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Títulos de Crédito - Perguntas e Respostas - Maria Bernadete Miranda

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1 
PERGUNTAS E RESPOSTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULOS DE CRÉDITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Maria Bernadete Miranda 
 
 
 2 
 
TÍTULOS DE CRÉDITO 
 
 
1. Que é crédito ? 
R. Economicamente, crédito é a negociação de uma obrigação futura, é a 
utilização dessa obrigação futura para a realização de negócios atuais. Consiste 
na permissão para a utilização do capital alheio. 
 
2. Quais os elementos que estão implícitos na noção de crédito? 
R. Os elementos retirados da noção de crédito são: a) a confiança; b) o 
tempo. 
 
3. Qual o significado da “confiança” como elemento básico do 
crédito? 
R. Significa que o credor, ao entregar o bem ao devedor, demonstra 
depositar nele a confiança de pagar ou devolver o bem no prazo convencionado. 
 
4. O que significa “o tempo” como elemento básico do título de 
crédito? 
R. O tempo é um período entre a entrega do bem e o seu pagamento ou 
devolução. 
 
5. O que é título de crédito? 
R. É um documento onde está materializada a promessa da prestação 
futura a ser efetuada pelo devedor. 
 3 
 
6. O que representam os títulos de crédito? 
R. Representam o principal instrumento de circulação da riqueza. 
 
7. Qual a definição de Cesare Vivante para título de crédito ? 
R. Título de crédito é um documento necessário para o exercício do direito 
literal e autônomo nele mencionado. 
 
8. Quais as características fundamentais dos Títulos de Crédito ? 
R. Literalidade, autonomia e cartularidade. 
 
9. Em que consiste a Literalidade ? 
R. Consiste na necessidade de exibição do título para o exercício nele 
declarado, sendo por isso chamado título de apresentação. É a medida do direito 
contida no título. 
 
10. Que é Autonomia do Título ? 
R. A autonomia é o requisito fundamental para a circulação dos títulos de 
crédito. Pela autonomia, o seu adquirente passa a ser o titular autônomo, 
independente da relação anterior entre os possuidores. 
Significa dizer que cada um dos signatários do título originário ou de 
qualquer declaração nele acrescentada, como o endosso, se obriga pelo que 
escreve e fica vinculado desde o momento da assinatura, mesmo que as demais 
sejam nulas ou sem efeito. 
 
 4 
 
11. Que significa a Cartularidade do Título ? 
R. Cartularidade é a característica que consiste na necessidade de que o 
título se materialize num documento, em um papel (cártula), que deve ser exibido 
pelo credor quando desejar exercer seu direito ao crédito nele contido. 
Consiste na materialização do direito no documento. 
 
12. Quanto a Forma de Circulação como podem ser os Títulos de 
Crédito ? 
R. Podem ser: ao portador; nominativos e nominais (à ordem e não à 
ordem). 
 
13. Qual a diferença entre Títulos Nominais e Títulos Nominativos ? 
R. Os títulos nominais possuem o nome do beneficiário inserido no título e 
a sua transferência se dá através do endosso ou cessão de crédito. 
Os títulos nominativos possuem o nome do beneficiário inserido no título e 
a sua transferência de dá através do livro de transferência dos títulos nominativos. 
 
14. Quanto a sua Estrutura Formal como se classificam os Títulos de 
Crédito ? 
R. Classificam-se em ordem de pagamento e promessa de pagamento. 
 
15. Quais são os principais Atos Cambiários ? Explique cada um 
deles. 
R. Saque – criação de um título de crédito, é a sua emissão. 
 5 
Aceite ou vista – o sacado reconhece a validade da ordem de pagamento. 
Endosso – é a transferência do direito documentado pelo título de crédito 
de um credor para outro. 
Aval – é uma terceira pessoa que garante o pagamento do título de crédito. 
Avalista – é a pessoa que presta o aval. 
Avalizado – é o devedor que se beneficia do aval, tendo sua dívida 
garantida perante o credor. 
Protesto – é a apresentação pública do título ao devedor para pagamento. 
 
LETRA DE CÂMBIO 
 
16. Onde e em que época foi difundida a Letra de Câmbio? 
R. Na Itália, nas corporações e nos mercados e feiras da Idade Média. 
 
17. Quais os fatores que influenciaram para a disseminação das 
Letras de Câmbio? 
R. Serviram de fatores a diversidade de moedas não só nas repúblicas 
italianas como em outras regiões da Europa, além dos perigos e dificuldades para 
se transportar moedas de uma para outra região. 
 
18. Como era primitivamente a Letra de Câmbio? 
R. Era uma carta dirigida por um banqueiro a outro, contendo a ordem de 
pagar determinada quantia que o primeiro havia recebido do tomador da letra, em 
virtude do contrato de câmbio. 
 
 6 
19. Que é Letra de Câmbio ? 
R. Letra de câmbio é uma ordem de pagamento à vista ou à prazo, emitida 
pelo sacador contra o sacado a favor de um terceiro que é o beneficiário. 
 
20. Quais são os personagens essenciais da Letra de Câmbio? 
R. Sacador – é quem dá a ordem de pagamento, a favor de outrem ou à 
sua ordem, autorizado por um crédito contra outrem (o sacado). 
Sacado – é o encarregado de pagar a letra; é o devedor anterior 
transformado em aceitante e sobre quem se saca a letra. 
Beneficiário – é a favor de quem o título deve ser pago; é quem recebe a 
letra e deve cobra-la. É o primeiro proprietário, podendo ser o próprio sacador, 
capaz de transferir o título por endosso. Pode ser o portador. 
 
21. Quais os requisitos essenciais da Letra de Câmbio? 
R. a) a expressão “Letra de Câmbio”, inserta no próprio texto do título e 
expressa na língua empregada para a redação desse título; 
b) o mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; 
c) o nome do sacado (devedor); 
d) o nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga a letra 
(beneficiário); 
e) a assinatura de quem passa a letra (sacador). 
 
22. Quais os requisitos não essenciais da Letra de Câmbio? 
R. a) a época do pagamento - (considera-se à vista); 
 7 
a) a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento - (considera-
se o lugar ao lado do nome do sacado); 
a) a indicação do lugar onde a letra é passada - (considera-se o lugar ao 
lado do nome do sacador). 
 
23. Qual é o principal requisito da Letra de Câmbio? 
R. É a assinatura do sacador, sem a qual a Letra de Câmbio não existe. 
 
24. Que se entende por aceite? 
R. É a assinatura do sacado, aposta ao título, significando que ele 
reconhece a dívida. A sua negativa traz ao título um vencimento imediato. 
 
25. quem pode aceitar a Letra de Câmbio? 
R. A Letra de Câmbio somente pode ser aceita pelo sacado. 
 
26. Que é protesto? 
R. É o ato oficial pelo qual se prova a não realização da promessa de 
pagamento contida na letra: é o meio legal de provar a falta de aceite ou de 
pagamento da letra. 
 
27. O protesto é obrigatório? 
R. É dispensável contra o aceitante e seu avalista, mas é obrigatório, se for 
pretendida a sua falência. É necessário, também, para guardar o direito de 
regresso contra os co-obrigados: sacador, endossadores e seus avalistas. 
 8 
Não pode ser objeto de renúncia ou proibição e é insubstituível, para os 
fins legais. 
 
28. Que é endosso? 
R. É uma declaração lançada nas costas (in dorsum) do título cambial. 
Indica dois atos jurídicos diversos: a transferência da propriedade do título e o 
mandato (endosso próprio e endosso impróprio). 
 
