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W 1 CUSTOS E INDU

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WEB AULA 1 
Unidade 1 – ORIGEM, EVOLUÇÃO E TERMINOLOGIA 
APLICÁVEL A CONTABILIDADE DE CUSTOS1 
APRESENTAÇÃO 
Olá, seja bem vindo ao 5º módulo do nosso curso de Ciências 
Contábeis. Sou o professor Fábio e saibam que estou muito contente 
em poder estar aqui com vocês, aprofundando um pouquinho mais 
sobre este tema. 
Nesse módulo veremos todas as características ligadas a 
contabilidade aplicada ao ramo Industrial, ramo este, de grande 
importância para a economia nacional. 
 
A princípio, vamos conhecer a Disciplina de Contabilidade de Custos, 
que trará alguns conhecimentos básicos necessários para um 
desenvolvimento harmônico ao longo deste módulo. 
 
A Contabilidade de Custos é vista atualmente, como uma das grandes 
fornecedoras de informações para o processo decisório, por isso, 
conhecê-la e dominá-la é um fator muito importante para o sucesso 
profissional na área contábil. 
A CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A Contabilidade de Custos é um dos ramos de 
aplicação da Contabilidade, sendo esta comumente 
aplicada nas empresas industriais, no entanto, na 
atualidade, nota-se também a utilização da 
Contabilidade de Custos em empresas prestadoras de 
serviços e comerciais, devido a esta fornecer 
informações valiosas ao processo decisório. 
 
Para adentrarmos a este novo segmento dentro da 
contabilidade, é importante conhecermos sua origem, 
afinal de onde vem a Contabilidade de Custos? Será 
que ela surgiu junto com a Contabilidade no século 
XV ou será que ela se apresentou como uma 
evolução da Contabilidade? 
 
 
ORIGEM DA CONTABILIDADE DE CUSTO 
A Contabilidade de Custos surgiu a partir da Revolução Industrial, no 
século XVIII, onde até então a Contabilidade existente satisfazia as 
necessidades dos empresários da época, uma vez que a 
determinação do quanto custava uma mercadoria era de fácil 
determinação 
ORIGEM DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
A Contabilidade de Custos surgiu a partir da Revolução Industrial, no 
século XVIII, onde até então a Contabilidade existente satisfazia as 
necessidades dos empresários da época, uma vez que a 
determinação do quanto custava uma mercadoria era de fácil 
determinação. 
Se o empresário comprasse um tecido e pagasse por ele o total de 
$50,00, esse seria o custo, portanto deveria vender este tecido no 
mínimo, pelo mesmo valor, para não incorrer em prejuízo. Portanto, 
a determinação do quanto custou uma mercadoria era de fácil 
mensuração, uma vez que o valor era objetivo e sem nenhum tipo de 
arbitrariedade em sua composição. 
Antes da Revolução Industrial, as produções eram todas realizadas 
manualmente, em pequenas quantidades e normalmente nas próprias 
residências familiares. 
 
Com o advento da revolução industrial, os 
processos de produção passaram a ser 
mecanizados, produzindo em grande 
quantidades produtos padronizados, fazendo 
uso de enormes estruturas industriais, com 
máquinas e equipamentos que agilizavam o 
processo produtivo. 
 
A partir daí viu-se o surgimento de uma nova 
necessidade contábil, a de determinar o quanto 
custava cada unidade produzida, uma vez que 
agora esse custo já não era tão facilmente 
obtido, como na era comercial. 
 
Assim, a mensuração do custo do produto produzido, exigiu da 
contabilidade uma evolução, o que acabou por incorrer no surgimento 
da Contabilidade de Custos, que surgiu nessa época visando 
satisfazer essa necessidade da sociedade empresarial. 
Trocando em miúdos... Por que na era comercial era 
mais fácil determinar o custo? 
Bom, para simplificar, vamos imaginar a seguinte situação: 
Você é um vendedor de tecidos, e faz disso sua atividade 
principal. 
Em determinado momento você adquire um lote de tecidos 
por $50,00 o metro. 
No mesmo dia um de seus clientes deseja comprar alguns 
metros de tecido, você então pensa: 
Bom, é fácil! Se paguei $50,00, posso vender para ele por 
$80,00 o metro e assim obter o lucro de $30,00 por metro.” 
O raciocínio está correto, uma vez que você apenas comprou 
o tecido e o revendeu. 
No entanto, pensemos em uma fábrica de roupas, que 
fabrique blusas, e utilizou esse mesmo tecido, pagando o 
mesmo preço ($50,00) para fazer sua produção, então você 
pensará da seguinte maneira: 
“Paguei $50,00 pelo tecido, mas não posso vender só pelo 
custo do tecido, a mão-de-obra dos funcionários dos vários 
departamentos (corte, costura, acabamento, etc.) deve 
também ser levado em conta, tem ainda os gastos com linha 
e botão para confeccionar a blusa, então também devo 
considerar isso no custo, porém os equipamentos (máquina de 
costurar, etc...) que foram utilizados também se desgastaram, 
e devo considerar esse desgaste, e tem mais a energia 
elétrica, e tem o aluguel do prédio, e agora? Como faço pra 
determinar o quanto custou essa blusa? por quanto vender?” 
E assim, a partir desta necessidade surgia a Contabilidade de 
Custos. 
Se antes a preocupação era somente o quanto foi pago pelo 
tecido, agora, essa simplicidade já não era adequada, uma 
vez que ocorreram outros gastos na produção para deixar o 
produto completamente pronto e estes também deveriam ser 
considerados na determinação do custo 
 
