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Apostila Completa Historia Contemporanea

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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I12
UNIMES VIRTUAL
Aula: 01
Temática: Crise do Antigo Regime
Na aula de hoje estudaremos a crise do Antigo Regime e 
suas conseqüências para a história da França e da Europa. 
Destacaremos as principais características dessa crise e o 
que levou ao desencadeamento da Revolução Francesa.
O Antigo Regime foi o período em que a monarquia absolutista francesa 
esteve no poder. Neste momento a sociedade francesa estava dividida em 
três ordens ou estados: o clero; a nobreza; e o terceiro estado — cons-
tituído pela média e pequena burguesia, artesãos e camponeses. Mas o 
Antigo Regime foi marcado, sobretudo, pela existência dos “privilégios”, 
isto é, num sentido diferente do atual, os privilégios correspondiam ao di-
reito adquirido ou herdado de algumas poucas centenas de famílias sobre 
territórios, vilas e aldeias. 
A crise do Antigo Regime evoluiu para a Revolução Francesa graças à 
crise econômica em que a França estava mergulhada. Os ânimos se acir-
raram com a desastrada tentativa do rei em resolver o problema: em vez 
de acabar com os privilégios da nobreza e do clero, aumentou os tributos 
para o terceiro estado. 
Em 1774, o rei Luís XVI nomeou um fisiocrata para realizar as 
reformas necessárias para conter a crise econômica. Com 
receio de serem prejudicadas, as classes privilegiadas so-
licitaram a convocação da Assembléia dos Estados Gerais. A Assembléia 
se reuniu, mas o terceiro estado queria ir além das reformas financeiras 
e, para isso, reivindicava votação “cabeça”, uma vez que contavam com 
mais de seiscentos representantes contra cerca de quinhentos da nobreza 
e do clero somados. A nobreza e o clero defendiam a votação por classe 
cujo placar final seria dois contra um. 
O terceiro estado, alegando injustiça na votação, resolveu criar uma As-
sembléia Nacional Constituinte com a finalidade de elaborar uma Consti-
tuição para a França e para a qual seria exigida a submissão do rei. Mesmo 
sendo ameaçado pelo rei, pelo clero e pela nobreza, o terceiro estado não 
desistiu de sua movimentação.
Em 14 de julho de 1789, o povo se revoltou e tomou a Bas-
tilha, símbolo do poder absolutista — local onde eram apri-
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I 13
UNIMES VIRTUAL
sionados os opositores políticos e inimigos do rei. Tomando a Bastilha 
os revoltosos libertaram os presos e pegaram todo o armamento que se 
encontrava no local.
Esse acontecimento tornou-se um marco inicial da Revolução Francesa. A 
revolta do povo transcendeu a capital Paris e se estendeu por toda a Fran-
ça. Começou assim uma luta contra os privilégios da nobreza e do clero e 
também contra a monarquia absolutista e a diminuição dos poderes do rei, 
ou seja, uma luta pela derrubada do Antigo Regime. 
Não podemos ver a crise do Antigo Regime apenas como o 
desencadear da Revolução Francesa ou como a necessida-
de do povo de protestar contra as injustiças cometidas pela 
monarquia absolutista. Devemos lembrar que estes acontecimentos fa-
ziam parte de um processo maior de transformações econômicas, sociais, 
políticas e jurídicas que estavam sendo empreendidas e apresentadas pe-
las idéias iluministas.
Idéias como a defesa da liberdade de mercado, de leis, direitos e deveres 
iguais para todos os cidadãos, submissão dos governantes à Constituição 
representam parte das propostas iluministas que contribuíram não somen-
te para a crise do Antigo Regime ou para a Revolução Francesa, mas, 
principalmente para que a população tomasse consciência sobre o papel 
que o Estado deveria ter para a nação. 
Devemos destacar também a importância que tiveram as 
idéias iluministas e a Revolução Francesa para o desenvolvi-
mento do capitalismo e para o fortalecimento da burguesia.
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I14
UNIMES VIRTUAL
Aula: 02
Temática: Revolução Francesa
Nesta aula analisaremos a Revolução Francesa, um dos 
acontecimentos de maior repercussão mundial do século 
XVIII. 
Em 14 de julho de 1789, o povo tomou a Bastilha e libertou os prisioneiros. 
A partir desse momento, a revolução se espalhou por toda a França. O 
medo de perder o controle sobre o país fez com que o rei Luis XVI reconhe-
cesse a Assembléia Constituinte.
Em agosto de 1789, a Assembléia Constituinte cancelou os direitos feu-
dais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão. Em 1791, a Constituição foi promulgada, os poderes absolutos 
do rei foram limitados à medida que ele ficava obrigado a reconhecer a 
superioridade da lei. 
A revolução tomou um novo fôlego em 1792 com a vitória dos revolu-
cionários na Batalha de Valmy. Neste momento, os líderes da revolução 
decidem acabar com a monarquia. Elabora-se uma nova constituição.
Com o rei deposto, três forças políticas passam a se destacar na França: 
os girondinos, os jacobinos e o grupo da planície. Os primeiros a alcançar 
o poder foram os girondinos, com a Convenção girondina que durou de 
setembro de 1792 a junho de 1793. Um dos problemas enfrentados neste 
momento foi o destino do rei deposto. Alguns eram a favor de executá-lo, 
outros eram contra. Acabou por prevalecer a vontade daqueles que que-
riam sua execução. Isso ocorreu em 21 de janeiro de 1793. 
A execução do rei causou uma forte reação política em toda a Europa 
contra a França, especialmente nos países governados por monarquias 
absolutistas que não queriam a expansão das idéias liberais. A relação 
com os países vizinhos piorou com a adoção de uma política externa ex-
pansionista por parte do governo revolucionário. A Inglaterra rompeu com 
a França.
Com o agravamento da situação econômica e social do país, 
os jacobinos ganharam poder na Convenção. Em abril de 
1793 foi criado o Comitê de Salvação Pública, que, sendo 
responsável pela segurança interna, passou a conduzir a política de repres-
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I 15
UNIMES VIRTUAL
são às oposições, conhecida como a política do terror. Robespierre estava 
à frente do Comitê e apoiado pela Montanha — ala radical dos jacobinos. 
O comitê condenou à morte várias pessoas, entre elas antigos líderes re-
volucionários, como Danton. O terror provocou a queda dos girondinos e a 
morte do próprio Robespierre. 
A Convenção Termidoriana (referência ao mês termidor, conforme o novo 
calendário instituído pela revolução) substituiu os jacobinos no poder. A 
alta burguesia, que durante o período do terror tinha se mantido distante 
para, literalmente, “salvar as próprias cabeças”, voltou a ter influência. 
Depois de eliminar as lideranças — como Robespierre ou Saint-Just — fe-
charam os clubes jacobinos e elaboraram uma nova Constituição que insti-
tuiu o governo do Diretório — uma espécie de conselho formado por cinco 
diretores eleitos pelo Poder Legislativo. 
Nessa época, Napoleão Bonaparte assumia o comando do Estado Maior 
do exército na Itália. Aos poucos, alavancado pelas vitórias militares, Na-
poleão foi ganhando prestígio e poder político. Em 10 de novembro de 
1799 liderou o golpe do 18 Brumário. Dissolveu-se o Diretório e Napoleão 
estabeleceu o Consulado.
Napoleão Bonaparte governou a França por quinze anos. 
Seu governo pode ser dividido em três fases: o Consulado 
(1799-1804), o Império (1804-1815) e o governo dos cem 
dias. No Consulado, o país seria governado por três cônsules, mas na rea-
lidade apenas Napoleão tinha o poder de fato Ele tratou de assegurar seus 
poderes promulgando uma nova constituição.
Em 1804, foi realizado um plebiscito por meio do qual os franceses con-
firmaram o restabelecimento da monarquia e a proclamação de Napoleão 
como Imperador da França. Desde que Napoleão tomou o poder, ele pas-
sou a realizar diversas incursões com seus exércitos no exterior e obteve 
várias vitórias sobre importantes países europeus.
Temendo o perigo que Napoleão representava, formou-se, 
em 1814, um grande exército, aliando ingleses,russos, aus-
tríacos e prussianos, para invadir a França. Este exército foi 
bem-sucedido, pois conseguiu vencer e destronar Napoleão, que foi exilado. 
O trono francês foi devolvido para Luis XVIII, irmão do rei Luis XVI.
Em 1815, Napoleão fugiu da ilha de Elba e retomou o poder francês, per-
manecendo no governo por cem dias. As forças internacionais voltaram 
a se reunir e marcharam contra a França. Napoleão Bonaparte foi defini-
tivamente derrotado, sendo exilado, desta vez, na ilha de Santa Helena, 
faleceu em 1821. Luis XVIII foi reconduzido ao trono francês.