29. Distinguir endosso em branco e em preto? 
R. Endosso em branco – é aquele em que se omite o nome do beneficiário, 
sendo semelhante a um título ao portador, embora a letra de câmbio continue a 
ser à ordem. Transfere-se pela tradição, sem responsabilidade do possuidor. 
Endosso em preto – é o que lança no verso do título a fórmula da 
transferência, com o nome do beneficiário,data (facultativa) e assinatura do 
endossador. 
 
30. Como pode ser o vencimento da Letra de Câmbio? 
R. À vista – é aquele que se dá na apresentação ao sacado, para que 
pague imediatamente. 
A dia certo – é aquele em que o dia do pagamento vem expressamente 
indicado na letra. 
A certo termo da data – é aquele em que o dia do pagamento será 
determinado a partir da data em que a letra é sacada. 
A certo termo da vista – é aquele em que o dia do pagamento será 
determinado a partir da data do aceite ou, inexistindo, do protesto do título. 
 9 
 
31. O que garante a Letra de Câmbio e qual a sua definição? 
R. O que garante a letra de câmbio é o aval. Derivado do francês “à val”, 
quer dizer em baixo e traduz a garantia prestada em forma cambial ao pagamento 
da letra de câmbio ou, por extensão, ao título de crédito. 
 
32. O pagamento de uma Letra de Câmbio pode ser garantido no todo 
ou em parte? 
R. Pode, por intermédio do aval. 
 
33. Qual a diferença entre avalistas simultâneos e avalistas 
sucessivos? 
R. Avalistas simultâneos – são aqueles que garantem diretamente o 
avalizado. 
Avalistas sucessivos – são aqueles onde um avalista garante um outro 
avalista. 
 
34. A Letra de Câmbio pode ser sacada sobre o próprio sacador? 
Explique. 
R. Sim, a letra de câmbio pode ser sacada sobre o próprio sacador. Isto 
ocorre quando o sacador e o beneficiário são a mesma pessoa. 
 
 
 
 10 
35. Quando prescrevem as ações contra o aceitante da Letra de 
Câmbio? 
R. As ações contra o aceitante na letra de câmbio prescrevem em 3 (três) 
anos a contar do seu vencimento. 
 
36. Qual o prazo de prescrição das ações do portador contra os 
endossantes e contra o sacador? 
R. Em um ano a contar da data do protesto feito em tempo útil, ou da data 
do vencimento, se se tratar de letra que contenha a cláusula “sem despesa”. 
 
37. Quando prescrevem as ações dos endossantes uns contra os 
outros e contra o sacador? 
R. Prescrevem em seis meses a contar do dia em que o endossante pagou 
a letra, ou em que ele próprio foi acionado. 
 
38. Qual o meio judicial que o credor tem para receber a importância 
constante de uma Letra de Câmbio e qual o rito estabelecido? 
R. O meio judicial é a através de uma ação cambial e o rito é o executivo, 
segundo o Art. 585 do Código de Processo Civil. 
 
39. Qual a justificativa para o rito executivo na ação cambial? 
R. Por ser a Letra de Câmbio um título que nele estão expressos direitos 
sobre os quais não pairam dúvidas, isto é, direitos líquidos. 
 
 
 11 
40. Quando pode ser proposta a ação cambial? 
R. Quando são exigíveis as obrigações cambiais assumidas, vencidas e 
não pagas. 
 
41. Contra quem pode ser movida a ação cambial? 
R. Contra todos aqueles que se obrigaram na Letra de Câmbio. 
 
42. Na Letra de Câmbio, a ação direta pode ser proposta contra quem? 
R. Contra o aceitante ou seus avalistas. 
 
43. Pode o avalista acionado eximir-se do pagamento da letra 
alegando que antes deveria ser executado o aceitante? 
R. Não, porque o avalista tem obrigação equiparada à do avalizado. 
 
44. Se o avalista do aceitante, acionado ou não, pagar a importância 
da letra, contra quem poderá agir? 
R. Contra o aceitante, por ser regressivo deste. 
 
45. Que nome tem o direito que assegura o portador de receber, de 
quaisquer dos obrigados anteriores a soma cambial vencida e não paga, 
mediante protesto atentando a falta ou recusa do aceite ou do pagamento? 
R. Direito regressivo. 
 
46. Como pode ser exercido o direito regressivo? 
R. Amigável, judicialmente ou pelo ressaque. 
 12 
 
47. O que se entende por ressaque? 
R. É a emissão pelo portador da letra protestada, de uma nova Letra de 
Câmbio, com vencimento à vista, sobre qualquer dos obrigados. 
 
48. Qual a definição da ação cambial regressiva? 
R. É aquela que o portador da cambial protestada move contra um, alguns 
ou todos os obrigados que lhe são anteriores, para deles haver a soma da letra, 
acrescida das despesas que realizou para recebimento. 
 
49. Contra quem pode ser proposta a ação cambial regressiva? 
R. Contra um, alguns ou todos os coobrigados na Letra de Câmbio. 
 
50. É admitida a defesa na ação cambial? 
R. Sim é admitida, e é fundada no direito pessoal do réu contra o autor. 
 
NOTA PROMISSÓRIA 
 
51. Como surgiu a Nota Promissória? 
R. Na mesma época que a Letra de Câmbio, nos fins da Idade Média, no 
período italiano. 
 
52. Onde está a origem da Nota Promissória? 
R. Na promessa de pagamento dos antigos banqueiros italianos, quando 
recebiam dos mercadores determinadas importâncias para depósito, emitindo 
 13 
documento em que pretendiam pagar a soma depositada ao depositante quando 
reclamada. 
 
53. Qual a definição de Nota Promissória? 
R. È a promessa de pagamento de certa soma em dinheiro, feita por 
escrito, por uma pessoa, em favor de outra ou à sua ordem. 
 
54. Quais as pessoas intervenientes na Nota Promissória? 
R. São o emitente, isto é, o devedor, e o beneficiário, isto é, o credor. 
 
55. Em uma Nota Promissória, onde será considerado como sendo o 
lugar do pagamento, se faltar indicação especial do lugar onde o título foi 
passado? 
R. Será considerado o lugar do domicílio do subscritor, ou seja do devedor. 
 
56. Como será considerada pagável a Nota Promissória que não 
indique a época do pagamento? 
R. Será considerada pagável à vista. 
 
57. Se o pagamento de uma Nota Promissória recair em dia feriado, 
quando pode ser exigido? 
R. Será exigido no primeiro dia útil seguinte. 
 
 
 
 14 
58. Quais as diferenças entre Nota Promissória e Letra de Câmbio? 
R. Nota Promissória – é uma promessa de pagamento, existem duas 
pessoas intervenientes (devedor e beneficiário), e não admite aceite. 
Letra de Câmbio – é uma ordem de pagamento, existem três pessoas 
intervenientes (sacador, sacado e beneficiário) e admite aceite. 
 
59. Como pode ser o vencimento de uma Nota Promissória? 
R. O vencimento de uma Nota Promissória pode ser: 
À vista – é aquele que se dá na apresentação ao sacado, para que pague 
imediatamente. 
A dia certo – é aquele em que o dia do pagamento vem expressamente 
indicado na letra. 
A certo termo da data – é aquele em que o dia do pagamento será 
determinado a partir da data em que a letra é sacada. 
 
60. Pode a Nota Promissória vencer-se por antecipação? 
R. Pode, no caso de declaração da falência do devedor ou da sua 
declaração de insolvência. 
 
