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Resumo referente à disciplina de Histologia. Stella Pradebon da Silva. Tecido ósseo: • É um tipo de tecido conjuntivo especial. • Formado por células e matriz extracelular calcificada → RÍGIDO. • Serve para sustentar o corpo e proteção de órgãos vitais (exemplo: costelas). • Manutenção de íons no sangue, pois armazena cálcio, potássio e outros. • Protege as células precursoras do sangue e sistema imunológico. • É um tecido dinâmico: Pressão constante → ABSORÇÃO Pressão intermitente e tração → PRODUÇÃO Células do tecido ósseo: → Osteoblastos: tem origem a partir de uma célula mesenquimal indiferenciada (tronco). Esta também se diferencia em endoteliais, mesoteliais, fibrosas, adiposas e condroblastos. • Sintetizam o componente orgânico da matriz – síntese proteica. • Localiza-se na superfície do osso. • São polarizadas e cuboides, com bastante organelas (síntese). • São achatadas com muita basofilia (coloração). • Quando estimuladas pelo PTH, produzem fator estimulador de osteoclastos. • São essenciais para a produção da matriz óssea. → Osteócitos: tem origem a partir da modulação de um osteoblasto. • Localizam-se em lacunas no interior da matriz óssea. • Comunicam-se por prolongamentos citoplasmáticos – canalículos na matriz. • São células achatadas com pouco RER e CG e com cromatina condensada (perde a capacidade de síntese). • São essenciais para a manutenção da matriz óssea. → Osteoclastos: • Sistema mononuclear fagocitário. • Células “gigantes” multinucleadas – 2 a 50 núcleos. • Contém citoplasma com muitos lisossomos (hidrolases ácidas) e mitocôndrias; cromatina frouxa. • Atua na reabsorção do tecido ósseo, situando-se em depressões da matriz conhecidas como lacunas de Howship. • Quanto mais velho mais acidófilo. → Células osteoprogenitoras: • Vêm de células mesenquimais, diferindo-se destas apenas por já estarem diferenciadas. • Célula alongada com poucas organelas. • Podem dar origem a si mesmas, a osteoblastos ou condroblastos. Componentes do tecido ósseo: → Matriz orgânica (proteica): • Secretada por osteoblastos. • Corresponde a 50% da matriz óssea. • É composta por fibras colágenas do tipo I (acidofolia), glicoproteínas que promovem a calcificação, proteoglicanas e uma substância amorfa chamada de osseomucóide. → Matriz inorgânica (minerais): • Corresponde a 50% da matriz óssea. • É composta por citrato, Na, Mg, K, PO₄⁻ e CaCO₃, mais cristais de hidroxiapatita com fibras colágenas. • É responsável pela rigidez dos ossos. • Pode constituir até 2/3 do peso seco, isto é, isento de gorduras, de uma pessoa. Descalcificação: • Consiste na perda da matriz óssea compacta, com alta atividade de osteoclastos. • Via ácido nítrico em laboratórios, tornando o osso maleável sem alterar seu tamanho e forma. Tecidos conjuntivos que revestem os ossos (TCPD): • Revestimento fibroelástico, altamente vascularizado. → Periósteo: • Reveste o osso externamente, onde ficam as mesenquimais indiferenciadas. • Serve de suporte para nervos e vasos sanguíneos. • Fibroso = TCPD denso e não modelado. • Celular = células progenitoras, pré-osteoblastos. • Crescimento aposicional (formação de uma cartilagem sobre a superfície). • No osso jovem está mais destacado, mas no adulto está mais firme. → Endósteo: • Reveste o osso internamente no contato com as cavidades medulares (canais de Havers) • Contém osteoprogenitoras, osteoblastos e células de revestimento. Tecido ósseo primário (imaturo): NÃO LAMELAR - RETICULADO • Embrionário. • Fibras dispostas irregularmente. • Matriz óssea recém sintetizada e ainda não mineralizada. • Vai sendo gradualmente substituído pelo osso lamelar desde antes do nascimento. Tecido ósseo secundário (maduro): LAMELAR • Camadas finas organizadas pela matriz calcificada e as fibrilas. • Tecido compacto = Canais de Havers e Canais de Volkman. • Lamelas circunferenciais. • Sistema Harversiano ou Ósteon = lamelas de substância intersticial + células + canal central. • Lamelas intersticiais = camadas irregulares de osso entre os canais de Havers. OBS: Fibrilas colagenosas são responsáveis pelo aspecto espiralado das lamelas. Osteogênese: • Começa no feto e se perpetua por toda vida animal. • Células participantes: células osteogênicas ou progenitoras, osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. → Ossificação intramembranosa: • Se dá a partir do periósteo, dentro de uma membrana conjuntiva irrigada. • Na localização onde os ossos deverão ser compactados, a área se torna altamente vascularizada onde há proliferação das mesenquimais. • Hialina acidófila: substância que não é bem calcificada – mole de início – mascarando as fibrilas já presentes; forma o osteóide (osso primitivo, onde se tem mais parte orgânica da matriz, sem teor de minerais apreciáveis); osteoblastos + células expandidas. • Ossos do crânio. → Ossificação intracartilaginosa ou endocondral: • Consiste na substituição da cartilagem por osso. • A cartilagem hialina (embrionária) precede a formação do osso e é substituída por este, com exceção da superfície das articulações. • 1º estágio = proliferação dos condrócitos. • 2º estágio = hipertrofia dos condrócitos. • 3º estágio = membrana fibrocelular que circundava a cartilagem se transforma em periósteo. • 4º estágio = proliferação do tecido vascular do periósteo. • 5º estágio = calcificação da matriz. • 6º estágio = apoptose dos condrócitos. • Ossos longos. Fratura e reparo ósseo: • Hemorragia + destruição histológica. • As primeiras ações reparadoras ocorrem no tecido mole. •1º acontecimento: fibroblastos se proliferam em direção ao coágulo sanguíneo causado pela hemorragia, formando um tecido de granulação. • 2º acontecimento: auxílio de leucócitos e macrófagos. • 3º acontecimento: o tecido de granulação torna-se gradualmente mais denso e forma-se uma cartilagem (calo fibrocartilaginoso). • 4º acontecimento: células osteogênicas do periósteo tornam-se ativas em forma de osteoblastos, depositando-se no osso fraturado e formando o novo tecido ósseo (calo ósseo). • O osso recém formado é do tipo esponjoso. OBS: a cicatrização do calo ósseo é mais rápida do que a do calo fibrocartilagionoso, devido a maior vascularização do primeiro. Stella Pradebon da Silva. Medicina – Unifra.
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