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MEMÓRIA Prof. Carlos Eduardo Nórte PLANO DE AULA 1. O que é a memória? 2. Modelos e tipos de memória 4. Processos mnésicos 5. O caso que mudou o curso dos estudos da memória 6. Distúrbios da memória 7. Dicas para melhorar a memória APLICAÇÃO DO TESTE DE MEMÓRIA DE RECONHECIMENTO POR QUE PRECISAMOS DA MEMÓRIA? 3 grandes autores da aprendizagem: PRINCIPAIS ÁREAS DE ESTUDO DA APRENDIZAGEM: Toda aprendizagem acarreta a integração de dois processos muito diferentes: 1) Processo externo de interação entre o indivíduo e seu ambiente social, cultural ou material. 2) Processo psicológico interno de elaboração e aquisição da informação. MEMÓRIA Definição: É o meio pelo qual uma pessoa retém e se vale de suas experiências passadas a fim de usar essas informações no presente. A memória, então, não é uma única habilidade ou função, mas uma “complexa combinação de subsistemas mnemônicos” (Baddeley, 1992, p. 5). QUANTOS TIPOS DE MEMÓRIA? O PRIMEIRO MODELO: Em 1965, William James propôs um modelo distinguindo duas estruturas de memórias: MEMÓRIA PRIMÁRIA: nela são mantidas as informações temporárias comumente em uso. MEMÓRIA SECUNDÁRIA: nela são mantidas permanentemente as informações ou, no mínimo, por um longo período de tempo. O MODELO TRADICIONAL (ATKINSON-SHIFFIN): • Em 1968, Richard Atkinson e Richard Shiffin apresentaram um modelo alternativo que conceituava a memória em termos de três estruturas: armazenamento sensorial, armazenamento de curto prazo e armazenamento de longo prazo. • O modelo diferencia entre estruturas para a retenção de informações, são receptáculos, e informações armazenadas nas estruturas, que são denominadas de memória. MODELO DE ARMAZENAGEM DA MEMÓRIA DE ATKINSON E SCHIFFRIN: Memória Sensorial Memória Curta Duração Memória Longa Duração Entrada Sensorial Atenção Evocação Arquivo SENSORIAL CURTO PRAZO LONGO PRAZO DENOMINAÇÕES ALTERNATIVAS Ecóica ou icônica Primária, de trabalho, operacional ou funcional Secundária DURAÇÃO Menos de um segundo De segundo a minutos Permanente, indefinida ESTABILIDADE transitória Facilmente desintregável Não facilmente desintegrada CAPACIDADE Limitada Limitada Ilimitada CARACTERÍSTICAS GERAIS Impressão momentânea, não consciente, uma sensação ou associação passageira Refere-se ao que estamos prestando a atenção. Consciência imediata, ativa, mantida por repetição. Se refere a todo o nosso conhecimento; é passiva; resultado da codificação, armazenamento e recuperação da informação. O modelo de Atkinson e Shiffrin parace ter sido refutado pelos resultados de diversos experimentos que permitiram concluir que: 1) Não é necessário que a informação passe pelo sistema de curto prazo para ter acesso ao de longo prazo, ou seja, eles não são sequenciais mas funcionam em paralelo. 2) O sistema de curto prazo não é único, mas pode ser subdividido em subsistemas específicos e independentes para diferentes modalidades de estímulos, tais como o fonológico e o visuo- espacial. 3) O aprendizado depende da forma como o material é processado, em vez do tempo no armazenamento de curta duração (teoria dos níveis de processamento). MEMÓRIA SENSORIAL É uma memória ultracurta que se relaciona com os orgãos sensoriais e as percepções registradas. Muitas vezes não é percebida de forma consciente pelo sujeito; entretanto, são memorizadas. Ecóica: proveniente de estímulos auditivos. Icônica: proveniente de estímulos visuais. ESTUDO DE SPERLING’S (1960) SOBRE A MEMÓRIA SENSORIAL: Fixação Mostragem 1/20 seg Tom Aparece antes ou depois de 15, 30, 50 ou 1 segundo Relato Alto Médio Baixo Tempo (frações de segundos) MEMÓRIA DE CURTA DURAÇÃO Extensão de dígitos Teste sua extensão de dígitos! O professor irá ler cada sequência como se fosse um número de telefone. Durante a escuta, feche seus olhos e quando o professor acabar a sequência escreva em seu caderno os númros que se lembrar na ordem correta. No final você poderá comparar o n;umero de respostas corretas e a extensão de dígitos que sua memória de curto prazo consegue alcançar. Extensão da memória de curto prazo Capacidade A extensão de dígitos é limitada a aproximadamente seis ou sete dígitos para a maioria das pessoas. Alguns recordam de apenas quatro e outros de mais de 10. Embora seja classicamente testada com dígitos, outros estímulos (p.ex., letras ou palavras) podem ser usados para avaliar a extensão da memória. A extensão da memória depende de: Lembrar o que os itens são. Insignificante para outros dígitos e outros estímulos familiares. Lembrar a ordem dos itens. Extensão da memória de curto prazo Encadeamento Encadeamento: método