61. Qual o prazo de prescrição da Nota Promissória? 
R. Prescreve em três anos a contar do vencimento. 
 
 
 
 
 15 
62. Qual o prazo de prescrição das ações do portador da Nota 
Promissória contra os endossantes e contra o sacador de uma Nota 
Promissória? 
R. Prescreve em um ano, a contar da data do protesto feito em tempo útil, 
ou da data do vencimento, quando se tratar de título que contenha a cláusula 
“sem despesa”. 
 
63. Qual o documento que o autor juntará a petição inicial da ação de 
cobrança ou da ação monitória de uma Nota Promissória? 
R. A Nota Promissória vencida e não paga. 
 
CHEQUE 
 
64. Qual a origem histórica do cheque? 
R. O cheque, na forma como o conhecemos hoje, teve sua origem na Idade 
Média, principalmente na Itália e na Inglaterra, com o surgimento das casas 
bancárias de depósitos. 
 
65. Qual o conceito de Cheque? 
R. É uma ordem de pagamento, à vista, emitida pelo sacador contra o 
sacado, em favor próprio ou de um terceiro, que incide sobre fundos que o 
sacador dispõe em poder do sacado, que será sempre um banco ou instituição 
assemelhada.16 
 
66. Identifique em um Cheque as figuras do sacador, sacado e 
beneficiário. 
R. Sacador – a pessoa que dá a ordem de pagamento. 
Sacado – o banco ou Instituição Financeira. 
Beneficiário – a pessoa em favor de quem é dada a ordem de pagamento. 
 
67. Quais as diferenças entre o Cheque e a Letra de Câmbio? 
R. Cheque – é uma ordem de pagamento à vista, onde o sacado será um 
banqueiro e é considerado um meio de pagamento, onde se mobiliza fundos do 
sacador. 
Letra de Câmbio – é uma ordem de pagamento à vista ou à prazo, onde 
não há exigência de qualificação do sacado e se trata de um instrumento de 
crédito. 
 
68. O Cheque admite aceite? Explique. 
R. Não, considerando-se não escrita qualquer declaração neste sentido. 
 
69. Qual a diferença entre um Cheque nominal à ordem e um Cheque 
nominal não à ordem? 
R. Cheque nominal à ordem – indica o nome do beneficiário, e sua 
transferência é feita por endosso em branco ou em preto. 
Cheque nominal não à ordem – indica o nome do beneficiário, e sua 
transferência é feita com os efeitos de cessão ordinária de crédito. 
 
 17 
70. O que caracteriza o Cheque cruzado? 
R. O cheque cruzado é caracterizado por ser atravessado por duas linhas 
paralelas, a que se dá o nome de cruzamento. 
 
71. O que significa o cruzamento de um cheque? 
R. Significa que o cheque somente deve ser pago a um banco ou a um 
cliente do banco. 
 
72. Em um Cheque, qual a diferença entre um cruzamento em preto e 
um cruzamento em branco? 
R. Cruzamento em preto – quando entre os dois traços existir uma 
indicação. 
Cruzamento em branco – quando entre os dois traços não houver nenhuma 
indicação. 
 
73.Qual a diferença entre um Cheque Visado e um Cheque 
Administrativo? 
R. Cheque visado – é o cheque nominal, cujo montante é transferido, já no 
momento da emissão, da conta corrente do emitente para o próprio banco, 
ficando desde logo à disposição do beneficiário legitimado. 
Cheque administrativo – é aquele emitido, contra a própria instituição 
financeira (sacador), desde que não ao portador. Também denominado cheque 
de tesouraria, cheque de caixa ou cheque bancário. 
 
 
 18 
74. O que significa um cheque Viagem ou turismo e qual a sua 
finalidade? 
R. Cheque viagem ou Traveller´s check é o cheque de importância fixa, 
vendido pelo banco para garantir maior segurança ao viajante. Contém um campo 
para a assinatura do portador na parte superior, que deve ser preenchido na 
presença de funcionário do banco. Quando o viajante desejar utilizar a 
importância indicada no cheque, em qualquer praça, deverá assinar em um 
campo situado na parte inferior do cheque, em presença de funcionário de outra 
instituição que opere com essa modalidade de cheques. Sua assinatura será 
conferida com a assinatura aposta na parte superior, e, coincidindo, o valor lhe 
será colocado à disposição. 
 
75. O que significa um Cheque especial ou garantido? 
R. Cheque especial é aquele que permite movimentação de valores acima 
dos fundos momentaneamente disponíveis na conta do sacador. É uma 
modalidade de crédito concedida pelos bancos a clientes credenciados, mediante 
contrato firmado entre o banco e o depositante. 
 
76. Quais os prazos de apresentação para pagamento do Cheque? 
R. Deve ser apresentado para pagamento a contar do dia da emissão, no 
prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago, e,no 
prazo de 60 (sessenta) dias, quando emitido fora do lugar onde houver de ser 
pago ou no exterior. 
 
 
 19 
77. Qual a diferença entre revogação e oposição? 
R. Revogação – é uma contra-ordem dada por aviso epistolar, ou por via 
judicial ou extrajudicial, com as razões motivadoras do ato, e é privativa do 
emitente. Somente produz efeito depois de expirado o prazo de apresentação e, 
não sendo promovida, pode o sacado pagar o cheque até que decorra o prazo de 
prescrição. 
Oposição - ocorre quando o emitente e o portador legitimado, mesmo 
durante o prazo de apresentação fazem sustar o pagamento do cheque, 
manifestando ao sacado, por escrito, oposição fundada em relevante razão de 
direito. 
 
78. Como é feito o pagamento do cheque em moeda estrangeira? 
R. É pago, no prazo de apresentação, obedecida a legislação especial. 
 
79. O que ocorre se o cheque em moeda estrangeira não for pago no 
ato da apresentação? 
R. Pode o portador optar entre o câmbio do dia da apresentação e do dia 
do pagamento para efeito de conversão em moeda nacional. 
 
80. Qual o prazo de prescrição para a execução do Cheque prevista no 
Art. 47 da Lei do Cheque? 
R. Em seis meses, contados da expiração do prazo de apresentação. 
 
 
 
 20 
81 Qual o prazo de prescrição da ação de regresso de um obrigado ao 
pagamento do cheque contra o outro? 
R. Prescreve em seis meses, contados do dia em que o obrigado pagou o 
cheque ou do dia em que foi demandado. 
 
82 A interrupção da prescrição produz efeito somente contra quem? 
R. Contra o obrigado em relação ao qual foi promovido o ato interruptivo. 
 
DUPLICATA 
 
83. O que vem a ser a fatura? 
R. É a nota que o vendedor dá ao comprador, descrevendo a mercadoria 
vendida, com a discriminação da quantidade e/ou marca e qualidade, apontando 
o respectivo preço. 
 
84 O que discriminará a fatura? 
R. As mercadorias vendidas, ou, quando convier ao vendedor, indicará 
somente os números e valores das notas parciais expedidas por ocasião das 
vendas, despachos ou entrega das mercadorias. 
 
85 Qual a origem da Duplicata? 
R. É um título genuinamente brasileiro e que teve sua origem no Art. 219 
do Código Comercial. 
 
 
 21 
 
86. Qual o conceito de Duplicata comercial? 
R. É um título formal, assim considerado por força de lei, que consiste em 
um saque baseado em crédito concedido pelo vendedor ao comprador, baseado 
em contrato de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços celebrado 
entre ambos, cuja circulação é possível mediante endosso. 
 
87. Quais as pessoas intervenientes da duplicata? 
R. Intervêm na duplicata o vendedor e o comprador, ou a empresa 
prestadora de serviços e o que se utiliza desses serviços. 
 
