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aula oncologia genital carcinoma

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Prof. SARA,SILVA 
ENFERMEIRA OBSTETRA. 
Neoplasias de útero e ovários 
Carcinoma de Colo Uterino 
O câncer do colo uterino é o segundo mais 
comum em mulheres no mundo, com 500 mil 
novos casos ao ano. 
Fatores de risco 
Os fatores relacionados são: 
Mulheres de baixo nível socioeconômico. 
Aumento do numero de parceiros 
Gravidez precoce 
Multiparidade 
Prostitutas 
Patologia 
O carcinoma de células escamosas normalmente se 
origina da junção escamocolunar ( JEC ) do colo uterino. 
É precedido, na maioria das vezes por NIC, e carcinoma 
in situ que,se não tratado evolui para carcinoma invasor 
em 10 a 30 % dos casos. 
Os adenocarcinomas são responsáveis por 15 a 25% 
dos casos, á medieda qu se tornam menos diferenciados, 
podem perder sua aparência glandular e tornar–se mais 
sólidos. 
O adeno carcinoma também tem sido associado á maior 
recorrência, maior numero de linfonodos 
comprometidos e diminuição da sobrevida, ou seja pior 
prognostico. 
Outros tipos mais raros podem comprometer o colo 
uterino como: 
Carcinoma neuroendócrino 
Sarcomas 
Linfonodos 
Melanomas 
 
 O tumor do colo uterino apresenta-se na fase inicial 
de uma forma assintomática ou pouco somática, 
fazendo com que pacientes não procurem ajuda no 
inicio da doença. 
 O carcinoma do colo uterino cresce localmente 
atingindo a vagina, tecidos, com isso pode 
comprometer bexiga, ureteres e reto. 
 A disseminação a distancia ocorre principalmente 
por via linfática, envolvendo inicialmente os 
linfonodos pélvicos. 
 
Algumas pacientes apresentam secreção amarelada 
fétida e ate sanguinolenta. 
Ciclos menstruais irregulares 
Spotting intermenstruais 
sangramento pós coito. 
Dor em baixo ventre. 
Nos estágios mais avançados, a paciente pode 
referir: 
 dor em baixo ventre mais intensa 
 Anemia, em virtude do sangramento 
 Dor lombar, em função do comprometimento 
uretral 
 Alterações do habito intestinal, em função da 
invasão do reto. 
 
 
Diagnostico 
 No diagnostico de carcinoma de colo uterino em 
estágios avançados, quando a lesão é visível a olho 
nu, a conização é contraindicada, e basta uma biopsia 
da lesão 
 O diagnostico fica com a tríade; citologia, 
colposcopia e histologia. 
 A citologia é muito importante, deve conter na 
lamina, células da JEC e sempre ser colhida da 
ectocérvice e da endocervice. 
 Pode acontecer de alguns tumores invasores, com 
muita necrose, o resultado pode ser negativo, mas ao 
contrario se um resultado apresentar positivo para 
carcinoma invasor devera ser valorizado, já que a 
especificidade é em torno de 95% 
A colposcopia é um método importante para 
diagnostico, pois ira mostrar imagens sugestivas de 
invasão tumoral (vasos atípicos, necrose, erosões). 
O método ouro do diagnostico é dado pela histologia, 
que pode ser realizado por meio de biopsia direta da 
lesão, ou em caso de lesão endocervical por meio de 
curetagem. 
Estadiamento 
 O estadiamento do carcinoma de colo uterino é 
baseado nos resultados de exame físico, colposcopia, 
anatomopatológico, exames radiográficos, 
uretrocistoscopia e retossigmoidoscopia, quando 
indicados. 
 A tomografia computadorizada ou ressonância são 
frequentemente usadas para definir presença ou 
ausência de metástase linfonodais e avaliar a extensão 
da doença. 
 O estadiamento cirúrgico inclui linfadenectomia 
pélvica e em algumas vezes para aórtica também. 
 A cirurgia whertheim-Meigs (histerectomia total). 
 Envolve a retirada de útero, terço superior da 
vagina, ligamentos uterossacros e vesicouterinos, 
linfadenectomia pélvica bilateral. 
 Não ha necessidade de retirada dos ovários, e podem 
ser retirados nas pacientes na pós menopausa. 
Quimioterapia 
 Os resultados obtidos com a quimioterapia são 
modestos, sendo o tratamento usado nas pacientes 
com doença recidivada e/ou metastica. 
 O intuito deste tratamento é reduzir a massa 
tumoral e em seguida a uma cirurgia radical. 
 Cisplatina, mitomicina, metrotexate. 
Cuidados de enfermagem 
 Náuseas e vômitos são efeitos colaterais incômodos 
que podem ser apresentados pelas pacientes. Na 
ocorrência deles, as pacientes são encorajadas a ingerir 
pequenas porções de alimentos leves, com maior 
frequência. 
 São orientadas a ingerir alimentos frios ou à 
temperatura ambiente, para atenuar seu aroma e sabor, 
tomar as medicações antieméticas prescritas em 
intervalos regulares, evitar alimentos muito doces, 
gordurosos, salgados ou temperados, ou com odor forte. 
 
