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Capitulo 7 partidos na República II Partidos Representativos de caráter Nacional 1945 a 1988 (a 2003)

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Instituto de Ciências Jurídicas - Campus Alphaville 
 
Capitulo 7 - partidos na República II Partidos Representativos de caráter Nacional 1945 a 1988 (a 2003)
 1)Os partidos são representativos?
SIM PARTIDOS SÃO REPRESENTATIVOS, VIVEMOS EM UMA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA. 
É o exercício do poder político pela população eleitora não diretamente, mas através de seus representantes, por si designados, com mandato para atuar em seu nome e por sua autoridade, isto é, legitimados pela soberania popular.
Pela impossibilidade da participação pessoal de todos que façam parte de uma comunidade, por excederem as proporções da mesma, tanto geográficas como em número, é o ato de eleger um grupo ou pessoa que os representem e que se juntam normalmente em instituições chamadas Parlamento, Câmara, Congresso ou Assembleia ou Cortes.
Usualmente esse lugar de representante, de um povo ou uma população ou comunidade de um país ou nação, para agir, falar e decidir em "nome do povo", é alcançado por votação.
O conceito moderno de Democracia política no Ocidente é esta, a da Democracia representativa dominada pela forma de democracia eleitoral e plebiscitária, e na sua maioria é dirigida para aquela que chamamos Democracia liberal que dela faz parte. Embora, apesar de sua aceitação bastante generalizada desta última, sobretudo no pós-Guerra Fria, ser apenas uma das formas de representação balanceada de interesses, compreendida num conceito global de isonomia.
O projecto de Constituição Europeia, no seu artigo 46º, incluía uma expressa referência à democracia representativa e no novo artigo 10º do Tratado de Maastricht, reafirma-se o princípio democrático da representação, expressamente afirmando-se que o “funcionamento da União baseia-se na democracia representativa” 
2)Eles são necessários?
SIM SÃO NECESSÁRIOS,A DEMOCRACIA NÃO É POSSIVEL SEM PARTIDOS POLÍTICOS
 E para avançar na democracia rumo ao socialismo é necessário o fortalecimento dos verdadeiros partidos proletários, realmente comprometidos com a transformação social. É também é preciso recordar que em outros momentos históricos, o banimento de partidos resultou em consequências gravíssimas. Em 30 de janeiro de 1933, Hitler foi nomeado chanceler da Alemanha e, na sequência, baniu todos os partidos políticos. Não é isso o que as passeatas querem e por isso os manifestantes devem estar atentos aos sinais, mesmo que esses sinais sejam sutis.
 Mas também é importante que partidos políticos, especialmente os realmente compromissados com as causas operarias, populares e os interesses maiores para a afirmação de uma nação soberana, se questionem: que papel terão na sociedade? Essa é uma questão que vai além do debate eleitoral. 
Uma questão que deve incluir as mudanças nas relações políticas, econômicas, culturais e científicas que aconteceram no mundo todo. E que hoje é preciso propor novas formas de organização do Estado e novos tipos de demandas políticas públicas.
No plano internacional este período é de confronto entre duas super potência (EUA x URSS) surgidas no pós guerra até desagregação da URSS no fim do período.É também o período que consolida a industrialização e urbanização no Brasil.
Esta face pode ser vista em três momentos do ponto de vista da formação partidária.
O primeiro momento é da formação partidária (1945 a1965) é de pluralismo partidário,com caráter nacional de obrigatória.Corresponde ao período que se chamava República Liberal, “Quarta República”ou “República Populista”.
O segundo momento corresponde à quinta formação partidária de 1965 a 1979,é o segundo Afonso Arinos chama de “Bipartidarismo artificial”ou “Ditadura militar” embora o termino da formação partidária não coincida com o fim da “Quinta República” ou “Ditadura militar”.
Finalmente, o terceiro momento é o inicio da sexta formação partidária,a parti de 1979.Ele passa pela nova República,que tem inicio em 1985.
3) Patriarcalismo e Caudilhismo 
A constituição de 1946 tornou obrigatório o caráter nacional dos partidos, mantendo voto proporcional e outra conquista democrática.
