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[UNICAP] - Aterros sobre solos moles- Aula Joaquim Teodoro

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USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
ATERROS SOBRE SOLOS MOLES 
Prof. Joaquim Teodoro Romão de Oliveira, D. Sc.
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MESTRADO ENG. CIVIL
DISCIPLINA: USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
ATERROS SOBRE SOLOS MOLES 
Bibliografia básica: 
Almeida, Márcio (1996) – Aterros sobre Solos Moles – Ed. UFRJ;
Gusmão Filho, Jaime de Azevedo (1998) – Fundações: do Conhecimento Geológico à Prática da Engenharia – Ed. UFPE;
Massad, Faiçal (2003) – Obras de Terra – Curso Básico de Geotecnia – Ed. Oficina de Textos;
Geotecnia no Nordeste (2005) – ABMS-NE
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SOLOS MOLES
Argilas siltosas, turfas
· Solo de baixa resistência N-SPT < 4
· Solo muito compressível – recalque por adensamento alto
· Solo com alto teor de umidade (W > 100%) e saturado (S = 100%)
· Solo normalmente orgânico de coloração escura
· Ocorre freqüentemente em baixadas, planícies costeiras
· Planície do Recife: Madalena, Boa Vista, Afogados, Caxangá, Boa Viagem, Imbiribeira, etc; próximo a margens de rios, lagoas e canais
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SOLOS MOLES
É Macaxeira, Imbiribeira, Bom Pastor, é o Ibura, Ipsep, Torreão, Casa Amarela,/ Boa Viagem, Genipapo, Bonifácio, Santo Amaro, Madalena, Boa Vista,/ Dois Irmãos, é o Cais do Porto, é Caxangá, é Brasilit, Beberibe, CDU, Capibaribe e o Centrão/ Rios, Pontes e Overdrives.
(Chico Science e Fred Zero Quatro)
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SOLOS MOLES
“Lama”
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SOLOS MOLES
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PLANÍCIE COSTEIRA DO RECIFE 
Boa Viagem
Porto
Olinda
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SOLOS MOLES
PERFIS TÍPICOS NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
 PERFIL TIPO I (Afogados, Ibura de Baixo) 
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SOLOS MOLES
PERFIS TÍPICOS NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
 ·       PERFIL TIPO II (Boa Viagem, Madalena)
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Classes de aterros 
segundo o DNIT (Norma DNER PRO 381/98)
Classe I – Aterros junto a estruturas rígidas, tais como encontro de pontes e viadutos, bem como aterros próximos a estruturas sensíveis como oleodutos. A extensão do aterro classe I deve ser pelo menos 50 m para cada lado da interseção. 
Classe II – São os aterros que não estão próximos a estruturas sensíveis, porém são altos, definindo-se como altos os que têm alturas maiores que 3 m.
Classe III – Os aterros classe III são baixos, isto é, com alturas menores que 3 m e afastados de estruturas sensíveis.
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SOLOS MOLES
Investigação geotécnica
 1.      Solo mole
 Sondagem SPT (NBR 6484) com determinação de umidade nas camadas argilosas
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SOLOS MOLES
Investigação geotécnica
 1.      Solo mole
 ·       Amostragem indeformada – tubos Shelby (NBR 9820)
·    Ensaios de laboratório: caracterização, adensamento e triaxial UU
Ensaio de palheta de campo – determinação da resistência não-drenada 
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SOLOS MOLES
Investigação geotécnica
 1.      Solo mole
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SOLOS MOLES
Investigação geotécnica
 1.      Solo mole
Exemplos de ensaios – obras viárias
Rodovia BA-001 – Estaca 21+0,00 – Riacho da Mata - Amostra 5 – Prof. 4,00-4,50 m
Curva do ensaio de adensamento
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SOLOS MOLES
Investigação geotécnica
 1.      Solo mole
Exemplos de ensaios – obras viárias
 BR-101, entre a Div. PB/PE e Igarassu - Furo: SP12 - Estaca: 360 - Prof: 6,00 m
Curva do ensaio de adensamento
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SOLOS MOLES
Investigação geotécnica
 1.      Solo mole
Exemplos de ensaios – obras viárias
Rodovia BA-001 – Subtrecho: Cumuruxatiba-Corumbau – Estaca 245+10 – Amostra 1 Prof. 2,5 a 3,0 m
Curvas tensão-deformação do ensaio triaxial
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Investigação geotécnica
 2. Corpo do aterro
 ·  Ensaios de laboratório: caracterização, compactação e cisalhamento direto em amostra compactada
 ENSAIO DE COMPACTAÇÃO – Aterro 
Umidade ótima
gs, máx
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Investigação geotécnica
 2. Corpo do aterro
 ·  ENSAIO DE COMPACTAÇÃO (NBR 7182) – Aterro 
Aparelhagem
Molde, soquete e peneira Material para umedecer, homogenizar e destorroar o solo Almofariz e mão de gral
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Investigação geotécnica
 2. Corpo do aterro
 ·  ENSAIO DE COMPACTAÇÃO – Aterro 
Ensaio
Umedecendo o solo 
Homogeneizando o solo 
Destorroando o solo 
 Colocação do solo Compactação do solo	 Rasando o corpo de
 no molde 26 golpes por camada	 de prova 
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Investigação geotécnica
 2. Corpo do aterro
 ·  ENSAIO DE COMPACTAÇÃO – Aterro 
Ensaio
Pesagem do molde + solo úmido 
Extração do corpo de prova
Corpo de prova compactado em 3 camadas 
 Reutilização do solo para uma nova determinação
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Investigação geotécnica
 2. Corpo do aterro
 ·  Ensaios de laboratório: caracterização, compactação e cisalhamento direto em amostra compactada
 ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO – Aterro 
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Investigação geotécnica
 2. Corpo do aterro
 ·  ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO – Aterro 
Prensa para realização do ensaio
Deflectômetros para medição dos deslocamentos vertical da célula, horizontal da caixa e do anel.
Componentes da célula de ensaio 
Célula de ensaio após montagem 
Corpos de prova após ruptura
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ASPECTOS DE PROJETO 
Execução
-Aterros convencionais: areno-argiloso – em camadas de 15 a 30 cm de espessura – compactado com rolos vibratórios (liso ou pé-de-carneiro)
  