CONTABILIDADE DE CUSTOS COMO UMA IMPORTANTE 
FERRAMENTA PARA A GESTÃO EMPRESARIAL 
A partir do surgimento da Contabilidade de Custos, as empresas 
começaram a notar sua importância como ferramenta da gestão, uma 
vez que ela auxiliava com o fornecimento de informações importantes 
para tomar decisões de por quanto vender?, quanto custou o 
produto?, qual fator do processo produtivo está encarecendo o 
produto?, etc... 
Nota-se a partir daí que a Contabilidade de Custos estaria trazendo 
importantes informações para a gestão, se eu soubesse o quanto 
custava cada produto, e como era composto seu custo, eu poderia 
atuar com mais êxito na busca por redução dos custos de produção. 
Se eu descobrisse que estava gastando mais com o preço da matéria-
prima, poderia tentar uma negociação com o fornecedor, se o 
problema fosse mão-de-obra ou linha de produção, poderia tentar 
substituir as máquinas antigas por máquinas mais modernas, ou 
implantar novas linhas automatizadas, visando diminuir a 
necessidade de mão-de-obra. 
Portanto, a Contabilidade de Custos demonstrou-se como uma 
ferramenta essencial a gestão empresarial. O que no início surgiu só 
para mensurar o quanto custava um produto, passava então a ser 
uma das mais importantes ferramentas para a gestão industrial. 
Para se ter uma idéia da importância da Contabilidade de Custos 
assista ao vídeo abaixo, onde um Gerente Executivo esclarece sobre 
o Controle de Custos e sua importância para determinar o preço de 
venda e lucratividade da empresa. 
Gestão e Negócios 
 
Desta forma, devemos nos conscientizar que o controle de custos é 
fator fundamental para a sobrevivência da empresa no mercado, uma 
vez que este impacta diretamente no lucro da empresa. 
Para averiguar os resultados advindos de um adequado controle e 
análise de custos, assista o vídeo abaixo, que demonstra o sucesso 
da implantação em um Supermercado. 
 
https://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=IeALX3Pcosw 
Assim, podemos verificar que a Contabilidade de Custos, é uma 
importante ferramenta para a gestão empresarial, não só para as 
entidades industriais, mas também para empresas comerciais e 
prestadoras de serviços. 
TERMINOLOGIA APLICADA A CONTABILIDADE DE CUSTOS 
A contabilidade de custos utiliza-se de termos simples, não muito 
distantes de nossa realidade cotidiana, porém, que atribui a cada 
termo um sentido e uma definição específica, sendo que para um 
profissional de outra área que não a contábil, pode ver „custo‟ e 
„despesa‟ como coisas iguais. No entanto,aprenderemos aqui que 
para a contabilidade de custos, são termos que fazem referência a 
gastos diferentes. 
Como nomenclaturas comumente utilizados na Contabilidade de 
Custos, temos as seguintes: gasto, custo, despesa, perda, 
desembolso e investimento. 
Gasto – Gasto é representado por toda e qualquer aquisição 
de bem ou serviço que a empresa faça, sendo assim, tem-se 
gastos com: luz, água, mão-de-obra, compra de matérias-primas, 
entre outros. Esses gastos podem ocorrer não só na produção, mas 
também na área administrativa e de vendas, como gastos com 
assinatura de jornais ou gastos com compra de imobilizado. O termo 
gasto é um termo bem genérico, podendo ser atribuído a toda e 
qualquer aquisição realizada pela empresa. 
Custo – Custo é todo gasto incorrido na produção de um bem 
ou na prestação de um serviço. Sendo assim, todo bem ou serviço 
que for consumido para gerar um novo bem ou serviço será custo. 
Como exemplo de custos tem-se o consumo de matéria-prima na 
produção, salários dos funcionários da fábrica, depreciação, aluguel, 
energia elétrica utilizada na fábrica, consumo de água entre outros. 
Exemplo: na produção de café em pó, temos como matéria prima o 
café em grão, que entra no processo produtivo e depois de 
industrializado se torna o café em pó, assim, o café em grão 
(matéria-prima) é CUSTO na produção de café em pó. 
Será que entendi professora? 
Então Custo será tudo aquilo que estiver relacionado com o 
processo produtivo? 
Sim, isso mesmo, todos os gastos que estiverem relacionados 
com o processo produtivo, serão tratados como custo. 
Imagine que você compre trigo para fazer farinha, esse trigo 
será CUSTO, porque ele está relacionado diretamente com o 
processo produtivo, ele é a matéria prima que será utilizada 
para produzir a farinha. 
E a mão de obra que for utilizada na área de produção da 
farinha, também será CUSTO. 
 
 
 
O TRIGO É CUSTO NA PRODUÇÃO DE FARINHA 
Despesa – Bem ou serviço consumido para a obtenção de 
receitas. As despesas são gastos que a empresa incorre, buscando 
obter receitas. 
Exemplos: consumo de energia elétrica nos departamentos de vendas 
e administrativos, depreciação dos móveis e equipamentos dos 
departamentos de vendas e administrativos, conta de telefone dos 
departamentos de vendas e administrativos, conta de telefone da 
diretoria, propaganda, etc. 
Perda – Consumo de bem ou serviço de 
forma involuntária (sem que a empresa 
desejasse). São gastos que a empresa incorre, 
porém, tem características de anormalidade ou 
involuntariedade, ou seja, aconteceu sem a 
empresa desejar ou sem que pudesse prever. 
 
Exemplo: destruição do estoque por incêndio ou 
enchente, incêndio na empresa, entre outros. 
 
Desembolso – É o pagamento pela aquisição 
de bem ou serviço. O desembolso representa a 
saída de dinheiro da empresa através do 
pagamento, sendo assim, essa saída pode ocorrer 
antes, durante ou depois do bem já entregue ou 
do serviço já prestado. 
Investimento – São gastos que a empresa incorre visando por 
meio deles obter benefícios nos períodos futuros. São as 
aquisições de bens ou serviços que são registrados no ativo da 
empresa. Investimento é todo gasto pela aquisição de produtos ou 
serviços que trarão benefícios à empresa, podendo ser por um longo 
período, como a compra de um imóvel, que beneficiará a empresa 
por muito tempo ou por um curto período, como a compra de 
estoque. 
COMPONENTES DO CUSTO 
Os Custos de Produção são divididos em 3 categorias: 
 
MATÉRIA PRIMA: São os materiais incorporados ao produto final. 
As matérias-primas correspondem a qualquer tipo de material usado 
no produto final. 
 
MÃO-DE-OBRA: São os gastos com os salários dos funcionários da 
fábrica. 
 
Podemos classificar a mão-de-obra em direta e indireta, sendo direta 
aquela que está diretamente relacionada ao processo produtivo, ou 
seja, a dos funcionários que atuam sobre o produto. E indireta a 
mão-de-obra de funcionários supervisores, carregadores de 
materiais, seguranças, etc, sendo que são funcionários que não se 
pode definir com exatidão o quanto contribuíram para cada produto. 
 
