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Introdução ao Direito TGD

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Introdução ao 
Direito: Origens, 
Conceitos e 
Perspectivas 
Metodológicas 
A primeira parte versa sobre a Teoria do Direito, a qual estuda a 
ciência jurídica, o estudo da dogmática, sociologia e filosofia. 
Veremos, portanto, como se desenvolve o Direito no decorrer da 
história humana. 
Origens 
Origem do vocábulo Direito. O vocábulo Direito não tem um significado único, 
sendo utilizado em vários sentidos. Assim, nasce então o questionamento de como definir 
ou conceituar o Direito? Haja vista que o senso comum entende, em parte, como sendo o 
Direito um conjunto de ideias que vão de encontro a real conduta social, reconhecendo, 
portanto, uma situação anômala como sendo uma declaração do Direito. 
 
Temos com isso que para a Sociedade o Direito muitas vezes se torna um conjunto 
de preceitos complicados, antagônicos e às vezes coerente. Um mundo que resguarda o 
que é ordenado, reto, e também, o que mostra desordens. 
Eis que, por isso, o Direito apresenta uma difícil tarefa para ser definido de forma 
estrita. E há de se considerar que os juristas procuram compreender o Direito como um 
fenômeno universal. 
Ferraz Jr. (2001 p. 34) diz que, a compreensão do que seja o Direito não e uma 
tarefa fácil, haja vista, a sua amplitude e as múltiplas faces, e, também, a própria 
expressão Direito e os seus correlatos que possuem diferenças significativas que não 
podem ser desprezadas. 
Portanto, são várias as definições que postulam alcançar uma definição do Direito, 
pois não apenas os juristas buscam compreender o Direto para defini-lo, mas também os 
filósofos e os cientistas sociais dão sinais de busca semelhante, na busca de uma 
compreensão universal, nas concepções de língua e a definição de Direito. 
Conceitos 
A palavra Direito provem do baixo latim directum, rectum, que significa direito, 
reto, aquilo que é conforme uma régua, e sucessivamente, designando aquilo que e 
conforme a lei, a própria lei, conjunto de leis, ciência que tem por objeto as leis. O 
vocábulo latino apresentou variações semânticas em quase todas as línguas 
– Derecho (espanhol), Diritto (italiano), Droit (francês), Recht (alemão), Rigth(inglês)
, Dreptu (romeno), Dret (catalão), Ret (dinamarquês), Rätt (sueco), Rett (norueguês) 
e Rétt (islandês). Para completar a indicação das origens do vocábulo direito, convém 
citar, também, a palavra grega diké, de raiz indo-européia dik que significa indicar. 
Todavia, ao lado dessas, há outro conjunto de palavras que na linguagem moderna estão 
ligadas à noção de Direito. Esse conjunto é apresentado pelos vocábulos: jurídico, 
jurisconsulto, judicial, jurisprudência etc., a origem dessas palavras encontra-se no termo 
latino jus (júris), que significa Direito, todavia a sua origem divide os filósofos. 
Em português, guardou tanto o sentido do jus como aquilo que é consagrado pela 
justiça, e quanto o Direito como um exame da retidão da balança, por meio do ato do 
aparato judicial ao dizer o Direito. 
Ao estudar o Direito como ciência, se busca examinar a sua definição, pois buscar 
a essência do fenômeno nos traz segurança ao estudo proposto. Mas em razão do princípio 
metódico da divisão do trabalho, existe a necessidade de se decompor analiticamente o 
Direito que é objeto de várias ciências como a sociologia jurídica, filosofia do direito, 
história do direito e outras,de maneira a constituir o aspecto que será abordado. 
A doutrina, seguindo a lógica, nós diz que temos duas espécies de definição: 
a nominal e a real. 
 Nominal: designa o que uma palavra ou nome significa. 
 Real: expressa o que é uma coisa ou realidade, indicando a natureza do objeto ou da coisa 
a ser definida. 