-Aterros hidráulicos: areia pura, compactados por pressão de água – obras portuárias (ex: cais interno Suape)
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ASPECTOS DE PROJETO 
Controle da compactação
 
-Umidade: Speedy ( Wcampo = Wótima +- 2%)
-Grau de compactação: frasco de areia ou anel cravado – peso específico de campo
GC = gs, campo/gs,máx lab x 100%; GC > 95%
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Controle da compactação
 - Determinação da Umidade: Speedy ( Wcampo = Wótima +- 2%)
OBJETIVO : A umidade é determinada pela pressão do gás resultante da reação da água contida na amostra sobre o carbureto de cálcio da ampola que se introduz no aparelho.
APARELHAGEM:
Conjunto “SPEEDY”:
         recipiente ou câmara de pressão com presilhas;
      tampa com manômetro e borracha de vedação;
        balança manual;
         duas esferas de ferro;
     tabela de utilização e calibração;
      ampolas com cerca de 6,5 g de carbureto de cálcio ( CaCO2 ).
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Controle da compactação
 - Determinação da Umidade: Speedy ( Wcampo = Wótima +- 2%)
Correção de umidade
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ASPECTOS DE PROJETO 
Controle da compactação – procedimento no campo
 DENSIDADE “IN SITU” COM EMPREGO DO FRASCO DE AREIA :
OBJETIVO :
Determinação do peso específico aparente do solo seco “in situ” com emprego do frasco de areia 
AMOSTRA :
Solo retirado do furo executado no campo durante o ensaio. 
APARELHAGEM : 
a) frasco de vidro ou de plástico com 5,0 litros de capacidade, 
b) bandeja quadrada de alumínio com cerca de 30cm de lado;
c)  talhadeira de aço com 30cm de comprimento ;
d)  martelo de 1kg ;
e)   colher do frasco de areia e colher (tipo doméstico) 
f) areia (fração compreendida entre 0,8mm e 0,6mm) lavada, seca e de peso específico aparente seco (gsa) conhecido
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Controle da compactação – procedimento no campo
 DENSIDADE “IN SITU” COM EMPREGO DO FRASCO DE AREIA :
a)     limpa-se a superfície do solo onde será feita a determinação, tornando-a tanto quanto possível plana e horizontal ;
b)    coloca-se a bandeja nessa superfície e faz-se um furo cilíndrico no solo da espessura da camada quando em solo compactado 
c)     recolhe-se na bandeja o solo extraído do furo, e pesa-se (Ph) ;
d)     toma-se, imediatamente, uma fração deste solo e determina-se a umidade (h) através dos procedimentos já conhecidos ;
e)     pesa-se o conjunto (frasco + funil) estando o frasco com areia, tendo-se (P7) ;
f)     instala-se o conjunto (frasco + funil) de modo que o funil fique apoiado no rebaixo do orifício da bandeja ; abre-se o registro do frasco deixando a areia escoar livremente
até cessar o seu movimento no interior do frasco;
g)    fecha-se o registro, retira-se o conjunto (frasco + funil) pesando o conjunto com a areia que nele restar (P8) .
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Controle da compactação – procedimento no campo
 DENSIDADE “IN SITU” COM EMPREGO DO MÉTODO DO CILINDRO
OBJETIVO :
Determinação da densidade aparente do solo “in situ”