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO (CIF´s): Incluem todos os 
custos exceto matéria-prima direta e mão-de-obra direta. Os custos 
gerais de produção abrangem itens, tais como manutenção, reparo 
de equipamentos de produção, seguro, depreciação, etc. 
CLASSIFICAÇÕES DE CUSTO 
CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS 
 Após definidas as terminologias a serem utilizadas na contabilidade 
de custos, vamos classificar agora os tipos de custos. A primeira 
classificação que se tem dos custos é em direto e indireto. 
 
Custos Diretos – São aqueles que podem ser diretamente 
apropriados aos produtos, bastando apenas que se tenha uma 
unidade de medida de consumo, como Kg de matéria-prima por 
produto, unidades de embalagem utilizada no produto, horas de mão-
de-obra gastas no produto, etc. 
 
A matéria-prima é um custo direto por ser possível alocar 
eficientemente seus gastos em cada produto, ou seja, pode-se avaliar 
o quanto de matéria-prima foi utilizada em cada unidade de produto. 
 
 
Custos indiretos – Não oferecem condição de uma medida 
objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de 
maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como custos com 
supervisão, chefias, aluguel da fábrica). Os salários da supervisão, 
assim como os de chefe de equipe são de difícil alocação para cada 
produto, sendo assim, classificados como custos indiretos. 
 
Será que entendi Professor? 
 
Os custos diretos podem ser alocados diretamente aos 
produtos e os indiretos devem utilizar algum critério de 
rateio? 
Exatamente, os gastos com custos diretos são alocados diretamente 
ao produto produzido, por exemplo se gastarmos matéria prima na 
Produção de 4 tipos de produto (A, B, C e D), saberemos de acordo 
com as requisições de matéria prima o quanto foi gasto em cada 
produto. Vamos supor que foram gastos em um mês 10.000kg de 
matéria-prima, sabendo-se que cada kg custou para a empresa 
$1,00, e que as quantidades aplicadas nos produtos foram as 
seguintes: 
 
PRODUTO 
QTD. M.P. $/kg TOTAL 
A 2.000 kg $1,00/KG $2.000,00 
B 3.000 kg $1,00/KG $3.000,00 
C 4.000 kg $1,00/KG $4.000,00 
D 1.000 kg $1,00/KG $1.000,00 
TOTAL 10.000 kg - $10.000,00 
Desta maneira, poderemos alocar a cada produto, o quanto cada um 
realmente gastou da matéria prima. Isso só é possível, porque temos 
uma medida objetiva (quantidade de quilos gastos por produto). 
 
Já os gastos com supervisão da fábrica, não podem ser alocados 
diretamente aos produtos, pois não se sabe exatamente quanto 
tempo de supervisão foi gasto em cada produto, por isso, escolhe-se 
um critério de rateio para apropriar os custos indiretos aos 4 
produtos. 
 
Desta forma, vamos supor que tivemos em determinado período 
gastos de $2.000,00 com supervisão de produção, desta maneira, 
nos resta agora alocar esses $2.000,00 aos 4 produtos através de 
algum critério de rateio. Para simplificar, vamos utilizar o rateio por 
quantidade de produtos, assim, faremos a divisão dos $2.000,00 
pelos 4 produtos, dando a cada produto valores iguais de rateio dos 
gastos de supervisão. Assim, ao dividirmos $2.000,00 pelos 4 
produtos teremos a alocação de $500,00 para cada produto. 
 
 
Ao final teremos o seguinte resultado: 
PRODUTO 
CUSTO 
DIRETOMAT. 
PRIMA 
CUSTO 
INDIRETOSUPERVISÃO 
CUSTO 
TOTAL DE 
CADA 
PRODUTO 
A $2.000,00 $500,00 $2.500,00 
B $3.000,00 $500,00 $3.500,00 
C $4.000,00 $500,00 $4.500,00 
D $1.000,00 $500,00 $1.500,00 
TOTAL $10.000,00 $2.000,00 $12.000,00 
Assim, o Produto A custou para a empresa $2.500,00, o ProdutoB 
$3.500,00, o Produto C $4.500,00 e o Produto D $1.500,00. 
 
CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS 
Além de serem classificados em diretos e indiretos os custos podem 
ser classificados também em fixos e variáveis. 
 
Custos Fixos: são os custos que não variam no período 
independentemente da quantidade produzida. Estes custos têm 
natureza fixa, ou seja, será sempre o mesmo valor se a indústria 
produzir 100 ou 1.000 unidades. O aluguel é um exemplo de custo 
fixo, uma vez que seu valor é fixado por mês, todo mês a empresa 
pagará de aluguel uma determinada quantia, independente da 
quantidade de produtos que esta fabrique. 
 
Custos Variáveis: são os custos que guardam relação direta com a 
quantidade produzida. Assim, estes custos variam de acordo com a 
variação na produção, quando a produção aumenta os custos 
variáveis aumentam, quando a produção diminui os custos variáveis 
também diminuem. 
 
Vamos imaginar na seguinte situação, nossa fábrica de garrafas 
plásticas paga de aluguel todo mês $10.000,00 e gasta $0,20 de 
matéria prima para a produção de cada garrafa. 
 
Pensando que no 1º mês produzimos 100.000 garrafas, nossos 
custos serão os seguintes: 
 
CUSTOS FIXOS (Aluguel): $10.000,00 
CUSTOS VARIÁVEIS (Matéria Prima): 
($0,20 x 100.000 garrafas) 
$20.000,00 
CUSTO TOTAL $30.000,00 
Quantidade Produzida (em unid.) 100.000 
Custo Unitário por garrafa $0,30 
Supondo agora que no 2º mês foram produzidas 500.000 garrafas, 
mantendo-se os mesmos custos, teremos os seguintes resultados: 
 
CUSTOS FIXOS (Aluguel): $10.000,00 
CUSTOS VARIÁVEIS (Matéria 
Prima):($0,20 x 100.000 
garrafas) 
$100.000,00 
CUSTO TOTAL $110.000,00 
Quantidade Produzida (em unid.) 500.000 
Custo Unitário por garrafa $0,22 
Podemos notar, que com o aumento da quantidade produzida, o 
custo da Matéria Prima (custo variável) aumentou, no entanto o custo 
do aluguel (custo fixo) não se alterou. 
PARTICIPE DO FÓRUM 
Agora que você aprendeu sobre os Custos Diretos e 
Indiretos, Fixos e Variáveis, vá até o Fórum e faça seu 
comentário. 
Sua participação no Fórum é muito importante para 
podermos ampliar nossas discussões e 
consequentemente nossos aprendizados. 
 ESQUEMA BÁSICO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS 
Após a definição das nomenclaturas e classificações dos custos, agora 
vamos começar a aprender como efetivamente apurar o custo 
do produto. 
 