88. Qual a condição exigida para quem expede fatura ou duplicata? 
R. A exigência é que há de ser sempre comerciante. 
 
89. Quais as pessoas que eventualmente podem intervir na duplicata? 
R. O endossante e o avalista. 
 
90. Por quem deverá ser feita a remessa de duplicata? 
R. Diretamente pelo vendedor ou por seus representantes. 
 
91. Por intermédio de quem deverá ser feita a remessa de duplicata? 
R. Por intermédio de instituições financeiras, procuradores ou 
correspondentes que se incumbam de apresenta-la ao comprador na praça ou no 
lugar de seu estabelecimento, podendo os intermediários devolve-la, depois de 
 22 
assinada, ou conserva-la em seu poder até o momento do resgate, segundo as 
instruções de quem lhes cometeu o encargo. 
 
92. Qual o prazo para remessa da duplicata? 
R. Trinta dias, contados da data de sua emissão. 
 
93. Qual o prazo para apresentação do título ao comprador, no caso 
de remessa feita por intermédio de representantes, instituições financeiras, 
procuradores ou correspondentes? 
R. Deverão apresenta-lo dentro de dez dias, contados da data de seu 
recebimento na praça de pagamento. 
 
94. Qual o prazo para devolução da duplicata, quando não for à vista? 
R. O prazo é de dez dias, contados da data de sua apresentação, 
devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito, contendo as 
razões da falta de aceite. 
 
95. O comprador pode deixar de aceitar a duplicata e em quaiscasos? 
R. Sim o comprador pode deixar de aceitar a duplicata, e os motivos são: 
1. avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou 
não entregues por sua conta ou risco; 
2. vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das 
mercadorias, devidamente comprovados; 
3. divergências nos prazos ou nos preços ajustados. 
 
 23 
96. É permitido ao sacado reter a Duplicata até a data do vencimento? 
R. Sim, desde que haja concordância expressa do sacador e da instituição 
financeira, devendo o sacado comunicar por escrito que o aceitou e que irá retê-
la. 
 
97. Qual a prova do pagamento da duplicata? 
R. O recibo passado pelo legítimo portador ou por seu representante com 
poderes especiais, no verso do próprio título ou em documento, em separado, 
com referência expressa à duplicata. 
 
98. Qual a outra forma de pagamento prevista pela lei? 
R. A liquidação de cheque, a favor do estabelecimento endossatário, no 
qual conste, no verso, que seu valor se destina à amortização ou liquidação da 
duplicata nele caracterizada, § 2º do Art. 9º. 
 
99. Quando a Duplicata é protestável e onde será tirado o protesto? 
R. A duplicata é protestável por falta de aceite, de devolução ou 
pagamento, e o protesto será tirado na praça de pagamento constante do título. 
 
100. O que acontece ao portador que não tirar o protesto da duplicata, 
em forma regular e dentro do prazo de trinta dias contados da data de seu 
vencimento? 
R. Perderá o direito de regresso contra os endossantes e respectivos 
avalistas. 
 
 24 
101. Qual o foro competente para a ação de execução ou de cobrança 
de uma Duplicata ou Triplicata? 
R. É o do pagamento constante do título, ou do domicílio do comprador. 
 
102. Qual o prazo de prescrição da Duplicata contra o sacado e seus 
respectivos avalistas? 
R. Em três anos, contados da data do vencimento do título. 
 
103. Qual o prazo de prescrição da duplicata contra o endossante e 
seus avalistas? 
R. Em um ano, contado da data do protesto. 
 
104. Qual o prazo de prescrição da duplicata contra quaisquer dos 
coobrigados? 
R. Em um ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento 
do título. 
 
105. Quem pode emitir fatura e duplicata de prestação de serviços? 
R. As empresas, individuais e coletivas, fundações ou sociedade civis, que 
se dediquem à prestação de serviços. 
 
106. O que deverá discriminar a fatura? 
R. A natureza dos serviços prestados. 
 
 25 
107. Quais as disposições que se aplicam à fatura e à duplicata ou 
triplicata de prestação de serviços? 
R. Com as adaptações cabíveis, as disposições referentes à fatura e à 
duplicata ou triplicata de venda mercantil, constituindo documento hábil, para 
transcrição do instrumento de protesto, qualquer documento que comprove a 
efetiva prestação dos serviços e o vínculo contratual que a autorizou. 
 
108. O que obrigará o vendedor a extrair com a perda ou extravio da 
duplicata e quais serão os seus efeitos? 
R. Obrigará a extrair triplicata, e os seus efeitos serão os mesmos da 
duplicata. 
 
109. Que se entende por Duplicata Simulada? 
R. Segundo o Art. 172 do Código Penal, se entende por Duplicata 
Simulada: Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à 
mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. 
 
110. Qual a conseqüência jurídica da expedição ou da aceitação da 
Duplicata Simulada? 
R. Crime de Duplicata Simulada, pena de detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) 
anos e multa. 
 
111. Qual o objeto jurídico do crime de duplicata simulada? 
R. O patrimônio da vítima. 
 
 26 
AÇÕES – PARTES BENEFICIÁRIAS 
DEBÊNTURES – BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO 
 
112. O que são Ações? 
R. Na terminologia comercial denomina~se cada uma das partes, de igual 
valor, em que se divide o capital de uma sociedade anônima. 
 
113. De que espécies podem ser as Ações? 
R. As ações podem ser ordinárias (ou comuns), preferenciais e de fruição 
(ou de gozo), conforme a natureza dos direitos ou vantagens que conferem a 
seus titulares. 
 
114. Qual a diferença entre as Ações ordinárias, preferenciais e de 
fruição? 
R. Ações ordinárias – são aquelas em que normalmente se divide o capital 
social, e que não conferem aos titulares quaisquer privilégios nem lhes impõem 
restrições, concedendo-lhes tão somente os direitos usuais de sócio, tais como o 
direito de voto nas assembléias. 
Ações preferenciais – são aquelas que conferem aos titulares 
determinados privilégios (ou preferências, ou, ainda, vantagens), em relação aos 
titulares das ações ordinárias, como, por exemplo, ter prioridade no reembolso de 
seu capital, em caso de liquidação da empresa. 
Ações de fruição – são aquelas que resultam da amortização integral das 
ações comuns ou preferenciais, desde que assim dispuser o estatuto ou 
determinar a assembléia geral extraordinária, contendo restrições fixadas pelo 
 27 
estatuto ou pela assembléia. São destituídas de capital, e devolvem ao acionista o 
valor de seu investimento. A amortização das ações não impede seus titulares de 
participarem na vida social da empresa, podendo eles participar dos lucros, 
fiscalizar a sociedade e exercer demais direitos. 
 
115. Como podem ser as Ações quanto à forma? 
R. Podem ser nominativas e escriturais. 
 
116. O que são Ações nominativas? 
R. Ações nominativas são aquelas que inscrevem em seu texto o nome do 
titular, devendo constar de registro próprio, mantido pela sociedade. 
 
117. O que são Ações escriturais? 
R. Ações escriturais são aquelas que dispensam corporificação do título em 
certificado emitido pela sociedade, devendo ser registradas em livro especial, não 
sendo consideradas títulos de crédito. 
 
118. Qual a diferença entre resgate e reembolso de Ações? 
R. Resgate – consiste no pagamento do valor das ações para retira-las 
definitivamente de circulação, com redução ou não do capital social; mantido o 
mesmo capital, será atribuído, quando for o caso, novo valor nominal às ações 
remanescentes. 
Reembolso – é a operação pela qual, nos casos previstos em lei, a 
companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação da assembléia geral o 
valor de suas ações. 
 28 
 
119. Em que consiste a amortização de Ações? 
R. A amortização de ações consiste na distribuição aos acionistas, a título 
de antecipação e sem redução do capital social, de quantias que lhes poderiam 
tocar em caso de liquidação da companhia. 
 