APARELHAGEM :
a) cilindro metálico de características conhecidas ( peso, volume, altura e diâmetro) e dotado de uma redução na espessura de sua parede no lado inferior; 
b)placa circular, para transferência de carga, de diâmetro igual ao diâmetro do cilindro, dotada de uma borda que impede que o solo dentro do cilindro sofra influencia desta placa; 
c) balança com capacidade de 1000g (depende das dimensões do cilindro ), sensível a 0,01g ;
d)      talhadeira de aço com 30cm de comprimento ;
f)      cápsula de porcelana com 5cm de diâmetro;
g)     cápsula para determinação de umidade;
h)     pegador de madeira ou metal;
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Controle da compactação – procedimento no campo
 DENSIDADE “IN SITU” COM EMPREGO DO MÉTODO DO CILINDRO
Anel sendo cravado Retirada do excesso de solo Anel cheio
Pesagem do anel
RESULTADOS : 
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ASPECTOS DE PROJETO 
·      Altura admissível
Fórmula de FELLENIUS : 
  hadm = Su / 0,18.gat . FS
 Onde: Su – Resistência não-drenada (Ensaio Triaxial UU ou Palheta)
 gat – peso específico do aterro
 FS – Fator de segurança da obra
 
Valores médios típicos, considerando FS = 1,5 e gat = 20 kN/m3
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ASPECTOS DE PROJETO 
·      Altura admissível
Para evitar ruptura conjunta aterro-solo mole
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ASPECTOS DE PROJETO 
·      Altura admissível
Para evitar ruptura conjunta aterro-solo mole
 PROPOSTA BJERRUM (1973)
Correção para o ensaio de palheta de campo: Bjerrum, 1973
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· Métodos de análise de estabilidade
Verificação da estabilidade – calcular o fator de segurança de uma superfície potencial de ruptura
  Fator de segurança em relação ao momento (Ponto O)
  FS = Mr/Ma onde: Mr – Momento resistente
 Ma – Momento atuante Ponto O
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· Métodos de análise de estabilidade
MÉTODO DAS FATIAS
	
-Subdivide a superfície potencial de ruptura em fatias, discretizando o problema.
 
FELLENIUS
BISHOP
JANBU  
Programas computacionais Ex: GEOSLOPE
CONDIÇÕES DE ESTABILIDADE:
 FS > 1,5 – estável
FS < 1,5 – instável – Métodos de estabilização
FS = 1 – RUPTURA – usado em retro-análise
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ASPECTOS DE PROJETO 
Recalque por adensamento
Teoria do Adensamento de Terzaghi
  Hipóteses: *Solo Saturado
	 *Lei de Darcy válida
	 *K constante	
 Þ           Expressões:
 - Estimativa do valor:
Onde: Cr - índice de recompressão
Þ           e0 - índice de vazios inicial
Þ           H - espessura da camada
Þ           Cc - índice de compressão 
Þ           σv0 - tensão efetiva vertical inicial
 σvf - tensão efetiva vertical final 
Þ           σvm - tensão pré-adensamento
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ASPECTOS DE PROJETO 
Recalque por adensamento
-Tempo:
 Onde:
Þ           Tv - fator tempo vertical
Þ           Hd - altura de drenagem Hd = H/ No. Faces drenantes
Þ           Cv - coeficiente de adensamento vertical
 