Vamos acompanhar nossa empresa “Brasil” que produz 3 tipos de 
produtos (PX, PY e PW) e em determinado período teve os seguintes 
gastos: 
Item $ 
Matéria-prima consumida 540.000,00 
Material de consumo (escritório da 
administração) 15.000,00 
Comissão de vendedores 45.000,00 
Salários dos funcionários da administração 50.000,00 
Depreciação dos equipamentos da fábrica 90.000,00 
Fretes na entrega dos produtos 30.000,00 
Salários dos funcionários da fábrica (mão-
de-obra) 250.000,00 
Energia elétrica consumida na fábrica 85.000,00 
Seguros da fábrica 10.000,00 
Depreciação dos computadores 
(administração) 25.000,00 
TOTAL 
 
1.140.000,00 
Nosso 1º passo será exercer agora nosso aprendizado de classificação 
dos custos, portanto primeiramente vamos dividir os gastos listados 
em Custos de Produção, Despesas Administrativas e Despesas de 
Vendas. 
 
Custos de Produção $ 
Matéria-prima consumida 
 
540.000,00 
Depreciação dos equipamentos da fábrica 
 
90.000,00 
Salários dos funcionários da fábrica (mão-
de-obra) 
 
250.000,00 
Energia elétrica consumida na fábrica 
 
85.000,00 
Seguros da fábrica 
 
10.000,00 
TOTAL 
 
975.000,00 
 
Despesas Administrativas $ 
Material de consumo (escritório da 
administração) 
 
15.000,00 
 Salários dos funcionários da administração 
 
50.000,00 
 Depreciação dos computadores 
(administração) 
 
25.000,00 
TOTAL 
 
90.000,00 
 
Despesas de Venda $ 
 Comissão de vendedores 
 
45.000,00 
 Fretes na entrega dos produtos 
 
30.000,00 
TOTAL 
 
75.000,00 
Para desenvolver nossa Contabilidade de Custos, nos atentaremos 
abaixo somente a utilização dos Custos de Produção, sendo que as 
despesas Administrativas e de Vendas têm o mesmo tratamento 
contábil que têm na empresa comercial, sendo alocados no Resultado 
na DRE abaixo do Lucro Bruto. 
Após identificarmos quais foram os nossos Custos de Produção, 
precisamos agora apropriar os Custos Diretos. Lembrando que já 
aprendemos que Custo Direto são aqueles que podemos apropriar 
diretamente aos produtos, ou seja, sabemos o quanto daquele custo 
(exemplo: matéria-prima) foi gasto em cada produto. 
 
No nosso caso, os Custos Diretos são Matéria-prima e mão-de-obra 
(salários da fábrica). Em nossa indústria “Brasil”, há um controle 
rígido na requisição de matéria prima, por isso, podemos identificar 
quanto cada produto consumiu de matéria-prima, e também existe 
um controle apurado do tempo gasto dos funcionários da produção 
em cada linha de elaboração dos produtos PX, PY e PW, assim, temos 
a informação de quanto desses gastos cada produto consumiu. Desta 
forma, teremos os seguintes resultados: 
 
CUSTOS 
DIRETOS 
PX PY PW TOTAL 
Matéria-
prima 
consumida 
 
162.000,00 
 
135.000,00 
 243.000,00 540.000,00 
Salários dos 
funcionários 
da fábrica 
(mão-de-
obra) 
 
125.000,00 
 
50.000,00 
 75.000,00 250.000,00 
TOTAL DE 
CUSTOS 
DIRETOS 
EM CADA 
PRODUTO 
 
287.000,00 
 
185.000,00 
 318.000,00 790.000,00 
Assim, já temos o quanto cada produto consumiu até o presente 
momento de Custos Indiretos, ou seja, até agora o produto PX já 
gastou $287.000,00, o produto PY gastou $185.000,00 e o PW 
$318.000,00. 
 
Agora já alocados os custos diretos, vamos à alocação dos custos 
indiretos: 
 
CUSTOS INDIRETOS $ 
Depreciação dos equipamentos da 
fábrica 90.000,00 
Energia elétrica consumida na 
fábrica 85.000,00 
Seguros da fábrica 10.000,00 
TOTAL 185.000,00 
Como já vimos anteriormente, os Custos Indiretos são aqueles que 
não podemos identificar exatamente o quanto foi gasto em cada 
produto. 
 
Assim, para conseguirmos apropriar os Custos Indiretos aos produtos 
devemos utilizar algum critério de rateio. 
 
Lembrando que de uma maneira ou outra, os critérios de rateio serão 
sempre arbitrários, mas devemos escolher o critério que seja ao 
nosso ver o mais justo possível, aquele que representaria com mais 
fidelidade a realidade daquele gasto. 
Nada impede que eu utilize um critério de rateio para cada custo 
indireto, isso é perfeitamente possível. Por exemplo, para a 
Depreciação dos equipamentos da fábrica, posso utilizar como base 
de rateio os gastos com matéria-prima e para os seguros da fábrica 
utilizar o critério de gastos com mão-de-obra. 
 
No entanto, visando simplificar nosso exercício, vamos adotar aqui o 
critério de rateio baseado nos gastos com matéria-prima. Assim, os 
Custos Indiretos serão alocados aos produtos na mesma proporção 
que os gastos com matéria-prima. 
 
CUSTOS 
DIRETOS 
 PX PY PW TOTAL 
Matéria-
prima 
consumida $ 162.000,00 135.000,00 
243.000,00 
 540.000,00 
Percentual 
de gasto 
de M.P. 
em cada 
Produto 
% 30% 25% 45% 100% 
Agora, sabendo qual o percentual de aplicação de matéria-prima em 
cada produto, vamos fazer o rateio dos custos indiretos utilizando 
essa mesma proporção para cada produto. 
 
RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS 
PRODUTOS PX PY PW TOTAL 
% de alocação 
em cada 
produto 
30% 25% 45% 100% 
Depreciação27.000,00 22.500,00 40.500,00 90.000,00 
dos 
equipamentos 
da fábrica 
Energia elétrica 
consumida na 
fábrica 
25.500,00 21.250,00 38.250,00 85.000,00 
Seguros da 
fábrica 
3.000,00 2.500,00 4.500,00 10.000,00 
TOTAL DOS 
CUSTOS 
INDIRETOS 
POR PRODUTO 
55.500,00 46.250,00 83.250,00 185.000,00 
De posse das informações dos custos indiretos já podemos agora 
saber quanto custa cada produto elaborado pela empresa “Brasil”. 
 
PRODUTOS 
PX PY PW TOTAL 
CUSTOS 
DIRETOS 
287.000,00 185.000,00 318.000,00 790.000,00 
CUSTO 
INDIRETOS 
55.500,00 46.250,00 83.250,00 185.000,00 
CUSTO DE 
PRODUÇÃO 
DE CADA 
PRODUTO 
342.500,00 231.250,00 401.250,00 975.000,00 
Assim, podemos identificar o quanto cada produto efetivamente 
custou para a empresa. O produto PX custou $342.500,00, o PY 
custou $231.250,00 e o PW custou $401.250,00. 
Esse são os valores que a empresa gastou para industrializar os 
produtos, esses valores serão lançados na conta Estoque de Produtos 
(Ativo Circulante) da empresa Brasil. E no momento da venda, serão 
lançados na DRE como “Custo dos Produtos Vendidos”. 
 
WEB AULA 2 
Unidade 2 – Produtos Acabados e em Elaboração 
 
PRODUTOS ACABADOS E EM ELABORAÇÃO 
As produções de cada tipo de indústria guardam consigo suas 
características peculiares, entre elas, a quantidade produzida em 
cada período. Temos fábricas como as de bolacha e produtos 
alimentícios, que em um único dia podem elaborar milhares de 
produtos, que serão repassados aos clientes ou revendedores. 
 
Já outras indústrias podem ser que o processo de elaboração do 
produto seja mais trabalhoso e consequentemente mais demorado, 
por exemplo uma indústria de embarcações. 
 
No entanto, em ambos os casos pode ocorrer de ao final de um 
período (mês, ano) restarem produtos que ainda estão em 
elaboração, ou seja, não estão completamente prontos ou acabados. 
A estes produtos que ainda não estão 100% prontos, é atribuído o 
nome de Produtos em Processo ou Produtos em Elaboração, e são 
comumente vistos em Balanços Patrimoniais nas contas de estoques. 
 
Por outro lado, os produtos que estão 100% concluídos, prontos para 
serem comercializados são chamados de Produtos Acabados. 
 
Contudo, ao longo de um período, temos diversos gastos para 
elaborar a produção (matéria-prima, mão-de-obra, CIF´s) e todos 
estes gastos serão alocados aos produtos produzidos no período. 
Caso todos os produtos estejam totalmente acabados no final do 
período, o processo será simples, bastará apenas que efetuemos uma 
soma de todas os custos do período (MP, MOD e CIF´s) e dividimos 
pela quantidade produzida. 
 
Assim, poderemos identificar o custo unitário de cada produto 
acabado. 
 
Exemplificando, caso nesse período nossa empresa tenha incorrido 
nos seguintes gastos: 
 
 
 
Item 
 
$ 
 
Matéria-prima (MP) 
 
 51.000,00 
 
Mão-de-obra Direta (MOD) 
 
 40.000,00 
 
Custos Indiretos de Fabricação (CIF´s) 
 
 19.000,00 
 
Total dos Custos de Produção do Período 
 
 110.000,00 
 
E supondo que foram produzidas no período 11.000 unidades, e que 
todas estas unidades foram totalmente elaboradas, ficando portanto 
100% prontas. Então encontraremos o custo do Produto Acabado a 
partir da simples divisão do total gasto pela quantidade produzida. 
 
 
 
Total dos Custos de 
Produção do Período 
 
 $110.000,00 
 
 
 
 ÷ 
 
Quantidade Produzida e 
Acabada no Período 
 
 11.000,00 
 
 
 
 
 
Custo Unitário do Produto 
Acabado 
 
 $10,00 
 
Desta forma, facilmente encontraríamos o Custo de cada 
unidade acabada. 
Porém, vamos supor que ao final do período nem todas as unidades 
tenham ficado 100% acabadas, e ainda restem produtos que estão 
sendo industrializados no final do período. Supondo que dessas 
11.000 unidades iniciadas no período, somente 9.000 unidades estão 
completamente acabadas, sendo que as outras 2.000 estão 50% 
elaboradas, faltando, portanto complementar a produção. 
• Diante desta situação, como deveremos 
proceder??? 
• Quanto deveremos atribuir dos custos às 
unidades acabadas? 
• E para as unidades em processo deveremos 
atribuir algum custo? 
• Será que devemos atribuir os valores de 
custo somente aos produtos totalmente 
acabados? 
 