120. Que são Partes Beneficiárias? 
R. Partes Beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e não 
representativos do capital, emitidos pelas sociedades anônimas, que conferem a 
seus titulares o direito de participação nos lucros líquidos anuais distribuídos aos 
acionistas. Essa participação não poderá exceder 10% dos lucros, incluído nesse 
valor a formação de reservas para futuro resgate. Têm natureza jurídica de título 
de crédito. 
 
121. Que são Debêntures? 
R. Debêntures são títulos emitidos pelas sociedades anônimas que 
conferem aos titulares direito de crédito contra a sociedade, conforme as 
condições constantes do certificado. Têm natureza jurídica de título de crédito. 
 
122. Quais as diferenças entre Ações e Debêntures? 
R. Os titulares das ações são sócios proprietários das sociedades; os 
titulares das debêntures são credores da companhia. As ações são títulos de 
renda variável; as debêntures, são títulos de renda fixa. 
 
 
 29 
123. Que são Bônus de Subscrição? 
R. Bônus de Subscrição são títulos emitidos pelas sociedades anônimas 
até o valor do aumento do capital autorizado no estatuto, queconferem ao titular o 
direito de subscrever ações, e que podem facilitar a captação de recursos no 
mercado, em determinadas conjunturas. 
 
TÍTULO DE CRÉDITO INDUSTRIAL 
TÍTULO DE CRÉDITO COMERCIAL 
TÍTULO DE CRÉDITO Á EXPORTAÇÃO 
 
124. O que é a Cédula de Crédito Industrial? 
R. É uma promessa de pagamento em dinheiro, com garantia real, 
cedularmente constituída. 
 
125. Que espécie de título é a Cédula de Crédito Industrial? 
R. Título líquido e certo, exigível pela soma real constante ou do endosso, 
além de juros da comissão de fiscalização, se houver, e demais despesas que o 
credor fizer para segurança, regularidade e realização de seu direito creditório. 
 
126. Quais as garantias reais que podem ser dadas em uma Cédula 
de Crédito Industrial? 
R. Podem se: a) penhor cedular; b) alienação fiduciária; c) hipoteca 
cedular. 
 
 
 30 
 
127. Que bens podem ser objetos de penhor cedular? 
R. Podem ser: os móveis, de um modo geral, e especificamente, conforme 
o Art. 19 da lei especial, as máquinas e aparelhos utilizados na indústria, 
matérias-primas, produtos industrializados, animais destinados à industrialização 
da carne, sal, ainda que esteja na salina, veículos automotores, etc. 
 
128. Que bens podem ser objeto de alienação fiduciária? 
R. Os mesmos admitidos pela Lei nº 4.728/65 (Lei de Mercado de 
Capitais), conforme a nova redação conferida ao seu Art. 66 pelo Decreto-lei nº 
911/69, ou seja, apenas os bens móveis, que ficam na posse indireta e domínio 
resolúvel do credor, mas na posse direta do devedor. 
 
129. Que bens podem ser abrangidos pela garantia hipotecária 
cedular? 
R. São por ela garantidos, na forma do Art. 24 da Lei, as construções, 
respectivos terrenos, instalações e benfeitorias, nela se incorporando as 
instalações e construções adquiridas ou executadas com o crédito. 
 
130. Que é Nota de Crédito Industrial? 
R. É o título que documenta a promessa de pagamento em dinheiro, sem 
garantia real, emitido por pessoa física ou jurídica que se dedique à atividade 
industrial em favor de instituição financeira. 
 
 
 31 
 
131 Qual a vantagem da Nota de Crédito Industrial? 
R. O crédito por ela garantido tem privilégio especial sobre os bens 
discriminados no Art. 1.563 do Código Civil, ou seja, os que conferem privilégios 
no concurso de credores. 
 
132 Qual a ação para a cobrança da Cédula de Crédito Industrial? 
R. Estabelece o Art. 41 da Lei um procedimento especial para a cobrança 
da cédula, com citação do devedor, através da 2ª via do requerimento do credor 
para o pagamento da dívida, em 24 horas, pena ou o depósito do débito de 
penhora ou seqüestro do bem constitutivo da garantia real. 
 
133. Podem a Cédula e a Nota de Crédito Industrial serem 
protestadas? 
R. Sim, na forma do Art. 52 da Lei, que lhes estende as normas de direito 
cambial, dispensando, porém, o protesto para garantir o direito de regresso contra 
endossantes e avalistas. 
 
134. O que é a Cédula de Crédito Comercial? 
R. É o título que documenta a operação de empréstimo concedido por 
instituição financeira a pessoa física ou jurídica que se dedique a atividade 
comercial ou de prestação de serviços, com garantia real. 
 
 
 
 32 
 
135. A que se destinam os Títulos de Crédito Comercial? 
R. Destinam-se a instrumentalizar operações de empréstimos concedidos 
por instituições financeiras à pessoa física ou jurídica dedicada à atividade 
comercial ou de prestação de serviços. 
 
136. Quais as garantias reais cabíveis na Cédula de Crédito 
Comercial? 
R. São as mesmas da Cédula de Crédito Comercial, dispondo a lei especial 
que se aplicam às Cédulas e Notas Comerciais os mesmos dispositivos do 
Decreto-lei nº 473/69, inclusive quanto aos modelos anexos para sua feitura, 
respeitadas, em cada caso, a respectiva denominação e as disposições da lei. 
 
137. O que poderão se representadas por Cédula de Crédito à 
Exportação e por Nota de Crédito à Exportação? 
R. As operações de financiamento à exportação ou à produção de bens 
para exportação, bem como às atividades de apoio e complementação 
integrantes e fundamentais da exportação, realizadas por instituições financeiras. 
 
138. Que características devem ter as Cédulas de Crédito á 
Exportação e a Nota de Crédito á Exportação? 
R. Características idênticas, respectivamente, à Cédula de Crédito 
Industrial e à Nota de Crédito Industrial, instituídas pelo Decreto-lei nº 413/69. 
 
 
 33 
 
 
139. Quem poderá emitir Cédula de Crédito à Exportação e Nota de 
Crédito à Exportação? 
R. As pessoas físicas e jurídicas que se dediquem às operações de 
financiamento à exportação, ou à produção de bens para exportação, bem como 
às atividades de apoio e complementação integrantes e fundamentais da 
exportação, segundo o Art. 1º, § 1º, da Lei nº 6.313/75. 
 
TÍTULO DE CRÉDITO RURAL 
 
140. Como poderá efetuar-se o financiamento rural concedido pelos 
órgãos integrantes do sistema nacional de crédito rural à pessoa física ou 
jurídica e qual a legislação que dispõe sobre esses títulos? 
R. Poderá efetuar-se por meio das Cédulas de Crédito Rural e a legislação 
que dispõe sobre esses títulos é o Decreto-lei nº 167/67. 
 
141. Como fica obrigado a aplicar o financiamento, o emitente da 
Cédula de Crédito Rural? 
R. Nos fins ajustados, devendo comprovar essa aplicação no prazo e forma 
exigidos pela instituição financeira. 
 
