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Malária Sofia Bugarim Fernandes Acadêmica de Medicina – Famaz. Epidemiologia Em 2012, houve registro de ocorrência da doença em 104 países e territórios nas regiões tropicais e subtropicais no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima 219.000.000 de novos casos e 660.000 mortes por ano, principalmente em crianças menores de 5 anos e mulheres grávidas. A área endêmica do Brasil compreende a região amazônica brasileira, incluindo os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Foto: Organização Pan Americana da Saúde Fator de risco para a malária : • Biológicos – • Ambientais – • Econômicos • Socioculturais – • Infra-estrutura de Serviços de Saúde II- Epidemiologia (Foto: Adneison Severiano/G1 AM) Foto: John-Michael Maas / Darby Communications III- Mecanismo de ataque e defesa Mecanismo da infecção malárica no fígado e a citoaderencia Após a invasão das hemácias pelo protozoário acontecem mudanças na membrana celular, com alterac ̧a ̃o das propriedades de transporte, exposição de antígenos de superfície e inserção de proteínas derivadas do microrganismo. As hemácias infectadas pelo agente apresentam protrusões eletrodensas em sua superfície, o que facilita a aderência dessas às células endoteliais de vênulas e pós-capilares e capilares de diversos órga ̃os, como ce ́rebro, pulmões e rins, além da presença de adesinas do Plasmodium – como os knobs –, propiciando a maior gravidade da doença, através do fenômeno conhecido por citoadere ̂ncia. http://slideplayer.com.br/slide/5636514/ Entendendo os riscos da ruptura dos glóbulos vermelhos Quando o parasita leva à ruptura dos glóbulos vermelhos - que transportam o oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo através da hemoglobina -, esta proteína é lançada para a corrente sanguínea. Uma vez aí, a hemoglobina liberta os seus quatro grupos de ferro (através dos quais o oxigênio se liga a esta proteína) e são eles que causam os sintomas graves da malária. As células do fígado ou cérebro podem ser atingidas por aqueles grupos de ferro. Reprodução: QI Educação Risco de transmissão e período de latência O risco de transmissão depende do horário de atividade do vetor. Os vetores são abundantes ao entardecer e ao amanhecer além de todo o período noturno. Nas infecções por P. vivax e P. ovale, alguns esporozoi ́tos originam formas evolutivas do parasito denominadas hipnozoi ́tos, que podem permanecer em estado de latência no fígado. Estes hipnozoi ́tos são responsáveis pelas recaídas da doença, que ocorrem após períodos variáveis, em geral dentro de 3 a 9 semanas após o tratamento para a maioria das cepas de P. vivax, quando falha o tratamento radical (tratamento das formas sanguíneas e dos hipnozoi ́tos). IV - Formas clínicas A manifestação clínica da Malária é variável, vai depender se a pessoa é proveniente, ou não de áreas endêmicas, da espécie de plasmódio infectante, se fez uso de medicação profilática, e da resposta imune do hospedeiro, a qual envolve fatores genéticos. Segundo Organização Mundial de Saúde a malária grave é definida quando o paciente está com parasitemia, tendo um ou mais dos seguintes aspectos: prostração, rebaixamento do nível de consciência, edema pulmonar ou síndrome da angústia respiratória aguda (ARDS), convulsões, choque cardiovascular, sangramento anormal, icterícia, hemoglobinúria, ou anemia grave. As complicações da Malária apresentam, insuficiência renal aguda, hemólise com anemia grave, coagulação intravascular disseminada e malária cerebral. Volumes normais do cérebro em uma menina de 14 meses de idade. Aumento do volume do cérebro em uma menina de 19 meses de idade, com malária cerebral. FONTE: MSU - NEWSWEEK V - Sintomatologia (pródomos), caracterizada pelo mal-estar, cefaleia, cansaço e mialgia que geralmente precedem a clássica febre da malária. O ataque paroxístico- calafrio, seguido por febre alta, que é a característica principal da doença e pode atingir 41 graus celsius ou mais. Após um período de 2 a 6 horas, ocorre uma diminuição da febre e o paciente apresenta sudorese profusa e fraqueza intensa. Após essa fase inicial, a febre torna-se intermitente e corresponde ao momento em que as hema ́cias estão se rompendo, dependendo do tempo de durac ̧a ̃o dos ciclos eritroci ́ticos de cada espe ́cie de plasmódium: 48 horas para Plasmodium falciparum (P. falciparum) e Plasmodium vivax (P. vivax) - e 72 horas para Plasmodium malariae (P. malariae). VI - Medidas de proteção e controle A Estratégia de Controle Integrado faz a aplicação seletiva de medidas antivetoriais, orientadas para cada área específica que sejam de baixo custo, viáveis, para que se possa obter redução de anofelinos de uma determinada área. Essas medidas incluem conhecimento relativo ao vetor e às pessoas – uma análise social, quanto aos seus comportamentos. A utilização adequada do meio ambiente reduz a densidade do mosquito Anopheles, eliminando os criadouros por meio de aterro, drenagem ou limpeza da vegetação. Obras de saneamento são medidas de eficácia, sendo possível a sua aplicação. Uso de repelentes, telagem de portas e janelas das casas, uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, utilização de calças compridas e blusas longas limitando a área corporal exposta ao mosquito, VII - Conclusão Percebe-se então que, a Malária ainda é um grande problema de saúde publica no Brasil e no mundo, destacando-se a Amazônia legal como a área endêmica brasileira por apresentar condições adequadas para o desenvolvimento do vetor e possuir maiores condições vulneráveis para a transmissão. Portanto, apesar de o número de casos de Malária ter apresentado uma certa redução, principalmente em suas formas graves e seus casos de mortalidade, é essencial que medidas de prevenção e controle continuem sendo feitas e se intensifiquem cada vez mais, com ênfase no saneamento básico no meio ambiente. VIII - Referências http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?pid=S0101-59072007000300003&script=sci_arttext SESPA. Situação de saúde: malária. Disponível em http://www.sespa.pa.gov.br/Situa%C3%A7o/situacao _malaria.htm. Acessado em 05 de fevereiro de 2006. 2. LOTROWSK, M; ZACKIEWICZ, C. Pesquisas negligenciam doenças de populações pobres, 2005. Disponível emhttp://www.cremesp.org.br/?siteAcao=Revista &id=213. Acessado em 20 de fevereiro de 2006. 3. PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION; WORLD HEALTH ORGANIZATION. Status report on malaria programs in the Americas, 2002. Disponível em http://www.paho.org/french/gov/csp/csp26-inf3-e.pdf. Acessado em 13 de fevereiro de 2006). http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/27/guia-vigilancia-saude-linkado- 27-11-14.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/27/guia-vigilancia-saude-linkado- 27-11-14.pdf Normas e Manuais Técnicos. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Brasília / DF – 2005 http://www2.fm.usp.br/pfh/mostrahp.php?origem=pfh&xcod=Malaria
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