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Exercícios de Revisão de Polímeros Exercício 1: O PEBD (baixa densidade), PEAD (alta densidade) e PEUAMM (ultra alta massa molecular), apresentam cristalinidade de 40, 95 e 60%, respectivamente. Descreva detalhadamente as principais diferenças em relação estrutura molecular, e tamanho de cadeia entre os três polímeros e relacione esses dados com as diferentes cristalinidades. Exercício 2: Um dos meios de se classificar uma polimerização é por sua cinética, que pode ser em etapas ou em cadeia. Explique detalhadamente esses dois tipos de polimerização, citando o mecanismo de reação para cada uma. Aborde em sua resposta os fatores que afetam os dois tipos de polimerização. A temperatura de transição vítrea e a temperatura de fusão são propriedades geralmente encontradas em polímeros. Considere a Figura 1 e explique o comportamento de volume específico em função da temperatura para todas as curvas e o que representam as temperaturas de transição vítrea e fusão. Figura 1. Comportamento de volume específico em função da temperatura para polímeros: amorfos, semicristalinos e cristalinos. Exercício 4: Descreva a metodologia para a obtenção de uma peça de PP. Considerando que as peças ficaram com rechupe, explique como resolver este problema. Exercício 1 Ainda que o PEBD, o PEAD e o PEUAMM sejam todos constituídos pelo mesmo monômero, sua cristalinidade é afetada por fatores referentes à estrutura molecular de cada: O PEAD, polietileno de alta densidade, possui alta densidade e uma cadeia polimérica linear, fatores que facilitam imensamente o alinhamento das macromoléculas e a conseguinte formação das ligações intermoleculares necessárias para a formação de cristais. Desta forma, o PEAD é capaz de ter um índice de cristalinidade de 95%. Embora também possua cadeias lineares, O PEUAMM, polietileno de ultra alta massa molar, tem sua cristalinidade prejudicada devido ao longo comprimento de suas macromoléculas, que formam um emaranhado altamente desorganizado, desfavorecendo o alinhamento e formação de ligações intermoleculares. Assim, sua cristalinidade fica reduzida a 60%. A cristalinidade do PEBD, polietileno de baixa densidade, é ainda mais reduzida devido à ocorrência de ramificações na cadeia principal, que impedem as macromoléculas de se aproximarem o suficiente para que se formem ligações intermoleculares. Sua cristalinidade fica em torno de 40%. Exercício 2 A polimerização em etapas, também chamada de condensação, acontece quando monômeros com índice de acidez diferentes se combinam: Esse tipo de polimerização sempre gera subprodutos e forma copolímeros. A polimerização em cadeia, também chamada de adição, forma homopolímeros e acontece quando um iniciador com um sítio ativo ataca a dupla ligação de um monômero: O sítio ativo é então propagado: O término da polimerização pode ocorrer de duas formas: por combinação (que gerará moléculas com grande comprimento de cadeia e elevada massa molecular) ou por desproporcionamento (quando há impedimento estérico para a combinação das moléculas): Exercício 3 Independente do material, há um aumento do volume especifico devido à expansão térmica causada pelo distanciamento das ligações intermoleculares. Embora o volume específico inicial de polímeros cristalinos e semicristalinos sejam consideravelmente menores do que o de polímeros amorfos (devido ao elevado índice de empacotamento nos cristais), pode-se observar a partir do gráfico Tv que os volumes específicos se igualam rapidamente quando a temperatura se aproxima de Tm, temperatura de fusão. A grande inflexão no gráfico caracteriza o aumento de volume específico que ocorre quando o polímero atinge Tm, temperatura na qual as ligações intermoleculares são quebradas e os cristais desfeitos, tornando o polímero amorfo e fluido. Nos polímeros amorfos, não é observado inflexão em Tm pois estes não possuem cristais e, consequentemente, não passam por um processo de fusão. Para esses polímeros, fala-se de temperatura de amolecimento, na qual ele se torna totalmente fluido (não destacada no gráfico). Outra temperatura importante é a de transição vítrea, Tg, na qual começa a ocorrer a mobilidade das macromoléculas e o polímero se torna maleável. Esse fenômeno é caracterizado por uma inflexão do gráfico Tv em Tg e só é observado em polímeros amorfos ou na parcela amorfa de polímeros semicristalinos pois não há mobilidade nos cristais poliméricos até que suas ligações intermoleculares sejam quebradas, em Tm. Exercício 4 O polipropileno, PP, é um polímero obtido por polimerização por adição e não possui grupos vinil com ramificações NH ou OH, por isso, não necessita passar por secagem. Dos gráficos apresentados pode-se inferir que o PP tem estrutura semicristalina (devido à brusca inflexão do gráfico TvP, que ocorre em temperaturas próximas de Tm) e tem temperatura de fusão de 166°C, assim, seu processamento deve ocorrer em temperaturas entre 165 e 265°C. O processamento se iniciaria com a introdução de aditivos (que irão proteger o polímero de degradações e melhorar a sua processabilidade) por um processo de extrusão: o PP e os aditivos são alimentados a uma rosca, na qual passará por várias zonas de aquecimento, que elevarão sua temperatura gradualmente até uma temperatura adequada (entre 165 e 265°C) para que ele seja extrudido pelo bico extrusor. O material extrudido pode ser cortado para formar pequenas pellets, que, por sua vez, serão alimentadas à máquina injetora. Nesta máquina, o PP passa por um processo semelhante, porém, ao final da rosca o material é acumulado e injetado a alta pressão em um molde. Após a injeção, aplica-se uma pressão um pouco mais baixa (pressão de recalque) até que ocorra o congelamento das entradas das cavidades do molde. Após o resfriamento, o molde é aberto e a peça retirada. O aparecimento de rechupes na peça pode ser consequência de vários fatores, como pressão e/ou tempo de recalque insuficientes e falta de material. Para evitar esse tipo de defeito na peça, deve-se garantir pressão e tempo de recalque suficientes (estes são essenciais para contrabalancear a diminuição de volume específico - compressão - natural da peça durante o resfriamento, como visto na figura x) e manter uma alimentação adequada de material.
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