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FRQWUDWRV�GH�FHVVmR�RX�OLFHQoD�GH�XVR��TXH�VH�H[SOLFLWHP�RV�WHUULWyULRV�QHJRFLDGRV�
9��3UD]RV�±�2V�SUD]RV�GH�SURWHomR�GLIHUHP�GH�DFRUGR� FRP�D� FDWHJRULD�GD�REUD��SRU� H[HPSOR�� OLYURV�� DUWHV�SOiVWLFDV�
REUDV�FLQHPDWRJUiILFDV�RX�DXGLRYLVXDLV�HWF�
9,��$XWRUL]Do}HV�±�6HP�D�SUpYLD�H�H[SUHVVD�DXWRUL]DomR�GR�WLWXODU��TXDOTXHU�XWLOL]DomR�GH�VXD�REUD�p�LOHJDO�
9,,��/LPLWDo}HV�±�6mR�GLVSHQViYHLV�DV�SUpYLDV�DXWRUL]Do}HV�GRV�WLWXODUHV��HP�GHWHUPLQDGDV�FLUFXQVWkQFLDV�
9,,,��7LWXODULGDGH�±�$�VLPSOHV�PHQomR�GH�DXWRULD��LQGHSHQGHQWHPHQWH�GH�UHJLVWUR��LGHQWLILFD�VXD�WLWXODULGDGH�
,;��,QGHSHQGrQFLD�±�$V�GLYHUVDV� IRUPDV�GH�XWLOL]DomR�GD�REUD� LQWHOHFWXDO�VmR� LQGHSHQGHQWHV�HQWUH�VL� �OLYUR��DGDSWDomR
DXGLRYLVXDO�RX�RXWUD���UHFRPHQGDQGR�VH��SRLV��D�H[SUHVVD�PHQomR�GRV�XVRV�DXWRUL]DGRV�RX�OLFHQFLDGRV��QRV�UHVSHFWLYRV
FRQWUDWRV�
;��6XSRUWH�ItVLFR�±�$�VLPSOHV�DTXLVLomR�GR�VXSRUWH� ItVLFR�RX�H[HPSODU�FRQWHQGR�XPD�REUD�SURWHJLGD�QmR� WUDQVPLWH�DR
DGTXLUHQWH�QHQKXP�GRV�GLUHLWRV�DXWRUDLV�GD�PHVPD�
$� /HL� ����� GH� ��� GH� IHYHUHLUR� GH� ������ HQWURX� HP� YLJRU� QR� GLD� ��� GH� MXQKR� GH� ������ DOWHUDQGR�� DWXDOL]DQGR� H
FRQVROLGDQGR�D�OHJLVODomR�VREUH�RV�GLUHLWRV�DXWRUDLV��,QIRUPD�HP�VXDV�'LVSRVLo}HV�3UHOLPLQDUHV��$UWLJR�� ��TXH�HVVD�/HL
�
R
�DUWLVWDV��LQWpUSUHWHV��SURGXWRUHV�IRQRJUiILFRV��H[HFXWDQWHV�HWF���
(P�VHX�$UWLJR�� �Gi�D�GHILQLomR�GD�SXEOLFDomR�� WUDQVPLVVmR�RX�HPLVVmR�� UHWUDQVPLVVmR��GLVWULEXLomR�� FRPXQLFDomR�DR
S~EOLFR�� UHSURGXomR�� FRQWUDWDomR�� REUD� �HP� FR�DXWRULD�� DQ{QLPD�� SVHXG{QLPD�� LQpGLWD�� SyVWXPD�� RULJLQiULD�� GHULYDGD�
FROHWLYD��DXGLRYLVXDO���IRQRJUDPD��HGLWRU��SURGXWRU��UDGLRGLIXVmR��DUWLVWDV�LQWpUSUHWHV�RX�H[HFXWDQWHV�
(P�VHX�$UWLJR�� �GL]�TXH��QmR�VHUmR�GH�GRPtQLR�GD�8QLmR��GRV�(VWDGRV��GR�'LVWULWR�)HGHUDO�RX�GRV�PXQLFtSLRV�DV�REUDV
SRU�HOHV�VLPSOHVPHQWH�VXEYHQFLRQDGDV���(VVH�DUWLJR�YHP�HVFODUHFHU�HP�GHILQLWLYR�XP�SUREOHPD�TXH�YLQKD�JHUDQGR�PXLWD
GLVFXVVmR�
3DUD�PHOKRU�FRPSUHHQVmR��YDPRV�GHILQLU��UHVXPLGDPHQWH��RV�SULQFLSDLV�DVSHFWRV�GD�QRYD�OHL�GRV�GLUHLWRV�DXWRUDLV�
2EUDV�LQWHOHFWXDLV�SURWHJLGDV
6mR�REUDV�LQWHOHFWXDLV�SURWHJLGDV�DV�FULDo}HV�GR�HVStULWR��H[SUHVVDV�SRU�TXDOTXHU�PHLR�RX�IL[DGDV�HP�TXDOTXHU�VXSRUWH�
WDQJtYHO�RX�LQWDQJtYHO��FRQKHFLGR�RX�TXH�VH�LQYHQWH�QR�IXWXUR��(VWmR�LQFOXtGRV�DTXL�WH[WRV�GH�REUDV�OLWHUiULDV��DUWtVWLFDV�RX
FLHQWtILFDV�� FRQIHUrQFLDV�� DORFXo}HV�� VHUP}HV� HWF��� REUDV� GUDPiWLFDV� H� GUDPiWLFR�PXVLFDLV�� REUDV� FRUHRJUiILFDV� FXMD
H[HFXomR�FrQLFD�VH�IL[H�SRU�HVFULWR�RX�SRU�RXWUD�IRUPD�TXDOTXHU��REUDV�DXGLRYLVXDLV��VRQRUL]DGDV�RX�QmR�� LQFOXVLYH�DV
FLQHPDWRJUiILFDV��REUDV�IRWRJUiILFDV��GHVHQKR��SLQWXUD��JUDYXUD��HVFXOWXUD��OLWRJUDILD��DUWH�FLQpWLFD��LOXVWUDo}HV�H�PDSDV�
SURMHWRV�� HVERoRV� H� REUDV� SOiVWLFDV� UHIHUHQWHV� j� DUTXLWHWXUD�� SDLVDJLVPR�� FHQRJUDILD� HWF��� DGDSWDo}HV�� WUDGXo}HV� H
RXWUDV� LQIRUPDo}HV� GH� REUDV� RULJLQDLV�� DSUHVHQWDGDV� FRPR� FULDomR� LQWHOHFWXDO� QRYD�� SURJUDPDV� GH� FRPSXWDGRU�
FROHWkQHDV��DQWRORJLDV��HQFLFORSpGLDV��GLFLRQiULRV��EDVH�GH�GDGRV��TXH��SRU�VXD�VHOHomR��RUJDQL]DomR�RX�GLVSRVLomR�GH
VHX�FRQWH~GR��FRQVWLWXHP�XPD�FULDomR�LQWHOHFWXDO�
2V�SURJUDPDV�GH�FRPSXWDGRU�HVWmR� UHJXODPHQWDGRV�SHOR�DUWLJR�� �GD� /HL� ����� GH� ��� GH� IHYHUHLUR� ������ TXH� GHS}H
VREUH�D�SURWHomR�GD�SURSULHGDGH�LQWHOHFWXDO�GH�SURJUDPDV�GH�FRPSXWDGRU�H�VXD�FRPHUFLDOL]DomR�
2�TXH�QmR�SUHFLVD�GH�SURWHomR
,GpLDV��SURFHGLPHQWRV�QRUPDWLYRV��VLVWHPDV��PpWRGRV��SURMHWRV�RX�FRQFHLWRV�PDWHPiWLFRV��HVTXHPDV��SODQRV�RX�UHJUDV
SDUD� UHDOL]DU� DWRV�PHQWDLV�� MRJRV� RX� QHJyFLRV�� IRUPXOiULRV� HP�EUDQFR� SDUD� VHUHP�SUHHQFKLGRV� SRU� TXDOTXHU� WLSR� GH
LQIRUPDomR�� WH[WRV� GH� WUDWDGRV� RX� FRQYHQo}HV�� OHLV�� GHFUHWRV�� UHJXODPHQWRV�� GHFLV}HV� MXGLFLDLV� H� DWRV� RILFLDLV�
FDOHQGiULRV��DJHQGDV�HWF���DSURYHLWDPHQWR�LQGXVWULDO�RX�FRPHUFLDO�GDV�LGpLDV�FRQWLGDV�QDV�REUDV�
&ySLDV
$�FySLD�GH�REUDV�GH�DUWHV�SOiVWLFDV�IHLWD�SHOR�SUySULR�DXWRU�WHP�D�PHVPD�SURWHomR�TXH�JR]D�R�RULJLQDO�
7tWXORV�GH�SXEOLFDo}HV
2�WtWXOR�GH�SXEOLFDo}HV�SHULyGLFDV��LQFOXVLYH�MRUQDLV��p�SURWHJLGR�DWp�XP�DQR�DSyV�D�VDtGD�GH�VHX�~OWLPR�Q~PHUR��VDOYR�VH
IRUHP�DQXDLV��FDVR�HP�TXH�HVVH�SUD]R�VH�HOHYDUi�HP�GRLV�DQRV��,VVR�YHP�DFDEDU�FRP�D�SUiWLFD�GH�UHJLVWUDU�WtWXORV�TXH
MDPDLV�VmR�SXEOLFDGRV��QD�HVSHUD�TXH�DOJXpP�RV�XWLOL]H��SDUD�HP�VHJXLGD�WHQWDU�OXFUDU�FRP�D�RFDVLmR�
4XHP�p�R�DXWRU
$XWRU�p�D�SHVVRD�ItVLFD�FULDGRUD�GH�REUD�OLWHUiULD��DUWtVWLFD�RX�FLHQWtILFD��2�DXWRU�SRGH�VH�LGHQWLILFDU�DWUDYpV�GH�VHX�QRPH
FLYLO��FRPSOHWR�RX�DEUHYLDGR��LQLFLDLV��SVHXG{QLPRV�RX�TXDOTXHU�RXWUR�VLQDO�FRQYHQFLRQDO�
e�WLWXODU�GH�GLUHLWRV�GH�DXWRU�TXHP�DGDSWD��WUDGX]��DUUDQMD�RX�RUTXHVWUD�REUD�FDtGD�HP�GRPtQLR�S~EOLFR��QmR�SRGHQGR
RSRU�VH�D�RXWUD�DGDSWDomR��RUTXHVWUDomR�RX�WUDGXomR��VDOYR�VH�IRU�FySLD�GD�VXD�
&RQVLGHUD�VH�FR�DXWRU�DTXHOH�HP�FXMR�QRPH��SVHXG{QLPR�RX�VLQDO�FRQYHQFLRQDO�IRU�XWLOL]DGR��1mR�VH�FRQVLGHUD�FR�DXWRU
TXHP�VLPSOHVPHQWH�DX[LOLRX�R�DXWRU�QD�SURGXomR�GD�REUD��(P�REUDV�DXGLRYLVXDLV�VmR�FRQVLGHUDGRV�FR�DXWRUHV�R�DXWRU
GR�DVVXQWR�RX�DUJXPHQWR�OLWHUiULR�PXVLFDO�H�R�GLUHWRU��(P�GHVHQKRV�DQLPDGRV�VmR�FRQVLGHUDGRV�FR�DXWRUHV�RV�TXH�FULDP
RV�GHVHQKRV�XWLOL]DGRV�QD�REUD�DXGLRYLVXDO�
(P�REUDV�FROHWLYDV�R�RUJDQL]DGRU�p�R�WLWXODU�GRV�GLUHLWRV�SDWULPRQLDLV��VHQGR�TXH�R�FRQWUDWR�FRP�R�RUJDQL]DGRU�GHYHUi
HVSHFLILFDU�D�FRQWULEXLomR�GR�SDUWLFLSDQWH��R�SUD]R�SDUD�HQWUHJD�RX�UHDOL]DomR��D�UHPXQHUDomR�H�GHPDLV�FRQGLo}HV�SDUD
VXD�H[HFXomR�
3UHFLVD�UHJLVWUDU�D�REUD"
R
R
R
(QJHQKDULD�H�$JURQRPLD�
'LUHLWRV�GR�DXWRU
2V�GLUHLWRV�PRUDLV�H�SDWULPRQLDLV�VREUH�D�REUD�SHUWHQFHP�DR�DXWRU�TXH�D�FULRX�
'LUHLWRV�PRUDLV�GR�DXWRU
2� DXWRU� SRGH� UHLYLQGLFDU�� D� TXDOTXHU� WHPSR�� D� DXWRULD� GD� REUD�� WHU� VHX� QRPH� RX� SVHXG{QLPR�� RX� PHVPR� VLQDO
FRQYHQFLRQDO� LQGLFDGR� RX� DQXQFLDGR�� FRPR� VHQGR� DXWRU�� QD� XWLOL]DomR� GH� VXD� REUD�� WHP� R� GLUHLWR� GH� DVVHJXUDU� D
LQWHJULGDGH� GD� REUD�� RSRQGR�VH� D� TXDLVTXHU�PRGLILFDo}HV� TXH� SRVVDP� SUHMXGLFi�OD� RX� DWLQJL�OR� FRPR� DXWRU�� HP� VXD
UHSXWDomR�RX�KRQUD��2�DXWRU�SRGH�DLQGD�PRGLILFDU�D�REUD��DQWHV�RX�GHSRLV�GH�XWLOL]DGD��SRGH�UHWLUDU�GH�FLUFXODomR�RX
VXVSHQGHU� TXDOTXHU� IRUPD� GH� XWLOL]DomR� Mi� DXWRUL]DGD�� TXDQGR� D� FLUFXODomR� RX� XWLOL]DomR� LPSOLFDUHP� DIURQWD� j� VXD
UHSXWDomR�
1R�FDVR�GH�DXGLRYLVXDLV��FDEH�H[FOXVLYDPHQWH�DR�GLUHWRU�R�H[HUFtFLR�GRV�GLUHLWRV�DXWRUDLV�VREUH�D�REUD�
2V�GLUHLWRV�PRUDLV�GR�DXWRU�VmR�LQDOLHQiYHLV�H�LUUHQXQFLiYHLV�
'LUHLWRV�SDWULPRQLDLV
&DEH� DR� DXWRU� R� GLUHLWR� H[FOXVLYR� GH� XWLOL]DU�� IUXLU� H� GLVSRU� GD� REUD� OLWHUiULD�� DUWtVWLFD� RX� FLHQWtILFD�� 1DGD� SRGH� VHU
UHSURGX]LGR� VHP� D� DXWRUL]DomR� SUpYLD� H� H[SUHVVD� GR� DXWRU�� 5HSURGX]LU� SDUFLDO� RX� LQWHJUDOPHQWH�� HGLWDU�� DGDSWDU�
WUDGX]LU�� LQFOXLU� HP� IRQRJUDPD�RX� SURGXomR� DXGLRYLVXDO�� GLVWULEXLU�� XWLOL]DU�� GLUHWD� RX� LQGLUHWDPHQWH�� D� REUD�PHGLDQWH
UHSUHVHQWDomR��UHFLWDomR�RX�GHFODPDomR��H[HFXomR�PXVLFDO��HPSUHJR�GH�DOWR�IDODQWH��UDGLRGLIXVmR�VRQRUD�RX�WHOHYLVLYD�
VRQRUL]DomR� DPELHQWDO�� H[LELomR� DXGLRYLVXDO�� FLQHPDWRJUiILFD�� HPSUHJR� GH� VDWpOLWHV� DUWLILFLDLV�� H[SRVLomR� GH� REUDV
SOiVWLFDV�H�ILJXUDWLYDV��LQFOXLU�HP�EDVH�GH�GDGRV��DUPD]HQDPHQWR�HP�FRPSXWDGRU��PLFURILOPDU�HWF�
(P�TXDOTXHU�XPD�GHVVDV�PRGDOLGDGHV�GH�UHSURGXomR��D�TXDQWLGDGH�GH�H[HPSODUHV�GHYHUi�VHU�LQIRUPDGD�H�FRQWURODGD�
FDEHQGR�D�TXHP�UHSURGX]LU�D�REUD�D�UHVSRQVDELOLGDGH�GH�PDQWHU�RV�UHJLVWURV�TXH�SHUPLWDP��DR�DXWRU��D�ILVFDOL]DomR�GR
DSURYHLWDPHQWR�HFRQ{PLFR�GD�H[SORUDomR�
$V�GLYHUVDV�PRGDOLGDGHV�GH�XWLOL]DomR�GH�REUDV�OLWHUiULDV��DUWtVWLFDV�RX�FLHQWtILFDV�RX�GH�IRQRJUDPDV�VmR�LQGHSHQGHQWHVHQWUH� VL�� H� D� DXWRUL]DomR� FRQFHGLGD� SHOR� DXWRU�� RX� SHOR� SURGXWRU�� UHVSHFWLYDPHQWH�� QmR� VH� HVWHQGH� D� TXDLVTXHU� GDV
GHPDLV��RX�VHMD��R�IDWR�GH�DOJXpP�WHU�FRPSUDGR�VHX�TXDGUR�QmR�OKH�Gi�R�GLUHLWR�GH�H[SORUi�OR�FRPHUFLDOPHQWH�VHP�D
DXWRUL]DomR�GR�DUWLVWD��VH�R�HGLWRU�DGTXLULU�RV�GLUHLWRV�GH�HGLomR�GH�XPD�REUD��LVVR�QmR�OKH�DVVHJXUD�R�GLUHLWR�GH�WUDGX]L�
OD��DGDSWi�OD�SDUD�WHDWUR��FLQHPD�HWF���VHP�TXH�R�DXWRU�HVWHMD�GH�DFRUGR�
$UWLJRV�SXEOLFDGRV�QD�LPSUHQVD
2�GLUHLWR�GH�XWLOL]DomR�HFRQ{PLFD�GRV�HVFULWRV�SXEOLFDGRV�SHOD� LPSUHQVD��GLiULD�RX�SHULyGLFD��FRP�H[FHomR�GRV�DUWLJRV
DVVLQDGRV�RX�TXH�DSUHVHQWHP�LQGLFDomR�GH�UHVHUYD��SHUWHQFH�DR�HGLWRU��$�DXWRUL]DomR�SDUD�XVR�HFRQ{PLFR�GH�DUWLJRV
DVVLQDGRV�HP�MRUQDLV�H�UHYLVWDV�p�YiOLGD�GXUDQWH�D�SHULRGLFLGDGH�GD�SXEOLFDomR�DFUHVFLGR�GH�YLQWH�GLDV��$SyV�HVVH�SUD]R
RV�GLUHLWRV�UHWRUQDP�DR�DXWRU�
'XUDomR�GRV�GLUHLWRV�H�UHPXQHUDomR
2V�GLUHLWRV�SDWULPRQLDLV�GR�DXWRU�SHUGXUDP�SRU�VHWHQWD�DQRV�FRQWDGRV�GH�� �GH�MDQHLUR�GR�DQR�VXEVHTHQWH�DR�GH�VHX
IDOHFLPHQWR��(P�FDVR�GH�REUDV�DQ{QLPDV�RX�SVHXG{QLPDV�R�SUD]R�GH�SURWHomR�WDPEpP�VHUi�GH�VHWHQWD�DQRV��FRQWDGRV