Em 1948, Afonso Arinos ,embora reconhecendo que o maior parte dos alfabetizados e encontrava no centro urbanos,caracteriza o eleitor rural e semi rural,(os analfabetos não voltavam )pois eram poucos as cidades acima de 10 mil habitantes.Se confrontarmos esta situação com o censo de 1990,veremos que neste período o Brasil tornou-se urbano:73%reside nas cidades e 27% na 
zona rural,inventando a situação de 1940 o Brasil de 1990 tem 145 milhões de habitantes e mais de 90 milhões de eleitores.
Em 1948,Afonso Arinos constata a dependência política da população rural,fenômeno que ele denomina “partricalismo”.Seu correspondente na cidade é que ele denomina “caudilhismo eleitoral”.
Os dois fenômenos “partriacalismo eleitoral” próprio do mundo rural,e “caudilhismo eleitoral” próprio do mundo urbano têm similitudes embora o eleitorado urbano seja suscetível à demagogia populista e socializante.
Em 1948,ao classificar os partidos Nacionais Republicanos Afonso Arinos divide-os em dois blocos: I) Os partido liberais- democrata (PSD – partido social democrático,PR- partido Republicano,UDN –união democrática Nacional:PTB- partido trabalhista Brasileiro e PSB- partido socialista Brasileiro). II)partido comunista.
Edgar Carone,por seu lado,ao analisar o mesmo período,assim relaciona os partidos: a)classe oligarco-burguesa:PSD,PR,UDN; B)classe média:PSB,PTB e PDC;c)classe operária:PCB,PCdoB,Polop, etc.Outros autor poderia classificar em:direito:UDN;centro:PSD;esquerda:PTB,PSB,etc. 
4) PSD
 
Em 1948,Afonso Arinos caracteriza o PSD,como partido governista,oficializa,de base rural,conservando no sentido político administrativo e no sentido social.Mais reconhece nele um fato de estabilidade,de ordem,por sua inclinação natural para a transigência.Lúcia Hipólito,ao contrario,na sua obra “PSD – de raposas e reformistas”,caracteriza como,”partido de centro ou mesmo de centro-esquerda” para ela o PSD deu o tom político e brasileiro do partido:quando o PSD entrou em Crise “o centro político do sistema desapareceu e o sistema partidário caminhou para o colapso”.
Assim, o oficialismo, a posição governamentais do PSD é acentuada por quase todos os autores bem como sua origem no esquema das interventoras varguistas.
 Quando às sua “base predominante rurais e semi – rurais há uma opinião majoritária neste sentido mas há visões que veem o PDS disputando bases urbanas”.
Com mais quinze anos de distancia entre um texto e outro,Afonso Arinos,no entanto,mantém a mesma caracterização do PSD como partido do governismo fiel: “o PSDé o partido do poder” É ao mesmo tempo,na visão dele,o partido da opinião conservadora.Assim,a divisão fundamental do PSD,se daria em razão destes aspectos diversos da sua constituição ser governista e ser conservado.Quando o poder se desloca para posições “esquerdista” (PTB segundo Arinos ) o conflito se torna agudo.
5) UDN 
Em 1948,assim caracteriza Afonso Arinos a UDN:
“ A União Democrática Nacional é representa,como ideologia,o liberalismo das classes médias urbanas mais cultas,i liberalismo burguês,mais político que social...
O problema da União Democrática Nacional é assim,conseguir maior homogeneidade,transformar-se tanto quando possível num verdadeiro partido de classe média,o que até agora não alcançou”.
Assim para Afonso Arinos a UDN é:
Herdeira das tradições liberais; 
Partido dos interlocutores liberais e progressista;
Tem uma ala direta composta de elementos da ala burguesa 
Cabeça na intelectuais urbana;corpo rural e semi – rural 
A UDN surge em 7 de abril de 1945.Maria Victoria de Mesquita Benevides,diz que a “UDN’ praticamente antes de nascer já se aglutinava em torno da candidatura do Brigadeiro Eduardo Gomes ápresidência da republica.A autora enumera 5 grupos na composição da UDN:
As oligarquias destronadas com a revolução de 30;
Os antigos aliados de Getúlio Vargas,marginalizados depois de 30 ou 37;
Os que participaram do Estado Novo e se afastaram antes de 1945
Os grupos liberais com uma forte identificação regional;e
As esquerdas.