Para resolvermos essas questões, vamos analisar primeiramente a 
situação que estamos acompanhando. 
Primeiro, é importante destacar que os produtos acabados recebem 
100% dos materiais, mão-de-obra e dos CIF's necessários para 
ficarem totalmente acabados, é por isso que estão prontos. 
No entanto, os produtos que ainda permanecem em processo ainda 
não receberão todos os gastos necessários para estarem 
completamente prontos. Porém, tanto os produtos acabados como os 
produtos em elaboração receberam recursos, porém os acabados em 
maior quantidade. 
Para calcularmos o 
EQUIVALENTE DE PRODUÇÃO, 
vamos começar pelos produtos 
acabados, como estes foram 
totalmente produzidos, entraram 
no cálculo pela sua quantidade 
total, ou seja, pelas 9.000 
unidades que foram totalmente 
produzidas. 
Trocando em Miúdos... 
Professor, o que é Equivalente 
de Produção? 
Equivalente de Produção é 
definido por Martins (2003, p. 
156) como sendo: 
[...] um artifício para se poder 
calcular o custo médio por 
unidade quando existem 
Produtos em Elaboração nos 
finais de cada período; 
significa o número de unidades 
que seriam totalmente 
iniciadas e acabadas se todo 
um certo custo fosse aplicado 
só a elas, ao invés de ter sido 
usado para começar e terminar 
umas e apenas elaborar 
parcialmente outras. 
Já os produtos em elaboração, vão entrar no cálculo pela proporção 
em que foram acabadas, assim, precisamos converter 
matematicamente as unidades parcialmente elaboradas em um 
número equivalente de unidades inteiramente concluídas, e para 
fazermos isso devemos fazer uso da seguinte fórmula: 
Unidades 
Equivalentes 
= 
Número de 
unidades 
parcialmente 
concluídas 
X 
Percentual 
de 
Conclusão 
Em nosso exemplo, temos 2.000 unidades que estão 50% acabadas, 
ou seja, temos o equivalente a 1.000 unidades acabadas, conforme 
podemos verificar no cálculo abaixo. 
Unidades 
Equivalentes 
= 2.000 X 50% 
Unidades 
Equivalentes 
= 1.000 
Assim, verificamos na tabela abaixo que temos o equivalente a 
10.000 unidades produzidas. 
 
Unidades Acabadas (as unidades que foram 
totalmente acabadas. São adicionadas ao cálculo 
pela quantidade total) 
9.000 
 
Unidades em Processo (as unidades que foram 
parcialmente acabadas. Irão adicionar o cálculo 
na proporção que foram acabadas, assim 
tivemos 2.000 unidades que estão 50% 
acabadas, ou seja, se o custo incorrido nessas 
unidades fosse utilizado para iniciar e acabar 
outro lote, seria possível iniciar e acabar 1.000 
unidades.) 
 
1.000 
EQUIVALENTE TOTAL DE PRODUÇÃO 10.000 
Agora nos resta apenas dividir o total gasto no período pela 
quantidade produzida. 
Total $110.000,00 
 ÷ 
Quantidade Produzida e Acabada no Período 10.000,00 
 
Custo Unitário do Produto Acabado $11,00 
Assim, os gastos do período ($110.000,00) foram alocados no 
Balanço Patrimonial na Conta de Estoques da seguinte maneira: 
 
Produtos Acabados ($11,00 x 9.000 unidades) 99.000,00 
Produtos em Elaboração ($11,00 x 50% x 
2.000 unidades) 11.000,00 
Total 110.000,00 
Ao final deste primeiro período, teríamos então as 9.000 unidades 
prontas para serem comercializadas e que custaram à empresa 
$11,00 cada uma. 
Continuando esse exemplo, vamos supor que no 2º período,a 
empresa apresentou as seguintes informações: 
 
Custos de Produção do Período $150.000,00 
Unidades que vieram do período anterior (50% 
prontas) 2.000 unid. 
Unidades Novas Iniciadas 15.000 unid. 
Unidades que ficaram em elaboração ao final 
do período (essas unidades estão 2/3 
elaboradas) 
 3.000 unid. 
Primeiramente, vamos identificar quantas unidades foram acabadas 
ao final do período. 
Sabendo que nós tínhamos em processo 2.000 unidades, e depois 
recebemos novas 15.000 unid. E ao final do processo restaram em 
elaboração somente 3.000 unidades, podemos concluir que foram 
produzidas e acabadas o total de 14.000 unidades. Para visualizar o 
cálculo com maior clareza, analise o quadro abaixo: 
 
SALDO 
INICIAL DE 
PRODUTOS 
EM 
ELABORAÇÃO 
+ 
NOVAS 
UNIDADES 
INICIADAS - 
SALDO FINAL 
DE 
PRODUTOS 
QUE 
FICARAM EM 
ELABORAÇÃO 
= 
TOTAL DE 
UNIDADES 
ACABADAS 
2.000 15.000 3.000 14.000 
Desta forma, já podemos concluir que no período tivemos 14.000 
unidades acabadas. 
Agora, precisamos calcular o equivalente de produção, seguindo a 
mesma fórmula que fizemos no outro período, porém tomando um 
certo cuidado, porque temos um saldo inicial que só recebeu 50% pra 
ser acabado e um saldo final que foi elaborado na porção de 2/3. 
 
Assim, vamos aos cálculos: 
 
Unidades Iniciadas no período anterior que 
foram acabadas neste período (as 2.000 
unidades que iniciaram sua produção no período 
anterior e neste período receberam os 50% que 
faltavam para concluir) 
1.000 
Unidades Acabadas (as unidades que iniciaram e 
foram totalmente acabadas neste período) 
12.000 
Unidades em Processo (as unidades que foram 
parcialmente acabadas, irão adicionar o cálculo 
na proporção que foram acabadas, assim 
tivemos 3.000 unidades que estão 2/3 
acabadas, ou seja, se o custo incorrido nessas 
unidades fosse utilizado para iniciar e acabar 
outro lote, seria possível iniciar e acabar 2.000 
unidades.) 
2.000 
EQUIVALENTE TOTAL DE PRODUÇÃO 15.000 
 
Determinado os equivalentes de produção, podemos agora definir 
qual o custo unitário de cada unidade acabada. 
Para definirmos o custo unitário, seguimos a mesma metodologia já 
utilizada no período anterior, onde dividimos os custos de produção 
do período ($150.000,00) pela quantidade produzida que 
encontramos de Equivalente de Produção (15.000 unidades). 
 
Total $150.000,00 
 ÷ 
Quantidade Produzida e Acabada no Período 15.000,00 
 
Custo Unitário do Produto Acabado $10,00 
Agora, nos resta considerar os valores que já foram gastos em 
períodos anteriores e que estavam estocados nos produtos em 
elaboração e somá-los aos gastos deste período. 
No nosso exemplo, temos que no início do período tínhamos um saldo 
de Produtos em elaboração de $11.000,00 (referente a 2.000 
unidades 50% já elaboradas). 
 