D�SDUWLU�GH�� �GH�MDQHLUR�GR�DQR�LPHGLDWDPHQWH�SRVWHULRU�DR�GD�SULPHLUD�SXEOLFDomR�
3DUD�REUDV�DXGLRYLVXDLV�H�IRWRJUiILFDV�YDOH�R�PHVPR�SUD]R�GH�VHWHQWD�DQRV��D�FRQWDU�GH�� GH�MDQHLUR�GR�DQR�VHJXLQWH�DR
GH�VXD�GLYXOJDomR�
(UD� XVR� FRPXP� DOJXpP� FRPSUDU� XP� TXDGUR� H� UHYHQGr�OR� D� SUHoR� PXLWR� VXSHULRU� DR� SDJR�� QmR� WHQGR� R� DXWRU
SDUWLFLSDomR�QHVVD�YHQGD��R�$UWLJR����GD�QRYD� OHL�GRV�GLUHLWRV�DXWRUDLV�GL]�TXH��R�DXWRU� WHP�R�GLUHWR�� LUUHQXQFLiYHO�H
LQDOLHQiYHO��GH�UHFHEHU��QR�PtQLPR�����VREUH�R�DXPHQWR�GR�SUHoR�HYHQWXDOPHQWH�YHULILFiYHO�HP�FDGD�UHYHQGD�GH�REUD
GH�DUWH�RX�PDQXVFULWR��VHQGR�RULJLQDLV��TXH�KRXYHU�DOLHQDGR��
1mR�FRQVWLWXL�RIHQVD�DRV�GLUHLWRV�DXWRUDLV
$UWLJRV� GH� SHULyGLFRV� ±� $� UHSURGXomR� GH� QRWtFLD�� DUWLJR� LQIRUPDWLYR�� GLVFXUVRV� SURQXQFLDGRV� HP� UHXQL}HV� S~EOLFDV
SXEOLFDGDV�HP�MRUQDLV�RX�UHYLVWDV��GHVGH�TXH�VH�PHQFLRQH�R�QRPH�GR�DXWRU��VH�DVVLQDGRV��RX�GD�SXEOLFDomR�GH�RQGH
R
R
R
5HWUDWRV� ±� 1mR� FRQVWLWXL� RIHQVD� WDPEpP� SXEOLFDU� UHWUDWRV�� RX� RXWUD� IRUPD� GH� UHSUHVHQWDomR� GD� LPDJHP�� IHLWRV� VRE
HQFRPHQGD��TXDQGR�UHDOL]DGD�SHOR�SURSULHWiULR�GR�REMHWR�HQFRPHQGDGR��GHVGH�TXH�QmR�KDMD�D�RSRVLomR�GD�SHVVRD�QHOHV
UHSUHVHQWDGD�RX�GH�VHXV�KHUGHLURV�
2EUDV�±�e�SHUPLWLGR�UHSURGX]LU�REUDV�OLWHUiULDV��DUWtVWLFDV�RX�FLHQWtILFDV��SDUD�XVR�H[FOXVLYR�GH�GHILFLHQWHV�YLVXDLV��VHPSUH
TXH�D�UHSURGXomR��VHP�ILQV�FRPHUFLDLV��VHMD�IHLWD�PHGLDQWH�R�VLVWHPD�%UDLOH�RX�RXWUR�SURFHGLPHQWR�HP�TXDOTXHU�VXSRUWH
SDUD�HVVHV�GHVWLQDWiULRV�
&LWDomR�±�e�OtFLWR�FLWDU�HP�OLYURV��MRUQDLV�H�UHYLVWDV�RX�TXDOTXHU�RXWUR�PHLR�GH�FRPXQLFDomR��WUHFKRV�GH�TXDOTXHU�REUD�
SDUD� ILQV� GH� HVWXGR�� FUtWLFD� RX� SROrPLFD�� QD�PHGLGD� MXVWLILFDGD� SDUD� VH� DWLQJLU� GHWHUPLQDGD� ILQDOLGDGH�� GHVGH� TXH� VH
LQGLTXH�R�QRPH�GR�DXWRU�H�DV�IRQWHV�ELEOLRJUiILFDV�GD�REUD�
8VR�HP�HVWDEHOHFLPHQWRV�FRPHUFLDLV�±�2�XVR�GH�REUDV�OLWHUiULDV��DUWtVWLFDV�RX�FLHQWtILFDV��IRQRJUDPDV�H�WUDQVPLVVmR�GH
UiGLR�H�WHOHYLVmR�HP�HVWDEHOHFLPHQWRV�FRPHUFLDLV�p�SRVVtYHO�GHVGH�TXH�H[FOXVLYDPHQWH�SDUD�GHPRQVWUDomR�j�FOLHQWHOD��H
TXH�HVVHV�HVWDEHOHFLPHQWRV�FRPHUFLDOL]HP�RV�VXSRUWHV�RX�HTXLSDPHQWRV�TXH�SHUPLWDP�D�VXD�XWLOL]DomR�
7HDWUR� ±� e� SHUPLWLGD� D� UHSUHVHQWDomR� WHDWUDO� H� D� H[HFXomR� PXVLFDO�� TXDQGR� QR� UHFLQWR� IDPLOLDU� RX�� SDUD� ILQV
H[FOXVLYDPHQWH� GLGiWLFRV�� QRV� HVWDEHOHFLPHQWRV� GH� HQVLQR�� GHVGH� TXH� QmR� KDMD� HP� TXDOTXHU� FDVR� R� LQWXLWR� GH� REWHU
OXFURV�
$UWHV� SOiVWLFDV� ±� e� SHUPLWLGD� D� UHSURGXomR�� HP� TXDLVTXHU� REUDV�� GH� SHTXHQRV� WUHFKRV� GH� REUDV� SUHH[LVWHQWHV�� GH
TXDOTXHU�QDWXUH]D��RX�GH�REUD�LQWHJUDO��TXDQGR�GH�DUWHV�SOiVWLFDV��VHPSUH�TXH�D�UHSURGXomR�HP�VL�QmR�VHMD�R�REMHWLYR
SULQFLSDO�GD�QRYD�REUD�H�QmR�SUHMXGLTXH�D�H[SORUDomR�QRUPDO�GD�REUD�UHSURGX]LGD��QHP�FDXVH�SUHMXt]R�LQMXVWLILFDGR�DRV
OHJtWLPRV�LQWHUHVVHV�GRV�DXWRUHV�
2EUDV� S~EOLFDV� ±� $V� REUDV� VLWXDGDV� HP� ORFDLV� S~EOLFRV� SRGHP� VHU� UHSUHVHQWDGDV� OLYUHPHQWH�� SRU� PHLR� GH� SLQWXUDV�
GHVHQKRV��IRWRJUDILDV�H�DXGLRYLVXDLV�
7UDQVIHUrQFLD�GRV�GLUHLWRV
2V� GLUHLWRV� GR� DXWRU� SRGHUmR� VHU� WRWDO� RX� SDUFLDOPHQWH� WUDQVIHULGRV� D� WHUFHLURV�� SRU� HOH� RX� SRU� VHXV� VXFHVVRUHV�
SHVVRDOPHQWH� RX� SRU�PHLR� GH� UHSUHVHQWDQWHV�� SRU�PHLR� GH� OLFHQFLDPHQWR�� FHVVmR� RX� FRQFHVVmR�� $� WUDQVIHUrQFLD� GR
GLUHLWR�DXWRUDO�Vy�VHUi�DGPLWLGD�PHGLDQWH�FRQWUDWR�SRU�HVFULWR��QD�KLSyWHVH�GH�QmR�KDYHU�XP�FRQWUDWR�HVFULWR��R�SUD]R
Pi[LPR�VHUi�GH�FLQFR�DQRV�H�SUHVXPH�VH�RQHURVD�
8WLOL]DomR�GH�REUDV�LQWHOHFWXDLV�H�GLVFRV
4XDOTXHU�REUD�Vy�SRGH�VHU�HGLWDGD�PHGLDQWH�FRQWUDWR�GH�HGLomR��2�HGLWRU�REULJD�VH�D�UHSURGX]LU�H�D�GLYXOJDU�D�REUD��HP
FDUiWHU�GH�H[FOXVLYLGDGH��SHOR�SUD]R�H�QDV�FRQGLo}HV�HVWDEHOHFLGDV�FRP�R�DXWRU�
(P�FDGD�H[HPSODU�GD�REUD�R�HGLWRU�p�REULJDGR�D�PHQFLRQDU�
���WtWXOR�GD�REUD�H�VHX�DXWRU
���QR�FDVR�GH�WUDGXomR��R�WtWXOR�RULJLQDO�H�R�QRPH�GR�WUDGXWRU
���DQR�GD�SXEOLFDomR
���QRPH�GD�HGLWRUD�
1~PHUR�GH�H[HPSODUHV
6H� QmR� KRXYHU� FOiXVXOD� HP� FRQWUiULR�� HQWHQGH�VH� TXH� R� FRQWUDWR� VH� UHIHUH� DSHQDV� D� XPD� HGLomR�� &DVR� QmR� VHMD
PHQFLRQDGR�R�Q~PHUR�GH�H[HPSODUHV�D�VHU�SXEOLFDGR��FRQVLGHUD�VH�TXH�FDGD�HGLomR�VHMD�GH�WUrV�PLO�H[HPSODUHV�
3UHVWDomR�GH�FRQWDV
4XDLVTXHU�TXH�VHMDP�DV�FRQGLo}HV�GH�FRQWUDWR��R�HGLWRU�p�REULJDGR�D�IDFXOWDU�DR�DXWRU�R�H[DPH�GD�HVFULWXUDomR�QD�SDUWH
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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I16
UNIMES VIRTUAL
Aula: 03
Temática: Revolução Industrial
Nesta aula estudaremos a Revolução Industrial, suas prin-
cipais fases, o modo como ela afetou os países europeus 
e o mundo e também o desenvolvimento do capitalismo. 
Analisaremos quais foram as principais dificuldades para a implantação do 
sistema industrial e do capitalismo e o que deveria ser modificado a fim de 
que houvesse um desenvolvimento da indústria e do capital.
A Revolução Industrial foi um momento de consolidação do capitalismo. 
Mas o que significa isso? Vejamos: a revolução industrial foi uma trans-
formação da maneira de produzir os artigos, ou seja, substituíram-se as 
oficinas artesanais pelas fábricas, as ferramentas pelas máquinas e a força 
do homem pela energia do vapor e, posteriormente, pela eletricidade e 
pelo petróleo. Isso gerou um aumento da produção, e, por conseguinte, a 
necessidade de buscar novos mercados fornecedores de matéria-prima e 
novos mercados consumidores, uma vez que o lucro se realiza no momen-
to da venda
Foi um momento também em que a burguesia se desenvolveu, e, com ela, 
vieram as idéias de livre concorrência, de não intervenção do Estado na 
economia ou a lei da oferta e da procura, idéias que fazem parte do capita-
lismo e que a partir da revolução industrial começam a se consolidar.
A Revolução Industrial pode ser dividida em duas fases. A primeira (1760-
1860) em que a indústria ficou restrita à Inglaterra, que se dedicou à pro-
dução de artigos têxteis. Nesta fase, a máquina a vapor foi aperfeiçoada. 
A Segunda fase (1860-1900) foi o período em que as indústrias se expan-
diram para além da Inglaterra, invadiram a Europa e chegaram até outros 
continentes como a América. Nesta fase deu-se a utilização do aço, da 
eletricidade, do petróleo, a invenção do motor à explosão e o desenvolvi-
mento dos produtos químicos.
Alguns fatores propiciaram o desenvolvimento da indústria 
na Inglaterra, como o acúmulo de capitais, experiências ca-
pitalistas no campo, o crescimento populacional que garantiu 
mão-de-obra suficiente para as fábricas e a existência de fontes de energia.
Outros fatores dificultaram a expansão da indústria. Um dos principais 
entraves era o monopólio estabelecido pelo antigo sistema colonial. Os 
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I 17
UNIMES VIRTUAL
países que implantavam a indústria, por produzirem mais, necessitavam 
de cada vez mais mercados consumidores e fornecedores de matérias-pri-
mas, ou seja, outros países que estivessem dispostos a negociar a compra 
de produtos manufaturados e a venda de matérias-primas. Para que isso 
ocorresse estes países deveriam, no mínimo, ser independentes e isso era 
algo raro fora da Europa.
Na chamada segunda Revolução Industrial, que se deu a partir de 1860, 
vemos uma aceleração das inovações técnicas e nas relações de trabalho, 
além da substituição do vapor pelo petróleo e pela eletricidade. A produ-
ção em série e a divisão do trabalho resultaram também em mudanças 
sociais e econômicas.
A divisão do trabalho foi uma medida adotada pelos em-
presários como uma eficiente maneira de reduzir os custos 
de produção. O norte-americano Henry Ford foi o primeiro 
empresário a empregá-la em larga escala. 
Para resolver o problema do mercado consumidor e fornecedor de ma-
térias-primas foram formados impérios coloniais que eram regiões não 
industrializadas, na maioria mais pobres e fracas que poderiam ser facil-
mente submetidas pelos países imperialistas. 
Verificamos que a Revolução Industrial veio consolidar o 
capitalismo no mundo. Teve início na Inglaterra com a pro-
dução têxtil, e, em um segundo momento, expandiu para 
outros países europeus e até para outros continentes como a América 
com os Estados Unidos. Modificou as relações de trabalho, além de trazer 
consigo inúmeras novidades tecnológicas que serviram para impulsionar 
ainda mais a expansão industrial. 
A revolução industrial possibilitou também o surgimento do capitalismo 
financeiro com a organização de conglomerados de empresas conhecidas 
como holdings, que faziam acordos internacionais a fim de acabar com a 
concorrência.
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I18
UNIMES VIRTUAL
Aula: 04
Temática: Movimento Operário
 