142. Qual a definição legal de Cédula de Crédito Rural? 
R. É uma promessa de pagamento em dinheiro, sem ou com garantia real 
cedularmente constituída. 
 34 
 
143. Qual a diferença entre uma Cédula de Crédito Rural Pignoratícia e 
uma Cédula de Crédito Rural Hipotecária? 
R. Cédula de Crédito Rural Pignoratícia é um título que corporifica um 
crédito com garantia real de penhor. O ruralista ou pecuarista contrai um 
financiamento, oferecendo em garantia determinados bens móveis. Os bens 
móveis oferecidos em penhor permanecem nas mãos do produtos ou cooperativa, 
que responde pela guarda e conservação dos mesmos. 
Cédula de Crédito Rural Hipotecária, representa um crédito, ao qual se 
incorporam garantias reais de penhor e de hipoteca. Portanto, garantem o 
pagamento da dívida, não só móveis (penhor), como também bens imóveis 
(hipoteca), do emitente (devedor). 
 
144. O que pode ser objeto de penhor cedular e na posse de quem 
ficam os bens apenhados? 
R. Podem ser objetos do penhor cedular, os bens suscetíveis de penhor 
rural e de penhor mercantil. 
Os bens apenhados continuam na posse imediata do emitente ou do 
terceiro prestante da garantia real, que responde por sua guarda e conservação 
como fiel depositário, seja pessoa física ou jurídica. 
 
145. Qual a garantia que o devedor deverá oferecer para o 
financiamento de uma Cédula de Crédito Rural Hipotecária? 
R. O devedor deverá oferecer um imóvel, compreendendo construções e 
respectivos termos, maquinários, instalações e benfeitorias por acaso existentes. 
 35 
 
146. O que se entende por Nota de Crédito Rural? 
R. A Nota de Crédito Rural é proveniente de uma operação financeira, e, 
não confere ao credor qualquer garantia real, mas somente privilégio especial 
sobre os bens discriminados no Art. 1563 do Código Civil. 
 
147. Em que circunscrição é inscrita a Cédula de Crédito Rural? 
R. É inscrita no cartório da circunscrição em que esteja situado o imóvel a 
cuja exploração se destina o financiamento cedular. 
 
148. Qual a ação para a cobrança da Cédula de Crédito Rural? 
R. É a ação executiva. 
 
149. Como é usada a Nota Promissória Rural? 
R. É usada nas vendas a prazo de bens de natureza agrícola,extrativa ou 
pastoril, quando efetuadas diretamente por produtores rurais ou por suas 
cooperativas; nos recebimentos, pelas cooperativas, de produtos da mesma 
natureza entregues pelos seus cooperados, e nas entregas de bens de produção, 
ou de consumo, feitas pelas cooperativas aos seus associados. 
 
150. Quando pode ser utilizada a Duplicata Rural? 
R. Pode ser utilizada nas vendas a prazo de quaisquer bens de natureza 
agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas diretamente por produtores rurais 
ou por suas cooperativas, poderá ser utilizada também, como título de crédito, 
nos termos do Decreto-lei nº 167/67. 
 36 
 
 
151. Emitida a Duplicata Rural, a que fica obrigado o vendedor? 
R. A entrega-la ou remete-la ao comprador, que a devolverá depois de 
assinada. 
 
152. A que fica obrigado o vendedor com a perda ou extravio da 
Duplicata Rural? 
R. Obriga o vendedor a extrair novo documento que contenha a expressão 
“segunda via” em linhas paralelas que cruzem o título. 
 
CÉDULA DE PRODUTO RURAL 
 
153. O que representa uma Cédula de Produto Rural? 
R. A Cédula de Produto Rural é representativa de promessa de entrega de 
produtos rurais, com ou sem garantia cedularmente constituída. 
 
154. Quem será o emitente da Cédula de Produto Rural? 
R. O emitente da Cédula de Produto Rural será o produtor rural e suas 
associações, inclusive as cooperativas. 
 
155. Qual a legislação que dispõe sobre a Cédula de Produto Rural? 
R. É a Lei nº 8.929 de 22 de agosto de 1.994. 
 
 
 37 
 
156. Quais as garantias reais que podem ser dadas em uma Cédula 
de Produto Rural? 
R. As garantias podem consistir em: a) hipoteca; b) penhor; c) alienação 
fiduciária, 
 
157. Onde deverá ser inscrita a Cédula de Produto Rural, para que 
tenha eficácia contra terceiros? 
R. Deverá estar inscrita no Cartório de Registro de Imóveis do domicílio do 
emitente. 
 
158. Qual a ação para cobrança das Cédulas de Produto Rural? 
R. Será a Ação de Execução para entrega de coisa certa. 
 
CONHECIMENTO DE TRANSPORTE 
 
159. Qual a definição de conhecimento de transporte? 
R. Conhecimento de Transporte é o título que é passado pelo transportador 
ou condutor de mercadorias ou de outros objetos, e entregue ao carregador ou 
consignante, como prova do contrato de transporte. 
 
160. O que prova o conhecimento de frete original, emitido por 
empresa de transporte por água, terra ou ar? 
R. Prova o recebimento da mercadoria e a obrigação de entrega-la no lugar 
do destino. 
 38 
 
161. Que espécie de título é o conhecimento de transporte? 
R. É um título à ordem; salvo cláusula ao portador, lançada no contexto. 
 
162. Como pode designar-se o remetente? 
R. Deverá designar-se como consignatário, e a indicação deste substituir-
se pela cláusula ao portador. 
 
163. Como será declarada a importância no conhecimento? 
R. Será declarada por extenso e em algarismos, prevalecendo a primeira 
em caso de divergência. 
 
164. Como será pago o conhecimento, uma vez emitido este com frete 
a pagar e não indicada a forma de pagamento? 
R. Será pago em dinheiro, no ato da entrega da mercadoria e no lugar do 
destino, se outro não tiver sido designado. 
 
165. O que autoriza a falta de pagamento do frete e despesas? 
R. A falta de pagamento do frete e despesas, autoriza a retenção da 
mercadoria. 
 
166. Como é feita a transferência do conhecimento nominativo, como 
pode ser o endosso e qual a diferença entre endosso em preto e em branco? 
R. A transferência é feita através do endosso, que poderá ser endosso em 
branco ou endosso em preto. 
 39 
Endosso em branco é aquele que não contém a indicação do nome, por 
extenso, do endossatário. 
Endosso em preto é aquele em que consta a indicação do nome, por 
extenso, do endossatário. 
 
167. Quem deve ser o primeiro endossador? 
R. Deve ser o remetente, ou o consignatário do Conhecimento de 
Transporte. 
 
168.Quem se presume proprietário da mercadoria declarada no 
conhecimento? 
R. Presume-se proprietário o último endossatário e detentor do 
Conhecimento de Transporte. 
 
169. O que pode exigir o remetente, consignatário, endossatário ou 
portador, exibindo o conhecimento? 
R. Poderá exigir o desembarque e a entrega da mercadoria em trânsito, 
pagando o frete por inteiro e as despesas extraordinárias a que der causa. 
 
170. De que fica eximida a mercadoria com a tradição do 
conhecimento ao consignatário, ao endossatário ou ao portador? 
R. Fica eximida a mercadoria de arresto, seqüestro, penhora, arrecadação, 
ou qualquer outro embaraço judicial, por fato, dívida, falência, ou causa estranha 
ao próprio dono atual do título, salvo caso de má fé provada. 
 
 40 
 
171. A que equivale a apreensão do conhecimento? 
R. A apreensão do Conhecimento de Transporte equivale a apreensão da 
mercadoria. 
 
172. O que pode fazer a empresa de transporte no caso de ser avisada 
da perda ou extravio do conhecimento? 
R. A empresa de transporte poderá reter a mercadoria. 
 