Unidades Iniciadas no Período 
Anterior 
2.000 unidades iniciadas no 
período anterior que já haviam 
recebidos custos neste período. $11.000,00 
 
2.000 unidades iniciadas no 
período anterior e que receberam 
no 2º período os 50% restantes 
para ficarem totalmente 
acabadas. 2.000 un. x 50% x 
$10,00 
$10.000,00 $21.000,00 
Iniciadas e acabadas no período (12.000 un. x 
$10,00) 
$120.000,00 
Estoque de Produtos em Processo (3.000 un. x 
2/3 x $10,00) 
$20.000,00 
TOTAL $161.000,00 
Esclarecimentos... 
Professor de onde surgiram os $161.000,00? 
Os $161.000,00 é o resultado dos $11.000,00 que 
estava no estoque de produtos em elaboração, no início 
do 2º período e que recebeu mais $150.000,00 dos 
custos de produção do 2º período, perfazendo assim, 
um total de $161.000,00 gastos na produção neste 2º 
período. 
 
De posse das informações da tabela acima, agora podemos identificar 
o como ficou composto a conta estoque da empresa: 
 
Produtos Acabados (14.000 unidades) $141.000,00 
Produtos em Elaboração ($10,00 x 2/3 x 3.000 
unidades) $20.000,00 
Total $161.000,00 
Obs.: as 14.000 unidades que foram acabadas neste período são 
representadas pelas 2.000 unid. iniciadas no período anterior e 
concluídas agora, e mais as 12.000 unid. iniciadas e concluídas neste 
período. E o valor de $141.000,00 como pode ser observado na 
tabela é compreendida pelos ($21.000,00 gasto para elaborar as 
2.000 unid. e mais os $120.000,00 gastos para elaborar as 12.000 
unid). 
CRITÉRIOS DE RATEIO 
CRITÉRIOS DE RATEIO 
Como podemos aprender anteriormente, os custos diretos (matéria-
prima e mão-de-obra direta) podem ser facilmente alocados aos 
produtos, afinal, sabemos o quanto cada produto consumiu de kg de 
matéria-prima ou horas de mão-de-obra direta para ser produzido. 
 
No entanto, os Custos Indiretos de Fabricação (CIF´s) já não 
apresentam essa característica de terem identificados com exatidão 
sua aplicação em cada produto, por isso, somos obrigados a recorrer 
a alguns critérios de rateio. 
 
Ao utilizarmos o critério de rateio, é importante termos em mente, 
que eles serão sempre aleatórios, portanto, guardarão sempre uma 
certa subjetividades em relação a alocação dos custos indiretos aos 
produtos. 
Contudo, devemos sempre tentar escolher o critério que cause menos 
distorções em relação ao custo que está sendo rateado. 
 
Suponhamos que uma empresa tenha seus prédios e instalações 
alugados todos em um só contrato de aluguel, e consequentemente 
terá que ratear esse custo de aluguel entre os departamentos 
administrativos, de venda e de produção. Para isso, pode ser utilizado 
como critério de rateio a área ocupada por cada departamento, 
assim, caso o valor do aluguel mensal seja de $10.000,00 e que o 
departamento administrativo ocupe uma área de 200 m², o 
departamento de vendas um área de 300m² e o departamento 
produtivo uma área de 500 m², teremos o custo de aluguel rateado 
nessa mesma proporção. Para elucidar este cálculo, acompanhe a 
tabela abaixo onde executamos o rateio do aluguel utilizando como 
critério a área total. 
 
 Administração Vendas Fábrica TOTAL 
Área (em m²) 200 300 500 1000 
Distribuição da Área (em 
%) 
20% 30% 50% 100% 
 
Valor do Aluguel 
Distribuição do Aluguel 
(em %) 
20% 30% 50% 100% 
Rateio do Aluguel (em $) 2.000,00 3.000,00 5.000,00 10.000,00 
 
Assim, será atribuído do valor do aluguel ao departamento 
administrativo $2.000,00; ao departamento de vendas $3.000,00 e à 
fábrica $5.000,00. 
 
Este critério de rateio parece ser o mais justo possível, uma vez que 
está levando em consideração a área total alugada. 
 
Porém, pode ocorrer de muitas vezes esse aluguel ser referente a um 
imóvel, que tem a sua frente localizada em uma avenida de grande 
valor comercial, e consequentemente alto valor locativo, e nos 
fundos do imóvel uma rua de pouca circulação e baixo valor locativo. 
 
Provavelmente os departamentos de administração e vendas estarão 
posicionados na parte da frente e a fábrica na parte dos fundos do 
imóvel. Em função dessa via na frente do imóvel, o valor locativo da 
frente pode ser várias vezes o valor locativo dos fundos do imóvel. 
Então se fizermos o rateio considerando somente a área ocupada, 
estaremos atribuindo o mesmo valor por m² à fábrica e à 
administração e vendas. Talvez houvesse necessidade então de se 
fazer uma ponderação baseada num valor estimado de locação de 
cada setor para se proceder a uma distribuição “menos injusta”. 
 
Portanto, cada caso de rateio deve ser analisado com cuidado para 
que possamos tentar minimizar essa subjetividade existente nos 
critérios de rateio, afinal, esse custo rateado irá compor o custo do 
produto elaborado. 
 
Para entendermos melhor o impactodos critérios de rateio dos CIF´s 
nos custos dos produtos, e para analisarmos algumas maneiras 
possíveis de efetuarmos os rateios, vamos supor que nossa empresa 
teve os seguintes gastos em determinado período: 
 
 
Produtos 
TOTAL 
Standard Plus Ultra 
Matéria-
prima 
aplicada 
em cada 
produto 
 
75.000,00 
 
45.000,00 
 
30.000,00 
 150.000,00 
Mão-de-
obra 
direta 
aplicada 
em cada 
produto 
 
22.500,00 
 
27.000,00 
 
40.500,00 
 90.000,00 
Totais 
dos 
Custos 
Diretos 
 
97.500,00 
 
72.000,00 
 
70.500,00 
 240.000,00 
 
Custos 
Indiretos 
a Ratear 
? ? ? 480.000,00 
Total ? ? ? 720.000,00 
Horas-
máquina 
utilizadas 
600 hm 1200 hm 600 hm 2400 hm 
Seguindo nosso raciocínio, vamos agora proceder ao rateio utilizando 
como base os valores gastos de mão-de-obra direta. 
b) Rateio com base em mão-de-obra direta: Utilizando o critério de 
gastos com mão-de-obra direta, teríamos os custos indiretos 
rateados da seguinte maneira: 
 