Na aula de hoje estudaremos o movimento operário, seu surgi-
mento, suas principais características e como os operários co-
meçaram a se organizar a fim de reivindicarem seus direitos.
Uma das conseqüências da Revolução Industrial foi a mudança na maneira 
de explorar o trabalho humano. Em muitos sentidos, a revolução industrial 
trouxe uma piora nas condições de vida dos trabalhadores. Nas fábricas, 
as condições de trabalho eram precárias e as jornadas de trabalho eram 
de até 80 horas semanais.
A vida nas cidades também era difícil. As cidadesse formaram ou cresce-
ram rapidamente com a migração de trabalhadores vindos das áreas rurais, 
de onde tinham sido expulsos pela prática do “cercamento” dos campos 
para a criação de ovelhas — atividade que exigia pouca mão-de-obra. 
Os operários recebiam baixos salários e mais baixos ainda se o operário 
fosse mulher ou criança. Na época não havia nenhum tipo de proteção 
legal para o trabalhador, pois, até então, o trabalho tinha sido regulado por 
outro tipo de relações sociais..
A divisão do trabalho também foi outra mudança para o trabalhador, acos-
tumado a produzir um artigo inteiro, participando de todas as etapas da 
produção e, sobretudo, tendo consciência do uso final e social do produto. 
Nas fábricas, o trabalhador passou a realizar apenas uma parte do traba-
lho, ficando responsável apenas por uma etapa da fabricação do produto. 
Isso acarretou uma perda global do saber do trabalhador, pois ele passou a 
conhecer somente as técnicas da etapa sobre a qual ele era responsável. 
E, mais do que isso, o trabalho tornou-se mecânico, repetitivo, sem espa-
ço para o exercício da imaginação. 
Insatisfeitos com as novas condições de trabalho os traba-
lhadores se voltaram contra as máquinas, responsabilizan-
do-as pela miséria em que viviam. Revoltados, partiram para 
a destruição das máquinas. Esse movimento ocorreu na Inglaterra e ficou 
conhecido como “ludismo” devido ao nome do líder lendário Ned Luddlam.. 
A reação da burguesia foi imediata. Em 1812 regulamentou-se uma lei que 
condenava à pena de morte quem atentasse contra as oficinas industriais.
HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I 19
UNIMES VIRTUAL
Com o alto índice de descontentamento dos trabalhadores, começaram a 
surgir as primeiras organizações das classes trabalhadoras. Elas podem 
ser consideradas a base dos nossos atuais sindicatos. Ficaram conhecidos 
como Trade Unions. Eles foram responsáveis por impor ao parlamento in-
glês as primeiras leis trabalhistas, tais como, o direito de associação, em 
1824, ou a primeira lei sobre o limite de oito horas de trabalho para as crian-
ças e o estabelecimento de inspeções estatais nas fábricas, em 1833. 
Em 1838 surgiu o cartismo, como o primeiro movimento ope-
rário organizado. Teve como líderes Feargus O’Conor e William 
Lovett. Eles elaboraram um documento para o parlamento in-
glês com milhões de assinaturas. Reivindicava-se o sufrágio universal, o fim 
do censo eleitoral e a remuneração aos parlamentares eleitos. Inicialmente, 
a Carta do Povo — como ficou conhecida — foi recusada pelo parlamento, 
mas foi várias vezes reapresentada.
Os benefícios gerados pela industrialização ainda demora-
riam muitos anos até atingirem um contingente maior da 
população. 
 CLIO História – Textos e Documentos 
 