para relembrar a ordem dos itens pensando que cada item está ligado ou associado ao próximo da série. O método do encadeamento prevê que o esquecimento de uma ligação impediria qualquer outra recordação da cadeia. No entanto, apesar de o índice de erros aumentar depois do primeiro equívoco, esquecer-se de uma ligação não é algo tão catastrófico quanto prevê o método. Extensão da memória de curto prazo George Miller sugeriu que a extensão da memória não é limitada por determinado número de itens, mas pelo número de blocos. Formação de Blocos: combinar uma série de itens aparentemente aleatórios em um pequeno número de segmentos significativos para melhorar o processo de relembrar. A formação de blocos pode ser induzida por meio da alteração da métrica da lista apresentada. Os itens são melhor ordenados em grupos de três, da forma como os números de telefone são apresentados. RATSHOELET RAT SHOE LET “Agrupamentos” e significados Por exemplo, tente decorar essa sequência: FB IUB CIB MUN Mas esta seqüência é fácil de lembrar: FBI UBC IBM UN Obs: Segunda sequência tem as mesmas letras (arranjadas como agrupamentos). Unidades que tem significado são mais facilmente lembradas. (11 letras) (11 letras) Extensão da memória de curta duração Erros A memória de curta duração para consoantes se apoia em um código acústico, mesmo quando as letras são apresentadas de forma visual (Conrad, 1964). Como a informação acústica se desvanece rapidamente do armazenamento da memória de curta duração, os itens tornam-se mais confusos para consoantes com som parecido (p.ex., P ao invés de V), do que para aqueles com formas visuais similares (P ao invés de R). Por esta razão, a memória é aperfeiçoada por meio de listas de consoantes com sons diferentes. p.ex., lembrar-se de CVDPGT é pior do que KRXLYF. UM MODELO DE INTEGRAÇÃO: A MEMÓRIA DE TRABALHO Em 1974 Baddley e Hitch sugeriram um modelo de memória integrador, que sintetiza o modelo de memória de trabalho e a estrutura NP, esse modelo tem como objetivo expandir o modelo de memória de curto prazo desenvolvido por Atkinson-Shiffin . O termo “de trabalho” implica que o sistema sustenta atividades cognitivas complexas, como o raciocínio, o que o distingue de modelos anteriores da MCD, que simplesmente se ocupavam do armazenamento Alan Baddeley EXERCÍCIO SEQUÊNCIA DE NÚMEROS E LETRAS (WAIS) • Define-se a memória de trabalho como uma rede temporária para sustentar os conteúdos correntesdo processamento, que auxiliam na memória de curto prazo. • O modelo original de Baddley e Hitch era composto por 3 componentes principais: • A principal função dos sistemas escravos é manter a informação de modo que permaneça disponível para memória de trabalho. • Desse modo, esses subsistemas mantêm (como um tipo de cirtuito) os efeitos da estimulação sensorial de modo que o sistema executivo central possa ter acesso a eles. • É importante lembrar que, o executivo cental, também tem como função transferir para o armazenamento de longo prazo. EXERCÍCIO JANELAS • Em 2000, um quarto componente da memória de trabalho foi proposto, o “BUFFER” (detentor) episódico. • Presume-se que ele contribua com uma estocagem limitada capaz de integrar a informação dos sistemas subsidiários com o da memória de longo prazo, e isso seria importante no arquivamento da informação. • Este é um processo ao qual tiramos vantagens do conhecimento anteriormente aprendido para arquivar a informação mais eficazmente e então facilitar a estocagem e recuperação. Qual seria a diferença entre a memória de curta duração e a de trabalho? A diferença: Memória de Trabalho: sistema que permite o armazenamento temporário e a manipulação de informações para o raciocínio, aprendizado e compreensão. Baseada sobre uma hipótese teórica de que o raciocínio complexo e a aprendizagem requerem um espaço mental que pode manter/manipular informações. Frequentemente avaliada pela extensão da memória de trabalho. Memória de Curta Duração: desempenho em tarefas experimentais envolvendo a capacidade de armazenar pequenas quantidades de informação durante breves intervalos, testadas ou imediatamente ou após um pequeno delay. Parte do sistema da memória de trabalho. Frequentemente avaliada pela extensão de dígitos. Alguns estudos nos levam a supor que as pessoas mais inteligentes têm a maior capacidade para conservar, em estado ativo, a informação considerada mais relevante durante o tempo necessário para ser utilizado. Já aspectos de rapidez de raciocínio ou concentraçãosão considerados secundários quando se trata do armazenamento de curto prazo. “Distúrbios no funcionamento da memória de trabalho pode