         
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ASPECTOS DE PROJETO 
Recalque por adensamento
Curva do ensaio de adensamento
 
 
         
Recalque no campo
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ASPECTOS DE PROJETO 
Recalque por adensamento
Estimativa de recalques (m) devido a aterros na planície do Recife (Gusmão Filho, 1998)
 
 
         
OBS: Recalque final pode ser maior do que altura do aterro
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ASPECTOS DE PROJETO 
Recalque por adensamento
Estimativa de tempo de recalques devido a aterros no Recife (Gusmão Filho, 1998)
 
 
         
Consequência: Reversão da drenagem – transbordamento de canais. Ex: Av. Agamenon Magalhães (antes das comportas), Trechos da Rua Dom Bosco, Derby, Parnamirim, Afogados (Rua São Miguel e Manuel Gomes da Silva)
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SOLUÇÕES TÍPICAS ADOTADAS 
Estaqueamento 
Transfere a carga do aterro diretamente a uma camada mais resistente, aliviando a camada mole e evitando recalques. Consiste em empregar um conjunto de estacas em geral pré-moldadas de concreto armado ou madeira.
Sobre a cabeça de cada estaca executa-se uma pequena laje denominada capitel.
 
 
         
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SOLUÇÕES TÍPICAS ADOTADAS
Remoção da camada mole 
Depósitos pouco extensos com comprimento inferior a 200 m e para espessura de solo mole inferior a 3 m. Substituição por material granular.
Considerar os custos com criação de bota-fora e os impactos ambientais.
Remoção: Draga, peso próprio ou com emprego de explosivos.
 
 
         
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SOLUÇÕES TÍPICAS ADOTADAS
Reforço do solo com geossintéticos 
Geossintéticos são materiais sintéticos para utilização em obras geotécnicas.
A técnica de solo reforçado com geossintético consiste na inclusão destes materiais visando a obtenção de um material composto mais resistente e menos deformável que o solo mole (Palmeira, 1999)
 
 
         
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SOLUÇÕES TÍPICAS ADOTADAS
Reforço do solo com geossintéticos 
Tipos de Geossintéticos usados:
Geogrelhas : produto com estrutura em forma de grelha, constituídos por elementos resistentes à tração.
 
 
         
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SOLUÇÕES TÍPICAS ADOTADAS
Reforço do solo com geossintéticos 
Tipos de Geossintéticos usados:
Geotêxteis: São mantas têxteis tecidas ou não-tecidas. Ex: Bidim (geotêxtil não-tecido)
Bidim garante a estabilidade do aterro sobre solos moles. Uma ou mais camadas de Bidim permitem a execução de aterros mais altos, ultrapassando a altura crítica. Benefícios: Mínima ou nenhuma remoção de solo mole e construção de bota-fora, economia de material de aterro para execução de bermas de equilíbrio, maior coeficiente de segurança a ruptura generalizada, rapidez de execução 
 
 
         
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SOLUÇÕES TÍPICAS ADOTADAS
Drenos de areia ou fibroquímicos (geossintéticos) – acelerar a drenagem e o recalque 
 
 
         
equações da teoria de adensamento radial de Barron (1948) 
 Sendo:
       l = espaçamento entre os drenos;
§    de = l/1,05 = diâmetro de influência do dreno para malha triangular;
§  dw = diâmetro do dreno (para drenos pré-fabricados dw=2.(a+b)/p, sendo a e b as dimensões do dreno).
§    Uh = grau de adensamento radial
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SOLUÇÕES TÍPICAS ADOTADAS
Drenos de areia ou fibroquímicos (geossintéticos) – acelerar a drenagem e o recalque 
Execução
 