CONHECIMENTO DE DEPÓSITO E “WARRANT” 
 
173. O que é armazém geral? 
R. Armazém geral é a empresa que tem por objeto comercial a guarda e 
conservação de mercadorias, cabendo-lhes a emissão de títulos especiais que as 
representem, que será o Conhecimento de Depósito e “Warrant”. 
 
174. O que é Conhecimento de Depósito? 
R. Conhecimento de Depósito é a prova do contrato de depósito mercantil, 
representando as mercadorias depositadas, quer esteja unido ou separado do 
“Warrant”. É o documento probatório da guarda e conservação da mercadoria. 
 
175. O que é “Warrant”? 
R. O “Warrant” é emitido acopladamente ao Conhecimento de Depósito, 
destinando-se a eventuais operações de crédito cuja garantia seja o penhor sobre 
as mercadoria. 
 41 
O “Warrant” quando encontra-se unido ao Conhecimento de Depósito, 
atribui, ao portador, a livre disposição dos bens depositados. 
Quando destacado do Conhecimento de depósito, refere-se ao valor e ao 
crédito sobre mercadorias, conferindo ao portador um direito real de penhor sobre 
as mesmas. 
 
176. Os armazéns gerais são obrigados a emitir o Conhecimento de 
Depósitos e quando eles devem ser emitidos? 
R. Não, os armazéns gerais devem apenas emitir um recibo das 
mercadorias depositadas, mencionando nele a natureza, quantidade, número e 
marcas dos volumes, assim como o prazo do depósito, que não pode ser superior 
a 6 (seis) meses; mediante esse recibo é que poderá ser retirada a mercadoria. 
 
177. Quais os requisitos essenciais do Conhecimento de Depósito e 
“Warrant”? 
R. O Conhecimento de Depósito e o “warrant” devem conter: 
a) a denominação da empresa do armazém geral e sua sede; 
b) o nome, profissão e domicílio do depositante ou de terceiro por este 
indicado; 
c) o lugar e o prazo do depósito; 
d) a natureza e a quantidade das mercadorias depositadas, com todas as 
suas características, de modo a serem facilmente identificadas; 
e) a qualidade, tratando-se de mercadorias pertencentes a vários donos e 
qualidades misturadamente; 
 42 
f) a indicação do segurador das mercadorias e do devedor do seguro, já 
que os títulos não poderão ser emitidos sem o seguro; 
g) a declaração dos impostos e direitos fiscais, dos encargos e despesas a 
que a mercadoria está sujeita, e do dia em que começam a correr as 
armazenagens; 
h) a data da emissão dos títulos e a assinatura do dono do armazém geral 
ou seu mandatário. 
 
178. As mercadorias depositadas poderão ser penhoradas? 
R. Não, após o depósito com emissão do Conhecimento de Depósito e 
“Warrant”, que são por elas garantidos, nãopodem elas ser objeto de qualquer 
constrição, judicial ou não, como penhora, seqüestro ou arresto. 
 
179. Quais as funções do Conhecimento de Depósito e “Warrant”? 
R. O Conhecimento de Depósito é o instrumento do contrato de depósito e 
título representativo da mercadoria depositada, enquanto o “Warrant” é uma 
cédula de garantia, decorrente do depósito feito, com a função de circular como 
título de crédito. 
 
180. Que direitos confere o endosso dos dois títulos juntos e em cada 
título separadamente? 
R. O endosso conjunto, sem romper a linha picotada dos títulos, confere ao 
endossatário o direito de livre disposição da mercadoria depositada, significando a 
venda da mesma, passando o cessionário a ser o dono dessa mercadoria. 
 43 
O endosso do “Warrant” somente dá ao endossatário o direito de penhor 
sobre a mercadoria; o do Conhecimento de Depósito somente, confere a 
faculdade de dispor da mercadoria, garantidos os direitos do credor pignoratício, 
portador do “Warrant”. 
 
181. Como poderá a mercadoria ser retirada do armazém geral? 
R. A mercadoria somente poderá ser retirada mediante a apresentação dos 
dois títulos juntos, isto é, depois de quitada a dívida garantida pelo “Warrant”. 
 
182. Pode o Conhecimento de Depósito ser protestado? 
R. Não, apenas o “Warrant” é que poderá, se vencido e não pago, ficando 
o seu portador autorizado a fazer vender em leilão, por intermédio do corretor ou 
leiloeiro que escolher, a mercadoria a que ele se refira, dez dias depois de 
publicado o protesto pela imprensa. 
 
183. Que direitos tem o portador do “Warrant”, em caso de perda da 
mercadoria? 
R. Seus direitos se exercem sobre a indenização do seguro das 
mercadorias, que é obrigatório, antes da emissão dos títulos. 
 
184. Pode o “Warrant” não pago, causar a falência? 
R. Sim, sendo título de dívida líquida e certa, o “Warrant" conduz à 
executividade e, portanto, após o protesto, à viabilidade processual do pedido de 
falência do comerciante devedor e impontual. 
 
 44 
LETRA IMOBILIÁRIA 
 
185. Qual o conceito de Letra Imobiliária? 
R. Letra Imobiliária é um título de crédito, criado pelas sociedades de 
crédito imobiliário ou pelo Banco Nacional da Habitação, e, que consiste na 
promessa de pagamento, conferindo ao investidor, juros e correção monetário. 
 
186. Quais os elementos essenciais, obrigatórios por lei, da Letra 
Imobiliária? 
R. a) a denominação “Letra Imobiliária” e a referência à Lei nº 4.380/64; 
b) a denominação do emitente, sua sede, capital e reserva, total dos 
recursos de terceiros e de aplicações; 
c) o valor nominal por referência à Unidade Padrão de Capital; 
d) a data do vencimento, a taxa de juros e a época do seu pagamento; 
e) o número de ordem bem como o livro, folha e número de inscrição do 
Livro de Registro do emitente; 
f) a assinatura de próprio punho do representante ou representantes legais 
do emitente; 
g) o nome da pessoa a quem deverá ser paga, no caso de letra nominativa. 
 
 187. Qual o direito que tem o titular da Letra Imobiliária para a 
cobrança do respectivo principal e juros? 
 R. Tem o direito a Ação Executiva. 
 
 
 45 
 
188. Onde serão inseridas as Letras Imobiliárias e qual a denominação 
do respectivo livro? 
R. Serão inscritas em livro próprio, mantido pelas Sociedades de Crédito 
Imobiliário designado “Livro de Registro de Letras Imobiliárias. 
 
189. Como poderão ser as Letras Imobiliárias quanto à circulação? 
R. Quanto á circulação poderão ser ao portador ou nominativas. 
 
190. Como será feita a transferências das Letras Imobiliárias? 
R. As Letras Imobiliárias ao portador serão transferidas pela tradição. 
As Letras Imobiliárias nominativas serão transferidas: 
a) pela averbação do nome do adquirente do Livro de Registro e no próprio 
certificado, efetuada pelo emitente ou pela emissão de novo certificado em nome 
do adquirente, inscrito no Livro de Registro; 
b) mediante endosso em preto no próprio título, datado e assinado pelo 
endossante. 
 
191. O que deve fazer aquele que pedir a averbação da letra em favor 
de terceiro? 
R. Deverá provar perante o emitente sua identidade e o poder de dispor da 
letra. 
 
 
 
 46 
192. O que deve fazer aquele que pedir a emissão de novo certificado 
de Letra Imobiliária? 
R. Em nome desse deverá provar perante o emitente sua identidade e o 
poder de dispor da letra. 
 