Revolução Francesa e vida privada 
Os efeitos da Revolução Francesa não atingiram apenas o 
campo da vida pública, como as instituições políticas e o regime 
de propriedade. Eles também penetraram o espaço privado, 
alterando, por exemplo, as relações familiares, a forma de se 
vestir das pessoas, a linguagem e a decoração das residências. O 
texto a seguir mostra o impacto que a Revolução produziu no 
interior dos domínios privados da população francesa. 
 
0 privado e o público na Revolução 
"Durante a Revolução, as fronteiras entre a vida pú-
blica e a vida privada mostraram uma grande flutuação. 
A coisa pública, o espírito público invadiram os domí-
nios habitualmente privados da vida. Não resta dúvida 
de que o desenvolvimento do espaço público e a poli-
tização da vida cotidiana foram definitivamente res-
ponsáveis pela redefinição mais clara do espaço priva-
do no início do século XIX. O domínio da vida públi-
ca, principalmente entre 1789 e 1794, ampliou-se de 
maneira constante, preparando o movimento românti-
co do fechamento do indivíduo sobre si mesmo e da 
dedicação à família, num espaço doméstico deter-
minado com uma maior precisão. No entanto, antes de 
chegar a este termo, a vida privada iria sofrer a mais 
violenta agressão já vista na história ocidental. 
Os revolucionários se empenharam em traçar a dis-
tinção entre o público e o privado. Nada que fosse 
particular (e todos os interesses eram particulares por 
definição) deveria prejudicar a vontade geral da nova 
nação. De Condorcet a Thibaudeau e Napoleão, a 
palavra de ordem era a mesma: 'Não pertenço a ne-
nhum partido'. As facções, a política partidária — a 
política de grupos privados e de particulares — vira-
ram sinônimo de conspiração, e os 'interesses' signifi-
cavam uma 'traição à nação'." 
 