 
         
 
Drenos de areia
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SOLUÇÕES TÍPICAS ADOTADAS
Drenos de areia ou fibroquímicos (geossintéticos) – acelerar a drenagem e o recalque 
Execução
 
 
         
 
Geodrenos
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SOLUÇÕES TÍPICAS ADOTADAS
Construção por etapas 
Implica em subdividir a altura do aterro e 2 ou 3 etapas. A primeira é construída abaixo da altura crítica, para que seja estável, seguindo-se um período de repouso para que o processo de consolidação dissipe parte das poro-pressões e o solo mole ganhe resistência.
Após certo tempo, quando o ganho de resistência chegar aos níveis estabelecidos no projeto e que garantam a estabilidade, uma segunda etapa do aterro pode ser executada.
Esta técnica implica em geral em longos tempos de permanência. Esta técnica pode ser eficaz se aplicada em conjunto com os geodrenos e sobrecarga temporária que aceleram o recalque.
 
 
         
 
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SOLUÇÕES TÍPICAS ADOTADAS
Bermas de equilíbrio 
Empregadas para estabilizar e suavizar a inclinação média de um talude de um aterro, levando a um aumento do fator de segurança contra a ruptura. O projeto de bermas é feito por tentativas, variando-se
a geometria do problema até se obter o fator de Segurança adequado.
Aumenta o volume de terra necessário para a obra.
Amplia a faixa de domínio da obra.
 
 
         
 
Bermas
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SOLUÇÕES TÍPICAS ADOTADAS
Emprego de sobrecargas temporárias
Executar o aterro com cota excessiva, para que o peso acelere o recalque com a expulsão do material sem capacidade de suporte. Evitar ruptura do solo instável e afundamento do solo de aterro. Depois de tempo suficiente, quando não se observam mais recalques, remover o excesso, que pode ser reutilizado.
 
 
         
 
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Instrumentação
“Toda obra rodoviária importante em solos moles deve ser instrumentada, seja pela sua extensão e profundidade da camada mole, seja pela baixa resistência da camada mole, ou pela necessidade de se acompanhar os recalques” (Norma DNER-PRO 381/98)
Objetivos da instrumentação
a) acompanhar os recalques e verificar o tempo de permanência de uma sobrecarga temporária;
b) monitorar poro-pressões geradas durante a construção e a sua velocidade de dissipação;
c) acompanhar os efeitos de deslocamentos horizontais provocados por um aterro sobre solo mole;
d) monitorar a estabilidade da obra em casos críticos;
e) verificar a adequação de um método construtivo.
OBS: A instrumentação a ser empregada em cada caso varia com a importância e a complexidade do problema (Norma DNER-PRO 381/98).
 
 
         
 
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Instrumentação
Tipos de instrumentos
1.Pino de recalque
Pinos metálicos a serem chumbados em uma estrutura rígida permitindo observar os seus deslocamentos através de instrumentos topográficos de precisão. Os pinos devem ser lidos por nivelamento de alta precisão com acurácia de 1 mm.
 
 
         
 
Pino
Nível
2.Placa de recalque
Placas de aço com 500 mm x 500 mm com uma haste central protundente ao aterro. Esta haste é revestida com um tubo de PVC à medida que o aterro sobe e permite o nivelamento topográfico da sua extremidade superior e a obtenção dos recalques.
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Instrumentação
Tipos de instrumentos
 
 
         
 
2.Placa de recalque
Tubo de aço
Revestimento
Placa de aço 500 mm x 500 mm x 10 mm
PR
3. Inclinômetros
Instrumentos para observar deslocamentos horizontais. Constam de um tubo de acesso instalado no terreno e um torpedo sensor deslizante para leituras periódicas (DNER-PRO 381/98).
O tubo de acesso deve ser de alumínio ou plástico com cerca de 80 mm de diâmetro, dispondo de 4 ranhuras diametralmente opostas que servem para guiar a descida do sensor.
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Instrumentação
Tipos de instrumentos
 
 
         
 
3. Inclinômetros
Instrumentos para observar deslocamentos horizontais. Constam de um tubo de acesso instalado no terreno e um torpedo sensor deslizante para leituras periódicas (DNER-PRO 381/98).
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Instrumentação
Tipos de instrumentos
 