Sobre a herança liberal da UDN, autora diz que apesar das deformações essa tradição,separa liberalismo da democracia.É de um liberalismo limitado,restrito,expresso nas aspirações do tribunal liberal Otoni, “por uma democracia de classe média, uma democracia da gravata”(Circular de 1861)
Quando à questão da UDN ser um verdadeiro partido da classe média como propunha Afonso Arinos, “Em temos racionais, a UDN e PSD apresentam as mesmo porcentagens (altas) de advogados e profissionais da saúde e (baixa) de militares. A UDN nacional,por sua vez,registra maior número de jornalista e agricultores”.
Quando ao caráter progressista da UDN,Edgar Carone, diz que “não passa de camuflagem do caráter conservado e racionario”. Enquanto o PSD é pejorativamente,texado de conservador,o seu opositor aparece como “liberal”.Esta formação,cuja imagem foi construída pelos interessados,é falsa,porque historicamente os grupos dominantes ligados ao PSD sempre foram mais tolerantes e conciliados do que os seus opositores.Entretanto , a UDN,só na sua origem,parece ser um partido liberal,depois foi golpista e antipopular.
Afonso Arinos localiza o conflito básico da UDN entre reacionário e progressista.No texto de 1948,este conflito básico esta presente quando ele discutia a possibilidade da UDN ser um autentico partido de classe média ou seria entravada por sua ala direita composto por elemento da alta burguesia,latifundiário,etc.
De qualquer forma,é fora de duvida que a UDN foi um partido expressivo no período.Sua representação na Câmara Federal foi de 29% em 1945; 24,4% em 1950; 22,7% em 1954; 21,5% 1958 e 23,4% em 1962.Das indicações ministrarias do período a UDN faz 15 indicações (9,7%),o que demonstra que sua força eleitoral e parlamentar,no plano federal,não se traduzia em postos governativo,ou seja,era mais um partido de oposição .
 	A UDN coligação elegeu em 3 de outubro de 1960 o presidente Jânio Quadros com 5.636.623 (48%) de votos contra Lott (PSD –PTB)3.846.825(32%) e Ademar de Barros (PSP)com 2.195.709 (20%) votos.
Em 1964, a UDN participou ativamente na articulação do golpe militar e conservador. Afonso Arinos constata que os udenistas estavam demasiado preso a um legalismo formal e contrários à renovação econômica social e diz que o seu liberalismo não é o do século XX.
Assim,além de reacionária começava uma parcela de UND a transigir com a corrupção.Estas direitas prevalecem na UDN.
 6) PSB
Passemos para a caracterização do PSB ,que faz Afonso Arinos em 1948:
“tem o partido Socialista caráter intelectual ainda mais marcado que a União Democrática.As possibilidades de desenvolvimento do partido Socialista,como guarda avançada do liberalismo burguês e o seu mais ativo instrumento de progresso social,são ainda uma incógnita.
O partido se sente apertado dos dois lados.Do lado direito,pela União Democrática Nacional,que com ele compete no terreno do liberalismo político.Do lado esquerdo,pelo partido Comunista(apesar de dissolvido)e,até certo ponto,pelo trabalhista,que com ele concorrem no liberalismo econômico e social”.
Assim estas seriam a principal característica do PSB:
O mercado caráter intelectual;
Linha social mais progressista;
Sua doutrina não é marxista;
Quadros intelectuais dirigentes mais homogêneos;
Anti – caudilhismo .
Sobre as possibilidades de seu desenvolvimento Afonso Arinos vê obstáculos difíceis;a) tradição operaria mãos comunistas que socialista;b) a massa,pelo baixo nível cultural tendo ao caudilhismo;o PSB se transformaria numa elite doutrinaria, “uma espécie de escola ampla e aberta de ciência política e social” sem apoio eleitoral.
Segundo dados do TSE- Tribunal Supremo Eleitora em 1950 o PSB elegeu um deputado Federal(0,3%);em 1945, 3 (0,9%);em 1958 9 (2,8%);em 1962 5 (1,2%);em 1945 , três deputados federais foram eleitos por coligação.(55) Participou de 6 coligações vitoriosas para governadoria de Estados de 1946 a 1964 e indicio 7 ministros (4,5,%) no período.
Em primeiro lugar, na estratégia da UDN como partido de classe média progressista,era importante a aliança com o PSB,representativo deste setor.Em segundo lugar na tentativa de isola - mento do PCB era importante o fornecimento do PSB.