Radioterapia 
 As pacientes com melhor condição clinica e mais 
jovens tendem a ser tratadas com cirurgia, pois 
preserva a função sexual e hormonal da paciente. 
 A radioterapia é reservada para pacientes que 
apresentam comorbidades, idade avançada e 
contraindicação para cirurgia. 
 A radioterapia além de esterilizar os ovários, afeta a 
função sexual, por meio de sequelas em nível vaginal 
(encurtamento, fibrose. etc..) 
Seguimento 
 O objetivo do seguimento das pacientes é detectar 
precocemente a recorrência, em um estagio ainda 
possível de se oferecer um tratamento, e para 
monitorar a toxidade relacionada ao tratamento. 
 A maioria das recorrências ocorrem nos primeiros 
dois anos apos o tratamento primário. 
 O exame físico devera incluir avaliação dos 
linfonodos, palpação abdominal, exame especular do 
fundo de saco vaginal, coleta de citopatológico. 
 Pacientes com câncer de colo de útero se encontram 
fragilizadas e ansiosas com o diagnóstico, prognóstico e 
com as mudanças na vida pessoal e familiar provocadas 
pela doença. 
 Muitas mulheres desejam aprender tudo o que 
puderem sobre sua doença, as opções de tratamento, a 
ação dos quimioterápicos, os efeitos da radiação nas 
células e suas consequências, e sobre os aparelhos 
utilizados no decorrer do tratamento. 
• Agindo desta forma se tornam participantes ativas 
nas decisões relacionadas aos seus cuidados. Cabe ao 
enfermeiro indicar e fornecer orientações relativas 
às medidas preventivas, identificar precocemente os 
efeitos colaterais do tratamento a fim de minimizá-
los, orientar e acompanhar a paciente e respectiva 
família e manter em mente que as ações de 
enfermagem devem ser individualizadas, 
considerando-se suas características pessoais e 
sociais. 
 
Neoplasia de ovário. 
 Dentro da importância das neoplasias e o tumor que 
apresenta maior dificuldade de diagnostico e por isso é 
considerado o câncer mais letal. 
 
 Os tumores epiteliais constituem 65% de todos os 
neoplasmas. 
Neoplasias originarias do epitélio 
 Esses tumores surgem a partir do epitélio de 
revestimento ovariano. 
 A cada ruptura folicular (ovulação) a depressão 
formada na superfície ovariana é recoberta pelo 
epitélio celômico. 
 A medida que as ovulações se sucedem, essas 
depressões, penetrando do ovário. e formando criptas, 
o epitélio destas criptas sofrem alterações, metaplasia 
reversa- isto é o epitélio maduro passa a epitélio, 
totipotencial. 
Quando ha estimulação neoplásica este epitélio se 
diferencia desorganizadamente, dando origem aos 
tumores serosos 50%. 
Os tumores podem ser classificados em benignos 
(adenomas), malignos (adenocarcinomas), e uma 
forma intermediaria, o adenocarcinoma de bordeline, 
tumor de baixo potencial maligno ou atipicamente 
proliferativo. 
O câncer de ovário. pode aparecer em todas as 
idades, no entanto a incidência aumenta apos os 40 
anos, sendo a idade media de 60 anos. 
 no câncer de ovário. a historia familiar tem o papel 
mais importante, o risco de apresentar a doença e de 
3,1 para mulheres com familiares de primeiro grau 
afetado pela doença. 
Critériosde risco 
Duas ou mais familiares com câncer de ovário. e/ou 
de mama. 
Historia pessoal de câncer de mama bilateral 
Historia familiar de câncer de mama antes dos 40 
anos. 
Prevenção 
Entre as estrategias de prevenção primaria esta o uso 
de anticoncepcionais. 
Aconselhamento genético 
 
Sinais e sintomas 
• A neoplasia maligna de ovário. e frequentemente 
assintomática, nos estágios iniciais. quando 
apresenta sintomas estes são: 
• Massa palpável em região abdominal 
• Dor e distensão 
• Constipação 
• Disuria 
Diagnostico 
USG pélvica realizada principalmente por técnica 
transvaginal,fornece informações importantes sobre o 
tamanho e conteúdo dos tumores ovarianos 
 
 O principal marcador sérico para tumores epiteliais 
do ovário. é o CA-125.,este marcador só se encontra 
em ovários normais. 
Tratamento 
O tratamento é uma associação cirúrgica e 
quimioterápica, apos três ciclos de quimioterapia as 
pacientes são submetidas a cirurgia, objetivando a 
redução tumoral ou exerese . 
Tumores de borderline 
Os tumores de borderline é um grupo especial de 
neoplasias cujo o comportamento biológico e 
histológico são considerados benignos. 
Principais neoplasias ovariana não epiteliais 
teratoma maduro: 
É o tumor germinativo benigno mais comum, 
ocorre durante a idade reprodutiva, mas em 
pacientes pós-menopáusicas tem risco aumentado 
para malignização. 
Seu tratamento consiste em cistectomia e 
Ooforectomia. 
Teratoma imaturo: e uma neoplasia maligna 
germinativa, raro em pacientes pós-menopáusicas, 
quanto mais indiferenciado e imaturo, maior é o 
potencial metastico e pior sera o prognostico. 
O tratamento envolve salpingo-oforectomia e 
quimioterapia adjuvante. 
Disgerminoma 
É um tumor germinativo de crescimento rápido 
podendo causar sintomas compressivos na região 
abdominal. 
Cirurgia e quimioterapia e o tratamento de escolha. 
O seguimento destas pacientes deve ser feito com 
tomografia de abdome e marcadores tumorais.

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