 
         
 
4. Piezômetros
Instrumentos para medições de poro-pressões (pressão da água).
4.1.Piezômetros Casagrande e Indicados de nível d’água
Instalados em furos de sondagem de 75 ou 100 mm de diâmetro. Tubos de PVC perfurados com 25 mm de diâmetro instalado em bulbo de areia no terreno. Piezômetro Casagrande tem o bulbo com 1 m de comprimento, enquanto o INA tem o bulbo ao longo de quase toda a sua extensão. A partir do bulbo executa-se um selo de bentonita-cimento. A parte perfurada do tubo é revestida com geotêxtil. A leitura é realizada com indicados elétrico de NA.
Bulbo Perfurado (Piezômetro Casagrande)
Água
Tubo PVC
Indicador de NA
Sensor na ponta emite sinal sonoro
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Instrumentação
Tipos de instrumentos
 
 
         
 
4. Piezômetros
Instrumentos para medições de poro-pressões (pressão da água).
4.2.Piezômetros Elétricos
Piezômetros de corda vibrante. Instrumentos de leitura do tipo digital. Os piezômetros devem ser instalados em furos de 75 ou 100 mm de diâmetro e colocados em um bulbo de areia grossa lavada. Sobre este bulbo executa-se um selo de cimento-bentonita.
Reaterro
> 1 m - selo de bentonita-cimento
Piezômetro
Bulbo de areia
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Instrumentação
Instrumentação mínima a ser instalada (Segundo DNER-PRO 381/98)
 
 
         
 
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CASOS DE OBRAS
1)Lagoa do Araçá – Canal Tejipió (Estrada)
 RUPTURA DO ATERRO
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CASOS DE OBRAS
1)Lagoa do Araçá – Canal Tejipió (Estrada)
Perfil geotécnico – Sondagem SPT (Coutinho e Oliveira, 2001)
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CASOS DE OBRAS
1)Lagoa do Araçá – Canal Tejipió (Estrada)
Resistência não-drenada – Ensaios de palheta
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CASOS DE OBRAS
1)Lagoa do Araçá – Canal Tejipió (Estrada)
Análise de estabilidade – Estabilização mecânica
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CASOS DE OBRAS
1)Lagoa do Araçá – Canal Tejipió (Estrada)
Construção parcial da solução proposta
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CASOS DE OBRAS
1)Lagoa do Araçá – Canal Tejipió (Estrada)
Construção parcial da solução proposta
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CASOS DE OBRAS
2)Ampliação do METRÔ-REC (Linha Sul)
O aterro apresentado corresponde à Estação Pinheiros, situada no bairro da Imbiribeira, numa região atravessada por mangues, com relevo plano, formado por solos finos, orgânicos e com má drenagem (Coutinho, Oliveira e Cavalcante, 2003). 
Perfil geotécnico e dimensões do aterro (Estação Pinheiros)
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CASOS DE OBRAS
2)Ampliação do METRÔ-REC (Linha Sul)
Locação da instrumentação, dos ensaios de palheta e das sondagens SPT 
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CASOS DE OBRAS
2)Ampliação do METRÔ-REC (Linha Sul)
Perfil de (Su) – Ensaios de palheta realizados após 115 dias do início das obras 
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CASOS DE OBRAS
2)Ampliação do METRÔ-REC (Linha Sul)
Análise inicial do projeto 
O projetista estimou um recalque máximo de 600 mm, considerando as seguintes informações:
 Tensão vertical efetiva inicial: s’V0=28kPa 
Acréscimo de tensão vertical: Ds’V=140kPa
Coeficiente de compressão: CR=0,18
   Espessura da camada mole: H=4,80m
 