No tocante a definição real a palavra Direito apresenta várias realidades, eis a razão 
da dificuldade de estabelecer uma única realidade, isto é assim porque o termo Direito 
não é unívoco, nem tampouco equívoco, mas análogo, pois designa realidades conexas, 
do ponto de vista jurídico são cinco as acepções fundamentais, as quais veremos. 
Dessa forma, a definição nominal de Direito e aquilo que é conforme a regra, assim 
o Direito passou a ser sinônimo de regra, de norma. E por outro lado, estabelecer uma 
definição real do termo Direito se torna difícil na medida em que esse vocábulo apresenta 
várias realidades, sendo praticamente impossível estabelecer uma única definição que 
corresponda à essa diversidade, exigindo, para tanto, tantos conceitos quantas forem as 
realidades a que se refere. 
Direito Norma - significa a norma, a regra social obrigatória 
Direito Faculdade - significa o poder, a prerrogativa que o Estado tem de criar leis 
Direito Justo - aquele Direito que é devido por justiça 
Direito Ciência - o estudo do Direito como uma ciência 
Direito Fato Social - considerado fenômeno da vida social coletiva, encontrando-se 
ao lado dos fatos econômicos, artísticos, culturais, etc. 
Uma das acepções mais comuns do vocábulo é o Direito Norma, pois conceitua o 
Direito como uma regra social obrigatória, uma norma ou lei um Direito objetivo, se 
opondo ao subjetivismo, como o direito faculdade; devemos considerar que nesta 
acepção, o Direito ainda indica realidades diferentes quando se refere ao Direito positivo 
e ao natural, ao estatal e não-estatal. 
Conceitos de Direito: 
 “O Direito é a ordenação bilateral atributiva das relações sociais, na medida do bem 
comum.” Miguel Reale. 
 “Regra social obrigatória.” Clovis Beviláqua 
Definimos o Direito como um conjunto de Normas, institucionalizadas, pelo Estado 
que serve para organizar a vida em Sociedade e busca a Justiça Social. 
Perspectivas Metodológicas 
No tocante a universalidade do fenômeno jurídico, os problemas dos diferentes 
pontos de vista teóricos como a Zetética Jurídica e a Dogmática Jurídica, e segundo Ferraz 
Jr. (2001 p. 39-51), esta última pretende designar claramente a distinção entre Direito 
público e Direito privado, a linguagem do enfoque dogmático é caracterizada pelo uso 
prescritivo, pois sua função é derivativa, orienta a ação,ou seja, ela diz como deve ser 
algo. 
Enquanto a Zetética tem função especulativa, põe em dúvida, levantando 
questionamentos que podem ser infinitos, pois ao ser de cunho filosófico está livre de 
qualquer dogmatismo, destarte seja possível didaticamente dogmatizar até um 
pensamento dito filosófico. 
A linguagem do trabalho zetético é caracterizada pelo uso descritivo e o uso do 
verbo ser, que é algo; estes termos seu questionamento é infinito, haja vista que admite 
uma questão sobre a própria questão. Zetéticas são, por exemplo, as investigações que 
têm por objeto o direito no âmbito da Sociologia, Antropologia, Psicologia, História, 
Filosofia, Ciência Política etc. Por isso a zetética é mais aberta, porque suas premissas 
são dispensáveis, podendo ser substituídas se o resultado não é bom,desejado, ficando 
dessa forma a questão em aberto até que as condições de conhecimento e estudo sejam 
favoráveis. 
Por outro lado a dogmática é mais fechada, considerando que ela está vinculada a 
conceitos fixados, obrigando-se a fazer interpretações que sejam capazes de conformar 
os problemas às premissas. Isto porque, o seu compromisso com a orientação da ação a 
impede de deixar soluções ao questionamento em aberto ou em suspenso. 
Ante o exposto, necessário se faz reconhecer que o fenômeno jurídico, dentro de 
toda a sua complexidade, admite tanto o enfoque zetético, quanto o enfoque dogmático 
em sua investigação.

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