193. É aceita a transferência da Letra Imobiliárias mediante endosso? 
Explique. 
R. Sim é, mas esta não terá eficácia perante o emitente enquanto não for 
feita a averbação no Livro de Registro e no próprio título, mas o endossatário que 
demonstrar ser possuidor do título com base em série contínua de endossos tem 
direito a obter a averbação da transferência ou a emissão de novo título em seu 
nome ou no nome que indicar. 
 
194. Quando é que produzem efeitos perante o emitente os direitos 
constituídos sobre as Letras Imobiliárias nominativas? 
R. Somente produzem efeitos depois de anotadas no Livro de Registro. 
 
CÉDULA HIPOTECÁRIA 
 
195. O que é Cédula Hipotecária? 
R. Cédula Hipotecária é um título causal, trata-se de uma promessa de 
pagamento real de hipoteca, representando um crédito hipotecário. 
 
 
 
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196. Quem pode emitir a Cédula Hipotecária? 
R. A Cédula Hipotecária é emitida pelos bancos de Investimentos, pela 
Caixa Econômica Federal, Instituições Financeiras em geral e Companhias de 
Seguro. 
 
197. Quais os requisitos essenciais das Cédulas Hipotecárias? 
R. São requisitos essenciais da Cédula Hipotecária: 
No anverso: 
a) nome, qualificação e endereço do emitente e do devedor; 
b) número e série da Cédula Hipotecária, com indicação da parcela ou 
totalidade do crédito que represente; 
c) número, data, livro e folhas do Registro geral de imóveis em que foi 
inscrita a hipoteca e averbada a Cédula Hipotecária; 
d) individualização do imóvel dado em garantia; 
e) o valor de Cédula, juros convencionados e a multa estipulada ´para o 
caso de inadimplemento; 
f) o número de ordem da prestação a que corresponder a Cédula 
Hipotecária, quando houver; 
g) a data do vencimento da Cédula Hipotecária ou quando representativa 
de várias prestações, os seus vencimentos de amortização e juros; 
h) a autenticação feita ao oficial do registro geral de imóveis; 
i) a data da emissão, e as assinaturas do emitente, com a promessa de 
pagamento do devedor; 
j) o lugar do pagamento do principal, juros, seguros e taxas. 
 
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No verso: 
a) data ou datas de transferência por endosso; 
b) nome, assinatura e endereço do endossante; 
c) nome, qualificação, endereço e assinatura do endossatário; 
 d) as condições do endosso; 
 e) a designação do agente recebedor e sua comissão. 
 
198. A Cédula Hipotecária poderá ser ao portador? 
R. Não, somente se admite Cédulas Hipotecárias nominativas, isto por 
tratar-se de um título de crédito peculiar, cujo funcionamento se reflete sobre o 
imóvel hipotecado. 
 
199. Como pode ser transferida a Cédula Hipotecária? 
R. A Cédula Hipotecária somente poderá ser transferida através de 
endosso em preto, no qual será mencionado o nome do endossatário. 
 
200. A Cédula Hipotecária admite outorga uxória? 
R. Não, na emissão e no endosso em preto é dispensável a outorga uxória. 
 
201. Como se prova o pagamento da Cédula Hipotecária? 
R. O pagamento se prova através da restituição ao devedor, da Cédula 
Hipotecária quitada, ou na falta da mesma, por outros meios admitidos em lei. 
 
 
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202. Qual a responsabilidade do emitente, endossante ou 
endossatário que receber o pagamento daCédula Hipotecária e não restituí-
la ao devedor? 
R. O emitente, endossante ou endossatário da Cédula Hipotecária que 
receber seu pagamento sem restituí-la ao devedor, permanece responsável por 
todas as conseqüências de sua permanência em circulação. 
 
CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO 
 
203. Qual o conceito de Certificado de Depósito Bancário? 
R. Certificado de Depósito bancário é uma promessa de pagamento à 
ordem da importância do depósito, acrescida do valor da correção e dos juros 
convencionado. 
 
204. Qual o diploma legal específico que dispõe sobre o Certificado de 
Depósito Bancário? 
R. É a Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1.965, regulamentada pela 
Resolução nº 105 do Banco Central.. 
 
205. Por que o Certificado de Depósito Bancário é considerado título 
de crédito? 
R. O tratamento legal dispensado a esse documento, que o faz seguir as 
regras da nota promissória, e a circulabilidade, mediante endosso, permitem que 
se classifique o Certificado de Depósito Bancário como título de crédito. 
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206. Quais os requisitos essenciais , obrigatórios por lei, do 
Certificado de Depósito Bancário? 
R. Devem constar: 
a) a denominação Certificado de Depósito bancário; 
b) nome da instituição financeira emitente; 
c) assinaturas dos representantes da instituição; 
d) local e data de emissão; 
e) valor nominal da importância depositada; 
f) data da exigibilidade; 
g) taxa de juros convencionada; 
h) nome e qualificação do depositante; 
i) local do pagamento do depósito e dos juros; 
j) cláusula de correção monetária, se houver. 
 
207. Por quem são emitidos os Certificados de Depósito Bancário? 
R. Os Certificados de Depósito Bancário são emitidos pelas Instituições 
Financeiras, Bancos de Investimento, Banco Comercial e Banco Múltiplo. 
 
208. Qual o prazo de emissão dos Certificados de Depósito Bancário? 
R. O mercado varia com títulos emitidos, com prazo mínimo de 30 (trinta) a 
60 (sessenta) dias, com uma taxa devidamente regulada dia a dia. 
 
 
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209. Qual a diferença entre os títulos pré-fixado e pós-fixado? 
R. Pré-fixados, tem o prazo mínimo de 30 (trinta) dias, e a taxa ficará 
estabelecida pela Instituição financeira. 
Pós-fixado, tem o prazo mínimo de 60 dias, e a taxa não é estabelecida. 
 
210. O que significa “spread”? 
R. O “Spread” é uma figura muito conhecida no mercado financeiro, vem a 
ser a diferença entra a taxa de capitalização e a taxa de aplicação, onde todo o 
risco e custo estão embutidos na operação. 
 
211. De que espécies podem ser os Certificados de Depósito 
Bancário? 
R. Os Certificados de Depósito Bancário podem, ser simples ou em 
garantia. 
 
212. Como operam as Instituições Financeiras com o Certificado de 
Depósito Bancário simples? 
R. Ao receberem depósitos a prazo fixo, com cláusula de correção 
monetária, de pessoas físicas ou jurídicas, as instituições financeiras, sujeitas _a 
autorização e fiscalização do Banco Central, emitirão certificados, que conferem 
aos depositantes crédito contra o emitente. 
 
 
 
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213. Como operam as Instituições Financeiras com o Certificado de 
Depósito Bancário em garantia? 
R. Os Certificados de Depósito bancário em garantia são de emissão 
privativa dos bancos de investimentos, desde que autorizados pelo Banco 
Central, e sujeitos à disciplina da CVM, pois são fundados em ações 
preferenciais, obrigações, debêntures e títulos cambiais emitidos por sociedades 
interessadas em negocia-los em mercados externos ou no País, segundo a lei. Os 
três primeiros são regulados pela Lei nº 6.404/76, que revoga, quanto a eles, os 
artigos correspondentes da Lei nº 4.728/65. 
 
214. Como são transferidos os Certificados de Depósito Bancário? 
R. Transferem-se pelo endosso, devendo ser datados e firmados pelo 
titular. Devem constar deles o nome e qualificação do endossatário. A 
responsabilidade do endossante limita-se à existência do crédito, por cujo 
pagamento responde o banco depositário.

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