precisa se combinar com o glutamato para formar glutamina e ser transportada para o fígado Forma não-tóxica de transporte de amônia No fígado, a glutamina é clivada liberando glutamato e a amônia livre CICLO DA UREIA Ureia Produzida pelo fígado e transportada pelo sangue até os rins, para ser excretada na urina Principal forma de eliminação dos grupos amino oriundos dos aminoácidos CICLO DA UREIA O ciclo da ureia consiste em cinco reações: As duas primeiras reações acontecem dentro da mitocôndria As três demais ocorrem no citoplasma CICLO DA UREIA 1. Formação do carbamoil-fosfato Na mitocôndria, a amônia reage com o CO2 e forma uma molécula chamada carbamoil-fosfato Reação catalisada pela enzima carbamoil-fosfato-sintetase I Consome 2 ATP CICLO DA UREIA 2. Formação de citrulina O carbamoil-fosfato se condensa com a ornitina, formando a citrulina Enzima ornitina transcarbamoilase A citrulina é transportada para o citoplasma CICLO DA UREIA 3. Síntese do argininossuccinato No citoplasma, a citrulina reage com o aspartato e forma o argininossuccinato Enzima argininossuccinato sintetase Consumo de 2 ATP CICLO DA UREIA 4. Clivagem do argininossuccinato O argininossuccinato é clivado, produzindo arginina e fumarato 5. Clivagem da arginina, resultando em ornitina e ureia A arginina é clivada, liberando ornitina e ureia Ação da enzima arginase A ureia é transportada no sangue até os rins, onde é filtrada e excretada na urina Ureia Matriz Mitocondrial Carbamoil fosfatoCitrulina Arginina Argininossuccinato CO2 + NH4+ Citosol Ornitina R – C – NH2 O Aspartato R – NH2 Fumarato H2O H2N – C – NH2 O A ornitina é regenerada a cada volta do ciclo da ureia, de modo bastante semelhante à regeneração do oxaloacetato pelas reações do ciclo do ácido cítrico! Ureia METABOLISMO DOS ESQUELETOS DE CARBONO Após a remoção dos grupos amino, o catabolismo dos aminoácidos segue com a quebra dos α-cetoácidos Essa quebra forma dois tipos de produtos, que entram diretamente nas vias metabólicas e podem resultar em: Síntese de glicose ou lipídeos Produção de energia livre por sua oxidação no ciclo de Krebs METABOLISMO DOS ESQUELETOS DE CARBONO De acordo com a função do intermediário produzido durante seu catabolismo, os aminoácidos podem ser classificados em: Glicogênicos Cetogênicos METABOLISMO DOS ESQUELETOS DE CARBONO Glicogênicos: os aminoácidos cujo catabolismo produz substratos para a gliconeogênese (piruvato ou um dos intermediários do ciclo de Krebs) Cetogênicos: os aminoácidos cujo catabolismo produz acetil- CoA (direta ou indiretamente). Não são substratos para a gliconeogênese. CICLO DA ALANINA Cooperação entre fígado e músculos para produzir glicose a partir de aminoácidos No ciclo da glicose-alanina, ocorre transaminação da alanina, que, ao perder seu grupo amino, forma uma molécula de piruvato Esse piruvato no fígado é convertido em glicose pela via gliconeogênica RESUMINDO... 1. Em que circunstâncias ocorre a degradação de proteínas com consequente oxidação dos aminoácidos? 2. Através de que reações os grupo α-amino dos aminoácidos serão removidos no catabolismo dos aminoácidos? 3. O que são aminotransferases? 4. O que são aminoácidos glicogênicos e cetogênicos?
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