Finalmente,para isolar o varguismo (PTB) era importante o crescimento de uma corrente socialista,em detrimento do trabalhismo,seu inimigo.No entanto como Afonso Arinos levantava estas questões como possibilidade em 1948,mas no desenvolvimento histórico elas não ocorreram.
Para o autor o PSB “nasce e morre heterogêneo” e incapaz de construir “uma identidade política que tivesse relevância social”embora no período pré – 1964 estivesse na vanguarda da luta pelas reformas de base”.Na realidade, o limites vislumbrados por Afonso Arinos não foram superados pelo PSB.
7) PTB
Para Afonso Arinos o PTB é um partido de massa se originou de uma manobra continuista de Vargas,visando manter certas posições de poder,a mística do Getulismo e conter os comunistas.
Getúlio Vargas na realidade,por decreto baixo em 28 de maio de 1945 fixava a datas das eleições para 12 de dezembro propondo “Constituinte com Getúlio”.Os fatos se precipitavam e Getúlio Vargas foi afastado do poder por 30m de outubro de 1945 pelo general Gois Monteiro,ministro do Exercito,assumindo interinamente José Linhares,presidente do supremo tribunal federal parte do “movimento queremista” trabalhista desemboca na função do PTB.
No entanto em 1948,Afonso Arinos via grandes obstáculos ao desenvolvimento do PTB: 
queda de prestigio de Vargas;
inadequação entre a tradição fascista – caudilhista com fase democrática;
Perda do controle do aparelho sindical ;
Falta de quadros dirigentes intelectuais com orientação clara,segundo e homogênio.
OS fatos históricos posteriores não mostraram a queda de prestigio de Vargas pois ele foi eleito presidente em 1950 com expressiva votação (3.849.040 votos ou seja , 48,7% do eleitorado contra 29,5% de Cristiano Machado do PSD e 9.466 de João Mangabeira do PSB). Por outro lado,a própria organização do PTB pelo Getulismo mostra que tinha clareza de adequar do a estrutura política do Estado Novo à nova fase de democratização .
Como avaliava Afonso Arinos com a exclusão dos comunistas do cenário político eleitoral o PTB foi beneficiado do votos desta parcela dos trabalhadores.
 8) PCB
Nesta fase,critica o PCB por sua aliança com Vargas no “movimento queremista” diz:
“Como em 1930,torno-se deste logo patente à separação entre o liberalismo e o comunismo.Este,obtida a libertação candidato próprio à presidência e passou a apoiar ostensivamente o ditador,sob o pretexto da convocação imediata de constituinte,mas,fato,no proposto de,torna-se a única força política de apoio à ditadura,ficar indispensável o governo dentro do partido.
Sobre a luta pela convenção da “constituinte” Edgar Carone tem a opinião diferente de Afonso Arinos :
“O poder o PCB pretende é uma mudança básica,representada,em primeiro lugar,pela eleição de uma constituinte que desse ao pais nova base legal:só depois é que haveria eleição presidencial.
De qualquer forma, o PCB cresceu no período.Participou das eleições para a constituinte elegendo 14 deputados e um senador,(9%) e o seu candidato a presidente Iedo Fiúza,conseguiu o terceiro lugar com (10%) 600 mil votos.Outro aspecto do crescimento foi intrapartidário:cem militantes em 1942, 3.000 em 1943; 50.000 em 1943 e quase duzentos mim 1946.
Em 27 de outubro de 1947,o senado aprovou projeto de cassação dos representantes comunistas e a 10 de janeiro de 1948, a Mesa da Câmara dos deputados declarou extintos os mandatos dos deputados e suplentesdo PCB.
Em 1950, o PCB lançou o seu “Manifesto de agosto”,que consolida a virada à esquerda iniciada autocrítica. “Trata-se da organização de uma frente democrática de liberação Nacional que deveria forma-se para a conquista imediata do poder,através do Exército de liberação popular.
O processo de cassação do PCB leva o partido de fato a abandonar a “coexistência pacifica”(“governo de união Nacional)para uma fase de luta “classe contra classe” que só será alterada pela “Declaração de Março de 1958”.
A parti de então,tivemos dois partidos comunistas no Brasil:O PCB e o PC do B. Cada um deles se proclamando o partido comunista fundado em 1922.