 
Produtos 
TOTAL 
Standard Plus Ultra 
Mão-de-
obra 
direta 
aplicada 
em cada 
produto 
 
22.500,00 
 
27.000,00 
 
40.500,00 
 90.000,00 
% de 
aplicação 
da mão-
de-obra 
direta 
25% 30% 45% 100% 
 
Totais 
dos 
Custos 
Indiretos 
 120.000,00 144.000,00 216.000,00 480.000,00 
% 
aplicação 
do CIF 
25% 30% 45% 100% 
Desta forma, os custos dos produtos ficariam assim dispostos: 
 
Produtos 
TOTAL 
Standard Plus Ultra 
Totais 
dos 
Custos 
Diretos 
 97.500,00 72.000,00 70.500,00 240.000,00 
Totais 
dos 
Custos 
Indiretos 
 120.000,00 144.000,00 216.000,00 480.000,00 
TOTAL 217.500,00 216.000,00 286.500,00 720.000,00 
Mudando o critério de rateio, podemos notar que mudou também a 
disposição dos produtos em relação aos custos totais, o produto Ultra 
passou a ser o produto mais caro para a empresa, custando 
$286.500,00, e o produto mais econômico passou a ser o produto 
Plus, custando $216.000,00. Situação esta totalmente inversa da 
anterior. 
Seguindo nosso raciocínio, vamos ratear agora utilizando como base 
a matéria-prima aplicada. 
c) Rateio com base na matéria-prima aplicada: faremos agora o 
rateio dos custos indiretos utilizando como base a matéria-prima 
aplicada. Desta forma, podemos notar que teremos os seguintes 
custos indiretos atribuídos a cada produto. 
 
 
Produtos 
TOTAL 
Standard Plus Ultra 
Matéria-
prima 
aplicada 
em cada 
produto 
75.000,00 45.000,00 30.000,00 150.000,00 
% de 
matéria-
prima 
aplicada 
em cada 
produto 
50% 30% 20% 100% 
 
Totais 
dos 
Custos 
Indiretos 
240.000,00 144.000,00 96.000,00 480.000,00 
% 
aplicação 
do CIF 
50% 30% 20% 100% 
Desta forma, os custos dos produtos ficariam assim dispostos: 
 
 
Produtos 
TOTAL 
Standard Plus Ultra 
Totais 
dos 
Custos 
Diretos 
 97.500,00 72.000,00 70.500,00 240.000,00 
Totais 240.000,00 144.000,00 96.000,00 480.000,00 
dos 
Custos 
Indiretos 
TOTAL 337.500,00 216.000,00 166.500,00 720.000,00 
Utilizando agora o critério de rateio por aplicação de matéria-prima, 
podemos identificar que o produto mais caro para a empresa foi o 
produto Standard e o mais econômico foi o Ultra. Notamos 
novamente que uma alteração no critério de rateio alterou 
relevantemente os custos dos produtos. 
Para finalizarmos, vamos agora demonstrar outra maneira possível de 
ratearmos os custos indiretos. 
d) Rateio com base no Custo Direto Total: anteriormente já 
executamos um rateio com base somente nos custos com matéria-
prima e somente nos custos com mão-de-obra direta, agora, iremos 
realizar o rateio baseados na soma dos Custos Diretos (matéria-prima 
+ mão-de-obra direta). Assim, chegamos aos seguintes resultados: 
 
 
Produtos 
TOTAL 
Standard Plus Ultra 
Total dos 
Custos 
Diretos 
 97.500,00 72.000,00 70.500,00 240.000,00 
% de 
aplicação 
da mão-
de-obra 
direta 
40,63% 30,00% 29,37% 100% 
 
Totais 
dos 
Custos 
Indiretos 
 195.024,00 144.000,00 140.976,00 480.000,00 
% 
aplicação 
do CIF 
40,63% 30,00% 29,37% 100% 
Desta forma, os custos dos produtos ficariam assim dispostos: 
 
Produtos 
TOTAL Standard Plus Ultra 
Totais 
dos 
Custos 97.500,00 72.000,00 70.500,00 240.000,00 
Diretos 
Totais 
dos 
Custos 
Indiretos 195.024,00 144.000,00 140.976,00 480.000,00 
TOTAL 292.524,00 216.000,00 211.476,00 720.000,00 
Assim, podemos identificar neste momento que o produto que 
carregou mais custos é o produto Standard, custando par a empresa 
$292.524,00 e o produto mais econômico foi o produto Ultra, 
custando $211.476,00. 
 
Ao longo desses 4 métodos de rateio, podemos perceber que não 
houve alteração nos custos indiretos, estes foram em todas as 
situações o mesmo valor ($480.000,00), no entanto, ao alterarmos o 
critério de rateio, o impacto dos custos indiretos nos produtos era 
diferente, e consequentemente alterava-se o seu custo de produção. 
 
Critérios 
de Rateio 
Custo dos Produtos 
TOTAL 
Standard Plus Ultra 
Horas-
máquinas 
217.500,00 312.000,00 190.500,00 720.000,00 
2º 1º 3º 
Mão-de-
obra 
direta 
217.500,00 216.000,00 286.500,00 720.000,00 
2º 3º 1º 
Matéria-
prima 
aplicada 
337.500,00 216.000,00 166.500,00 720.000,00 
1º 2º 3º 
Custo 
Direto 
total 
292.524,00 216.000,00 211.476,00 720.000,00 
1º 2º 3º 
Neste quadro comparativo acima, podemos visualizar que o produto 
mais caro e mais barato se alteravam quando mudávamos o critério 
de rateio. 
É importante destacarmos que em um caso prático desse a empresa 
deve optar pelo método considerado pelos administradores e gestores 
de custos como o método que mais espelha a realidade, que rateia 
com maior justiça os custos indiretos à todos os produtos. 
E essa determinação dos custos dos produtos irá impactar depois na 
formação do preço de venda, como podemos observar o preço de 
venda dos produtos (caso fosse baseado no custo do produto 
produzido) se alteraria e muito em relação ao critério de rateio que 
fosse adotado. 
Pondera-se portanto que deve-se tomar um cuidado para que 
escolha-se o método mais adequado, inclusive para evitar que mude-
se de critério constantemente, perdendo assim a consistência das 
demonstrações, o que inviabilizaria sua comparabilidade em períodos 
diferentes. 
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