0 controle da vida privada 
"No período revolucionário, 'privado' significa fac-
cioso, e tudo o que se refere à privatização é conside-
rado equivalente a sedicioso e conspiratório. [..1 Ape-
nas uma vigilância contínua e o serviço constante à 
coisa pública (que na época possui um sentido preciso) 
podem impedir que aflorem interesses particulares e 
facções. [...1 Os salões, os grupos e os círculos podem 
ser denunciados de imediato. Num país dominado pela 
política, a expressão dos interesses privados só pode 
ser tida como contra-revolucionária. 'Existe apenas um 
partido, o dos intrigantes!', exclamou Chabot. 'Todo o 
resto é o partido do povo.' Essa preocupação obsessiva 
em manter os interesses privados à distância da vida 
pública logo virá, paradoxalmente, a apagar as frontei-
ras entre o público e o privado. [...]" 
 
 
 
 
 
 
 
0 vestuário da Revolução 
"Um dos exemplos mais claros da invasão do público 
no espaço privado é a preocupação constante com o 
vestuário. Desde a abertura dos Estados Gerais, em 
1789, a roupa possui um significado político. Michelet 
descreveu a diferença entre a sobriedade dos deputa-
dos do Terceiro Estado, à frente da procissão de aber-
tura — 'uma massa de homens, vestidos de negro [...] 
com trajes modestos' —, e 'pequeno grupo refulgente 
dos deputados da nobreza [...] com seus chapéus de 
plumas, suas rendas, seus paramentos de ouro'. Segun-
do o inglês John Moore, 'uma grande simplicidade, e 
na verdade a avareza no vestuário era [...] considerada 
como uma prova de patriotismo'. [...] 
Apesar do aparente apoio da Convenção ao direito 
de se vestir à vontade, o Estado desempenhou um 
papel crescente nesse campo. A partir de 5 de julho de 
1792, todos os homens passaram a ser obrigados por 
lei a usar a roseta tricolor; a partir de 3 de abril de 
1793, todos os franceses, sem distinção de sexo, fica-
ram submetidos a esse decreto. Em maio de 1794, a 
Convenção solicitou ao pintor-deputado David que 
apresentasse projetos e sugestões para melhorar o traje 
nacional. [...] A indumentária civil criada por David 
nunca foi usada, a não ser por alguns jovens admirado-
res do mestre. No entanto, a simples idéia de um uni-
forme civil [...] mostra que havia quem desejasse o fim 
da fronteira entre o público e o privado." 
 
A decoração revolucionária 
"Os objetos do espaço privado não foram esqueci-
dos. Os mais íntimos objetos trazem a marca do ardor 
revolucionário. Na residência dos patriotas abastados, 
encontram-se 'camas estilo Revolução' ou 'estilo Fede-
ração'. As porcelanas e faianças são enfeitadas com 
divisas ou vinhetas republicanas. As tabaqueiras, os 
estojos de barba, os espelhos, os cofres e até os jarros 
de lavatório são decorados com cenas das jornadas 
revolucionárias ou com alegorias. A Liberdade, a I-
gualdade, a Prosperidade, a Vitória, sob a forma de 
jovens deusas encantadoras, enfeitam os espaços pri-
vados da burguesia republicana. Mesmo os alfaiates ou 
os sapateiros mais pobres ostentam nas paredes os 
calendários revolucionários com o novo sistema de 
datação e as inevitáveis vinhetas republicanas. E in-
questionável que os [os novos símbolos] não chegaram 
a substituir integralmente as gravuras e imagens da 
Virgem e dos santos [...]. Mas é certo que a invasãodos 
novos símbolos públicos nos espaços privados foi 
determinante para a criação de uma tradição revolu-
cionária." 
 
PERROT, Michelle (Org.). História da vida privada: da 
Revolução Francesa à Primeira Guerra. São Paulo: Companhia 
das Letras, 1991. v. 4. p. 21-28. 
 
Disponível em: http://cliohistoria.110mb.com/alunos/2_serie/arquivos/revolucao_francesa_vida_privada.zip. Acesso 03 ago 2011. 
 CLIO História – Textos e Documentos 
 
Revolução Francesa: ela inventou nossos sonhos 
 
 
 
 
 
―Os homens nascem livres e iguais em direitos; as 
distinções sociais não podem ser fundadas a não 
ser na utilidade comum‖. 
Pela Declaração dos Direitos do Ho-
mem e do Cidadão, a Assembléia Consti-
tuinte estabelece os direitos básicos dos 
franceses: igualdade perante a lei e a obri-
gação do Estado de defender os direitos 
―naturais‖ dos cidadãos, como a liberdade 
e a propriedade. A modernidade chega 
definitivamente à vida social. 
 
 
 
 
 
 
 
 ―Quando um povo é obrigado a obedecer e o faz, 
age acertadamente; assim que pode sacudir esse 
jugo e o faz, age melhor ainda, porque, recuperan-
do a liberdade pelo mesmo direito por que lha 
arrebataram, ou tem ele o direito de retoma-la ou 
não tinham o direito de subtraí-la.‖ 
Jean-Jacques Rousseau, filósofo francês, 
1712-1778 
 
 
 
 
Números 
Em 1789, a população da França alcança 
25 milhões de habitantes, sendo 20 mi-
lhões de camponeses. A nobreza constitui 
1,5% da população total. Paris conta com 
500 000 habitantes, dos quais 110 000 são 
indigentes. 
 
 
―Nobres, vós sois o flagelo da sociedade, como sois 
também o inimigo da Pátria. Vossos exemplos e 
vossa moral levaram os costumes a um grau de 
corrupção nunca antes atingido. Para satisfazer, 
não vossas paixões, mas vossas fantasias, vós os 
transgredistes ao ponto de vos permitir comporta-
mentos cujo preço é o cadafalso.‖ 
Panfleto anônimo, igual a milhares de 
outros em circulação, acusando a nobreza 
de corrupção, amoralidade, decadência. 
Desde a madrugada de 14 de julho de 1789, uma terça-feira, pelo 
menos 8 mil parisienses irados estavam reunidos na esplanada dos 
Inválidos. Eles queriam armas para enfrentar os soldados que, acre-
ditavam, o rei Luís XVI estava mandando de Versalhes. O adminis-
trador não sabia o que fazer. A multidão, então, arrombou os por-
tões e se apoderou de 40 mil fuzis e doze canhões. Mas e a pólvora 
para eles? Estava na formidável fortaleza da Bastilha, transformada 
em depósito e prisão. Para lá correram todos, em busca de munição. 
Quem teria, naquele momento, pensado em se apoderar daquela for-
taleza inexpugnável? 
Pois antes do anoitecer a fortaleza caiu e com ela veio abaixo to-
do o Antigo Regime, representado na figura do rei e em sua corte de 
aristocratas inúteis. A multidão que cercou a Bastilha era muito mai-
or que os 8 mil reunidos de madrugada na praça dos Inválidos. Mas, 
conforme cuidadoso recenseamento feito depois pela Assembléia 
Nacional, os "vencedores da Bastilha" foram não mais que oitocen-
tos, registrados e cadastrados, com nome, endereço e profissão. 
 
Em dois dias, construíram-se 50 mil lan-
ças para a milícia 
 
Assim, pode-se saber, com segurança, que entre eles estavam al-
guns raros burgueses (três industriais, quatro comerciantes, um cer-
vejeiro), muitos pequenos produtores independentes, artesãos, ofici-
ais de corporação, militares em profusão. Um terço, pelo menos, era 
de assalariados da manufatura e da construção. O mais jovem tinha 
8 anos. Uma única mulher, uma lavadeira, impedira com sua presen-
ça que a queda da Bastilha entrasse para a História como uma aven-
tura vivida apenas pelos homens. 
A multidão estava inquieta desde o dia 12, quando a demissão do 
ministro das Finanças, Jacques Necker, foi recebida como prenúncio 
de que o pão se tornaria mais raro e mais caro. Foi formada uma mi-
lícia cidadã para defender a cidade, cujo objetivo era também defen-
der os burgueses proprietários contra os ataques do rei e contra as 
ameaças das classes julgadas perigosas — os trabalhadores e os mi-
seráveis. De saída, a milícia alistou 48 mil voluntários. Como não 
havia armas, ordenou-se a construção de lanças — e 50 mil ficaram 
prontas em dois dias. 
As reuniões sucediam-se, e havia sempre alguém propondo o re-
curso à força. "As armas, às armas, cidadãos", era o que mais se ouvia 
nos comícios. No Palais-Royal, espécie de território livre onde tudo 
se podia dizer, Camila Desmoulins, orador gago que empolgava co-
mo ninguém a multidão inquieta, tentava ordenar o caos. Por sua 
sugestão, adotou-se o verde com emblema. A multidão desfilou pe-
las ruas, praticamente engoliu as tropas que tentaram detê-la. As bar-
reiras que simbolizavam a cobrança de impostos foram destruídas; 
suspeitos de serem açambarcadores (entre estes o convento de Saint-
Lazare) foram atacados. 
Assim, a multidão que na manhã do dia 14 correu para a Bastilha 
não tinha quem a enfrentasse, a não ser a obstinação do administra-
dor da fortaleza, De Launay, que recusou todos os apelos (inclusive 
de quatro comissões enviadas pela Prefeitura) para que entregasse a 
munição. O primeiro disparo aconteceu por volta de 13 horas. Os 
 CLIO História – Textos e Documentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os sans-culottes são os 
novos personagens 
da cena política. Sem 
os ―culottes‖ e os 
perfumes dos no-
bres, eles são os 
amigos da Revolu-
ção: humildes arte-
sãos, empregados 
pobres do ―fau-
borg‖, usam a lan-
ça, o sabre e o fuzil 
para livrar a Revo-
lução dos seus 
inimigos e exigir a 
verdadeira igualda-
de entre os cida-
dãos. 
 