9)Outros partidos 
Outros fato partidário importante posterior a 1945 foi a fundação do PSP- Partido Social Progressista pelo líder político de São Paulo Ademar de Barros,promovendo a fusão do partido popular Sindicalista,Partido Agrário Nacional e partidário Republicano progressista.
Apesar de ser um partido regional,pela força de São Paulo o PSP foi significado em nível nacional.Nas eleições de 1950 elegeu 24 deputados federais (7,9%);em 1954 32(9,8%) em 1958 25 (7,7%) em 1962(5,1%).
Para a autora o PSP ajudou no “bloqueio à consolidação de partidos nacionais em São Paulo” e contribuição para a “marginalização deste Estado conjunto do processo político nacional.
Outro partido que teve certa representatividade foi o PDC – partido Democrata Cristão.Em 1945 elegeu 2 deputados federais em 1950 2, em 1954 2 ,em 1958 7, em 1962 20 (4,9%).Para Afonso Arinos o partido só tinha nome não tinha uma ideologia concreta e a organização da democracia cristã europeia.Edgar Carone diz que: “A igreja sempre fora contra a ideia da organização de um partido próprio lutando sempre contra todos que pensassem em concretizar a ideia.Só que 1945,que o primeiro e único PDC do Brasil.É a partir de 1950 assume uma linha com caráter mais reformista e avançado”
O partido de representação popular, de Plínio Salgado,é continuação da antiga Ação Integralismo Brasileira- AIB.No pós guerra,pós 1945 havia grande antipatia por propostas fascistas e o PRP não chegou a se consolidar como partido muito expressivo.
Em 28 de outubro de 1965 quando o governo militar decretou o ato institucional nº2,que abolia os partidos políticos,havia 13 partidos legalmente registrado.
O PL- partido libertador elegeu 1 deputado Federal em 1945;5 em 1950 (1,6%) 8 em 1954 (2,4%) 3 em 1958 e 5 em 1962(1,2%).
Estes partido de durabilidade razoável,mais limitado na ação política e em seus contingentes eleitorais tiveram sua importância nos acontecimentos da República Liberal condicionada à divisão e aliança dos grandes partidos.
10)Crise no sistema partidário 
No período pré-1964 Afonso Arinos caracterizava a crise brasileira como crise nacional,pois era social,política,econômica,financeira,administrativa,militar,etc..Sintetizava-a como a crise de transformação (sócio- econômica)e crise de governo constituindo um topo único e inseparável e traduzindo-se no alargamento das bases populares da democracia:Maior participação política: “a esquerda explora as massas e o seu desejo de ganhar, a direita explora as elites e o seu medo de perder”.
Para Afonso Arinos, no entanto,a supressão da democracia representativa se deu por causa da crise interna dos partidos,que os tornou impotentes para caminhar soluções para a crise de governo e para a crise de transformação.
Contribuíram para esta descaracterização dos partidos, na opinião de Afonso Arinos,o sistema eleitoral e o sistema de governo.
No sistema eleitoral o voto proporcional fragmentava as correntes de opinião supervalorizando os pequenos partidos e levando à necessidade de manobras corruptoras para formar maiorias no parlamento e à necessidade de coligações e compromissos nas campanhas presidenciais quase sempre descaracterizadoras das legendadas.Mas o maior erro da organização eleitoral partidária do período,na sua opinião,foi “a possibilidade,no regime presidencial,de o presidente e o vice-presidente da República serem originárias de partidos diferentes:foi um elemento de crise e descaracterização dos partidos.
A parti de 1964 passa a defender alteração no sistema proporcional,adquirindo a questão partidária relevância menor,na medida em que sua viabilização passa a depender da mudança do sistema de governo e do sistema eleitoral.
 11) De 1965 a 1979
A parti de 1965 o Brasil vai experimentar o bipartidarismo artificial, iniciado a quinta formação partidária.Os texto de Afonso Arinos desta fase traduzem a ambiguidade do liberaliso udenista em relação aos militares:colaboração e criticas eventuais.
A constituição de 1967 garantia a pluralidade de partidos mas exigia 10% do eleitores nacional distribuído em dois trecos dos Estados.
A ARENA e o MDB vieram a ter existência legal a partir de 15 de março de 1966.