estar associado à problemas específicos na aprendizagem, tais como a dificuldade na leitura, escrita e resolução de problemas matemáticos. “ MEMÓRIA DE LONGA DURAÇÃO MODELO DOS SISTEMAS MÚLTIPLOS DE MEMÓRIA: Tulving (1972) postulou que podem existir diferentes sistemas de memória de longo prazo. Esses diferentes sistemas de memória podem organizar e armazenar a informação com um referencial de tempo característico (memória episódica) em comparação à informação que não tem um referencial de tempo específico (memória semântica). Endel Tulving MEMÓRIA SEMÂNTICA (FATOS) MEMÓRIA EPISÓDICA (EVENTOS) Se refere a um conjunto de conhecimentos que dizem respeito a memória pessoal dos fatos vividos pelo indivíduo. É específica de cada sujeito, característica de sua trajetória de vida. É o conhecimento estável sobre o mundo, é compartilhado por muitas pessoas, fazendo parte da cultura. Mais tarde, em 1985, Tulving incluiu uma forma adicional de memória designada de memória procedimental. Este tipo de memória envolve a aquisição de conhecimento que não está disponível através de uma averiguação consciente, incluindo: • Capacidade para aprender hábitos motores • Competências • Priming • Condicionamento clássico. A distinção entre memória semântica e episódica não foi inteiramente apoiada pela observação de alguns pacientes amnésicos (Parkin, 1997). Cohen e Squire (1980), numa tentativa de ultrapassar este problema, propuseram o conceito de memória declarativa, a qual inclui ambos os conhecimentos semântico e episódico proposto por Tulving (1972) e é definida como uma memória que pode ser acedida conscientemente e que corresponde ao “saber que”. A memória considerada não declarativa foi definida de forma similar à memória procedimental de Tulving (1985) e corresponde ao “saber como”. Os autores desta distinção de memória sugeriram que os amnésicos possuem uma deterioração geral da memória declarativa mas uma memória procedimental intacta. • Memória implícita ou não declarativa: são as nossas memórias que não podem ser rapidamente recuperadas e explicadas em palavras.Ex: memória de como andar de bicicleta, dirigir, memória emociomal. Memória explícita ou declarativa: é a memória relacionada com conteúdos que podem ser facilmente expressos em palavras (podem ser declarados) tais como, nomes e endereços de pessoas próximas, fatos importantes que aconteceram no último aniversário e lembranças do Natal. RESUMINDO…. sensação Memória de curto prazo Memória de longo prazo Impressão sensorial momentânea; dura numa fração de segundo; não consciente Diz respeito à conciência e à lembrança de itens que não mais ficarão disponíveis assim que o indíviduo cessar de resgatá-los . Dura minutos ou segundos. Consiste em todos os efeitos relativamente permanentes da experiência. Dura meses, anos e a vida inteira. Memória explícita ou Declarativa: Potencialmente consciente. Informação recuperável Memória implícita ou não declarativa: Não consciente. Não é verbalizável, como as habilidades motoras, priming e os condicionamentos clássicos. Memória semântica: Estável, relacionada a principios fatos, estratégias. Memória episódica: Pessoal, conhecimento episódico. INTERVALO OUTROS “TIPOS” DE MEMÓRIA…. Memória para o passado e o futuro! Memória para pessoas, palavras e eventos encontrados ou vivenciados no passado Geralmente envolve lembrar o que sabemos a respeito de algo Costuma ter alto conteúdo de informação Maior disponibilidade de dicas externas Lembrar de executar uma ação pretendida na ausência de qualquer lembrete explícito Concentra-se em quando fazer algo Costuma ter baixo conteúdo de informação Relevante para planos e objetivos que formamos em nossa vida diária Memória Retrospectiva Memória Prospectiva Cada item é seguido de uma escala Likert de cinco pontos: (1) nunca, (2) raramente, (3) algumas vezes, (4) freqüentemente e (5) quase sempre. O escore máximo é de 80 pontos e reflete um alto índice de auto-relato de falhas de memória. O escore mínimo é de 16 pontos e corresponde a um baixo índice de auto-relato de falhas de memória. Um exemplo de item prospectivo é “Você esquece de compromissos se não for lembrado por outra pessoa ou por um lembrete, como um calendário ou agenda?” (item 5), e um exemplo de item retrospectivo “Você falha em reconhecer um lugar que você já tinha visitado antes?” (item 2). Qual foi sua pontuação em cada item? PRIMING PRIMING • Processo pelo qual a apresentação de um item influencia o processamento de um item subsequente, tornando o processo mais fácil (priming positivo) ou mais difícil (priming negativo). PRÉ-ATIVAÇÃO (PRIMING) Aviação Condução Geração