 
 
Números 
No início da Revolução, a posse útil da 
terra na França estava assim distribuída: 
45%, camponeses; 20%, burguesia; 35%, 
nobreza e clero. Porém, em razão dos 
direitos feudais, a aristocracia detém a 
propriedade senhorial de 97% sobre todas 
as terras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BBrraassiill 
É enforcado no Rio de Janeiro, a 21 de 
abril de 1789, Joaquim José da Silva Xavi-
er, o Tiradentes. Único condenado à morte 
entre os participantes da Inconfidência 
Mineira, revolta contra a dominação por-
tuguesa, fortemente influenciada pelas 
idéias francesas, pelas ―luzes‖ do século 
XVIII. 
 
 
 
mais valentes romperam as correntes da ponte levadiça, que caiu. O 
pátio da administração foi invadido, mas ali os revoltosos ficaram 
expostos. 
 
A Bastilha não era um inferno; a vida dos 
presos era bem boa 
 
Às 15:30h chegou um reforço providencial: o chefe da lavanderia 
da rainha Maria Antonieta, um certo Hulin, reunira 36 granadeiros, 
21 fuzileiros, 400 cidadãos armados e alguns canhões e comandou o 
primeiro ataque organizado à fortaleza. De Launay ainda pensou em 
atear fogo ao depósito de pólvora e mandar tudo pelos ares. Foi im-
pedido por seus próprios soldados, que preferiram capitular e passar 
para o lado da Revolução. Os invasores então entraram de uma vez, 
desarmaram os soldados, saquearam tudo, apoderaram-se da pólvora 
e libertaram os prisioneiros. Estes eram apenas sete: quatro falsários, 
dois loucos e um filho de família rica que desonrara seu nome. De-
finitivamente, a Bastilha não era o inferno criado pela imaginação 
popular, onde se jogavam os inimigos do rei para morrer em meio a 
terríveis sofrimentos. Na verdade, quem podia pagar contava ali com 
uma vida bem razoável, com direito a boa comida, bebida e até cria-
dos. 
Uma prévia do que viria a ser a violência revolucionária foi ence-
nada com o pobre De Launay. Na praça da Prefeitura ele foi agredi-
do, recebeu um golpe de baioneta, um tiro e teve a cabeça cortada, 
porque a multidão queria vê-la. Contra todos os prognósticos, o 
movimento começava a andar fora dos trilhos. Apenas dois anos 
antes, em 1787, o pavio da mais clássica das revoluções burguesas, a 
RevoluçãoFrancesa, fora aceso por mãos nobres. Em outros tem-
pos, tudo não passaria de um levante palaciano; no final do século 
XVIII, porém, a rebelião da nobreza foi o sinal esperado por outro 
protagonista poderoso, a burguesia, para subir ao palco da História. 
O período inicial da Revolução Francesa, que vai de 1787 a 1791, é a 
crônica desse esforço da burguesia para passar à frente dos atores 
antigos. 
As finanças reais estavam combalidas há muito tempo, mas nos 
dez anos anteriores haviam chegado à beira da bancarrota porque o 
governo francês empenhou-se em ajudar os Estados Unidos na luta 
pela independência. 
 
O governo estava falido. Então, pensou em 
taxar clero e nobreza 
 
O relatório financeiro de março de 1788 mostrava que as despe-
sas somavam 629 milhões de libras, mas a receita alcançava apenas 
503 milhões. Só os juros da dívida pública, ampliada pela guerra, de-
voravam 318 milhões de libras. Mais da metade dos gastos, que se 
agravavam ainda com a necessidade de abastecer o luxo da nobreza, 
na corte, com supérfluos de toda ordem. O governo precisava au-
mentar sua receita, mas sabia que não era possível lançar nenhum 
novo imposto sobre a massa da população, já exaurida. Pensou, en-
tão, em acabar com os privilégios do clero e da nobreza, que não 
pagavam nenhum imposto, embora fossem grandes proprietários. A 
França tinha então pouco mais de 25 milhões de habitantes, dos 
quais 80 por cento eram camponeses. Os 20 por cento restantes 
amontoavam-se precariamente em povoações que mal chegavam aos 
2 mil habitantes. 
 CLIO História – Textos e Documentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mais de 40 000 “Cahiers de doléances” 
foram escritos na campanha eleitoral para 
os Estados Gerais, como todo tipo de 
reivindicações, como esta: ―Que o Terceiro 
Estado seja representado nos Estados Gerais por 
deputados escolhidos por sua ordem‖. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paris, com 650 mil, era uma exceção — e uma das maiores cida-
des do mundo. Todas as outras eram modestas, pelos padrões mo-
dernos Lyon tinha 135 mil habitantes; Marselha, 90 mil; Bordéus, 84 
mil; Nantes, 57 mil. Essa sociedade estava dividida em estados, a 
forma feudal de estratificação social, em que cada classe tinha seus 
estatutos, privilégios, obrigações e modo de vida definidos legalmen-
te. 
O Primeiro Estado era formado pelo clero, mais ou menos 1 por 
cento da população. Estava dividido em clero superior, formado pe-
los bispos, arcebispos e cardeais, tinha vida faustosa, como a nobre-
za, e possuía cerca de 20 por cento de todas as terras do país. O bai-
xo clero, ao contrário, embora partilhasse dos privilégios do seu es-
tado (por exemplo, não pagar impostos), era formado por padres 
muitas vezes tão pobres quanto seus paroquianos. 
O Segundo Estado era formado pela nobreza, dividida em nobre-
za de espada, tradicional e orgulhosa de linhagens que remontavam 
muitas vezes à alta Idade Média, e nobreza togada, formada por ple-
beus enriquecidos, que compraram títulos de nobreza, e seus des-
cendentes. Compreendia 2 por cento da população, algo entre 250 e 
400 mil pessoas. Apropriava-se de um terço de todas as rendas do 
país e tinha o monopólio dos mais altos cargos do Judiciário, da bu-
rocracia, do clero e do Exército. 
 
Os burgueses tinham dinheiro e sonhavam con-
quistar o poder 
 
O Terceiro Estado compreendia, formalmente, todo o restante da 
população, mas sua facção mais destacada era a burguesia, uma clas-
se economicamente poderosa. Apesar de participar do poder, medi-
ante a compra de cargos e títulos, seus negócios eram tolhidos pela 
existência de aduanas internas e pedágios, que impediam e oneravam 
a circulação de mercadorias dentro do país. Ressentia-se, ainda, da 
existência de companhias comerciais monopolistas, controladas pelo 
Estado, que dificultavam sua participação no comércio externo, de 
um lado; e de outro havia as limitações corporativas à liberdade de 
trabalho que impediam a livre contratação de trabalhadores. As ca-
madas inferiores do terceiro estado eram formadas pela plebe das 
cidades, um conjunto de artesãos, operários, pequenos comerciantes 
e pequenos empresários. Eram os sans-culottes, que teriam, mais 
tarde, um papel decisivo na Revolução, da qual seriam, segundo o 
historiador inglês Eric Hobsbawn, "a principal força de choque". Ao seu 
lado acumulava-se, principalmente em Paris, uma formidável e ex-
plosiva massa de miseráveis. 
Os camponeses formavam a classe mais numerosa e eram a base 
da sociedade francesa. A pobreza, entre eles, era generalizada, atin-
gindo níveis dramáticos. O historiador Georges Lefebvre calcula que 
10 por cento deles mendigavam, durante o ano todo, de propriedade 
em propriedade. Eram oprimidos, ainda, por mais de trezentas obri-
gações feudais que tolhiam completamente sua liberdade. 
Na metade do século XVIII, reforçou-se o direito exclusivo da 
nobreza aos altos cargos da administração e do Exército. A restrição 
pareceu intolerável ao Terceiro Estado —e foi um erro fatal cometi-
do pelo rei Luís XVI. 
 
 
 
 
 CLIO História – Textos e Documentos 
 
―Primeiramente um cavalo deve ser escovado dez 
vezes com a almofaça de ferro e somente então 
podeis vós limpá-lo com a escova macia. Terei de 
escovar-vos com violência, e quem sabe se chegarei 
jamais à escova macia.‖ 
De um proprietário de terras russo a seus 
servos, em 1780. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação pública 
O Marquês de Condorcet defende na As-
sembléia seu projeto de ―uma escola univer-
sal, para meninos e meninas, leiga e gratuita, 
capaz de respeitar a liberdade individual e estimu-
lar os talentos‖. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A nobreza quis convocar os Estados Gerais. Sui-
cidou-se 
 
Essa combinação de miséria popular e conflito entre os privilé-
gios aristocráticos e os interesses da burguesia tornou-se explosiva 
quando combinada com a crise financeira da monarquia. Em 1787, o 
rei tentou criar um imposto a ser pago pela nobreza, que reagiu bra-
vamente a esse ataque a seus privilégios. Foi convocada uma As-
sembléia de Notáveis, formado por representantes da aristocracia e 
do clero, os dois primeiros estados que desfrutavam as mesmas 
prerrogativas, e ela decidiu que só a nação inteira, representada nos 
Estados Gerais, poderia criar novos impostos. 
O rei fez de tudo para revogar a decisão — prendeu parlamenta-
res, exilou outros tantos — em vão. A rebelião cresceu e a nobreza 
ameaçada tornou-se porta-voz de uma nação que já não tolerava o 
poder real absoluto. 
 