O tempo de adensamento para drenagem vertical foi estimado em 2,5 anos, com uma altura máxima de drenagem Hd=2,40m (H/2 - SP-08) e um cv estimado de 2m2/ano. 
Para acelerar e minimizar os recalques foi projetado o uso de drenos verticais pré-fabricados, com espaçamento de 1,7 m em malha triangular (de=l/1,07), e uma sobrecarga de 2,00m. 
A redução no tempo de adensamento para 3,5 meses foi obtida considerando um ch estimado de 4 x cv = 8 m2 / ano. 
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CASOS DE OBRAS
2)Ampliação do METRÔ-REC (Linha Sul)
Execução dos geodrenos
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CASOS DE OBRAS
2)Ampliação do METRÔ-REC (Linha Sul)
Medição de recalque
O acompanhamento dos recalques em campo foi realizado através de 7 placas de recalque. 
Recalques com o tempo (Placa PR-06) 
O recalque máximo ocorrido para esta placa foi de 0,54m para um período total de 240 dias sendo o período de construção igual a 104 dias.
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CASOS DE OBRAS
2)Ampliação do METRÔ-REC (Linha Sul)
Deslocamentos horizontais – inclinômetro
Foram medidos os deslocamentos horizontais através da instalação de 4 inclinômetros. 
Perfil de deslocamentos horizontais – Inclinômetro 3 
Pode-se notar que os deslocamentos são negativos na camada de areia enquanto que o deslocamento horizontal máximo (Ymáx ) na camada de argila mole é igual a 11mm, ocorrendo a 3,8 metros de profundidade 
(Coutinho, Oliveira e Cavalcante, 2003). 
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CASOS DE OBRAS
3)Encontro de ponte sobre o Rio Jitituba-AL
 (Gusmão Filho et al., 2002)
a superestrutura da ponte foi construída antes da execução dos aterros de acesso sobre um espesso depósito de argila mole.
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CASOS DE OBRAS
3)Encontro de ponte sobre o Rio Jitituba-AL
 (Gusmão Filho et al., 2002)
a superestrutura da ponte foi construída antes da execução dos aterros de acesso sobre um espesso depósito de argila mole.
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CASOS DE OBRAS
3)Encontro
de ponte sobre o Rio Jitituba-AL
 (Gusmão Filho et al., 2002)
a superestrutura da ponte foi construída antes da execução dos aterros de acesso sobre um espesso depósito de argila mole.
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CASOS DE OBRAS
3)Encontro de ponte sobre o Rio Jitituba-AL
 (Gusmão Filho et al., 2002)
a superestrutura da ponte foi construída antes da execução dos aterros de acesso sobre um espesso depósito de argila mole.
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CASOS DE OBRAS
3)Encontro de ponte sobre o Rio Jitituba-AL
 (Gusmão Filho et al., 2002)
a superestrutura da ponte foi construída antes da execução dos aterros de acesso sobre um espesso depósito de argila mole.
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CASOS DE OBRAS
3)Encontro de ponte sobre o Rio Jitituba-AL
 (Gusmão Filho et al., 2002)
a superestrutura da ponte foi construída antes da execução dos aterros de acesso sobre um espesso depósito de argila mole.
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CASOS DE OBRAS
3)Encontro de ponte sobre o Rio Jitituba-AL
 (Gusmão Filho et al., 2002)
a superestrutura da ponte foi construída antes da execução dos aterros de acesso sobre um espesso depósito de argila mole.
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CASOS DE OBRAS
3)Encontro de ponte sobre o Rio Jitituba-AL
 (Gusmão Filho et al., 2002)
a superestrutura da ponte foi construída antes da execução dos aterros de acesso sobre um espesso depósito de argila mole.
Efeito Tschebotarioff nas estacas do vão da ponte
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ATERROS SOBRE SOLOS MOLES
Casos de obra
Acessos de encontros de pontes do - TIP-Timbi do Metrô – REC 
Ponte sobre o Rio Capibaribe
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ATERROS SOBRE SOLOS MOLES
Casos de obra
Acessos de encontros de pontes do - TIP-Timbi do Metrô – REC 
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ATERROS SOBRE SOLOS MOLES
Para reflexão final:
No ermo rasgai estrada para o nosso Deus!
Todo o vale seja aterrado,
Toda montanha, rebaixada,
Para ficar plano o caminho acidentado
E reto, o tortuoso.
Isaías 40, 3 - 4 (Bíblia da CNBB)
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
E-mail: jtrdo@uol.com.br

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