Comunhão Camuflagem Montagem Camaradagem Imagem Complete: CORA _ _ _ MEMORIA EMOCIONAL Memória Emocional É impressão geral que acontecimentos emocionalmente carregados são mais bem lembrados do que aqueles desprovidos de conteúdo emocional. • Edourd Claparedeexaminou um paciente que era incapaz de guardar novas memórias. Toda vez que o paciente entrava na sala Claparede tinha que se apresentar. Esse problema era tão grave que se o cientista saísse da sala e depois voltasse, a paciente já não se lembrava mais dele. • Um dia ele tentou uma coisa diferente. Como costumava fazer sempre antes de se apresentar, estendeu a mão para cumprimentar a paciente. Só que desta vez ele colocou um alfinete na mão, a qual a paciente reagiu. • No próximo dia em que a paciente voltou a sala sem reconhecer Claparede ela cumprimentou-o mas não quis estender a mão. Ao ser questionada do porquê, a paciente não soube responder. LEMBRANÇAS TRAUMÁTICAS E RUMINAÇÃO MEMÓRIA AUTOBIOGRÁFICA Memórias autobiográficas Memórias que mantemos em relação a nós mesmos e nossas relações com o mundo à nossa volta. Dependem dos sistemas de memória episódica e semântica. Desempenham um papel único em nossa vida. É difícil estudá-las em situações experimentais porque o avaliador não tem controle sobre a situação de aprendizagem. Função da memória autobiográfica Williams, Conway e Cohen (2008) propõem quatro funções da memória autobiográfica: Funções diretivas Usar experiências do passado para resolver problemas. Funções sociais Ligar pessoas ou separá-las. Autorrepresentação Criar e manter nossa autoimagem. Auxilia a lidar com a adversidade. Lembrar-se de momentos agradáveis quando as coisas não estão tão agradáveis. Compartilhar experiências e dar conselhos. Narrativa de vida: Explicação coerente, construída ao longo da vida, sobre quem somos e como chegamos a determinado ponto de nossas vidas. Eventos com ata conteúdo emocional são considerados importantes e geralmente são mais bem codificados. Criação do self (eu). Métodos de estudo da memória autobiográfica: Método clássico de diário Os participantes devem registrar eventos em um diário em intervalos definidos. Mais tarde as memórias podem ser comparadas, de forma objetiva, aos relatos dos eventos feitos no diário. As pessoas podem testar suas memórias por: Tentando colocar os eventos em ordem (p.ex., Linton, 1975). Tentativas repetidas e espaçadas de recuperação melhoram a retenção. Dar dicas a si próprio por meio de detalhes no registro do diário (p.ex., Wagenaar, 1986). Característica do evento Exemplo Quem? Motorista sozinho O quê? Acidente de carro Onde? No canto do banco Quando? 08/08/10 às 8h Saliência? Uma vez em 15 anos Envolvimento emocional? Extremo Agradabilidade ? Extremamente desagradável Detalhe crítico O outro motorista não parou no sinal vermelho Componentes do diário de Wagenaar Memórias autobiográficas ao longo da vida: Amnésia infantil: As pessoas tendem a ter menor número de memórias entre 2 e 5 anos de idade. A idade média da primeira memória varia de cultura para cultura. As explicações incluem: Repressão freudiana; desenvolvimento tardio do hipocampo; natureza não desenvolvida de um self coerente. As pessoas de todas as idades tendem a produzir muitas memórias de períodos mais recentes. Devido ao efeito de recência. Curva de reminiscências (Rubin, Wetzler e Nebes, 1986): Pessoas com mais de 40 anos apresentam maior número de memórias do período entre as idades de 15 a 30 anos. Teoria da memória autobiográfica de Conway (2005) Working self: Conjunto complexo de objetivos e imagens ativas por meio do qual informações que são filtradas e codificadas. Compreende: Autoconhecimento conceitual Detalhes pessoais (trabalho, base familiar, etc.) Objetivos profissionais Construído em parte por: Base familiar Influência dos pares Educação Mitos e estereótipos Quando separado da realidade, o working self pode produzir: Confabulações e delírios Base de conhecimento autobiográfico, segundo Conway: Uma estrutura hierárquica envolvendo a história geral de vida. *Detalhes sensoriais (principalmente visuais) ajudam a confirmar a veracidade das memórias. Fatores sociais e emocionais Preservando a autoestima As memórias autobiográficas geralmente são distorcidas para preservar a autoestima: Enfatizando o próprio papel e importância em eventos. Esquecendo os fracassos e lembrando os elogios. Essas distorções podem ser benéficas: Pessoas depressivas tendem a se recordar de menos detalhes autobiográficos. Essa situação é preferível a ficar relembrando detalhes de memórias negativas. FIM
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