Em julho de 1788, isolado e pressionado de todos os lados, o go-
verno capitulou e aceitou convocar os Estados Gerais para 1º de 
maio de 1789. 
Para infelicidade de Luís XVI, os debates e a exigência de mudan-
ças já tinham ido tão longe que, inadvertida-mente, ele próprio levou 
o movimento reformista a um novo andamento ao convocar os Es-
tados Gerais. Os deputados deviam ser eleitos em assembléias distri-
tais, em todas as regiões da França; assim, a crise econômica, que 
desencadeou a crise política, passou a ser discutida por toda a nação 
em uma campanha eleitoral cujo tom era a denúncia do absolutismo. 
Formou-se então o Partido Nacional, uma frente contra a monar-
quia absolutista, que desejava implantar na França um regime mo-
nárquico à moda inglesa, regulado por uma Constituição. Sua orga-
nização foi eficaz, e seu comitê central, a Sociedade dos Trinta, reu-
niu-se desde outubro de 1788 em Paris, congregando homens uni-
dos pela mesma vontade de mudança, como o abade Emmanuel-
Joseph Sieyès; Georges-Jacques Danton; marquês de La Fayette; 
François VI, duque de La Rochefoucauld; Marie-Jean-Antoine-
Nicolas de Caritat, marquês de Condorcet; Jacques-Pierre Brissot de 
Waiville;Adrien-Jean-François Duport; e Honoré-Gabriel Rigueti, 
conde de Mirabeau. 
 
Com a Assembléia Nacional, o poder começou a 
trocar de mãos 
 
No dia 5 de maio de 1789, em sessão solene com a presença do 
rei, foram abertos os Estados Gerais. Na sala de cerimônias, em 
Versalhes — o palácio que Luís XIV, o avô de Luís XVI, também 
chamado Rei Sol, construíra fora de Paris —, o clero e a nobreza 
ocuparam seus lugares, à direita e à esquerda do rei. Para enfatizar a 
posição subalterna do Terceiro Estado, seus representantes foram 
amontoados em banquetas, separados das ordens privilegiadas por 
uma barreira. Luís XVI advertiu contra o "desejo exagerado de inovação". 
Inutilmente; abria-se ali o cenário do segundo ato do drama revolu-
cionário. 
Um novo tema logo somou-se ao debate: os critérios de votação. 
Havia uma tendência clara de rejeição da forma tradicional de vota-
ção, como a adotada até a última vez que os Estados Gerais foram 
convocados, em 1614: um voto para cada estado. A nobreza e o cle-
ro insistiam no critério antigo que favorecia sua posição. O terceiro 
 CLIO História – Textos e Documentos 
 
 
 
Composto por Rouget de Lisle em abril de 
1792, o hino dos marselheses tornou-se 
rapidamente o hino da Revolução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Constituição do Ano I 
A primeira Constituição da República 
avança no sentido da democratização polí-
tica (sufrágio universal masculino) e de 
uma igualdade social mais efetiva, estabe-
lecendo o bem comum como objetivo da 
sociedade e destinando os recursos públi-
cos, prioritariamente, ao atendimento dos 
cidadãos mais pobres. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
estado — que representava 95 por cento da nação — exigiu por sua 
vez o voto por cabeça, que daria posição de destaque à massa da or-
questra política. 
Era o impasse: a nobreza e o clero queriam uma assembléia com 
poderes limitados, enquanto a burguesia queria transformá-la em 
Assembléia Nacional para escrever uma Constituição e impor limites 
ao poder do rei. Assim, decidiu tocar música própria e transformou 
os Estados Gerais em Assembléia Nacional, em 15 de junho de 
1789, para a qual convocou solene-mente os deputados dos estados 
privilegiados. Era a rebelião aberta contra a autoridade real. 
 
 
O círculo íntimo dos colaboradores do rei aconselhou-o a tornar 
medidas de força, mas dividia-se quanto ao que fazer em seguida. 0 
ministro Jacques Necker, um reformista da corte, recomendava al-
gumas concessões para atrair a Assembléia Nacional. 
 
A burguesia tomou o poder em Paris. E os 
soldados aderiram 
 
No outro extremo, o irmão do rei, que seria rei ele próprio com o 
nome de Carlos X, um "duro" apoiado pela rainha Maria Antonieta, 
defendia pura e simplesmente o restabelecimento do Antigo Regime. 
Temeroso de uma guerra civil de conseqüências imprevisíveis, o go-
verno tergiversou e, sem fechar oficialmente a Assembléia, criou 
obstáculos para sua reunião. A sala das sessões foi fechada a pretex-
to de reformas. Os parlamentares refugiaram-se no salão do jogo de 
péia (uma espécie de squash) e juraram manterem-se reunidos até 
darem uma Constituição à França. O repto estava lançado, e come-
çava a surtir efeito: 150 padres e três bispos uniram-se a eles. 
Luís XVI tentou, por sua vez, restaurar sua autoridade e cercado 
de tropas, cassou todas as prerrogativas da Assembléia. Mas esta não 
se submeteu e, num clímax heróico, Mirabeau recebeu o marquês de 
Brézé (enviado por Luís XVI para impor sua vontade), deixando cla-
ro o ânimo de seus companheiros: "Se está aqui para nos fazer sair, deve 
pedir ordens para usar a força, pois só deixaremos nossos postos pela força das 
baionetas‖. 
A decisão da Assembléia de manter-se reunida até escrever uma 
Constituição espelhava o ânimo da própria nação. Apenas dois dias 
depois da bravata real, a burguesia parisiense erigiu uma autoridade 
cidadã em Paris, tomando o poder municipal à revelia do rei. Uma 
milícia burguesa foi formada (chamada mais tarde de Guarda Na-
cional, sob o comando de La Fayette), enquanto os soldados do rei 
desertavam de forma crescente, unindo-se aos rebeldes e colocando-
se ao serviço da Assembléia Nacional. Em Versalhes, uma facção da 
nobreza abandonou o rei e seus pares e uniu-se à Assembléia. No 
dia 27, o rei teve de ceder: por ordem sua, todos os estados privilegi-
ados juntaram-se à Assembléia que, agora, estava completa e podia 
executar a peça que a França queria ouvir. Em 7 de julho, a Assem-
bléia se proclamou Constituinte. 
A conspiração contra a liberdade, porém, prosseguia. Luís XVI 
mandou cercar Paris e Versalhes com dez regimentos comandados 
pelo marechal François-Marie de Broglie, um brutamontes, capaz de 
massacrar sem remorsos à primeira ordem. 
 
 
 
 CLIO História – Textos e Documentos 
 
 
 
 
 
 
O Diretório e a religião 
―A religião romana será sempre inimiga irreconci-
liável da República‖. Era o que diziam os 
―Diretores‖ a Bonaparte na Itália, reco-
mendando-lhe ―destruir, se possível, o centro de 
unidade da Igreja romana‖. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
―Chegou a hora da igualdade passar a foice por 
todas as cabeças. Portanto, legisladores, vamos 
colocar o terror na ordem do dia!‖ 
Robespierre, em discurso à Convenção, 
5/9/1793 
 
 
 
 
 
 
 
NNúúmmeerrooss 
Nos onze meses de atividade da ditadura 
jacobina, pelo menos 300 mil pessoas 
foram levadas aos tribunais da Revolução. 
Destas, 17 mil foram guilhotinadas e 25 
mil executadas sumariamente, na grande 
maioria rebeldes ligados à contra-
revolução na Vendéia e no vale do Rhône. 
 
 
 
 
O rei demitiu o ministério de Necker. E 
tudo veio abaixo 
 
No dia 11 de julho, Necker e os ministros que o apoiavam foram 
demitidos, e formou-se um governo de revanche, cuja estrela era jus-
tamente de Broglie. Aceso o estopim, a explosão tomou-se inevitá-
vel. A intransigência real ruiu junto com a Bastilha assaltada pela 
plebe. Vencido, Luís XVI dispensou as tropas, demitiu o ministério 
da revanche no dia 16 e chamou Necker para reorganizar o governo. 
Depois foi para Paris, acompanhado apenas por quatro pessoas e 
escoltado pela guarda militar burguesa de Versalhes. Na prefeitura, o 
rei não teve saída a não ser receber, das mãos do prefeito, o distinti-
vo tricolor da Assembléia, símbolo de sua submissão à vontade do 
povo em armas. 
A queda da Bastilha foi o sinal para a revolução municipal na 
França, que fez repetir em todo país o que acontecera em Paris: as 
cidades instalaram novas autoridades, seguindo o modelo da capital. 
Ao mesmo tempo, a insurreição camponesa acentuou-se. O "Grande 
Medo", de julho e agosto de 1789, varreu na prática os privilégios 
feudais que a Assembléia vacilava em abolir. Combinada com a re-
volução municipal, a insurreição camponesa teve um efeito arrasa-
dor. 0 historiador inglês Eric J. Hobsbawm diz que "ao cabo de três 
semanas, desde 14 de julho, a estrutura social do feudalismo francês e a máquina 
estatal da monarquia francesa jaziam em pedaços". 
Durante dois anos, de 1789 a 1791, a revolução foi comandada 
pela ala mais moderada da burguesia, os girondinos. Seu domínio 
baseava-se, primeiro, no esforço para conter a radicalização popular 
e, depois, na tentativa de estabelecer uma compromisso com o rei e 
a aristocracia. Após a queda da Bastilha, em algumas regiões, princi-
palmente na Alsácia, a burguesia cooperou sem reservas com a aris-
tocracia na repressão aos levantes camponeses. 
 
Nasceu, enfim, a Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão 
 
Quanto ao rei, depois de 14 de julho discutiu-se qual seria o po-
der legislativo que a Constituição lhe reservaria. Depois de muitos 
debates, a Assembléia Constituinte decidiu, em 11 de setembro, dar 
ao monarca o direito de vetar pura e simplesmente as leis votadas

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