Em dezembro de 1965,a ARENA , o partido governamental,obtivera o apoio de duzentos e quarenta Deputados e trinta e seis senadores: seu Diretório Nacional era composto de três membros da ex - UDN,cinco do ex –PSD,dois do ex –PTB e um do ex – PTN.O MDB recebeu o apoio de cento e quarenta e um diretório Nacional de seis membros do ex – PTB,quatro do ex PSD e um do ex- PDC.
Sobre a representatividade da ARENA e MDB termo um domínio da ARENA no senado de mais de 80:% e na Câmara Federal de 70 %.Só em 1974 o MDB atinge quase 30% no senado e 45% da Câmara.
É a partir das Eleições de 1974 que há reversão da tendência de predomínio absoluto da ARENA.Assim, o MDB, nasci para se oposição “tolerada” se converteu em estuário das autoritário,depois de um pedido relativo longo de estabilidade,embora Afonso Arinos diga que foi o voto consciente de 1974 que fez o partido de oposição,para surpresa de seus líder,negando o papal de direção peemedebista nesta luta.
12) de 1979 Ao pós- constituinte de 1988 
Nesse período,tentando responder às pressões,o Regime Militar opta por uma reforma partidária limitada,aprovada(lei 6.767)em 22 de dezembro de 1979.
Quando aos fatos do período,o quanto resultante das eleições de 1982 é a manutenção do quadro bipartidarismo instalado em 1965 com ligeiras modificações,mas não ocorreu a tripartição levantada por Afonso Arinos.
O PDS elegeu 12 governadores em 22 vagas o PMDB 9 e o PDT 1.O PDS elegeu 15 senadores em 25 vagas o PMDB 200,o PDT 23, PT 8 no total de 479.Em crise tese, o PDS manteve o controle do colégio eleitoral para a eleição indireta do presidente para janeiro de 1985.
O quando partidário resultante das eleições de 1986,e com participação no congresso constituinte foi o seguinte:1)PMDB-294;2)PFL-231;3)PDS-37;4)PDT-25;5)PTB-18;6)PT-16;7)PL-7;8)PDC-6;9)PCdoB-5;10)PCB-3;11)PSB-2 TOTAL=543membros.
A constituição de 1988 manteve o sistema proporcional de votação e o caráter nacional obrigatório dos partidos.
Aos 82 anos,foi fundado,juntamente com outros parlamentos liberais “progressistas”,social Democracia Brasileira).
A organização do PSDB foi partidário mais significativo no final da constituinte de 1988.
Em 1989 tivemos a eleição do presidente Fernando Collor de melo,passando por cima dos grandes partidos,ou melhor,à sua revelia,confirmando a descrição de Afonso Arinos do período pós-1945:
“Passaram os candidatos a procurar a procura de vitoria por sobre os partido,numa espécie de plebiscito,que contrariava o fundo das instituições”.
No pós-90,se analisarmos os partidos com o critério de 5% de representação na Câmara Federal,teríamos um quadro de 8 partidos,(no Senado6):
Direita =PPR-16%;		PFL-17%;		PTB-7%
Centro=PMDB-21%;	PSDB-8%;		PP-7%
Esquerda=PDT-8%		PT-7%
13) pós-escrito (de 1994 a 2003)
Embora o objeto deste estudo seja a visão dos partidos em Afonso Arinos,achei por bem acrescentar alguns elementos do quadro partidário leitor.
Passando dez anos,o quadro partidário mantém alguns traços e,em alguns aspectos,se diferente daqueles esboçados em 1994.Quando são os partidos maiores:PMDB,PT,PFL,PSDB;O PP caio paraa intermediaria e cinco partidos menores:PTB,PDT,PSB,PL,PPS.Os dois partidos mais expressivos pela ideologia são o PC do B,e PV- Partidos verde.
Na verdade ,este critério de classificação,para a realidade brasileira,é mais indicativo de tendência,e, mesmo assim muito relativo.No governo FHC,os partidos de direita apoiaram o seu primeiro governo(1994-1998) e se dividiram no segundo governo(afastamento do PFL),o centro ficou dividido:parte do PMDB era governo Lula,parte da direita (PP,PL,PTB e parte menor do PFL),parte do centro (PMDB)e, maioria da esquerda(exceção do PDT)o apoiam.A oposição é composta pelo PFL(direita)PSDB(centro)e PDT(esquerda).
OBRA :PROF°MÁRIO LUIZ GUIDE

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